Bem Vindo

- Com esta série não é pretendido fazer história, mas sim é visado, ao lado das imagens, que poderão ser úteis aos leitores, a sintetizar em seus acontecimentos principais a vida da Cidade de Porto Alegre inserida na História.

Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

Dividir estas informações e aceitar as críticas é uma dádiva para o pesquisador.

- Este Blog esta sempre em crescimento entre o Jornalismo, Causos e a História.

Haverá provavelmente falhas e omissões, naturais num trabalho tão restrito.

- Qualquer texto, informação, imagem colocada indevidamente (sem o devido crédito), dúvida ou inconsistência na informação, por favor, comunique, e, aproveito para pedir desculpas pela omissão ou inconvenientes.

(Consulte a relação bibliográfica e iconográfica)

- Quer saber mais sobre determinado tema, consulte a lista de assuntos desmembrados, no arquivo do Blog, alguma coisa você vai achar.

A Fala, a Escrita, os Sinais, o Livro, o Blog é uma troca, Contribua com idéias.

- Em História, não podemos gerar Dogmas que gerem Heresias e Blasfêmias e nos façam Intransigentes.

- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

Poderá demorar um pouquinho para baixar, mas vale à pena. - Bom Passeio.

Me escreva:

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domingo, 25 de abril de 2010

Os Dois Bicentenários de Porto Alegre

Bicentenário 1740-1940
A Ponte entre o Fundador Jerônimo de Ornelas e o 
Refundador Loureiro da Silva 
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O Instituto Histórico e Geográfico do Estado fez uma pesquisa em 1939 e revelou um documento para o então prefeito José Loureiro da Silva. Era uma carta de doação de terras de uma sesmaria a beira do Guaíba para Jerônimo de Ornellas, local onde iniciaria Porto Alegre. O documento era datado de 05 de novembro de 1740, este fato caiu como uma luva para o prefeito que era descendente do sesmeiro Jerônimo de Ornelas.
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Sesmaria de Santana
• Essa sesmaria (na qual integrava também toda a região da Santa Isabel) teria uma área aproximada de 14.000 hectares. Essa concessão foi confirmada por carta Régia de 23/01/1744 e registrada a 11 dezembro desse mesmo ano, no Livro de Ofícios e Mercês de Lisboa no Porto de Viamão, visada a 20 de julho de 1754 pelo Governador, conde de Bobadela, General Gomes Freire de Andrade.
Carta Régia - 1754
O Morro Santana
• Figura como uma referência geográfica
O Morro Santana demarcava os limites da sesmaria que pertenceu primeiramente a Jerônimo de Ornelas e, posteriormente, a Inácio Francisco. Em segundo, por ter abrigado a sede da estância de Santana, local onde residiram os dois primeiros proprietários dessa sesmaria.
O primeiro Dono das Terras
• Em 1732 Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos estabelece -se no Porto de Viamão. O local escolhido para construir a sede de sua sesmaria foi o MORRO SANTA ANA (ou Santana). Jerônimo de Ornelas mudou-se para Guaratinguetá, São Paulo, onde contraiu núpcias em 1723, com dona Lucrécia Leme Barbosa, nascida nesta mesma cidade. O casal teve dez filhos, mas todos os descendentes legítimos são-no por linha feminina, uma vez que eram oito filhas que casaram e dois filhos que faleceram solteiros.
• Diversos pesquisadores afirmam que a sua prole daria destacada descendência no Rio Grande do Sul.
Jerônimo de Ornelas
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Limites da Sesmaria de Santana
• Ao norte, com a fazenda do Ten. Francisco Pinto Bandeira, tendo como divisa o Rio Gravatai; Ao sul, com as terras de Sebastião Francisco Chaves, tendo como divisa o Rio Jacareí (mais tarde chamado Arroio Dilúvio); A Oeste, as praias do Rio Grande (conhecido na época como Igahiba ou Lagoa de Viamão, hoje Rio Guaiba) e a Leste, com as terras de Francisco Xavier da Azambuja, tendo como divisa o atual Arroio Feijó e seu afluente mais tarde conhecido por Arroio Dornelles, incluindo todo o Morro Santana.
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Com a descoberta, Loureiro da Silva preparou grandes festejos para que em 1940 fosse comemorado o bicentenário da cidade. Com intuito de promover suas obras ele acabou montado desfiles grandiosos pelas ruas do Centro. O prefeito queria demonstrar a ligação dele com o fundador da cidade: Jerônimo de Ornellas. Tanto que na prefeitura antiga (Paço dos Açorianos) existe uma placa comemorativa em que aparecem os dois.
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Comemoração do Bicentenário de 
Porto Alegre 1740-1940
 Foto de João Alberto Fonseca da Silva
Desfile de alunos da rede pública na av. Borges de Medeiros - 1940
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erônimo de Ornellas havia recebido a carta de doação de uma sesmaria às margens do Guaíba em 5 de novembro de 1740.
E o prefeito Loureiro da Silva era neto de Jerônimo de Ornellas. E se orgulhava disso.

