Bem Vindo

- Com esta série não é pretendido fazer história, mas sim é visado, ao lado das imagens, que poderão ser úteis aos leitores, a sintetizar em seus acontecimentos principais a vida da Cidade de Porto Alegre inserida na História.

Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

Dividir estas informações e aceitar as críticas é uma dádiva para o pesquisador.

- Este Blog esta sempre em crescimento entre o Jornalismo, Causos e a História.

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- Em História, não podemos gerar Dogmas que gerem Heresias e Blasfêmias e nos façam Intransigentes.

- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

Poderá demorar um pouquinho para baixar, mas vale à pena. - Bom Passeio.

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sábado, 24 de março de 2012

Porto Alegre - Antepassados/ Século XIV - Parte II (Em Montagem)

Curso da História

Resumo
Cronológico

Porto Alegre inserida na História
Antepassados, - 1350 à 2020

Legenda de Cores:
Data e Destaque
Texto
Nome ou Expressão Grifada
Oração ou Termo Destadado
Texto Destacado

Fontes:
Times New Roman
Castellar
Vivaldi
Script MT Bold
Parchment
Goudy Stout
Old English Text MT
Edwardian Script ITC
Harrington

Assuntos:
Locais,
Nacionais e
Internacionais

Porto Alegre:
Caçadores e Coletores
Agropecuária, Pescado, Serviços, Comércio e Indústria,
Dados, O Povo

No Brasil:
Século XVI – Madeira
Século XVII – Açúcar
Século XVIII – Ouro, Diamantes e Agropecuária
Século XIX – Café, Início da Industrialização
Século XX – Aço, Petróleo, Serviços, Sistemas e Agropecuária
Século XXI – O Novo Presente

No Mundo:
Acontecimentos

Imagem:
As imagens estão inseridas sempre abaixo da expressão escrita.

Túnel do Tempo

Naquele Tempo –

- Localizada em uma região habitada pelo homem desde 11 mil anos atrás, "pelo que se sabe hoje 2017, pois tudo muda,inclusive a história..."
Porto Alegre estabeleceu-se como cidade somente no século XVIII.

Antepassados

Formação

Sítio Urbano 

-O maciço de Porto Alegre formou-se durante o “Período Arqueozóico”, há mais de 4 bilhões de anos, sendo um dos terrenos mais antigos do mundo. As rochas predominantes são as eruptivas granitóides, quando a região foi palco de grandes atividades vulcânicas. 
A região da Gondwana (que reunia América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica), estava recobertos por sedimentos e detritos resultantes da ação erosiva das águas e dos ventos sobre as antigas e suntuosas montanhas graníticas: - vento rápido e água mole se chocando sem cessar contra a pedra dura ao longo de 2 bilhões de anos. Nessas áreas sedimentares surgiram as chapadas.
Nas escarpas do sudoeste encontram-se matações, blocos arredondados, postos ha descoberto pela ação mecânica das águas de superfície, esfoliados pela ação térmica e pela ação química dos liquens.
As escarpas do noroeste apresentam declives rápidos, por onde deslizam os materiais provenientes de erosão.
As planícies aluviais formaram-se a partir da “Era Quartenária”, com seus sedimentos depositados pelos mananciais de água (rios Jacuí, Sinos, Caí e Gravataí). São áreas baixas alagadiças, periodicamente as chuvas inundam as várzeas das margens e das ilhas que compõem o delta.
O lugar onde se situa Porto Alegre foi chamado de “Esquina do Rio Grande” pelo historiador Riopardense de Macedo.
Recebeu esta denominação por estar na beira do Lago Guaíba, que une dois grandes volumes de águas navegáveis:
- O Rio Jacuí,
- A Lagoa dos Patos, na extremidade do Escudo Rio-Grandense, o solo mais antigo do Estado.

O Rio Jacuí, que o antropólogo jesuíta Balduíno Rambo chamou de “Goteira Colossal, uma grande calha”, desce em turbulência de sua nascente localizada no planalto, cerca de 400 metros acima do nível do mar.
Ao atingir a Depressão central, a 100 metros de altitude, suas águas correm para o leste e vão diminuindo a velocidade, de acordo com o suave declive da planície.
No trajeto final próximo a Porto Alegre, o Jacuí recebe as águas dos rios Taquarí, do Caí, dos Sinos e do Gravataí, formando um delta, uma enorme bacia de decantação onde se acumula terra arrancada das encostas do Planalto.
Essas águas calmas e barrentas são despejadas no Guaíba, apenas cinco metros acima do nível do mar.
O Guaíba desemboca na Lagoa dos Patos, que lança suas águas no oceano Atlântico, 250 km ao Sul.