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 Num discurso de saudação a Getúlio Vargas, nas comemorações do Bicentenário de Porto Alegre, por ele promovidas, Loureiro proclamou:
‘Quis o destino, na sua torrente imprevisível, após duzentos anos, que o neto governasse a estância do avô ancestral’.
Mas a celeuma continuou, porque outra corrente de historiadores entendia que a data de fundação era 26 de março de 1772, quando Porto Alegre foi elevada à condição de freguesia.
Em outro pronunciamento, naquele mesmo ano, perante o Conselho do Plano Diretor, Loureiro rebateu:
‘Embora os historiadores se percam em bizantinismos e discussões que não interessam no momento, a verdade é que a carta que outorgou a Jerônimo de Ornellas a sesmaria de campo, que vinha do Morro de Santana até o Porto de Viamão, foi firmada a 5 de novembro de 1740 e ele já era posseiro dessas terras desde 1732.
‘Não discutimos o fato em si mesmo, porque não estamos comemorando, neste momento, em Porto Alegre, o bicentenário de fundação da cidade. O que discutimos é o Bicentenário de Colonização dessas terras.
‘Inquestionável e indiscutivelmente, o primeiro colonizador foi Jerônimo de Ornellas Vasconcelos e Menezes: foi ele, ao mesmo passo, o primeiro posseiro, o que teve o primeiro domínio da terra”.
A questão continuou em debates acadêmicos até que uma lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre fixou 26 de março de 1772 como a data de fundação da capital gaúcha.
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Livro sobre o Bicentenário
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O Novo Bicentenário 1772-1972

“A data da fundação de Porto Alegre foi longamente debatida por todo o século XX". No ano de 1971 um documento acabou com a antiga festa de Loureiro. Nele Porto Alegre era elevada para à categoria de freguesia em 26 de março de 1772. A definição foi aprovada pela câmara de vereadores e o novo bicentenário foi comemorado em 1972.
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Telmo Thompson Flores - 1969-1975 
Prefeito Interventor
Grande destruidor do passado de Porto Alegre
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Em 1971 a Câmara de Vereadores de Porto Alegre em caráter de urgência aprova a nova data para de fundação da cidade para 26 de março de 1772, para coincidir com o ano de 1972.
Por meio das práticas comemorativas da XI Semana de Porto Alegre, a administração Thompson Flores procurava legitimar as grandes obras viárias projetadas valorizando a paisagem urbana e facilitando o tráfego de autos e ônibus que haviam substituído os bondes desativados em 1970 e a transformação acelerada do espaço com a destruição de lugares da memórias da velha Porto Alegre.
A escolha do nome do viaduto (Viaduto Loureiro da Silva) e a encomenda do 
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Painel Açorianos - 1972
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painel onde figuravam os casais açorianos, procuravam ligar o presente ao passado. A administração Thompson Flores procurava apresentar-se como legítima herdeira e continuadora dos "Pioneiros" e da obra de Loureiro da Silva.Em 1972 a prefeitura publicou como parte das comemorações do "Novo" Bicentenário a obra Portfólio Porto Alegre Antigo.A obra era apresentada pelo prefeito Thompson Flores, prefaciada por Nilo Ruschel e com legendas preparadas por Leandro Telles. Era uma edição comemorativa luxuosa, em grande formato e com número limitado de cópias, para presentear autoridades e figurara nos acervos de bibliotecas públicas.
Logo, o presente era a concretização dos anseios dos fundadores da cidade, dos porto-alegrenses do passados.Na publicação velhas estampas mostravam a formação gradual do núcleo açoriano. Como 1940, 1970 foram vividos como uma ruptura em relação as experiências urbanas do passado e a nova forma de construir e gerir o espaço urbano.
Thompson Flores defendia  metropolização, mas cabia "voltar os olhos para o passado mais distante, para reavivar os passos da caminhada". Pois afinal a metropolização havia destruído grande parte da memória da "Velha Cidade", construí-la agora só por fotografias e imagens antigas.
Nilo Ruschel foi o organizador do novo Bicentenário de 1972, mas era um admirador da Velha Cidade, o que nunca escondeu e criou um elo entre 1940 e 1972.
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Viaduto Loureiro da Silva - 1972
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José Loureiro da Silva

José Loureiro da Silva (Porto Alegre, 1902 - Porto Alegre, janeiro de 1964), era descendente do sesmeiro Jerônimo de Ornellas. Ocupou a prefeitura de Porto Alegre como administrador nomeado (1937-1943), durante o Estado Novo.
Pelo voto direto, com mais de 95 mil votos, voltou ao cargo em 1960, pela coligação PDC-PL, à qual aderiu após ser expulso do PTB. Derrotou Wilson Vargas, do PTB, por cerca de 16 mil votos.
Na primeira gestão, Loureiro cumpriu a tarefa de urbanizador, abrindo novas avenidas e levando o desenvolvimento às regiões mais distantes da cidade. Em 1960, assumiu a prefeitura com o propósito de saneá-la financeiramente. Fez também grandes investimentos em obras no seu segundo mandato. Concluiu o calçamento de 150 ruas, construiu 18 praças públicas, o Parque Moinhos de Vento e obteve, junto ao governo de Jânio Quadros, os recursos necessários para o saneamento da bacia do Arroio Dilúvio e para a pavimentação da Avenida Ipiranga.
Na área de educação, houve em sua administração a inauguração de 85 novos prédios escolares e o início das obras de outros 27. 
Seis meses depois de deixar a prefeitura, quando entregou o cargo a Sereno Chaise, LOUREIRO DA SILVA morreu de um derrame cerebral fulminante.
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O Comendador Pepsi-Cola
O Flávio Alcaraz Gomes, na coluna diária que assina no Jornal O Sul, conta alguns episódios da vida de um português chamado Heitor Pires, que tinha a licença de engarrafamento em Porto Alegre do refrigerante Pepsi-Cola e muito dinheiro para publicidade do seu produto. Não é necessário dizer que o Comendador Heitor era uma espécie de “senhor do raio e do trovão”, afinal dinheiro sempre ajudou a colocar qualquer empreitada em andamento.

Tenho a minha historinha para contar sobre o Comendador e o
Prefeito José Loureiro da Silva, também conhecido por “Índio Charrua”. O português da Pepsi-Cola queria porque queria ser dono do Carnaval de Porto Alegre. E com muito dinheiro conseguiu. Então tínhamos dois carnavais: o da prefeitura, pobre, e o do Comendador Pepsi Cola, exuberante.

Um dia o Dr. Loureiro encheu o saco e comprou briga com o português. Foi a
Rádio Guaíba e falou comigo, locutor do horário, sábado por 9 da noite: “meu filho, eu quero usar espaço para esculhambar com esse português vendedor de água suja do Guaíba”. Como não tinha autoridade para liberar o pedido, telefonei ao diretor Arlindo Pasqualini e contei a história. Pasqualini mandou dar o horário que o Prefeito Loureiro queria e abrir espaço idêntico se Heitor Pires pedisse direito de resposta.

Loureiro da Silva, prefeito, anunciado por mim sentou-se e colocou um 38 cano comprido, cabo branco, em cima da mesa e começou chamando o português da Pepsi-Cola de safado, vendedor de água suja, e outros adjetivos. Desabafou e foi embora. Meia hora depois atendi ao telefone (toda a emissora tinha dois telefones, o 5768 e o 8005) lá no fundo, uma voz sumida, a pessoa identifica-se:
"aqui fala o Comendador Heitor Pires, quero saber se aquele energúmeno ainda está aí". Perguntei, o senhor se refere ao prefeito Loureiro? "Sim, ele, um energúmeno". Já saiu, faz bastante tempo, informei. Se o senhor quiser direito de resposta, tem, "quero", respondeu com uma advertência o Dr. Heitor. "Mas se ele, o energúmeno estiver aí o senhor será o responsável por uma tragédia. Vou matar esse cidadão".

Matou coisa nenhuma. Repetiu o que falou um patrício português: e, finalmente, entre
"mortos e feridos não morreu ninguém".