Além dessa confluência de águas, o sítio onde a cidade de Porto Alegre se desenvolveu é ponto de encontro de diversas formações geológicas, que podem ser distinguidas pela vegetação que produzem:
- As araucárias do Planalto, que chega à zona norte da cidade.
- A cobertura típica da Serra do Mar, cujas últimas elevações atingem Itapuã.
- As matas de galeria e os campos da Depressão Central, que cruzam para leste até encontrar o mar, em Tramandaí.

Nesse lugar especial também se destacam os morros, a outra marca registrada de Porto Alegre, que se alinham em três cadeias:
- Saindo de Viamão e chegando a orla do Guaíba, próximo a Itapuã.
- Outra forma o espigão Central que atravessa o município, ao norte.
- E uma espécie de escada, desde o ponto mais alto da cidade, o Morro Santana (311 metros), até o porto.

Os “Navegadores Portugueses” restabeleceram por mar a conexão histórica que em eras remotas unira “o Brasil, a África e a Índia”.

3.000 a.C. 

- Durante a transição entre os períodos Pleitoceno e Holoceno, todo o território já estava ocupado por grupos de caçadores e coletores nômades que foram os primeiros homens pré-históricos.
No Sul a tradição conhecida mais antiga é a Ibicuí, há cerca de 13 mil anos, onde caçadores enfrentavam os animais da megafauna.
Entre 6.500 e 2.000 AP, surgiu da região de São Paulo para o Sul, a tradição Humaitá.
A agricultura se desenvolveu a partir de 3.000 AP e pouco depois a cerâmica.
Sabe-se que estes homens deixaram sinais de sua passagem pela orla do Guaíba, há pelo menos três mil anos.
Eram caçadores coletores, não tinham criação nem cultivavam. Aqui se fixaram temporariamente, devido ao grande manancial de águas e as ondulações do terreno que protegiam dos ventos, a mata fechada e a grande quantidade de caça facilitaram a vida do homem antigo.

Até 1.680 d.C.

O Índio
Nativos nos Campos do Viamão

- Depois, bem mais tarde, vieram os guerreiros e suas famílias da tradição Tupi-Guarani, que vieram da região amazônica seguindo a corrente dos rios da região. Estas tribos migraram por problemas ecológicos ou de superpopulação, mas sempre em busca da “Terra sem Males” de sua mitologia.
Vieram invadindo tudo, com seus tacapes, lanças e flechas, apavorando seus inimigos com seus rituais, alguns antropofágicos (devoravam seus inimigos).
Chegaram às margens do Guaíba entre os séculos IX e X, foram estes os primeiros povos a se fixar na região de Porto Alegre. Os Guaranis habitaram todos os atuais bairros de Porto Alegre, em tempos diferentes, das várzeas do Gravataí a zona ao norte (atual Passo d’Areia), ilhas do Delta, a Restinga, as praias aos sul da Tristeza, Ipanema, Belém Novo e Lamí, até cruzara divisa com os atuais municípios de Cachoeirnha, Gravataí e Viamão, junto a Lagoa dos Patos.
Construíram suas choupanas coletivas e ovais. Pescavam no Guaíba ou nos Riachos, exercitavam suas habilidades da caça, abatendo, capivaras, veados, preás, ouriço e outros exemplares da riquíssima fauna local. Participavam da coleta de moluscos, raízes e folhas.
O cemitério indígena ficava perto das casas. Os mortos eram colocados nas “igaçabas” (urna de cerâmica), em posição fetal, na crença Guarani o homem havia sido retirado de um recipiente de cerâmica por um personagem mítico.
“Itapuã”, em direção ao sul de Porto Alegre, há 800 anos, provavelmente abrigou a concentração mais populosa de Guaranis, esta seria a capital desta grande nação, lugar belíssimo, matas e rochas chegando até a beira d’água, morros dividindo as praias, trilhas naturais nos campos ralos e sob árvores, pela qual se movimentam gatos-do-mato, capivaras, onças, o alarido dos bugios, frutas do mato. Do alto da maior elevação, a deslumbrante visão de uma ponta de areia a separar a Lagoa Negra da Lagoa dos Patos. Esta região de Viamão pertenceu a Porto Alegre até serem desmembrados os atuais municípios.