Assim é Porto Alegre ...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Canais de TV em Porto Alegre


 Brasil
A Televisão
Primeiro e segundo símbolo da TV TUPI - 1951
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PRF-3 TV Tupy-Difusora

São Paulo - SP
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Assis Chateaubriand na TV no dia da inauguração 18.09.1950
São Paulo/SP
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Em 18 de setembro de 1950, a PRF-3 TV Tupi-Difusora, a pioneira, foi inaugurada em São Paulo. O jornalista Assis Chateaubriand (Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo) sabia da importância do novo veículo de comunicação, que surgia em todo o mundo. Os primeiros países que a inauguraram foram: Estados Unidos, França e Inglaterra.
E o quarto país a fazê-lo, foi o Brasil. 1º da América Latina. Com material comprado na RCA dos Estados Unidos, Chateaubriand deu a largada, em busca da modernidade que chegava ao mundo.
Aqui registramos por isso nossos parabéns, a esse brasileiro de visão, que colocou nosso país, em posição tão importante. Nem Chateaubriand, o visionário, imaginava o crescimento e a importância que a televisão iria ter, ao chegar ao seu 60º aniversário.
A televisão é o mais importante veículo de comunicação do Brasil, que tem hoje nada menos que 60 milhões de televisores espalhados pelo território nacional.

- De forma pioneira e ousada, implantou, a TV Tupy-Difusora (inicialmente canal 3), em São Paulo, em seguida espandindo-se por todo o Brasil, formando a Rede Tupi de Televisão.
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Assis Chateaubriand
(Arquivo Pró-TV / Museu da TV)
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Em 2010 - A Televisão Brasileira faz 60 Anos.
O Dia Nacional da Televisão é 18 de setembro.
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Nota:
- Após campanha da PRÓ-TV e com o apoio do deputado federal Duílio Pisaneschi, amigo de nossa associação, a diretoria esteve em Brasília, para ver a assinatura do documento que promulgou, em nível nacional, o Dia da Televisão.
Na Câmara dos Deputados houve a sessão solene.
E, depois, o presidente da casa à época, deputado Aécio Neves, recebeu a caravana paulista, para um brinde em sua residência, à margem do Lago Paranoá.
Foi uma data festiva, finalmente alcançada.
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Hebe Camargo (ainda morena) a grande cantora da Rádio Tupi de São Paulo
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Ivon Curi e Hebe Camargo, cantam juntos, logo após a inauguração da TV Tupi de
São Paulo - 1950
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Rio Grande do Sul
Porto Alegre
A Televisão
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TV PIRATINI Canal 5
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TV PIRATINI - Canal 5

Em 20 de dezembro de 1959, as cinco da tarde, o apresentador Ênio Rockenbach anunciou:

" Senhoras e Senhores telespectadores do Rio Grande do Sul, está no ar a TV Piratini, Canal 5, uma emissora dos Diários Associados ".
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Assis Chateaubriand na inauguração da TV Piratini - canal 5 
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Pórtico da TV Piratini no morro Santa Tereza
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Modernidade

- Descrita como uma das mais modernas do Brasil, a TV Piratini começou a funcionar em Porto Alegre com o melhor que a tecnologia da época poderia oferecer. As primeiras imagens foram geradas a partir do prédio erguido no topo do Morro Santa Teresa.
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O Curumim
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Com o indiozinho Curumim como símbolo, era a mais nova afiliada do grupo de Assis Chateaubriand.
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Margarida Spessato, "Garota Propaganda" da TV Piratini - Canal 5
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WALMOR BERGESSCH integrante da equipe que instalaou a TV PIRATINI CANAL 5, em
20 de Dezembro de 1959
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Estúdios da TV Piratini
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Nos estúdios de 1.700 metros quadrados, trabalhavam 100 profissionais,
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Câmera P13
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Havia cinco câmeras valvuladas.
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Caminhão de externa da Piratini
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O novo canal contava também com um caminhão de externa, acionado logo depois da cerimônia de inauguração para transmitir um incêndio que destruiu o Varejo Reunidas, na Rua do Rosário, centro de Porto Alegre.
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Equipe de externa
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Filmadora para externa - 16mm
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Em 1962, o caminhão de externa transmitiu a apresentação dos Zufalitzen Artisten, equilibristas sobre cabo de ação entre os prédios do edifício União e da Prefeitura de Porto Alegre.
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Mesa de Edição
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Sergio Reis - Diretor
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A Programação Local da TV Piratini

- Ainda sem contar com o recurso do videoteipe, durante os três primeiros anos de pioneirismo a programação da Piratini era totalmente ao vivo.
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Equipamento Telecine 16mm
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Em duas horas diárias, das 20h às 22h, os telespectadores assistiam a três novelas, dois telejornais - o Repórter Esso e o Diário de Notícias na TV, além de três peças de teatro semanais e shows artísticos.
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Ênio Rockenbach foi o primeiro apresentador da Piratini.
(Foto atual)
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Elody Garcia na PUC
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No inicio da década de 1960, Eloidy Garcia Rodrigues passou para a redação do Repórter Esso, substituindo Enio Rockenbach na locução do noticioso, aos finais de semana.

No ano de 1961, ingressou na TV Piratini e, mais tarde, no Diário de Notícias.

Entre seus programas locais, a emissora da Rede Tupi apresentava todas as noites o Diário de Notícias na TV, apresentado por jornalistas como Ênio Rockenbach, Melchíades Stricher e o mais tarde Ibsen Pinheiro.
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Programa Manga de Camisa
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A partir de 1961, Ênio Rockenbach também apresentou o programa sobre futebol "Em Mangas de Camisa".
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Dona Mimi Moro
(Capa de um de seus livros: Editora Globo, RS।Ano: 1966)
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A primeira apresentadora de Culinária na TV do RS, Mimi Moro passou décadas ensinando as gaúchas a cozinhar no programa "Cozinhando com Dona Mimi", de 1959 e toda a década de 1960.
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As notícias eram apresentadas por Celso Ferreira, que mais tarde foi apresentar o Rede Regional de Notícias do Jornal do Almoço.
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Ernani Behs apresentava o Varig Convida, sobre viagens internacionais.
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Programa Club do Guri - patrocinador Chocolates Neugebauer - Década de 1960
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Sayão Lobato (calça branca camisa estampada), na Tv Piratini Canal 5, comandando o programa TV Samba.
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O cantor Lindomar Castilhos no programa Sayão Lobato.
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Grande Show Wallig, cartaz promocional de divulgação do programa,do ano de 1961
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Este foi um dos grandes programas,que era levado ao ar pela TV Piratini Canal 5, ao vivo, diretamente de seus estúdios aos domingos: GRANDE SHOW WALLIG
Este programa apresentava astros da música local, nacional e até internacionais aqui se apresentavam ao vivo acompanhado por orquestra. 
O Grande Show Wallig, tinha aos domingos, uma enorme audiência, foi um grande sucesso da TV Piratini. 

O Canal 5 foi a primeira emissora de TV do Rio Grande do Sul, podia ser sintonizada em todo o estado, Santa Catarina e uma parte do Uruguay. 
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Programa "Vestibular Eleitoral"

Em 4 de setembro de 1962, o jornalista Segundo Brasileiro Reis à frente, no centro da mesa o ministro Francisco Juruena, no programa Vestibular Eleitoral.
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Revista TV SUL, número 1
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Em agosto de 1963, este exemplar trazia na capa a foto da TV Piratini canal 5, e uma biografia da cantora Elis Regina
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Anúncio TV Piratini
Publicado na revista ``O CRUZEIRO´´ DE 08 DE JUNHO DE 1968
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Programação Nacional da TV Piratini
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Seriados
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Carlos Miranda, OVigilante Rodoviário
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"O Vigilante Rodoviário": série brasileira na TV Tupi (EM PORTO ALEGRE ,RS TV PIRATINI CANAL 5), Canal 4 REDE TUPI que fez tremendo sucesso por volta de 1963, junto às crianças. O herói era sempre acompanhado por um cão pastor alemão amestrado, chamado Lobo (vide foto), que o ajudava na caça aos bandidos.