Os Guaranis procuravam os lugares mágicos como o Guaíba.

- Temos hoje em dia, muito que credenciar a cultura Guarani.
- Na alimentação, o abacaxi, o feijão (todos), o amendoim, a abóbora, a moranga, os pimentões, pimenta e pimentinhas, a mandioca (que nós chamamos de aipim), e o milho, que a Europa só foi conhecer depois do descobrimento, que aqui já era cozido e assado.
- O poder curativo das plantas medicinais, a boleadeira, da lide dos gaúchos e a tira de pano na testa.
- O chimarrão sorvido da erva forte e servido em porongos e a rede de dormir (para ficar acima do chão, pelos perigos da mata) também vieram com os nossos antepassados guaranis.
- A própria cultura do fumo e o uso do cachimbo foram trazidos para o Sul pelos Guaranis.

- A presença dos Guaranis na região de Porto Alegre é sugerida por uma lenda da India Obirici que morreu por amor fazendo surgir um riacho com suas lágrimas, que deu nome ao atual Viaduto Obirici e ao belo monumento em sua homenagem, feita pelo escultor Mário Arjonas no bairro Passo da Areia, na Zona Norte, na conhecida Volta do Guerino.

A Lenda da bela Obirici

Conta-se que a bela índia Obirici, filha do cacique dos Tapi-Mirins, e sua amiga Iurá se apaixonaram pelo mesmo homem, Arakém, filho do chefe dos Tapi-Guaçus.
Arakém gostava das duas, alias namorava ambas.
Embora ponderasse que deveria ser a escolhida, por ser filha do cacique, como ele, Obirici não tomava uma atitude mais forte por não querer magoar a amiga Iurá.
Arakém sugere uma solução.
Já que eram exímias no arco, elas disputariam seu amor arremessando flechas em um alvo determinado. Apesar de mais habilidosa que Iurá, Obirici perdeu o duelo por não conseguir conter sua tensão.
Iurá parte com Arakém, e Obirici com sua dor fica a chorar.
Chora aos deuses que transformam as lágrimas que escorrem por seu corpo e atravessam à areia formando um riacho – o Ibicuiretã.
A tristeza de amor de Obiciri é recompensada.

- Este curso d’água (atual Arroio Passo d’Areia) atravessa o bairro Passo da Areia e deságua no Rio Gravatay (Gravataí).

O Banquete

- De todos os costumes considerados bárbaros que professavam os índios brasileiros quando da chegada dos colonizadores ao Novo Mundo. Nenhum se revelou mais espantoso ao olhar europeu do que a antropofagia.
Mesmo conhecido na Europa a antropofagia, nada se comparava ao requinte do “banquete antropofágico” realizado por quase todos os Tupis e Tapuias.
A morte ritualizada e a deglutição dos cativos representavam o ponto culminante da cerimônia.

Nota:
- Durante as reduções jesuíticas (Missões) os padres contrariados com o hábito de consumir carne crua pelos guaranis, os ensinam a colocar a carne na fogueira e assim nasce nossa maior tradição gastronômica o “Churrasco”.

Diferente do conquistador europeu, os Guaranis viam a terra apenas como fonte de alimentos e não posse.

- O povo Guarani, nestas terras meridionais do Brasil agiu como agiram mais tarde os Espanhóis e os Portugueses, que chegaram as regiões povoadas e pela colonização forçada, provocaram mudanças culturais, a ferro e fogo.
Os primeiros habitantes destas paragens, suas marcas estão por toda a parte, e os povos indígenas que aqui retornaram para viver merecem respeito e agradecimento.
Quando os portugueses se estabeleceram na região do Porto do Viamão (Porto Alegre), no século XVIII, os índios não mais ali estavam.
Estes só iram retornar no século XX a estas regiões que abandoraram.

Século XIV

1350
Resnacimento na Europa

Em 1350, na Europa, tem início o Renascimento (até c.1600).

Em 1378, na Europa, tem ínício grande Cisma do Ocidente.

Em 1383, na Europa, Portugal, tem ínício a Revolução de Avis.

Em 1385, na Europa, Portugal, vitória em Aljubarrota: - início da Dinastia dos Avis.

Em 1389, na Europa, Portugal, na Dinastia de Avis com o Rei D. João I, tem início a expansão marítima portuguesa.



Continua na Parte III

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