Carlos Miranda, o Vigilante, visita em pessoa um emocionado Gamito, seu fãn desde pequenino. Carlos está vivo até hoje e aposentou-se realmente na Polícia Rodoviária de São Paulo. Esta o admitiu em seu quadro como Relações Públicas e o carismático artista passou a divulgar a imagem da Polícia Rodoviária e dar palestras sobre trânsito nas escolas e em todos os lugares onde era chamado.
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Circo do Carequinha
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Carequinha também foi pioneiro na televisão, sendo o primeiro palhaço a ter um programa na TV Tupi, em 1951. O Circo Bombril ficou no ar por 16 anos.
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Novelas
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Isaura Bruno (1916-1977) em O Direito de Nascer (TV Tupi - 1964/65)
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O sucesso da Novela O Direito de Nascer se deveu a uma poderosa empatia produzida com o público ainda nos primeiros anos da televisão no Brasil quando estreou em dezembro de 1964, oito meses depois do golpe militar. A telenovela foi baseada num melodrama cubano com a história se passando nos anos 1920 em que um menino branco é abandonado pela mãe seduzida, e que por pressão de seu pai teria que abandoná-lo por este não aceitar um neto herdeiro ilegítimo. Para proteger o recém-nascido da adoção por estranhos a empregada negra da família Maria (Mamãe) Dolores foge com ele e o cria como seu filho até sua formatura.
Entre outros contornos do melodrama, o seu sucesso provavelmente se deve a uma "conexão secreta" existente entre sua história e o próprio drama vivido pela sociedade brasileira e por extensão, típica aos povos colonizados nas Américas. O segredo de tal "conexão secreta" está provavelmente no subtexto deste melodrama que representa o mito da Mãe Preta e que estava presente no cotidiano e no imaginário colonial ultrapassando no tempo a era moderna perdurando ainda hoje na figura e no ideal da empregada doméstica.
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TV Tupi - 20h
de 26 de março de 1973 a 5 de fevereiro de 1974
253 capítulos
novela de Ivani Ribeiro
direção de Edison Braga e Carlos Zara

SINOPSE
O jovem Marcos Assunção está de volta à cidade litorânea de Pontal D'Areia para auxiliar nos negócios da família. O rapaz conhece e se apaixona pela doce Ruth, filha de pobres pescadores, mas acaba envolvido por Raquel, a irmã gêmea de Ruth. As irmãs são gêmeas idênticas, mas de personalidades opostas. Enquanto Ruth ama de verdade Marcos, Raquel ambiciona sua posição e fortuna, e mantem o seu relacionamento amoroso com Wanderley, um mau-caráter. Quem percebe tudo isso é o doente mental Tonho da Lua, famoso por esculpir mulheres nas areias da praia, o protegido de Ruth, e que sofre com a perseguição e maldades de Raquel.
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Mas Raquel tem que enfrentar Virgílio Assunção, o pai de Marcos, que não aceita o namoro. Virgílo é o homem prepotente que enfrenta problemas dentro de sua casa. Malu, a filha rebelde, o culpa pela morte do noivo, e vive a provocá-lo. Até que a moça conhece o vaqueiro Alaôr, um homem rude, e muda o seu alvo. Alaôr tenta a todo custo domar as impetuosidades de Malu.
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Enquanto isso, Ruth sofre calada com o casamento da irmã Raquel, mesmo sabendo que ela está com Marcos só por interesse. A história tem uma reviravolta quando Raquel é dada como morta e Ruth assume a sua personalidade, para ficar ao lado do homem que ama. Mas Raquel não morreu, e planeja a sua volta e a vingança contra a irmã que tomou o seu lugar.
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Abertura da Novela


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Eva Wilma interpretava as protagonistas gêmeas Ruth e Raquel
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Carlos Zara com Gianfrancesco Guarnieri (como da Lua) e Eva Wilma
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Carlos Zara e Eva Wilma com Cleyde Yáconis, Márcia Maria, Silvio Rocha,
Maria Estela, Antônio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra
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Ana Rosa e Serafim Gonzalêz
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ELENCO

núcleos
EVA WILMA - Ruth / Raquel
CARLOS ZARA - Marcos
GIANFRANCESCO GUARNIERI - Tonho da Lua
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO - Virgílio Assunção
CLEYDE YÁCONIS - Clarita
SILVIO ROCHA - Floriano
LUCY MEYRELLES - Isaura
MARIA ISABEL DE LIZANDRA - Malu
ANTÔNIO FAGUNDES - Alaôr
EDGARD FRANCO - Wanderley
IVAN MESQUITA - Donato
MARIA ESTELA - Arlete
ROLANDO BOLDRIN - César
MÁRCIA MARIA - Andréia
NEWTON PRADO - Alcides Sampaio
CARMINHA BRANDÃO - Baby
SERAFIM GONZALEZ - Alemão (Wálter)
ANA ROSA - Alzira
CARLOS NUNES - Tito
ANALU GRACI - Glorinha
LIZA VIEIRA - Carola
UMBERTO MAGNANI - Zé Luís
JOÃO JOSÉ POMPEO - Duarte
ABRAHÃO FARC - Marujo
ADONIRAN BARBOSA - Chico Belo
LÉA CAMARGO - Do Carmo
HAROLDO BOTTA - Jajá
RAIMUNDO BATISTA - Servílio
THEREZA SANTOS - Vilma
OLÍVIA CAMARGO - Alice
CARMEM MARINHO - Luiza
RIVA NIMITZ - Bebé
SÉRGIO GALVÃO - Justino
CARLO MORENO - João
PAULO VILLA - Isidoro
e
HENRIQUE MARTINS - Promotor
OTHON BASTOS - Dr. Otávio Galvão (advogado de Ruth)
ALDO CÉSAR - Delegado Fleury (investiga o assassinato de Wanderley)
FLÁVIO GALVÃO - Ricardo (namorado de Malu que suicidou-se)
ÁTILA IÓRIO - Henrique (irmão de Virgílio, pai de Arlete)
GIAN CARLO - namorado de Raquel no início
PAULO GUARNIERI - Tonho da Lua (criança)
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O LP com a trilha sonora da novela
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01. FIRST LOVE - Phonoband (tema de Ruth e Marcos)

02. THE NIGHT I GOT OUT OF JAIL - Ten Wheel Drive (tema de Malu)
03. VIOLÃO VAGABUNDO - Baden Powell (tema de Raquel)
04. MALDIÇÃO - Maria Bethânia (tema de Tonho da Lua e Alzira, de Ruth e Raquel)
05. GERAÇÃO DO AMOR - Phonoband (tema de Isaura)
06. O NAVEGANTE - MPB4 (tema dos pescadores)
07. LAST LOVE - Phonoband (tema de abertura)
08. BEAUTIFUL - The Isley Brothers (tema de Andréia)
09. DROPS - Cynthia (tema de Ruth)
10. TE AMO ETERNAMENTE (WHILE WE'RE STILL YOUNG) - Celso Ricardo (tema de Ruth e Marcos)
11. A VIOLA E O CANTADOR - Renato Teixeira (tema de Floriano)
12. EASY COMES, EASY GOES - Phonoband (tema de Clarita)
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Bastidores da Novela
Um dos maiores sucessos da TV Tupi, basicamente calcado no texto de Ivani Ribeiro e no trabalho duplo de Eva Wilma que conseguiu momentos antológicos quando as irmãs gêmeas atuavam na mesma cena. Curiosamente, a irmã perversa, Raquel, era a que mais despertava interesse no público.
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AViagem - 1975
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A viagem produzida pela Rede Tupi e exibida de 1 de outubro de 1975 a 27 de março de 1976, às 20 horas, em 141 capítulos.
Escrita por Ivani Ribeiro, foi dirigida por Edson Braga e Atílio Riccó, com supervisão geral de Carlos Zara.
Enredo
Pego em flagrante num assalto, Alexandre mata o homem que o surpreende e tenta fugir. Porém, o irmão Raul e o cunhado Téo o entregam à polícia. Só sua irmã Diná é quem faz por onde defendê-lo. Vai procurar o renomado advogado, César Jordão, para que represente Alexandre, mas se depara com um homem revoltado e disposto a fazer de tudo para condenar o rapaz, uma vez que o morto era seu grande amigo. Assim sendo, Alexandre é condenado e, para não passar o resto da vida apodrecendo na cadeia, suicida-se, prometendo vingança "senão nessa vida, na outra".
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Com o suicídio de Alexandre, o médico e amigo da família, Dr. Alberto Menezes, põe-se a tentar ajudar a mãe dele, Dona Izaura, e a todos da família, dada a tragédia. Alberto é apaixonado por Estela, outra filha de Izaura, que tem problemas com a filha adolescente Maria Lúcia, que criou sozinha já que o marido Ismael é um mau caráter que a abandonou. Raul, o irmão que denuncia Alexandre, vive um casamento mais que feliz com Andrezza e se dá muito bem com a sogra, Dona Guiomar. Diná é uma mulher bonita, charmosa, casada com um homem mais jovem, Téo, o que provoca crises de ciúme. O Dr. César, com quem Diná passa a viver uma relação de ódio, culpando-o por tudo de ruim que aconteceu a seu irmão, é viúvo e pai de dois filhos, o jovem César Júnior e o garoto Dudu. Todavia, Alexandre, noutro plano, passa a atormentar a vida de todos, cumprindo o que prometera antes de morrer, como por exemplo: deixar Júnior, filho de César Jordão, drogado; e tornando Téo um marido violento. Seus principais alvos são o advogado, o irmão e o cunhado. Diná e César se apaixonam, bem como Téo e Lisa, antes namorada de Alexandre. A única pessoa que se dá conta da negra influência satânica de Alexandre sobre os vivos é o Dr. Alberto, adepto do Espiritismo, que tenta fazer algo através de suas reuniões mediúnicas.
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Morre o advogado César e, depois, morre Diná. Eles se reencontram num lugar chamado "Nosso Lar" (representação do céu) e de lá, juntos, com seu amor capaz de superar todas as barreiras, tentam reverter a influência perversa de Alexandre, que está preso no "Vale das Sombras", sobre os seus entes queridos na Terra.

Elenco
Eva Wilma - Diná Veloso
Altair Lima - César Jordão
Ewerton de Castro - Alexandre Veloso
Tony Ramos - Téo (Teófilo)
Elaine Cristina - Lisa
Rolando Boldrin - Alberto Rezende
Irene Ravache - Estela Veloso
Adriano Reys - Raul Veloso
Joana Fomm - Andrezza Veloso
Carminha Brandão - Guiomar
Carmem Silva - Isaura Veloso
Carlos Alberto Riccelli - César Jordão Júnior
Lúcia Lambertini - Cidinha
Abrahão Farc - Tibério
Wilma de Aguiar - Fátima
Dante Rui - Agenor
Serafim Gonzalez - Ismael
Suzy Camacho - Maria Lúcia
Ricardo Blat - Hélio
Ana Rosa - Carmem
Francisco di Franco - Mauro
Teresa Sodré - Nenê
Yolanda Cardoso - Josefina
Kadu Moliterno (com o nome de Carlos Eduardo) - Caíto
Haroldo Botta - Dudu
Leonor Lambertini - Luísa
Arnaldo Weiss - João
Terry Winter - Rui
Gervásio Marques - Queiroz
Maria Viana - Edméa
Carmem Marinho - Renata
Oswaldo Mesquita - Duarte
Oswaldo Campozana - Jurandir
José Parisi Júnior - Lula
Arnaldo José Pinto - Zeca
Régis Monteiro - Zé Luís
Andréa Morales - Patrícia
Anita Cousseiro - Maria
Judi Teixeira - Francisca
João Acaiabe - Damião
Elza Maria - Zulmira
Elizabeth Hasselbarth - Dolores
Rildo Gonçalves
Sérgio Galvão
Clemente Viscaíno
Guilherme Corrêa
Cláudio Corrêa e Castro - Conselheiro Daniel
Sílvio Rocha - Lourenço
Cuberos Neto - desconhecido
Annamaria Dias - Verônica Jordão (primeira esposa de Otávio)
Arlete Montenegro - Mariana
Márcia Maria - Carlota
Kate Hansen - Carlota (substituindo Márcia Maria)
Carlos Augusto Strazzer - Sombra

Curiosidades
A telenovela reafirmou o potencial de idéia da autora e apresentou um sensível trabalho de Eva Wilma, principalmente nas seqüências do além.
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Foi o último trabalho da atriz Lúcia Lambertini, que viveu a divertida "Dona Cidinha", proprietária de uma pensão que era um dos cenários da história.
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Mais uma vez se apostou na química do casal formado por Tony Ramos e Elaine Cristina, que vinham de Os inocentes e Ídolo de pano.
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Para escrever A viagem, Ivani Ribeiro baseou-se em dois livros ditados pelo espírito André Luiz ao psicógrafo médium Chico Xavier: Nosso lar e E a vida continua....
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A atriz Márcia Maria, que interpretava "Carlota", uma das personagens do núcleo do céu, teve de sair da novela por problemas de saúde. Em seu lugar entrou Kate Hansen. No capítulo da mudança, o diretor Carlos Zara narrou uma explicação em off.
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Na época da exibição da novela foi lançada uma versão da história em livro.
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- Um remake de A viagem, também escrito por Ivani Ribeiro, foi produzido pela Rede Globo e levado ao ar de 11 de abril a 22 de outubro de 1994, no horário das 19 horas. Com o mesmo sucesso da original.
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A Última Novela
Novela de Rubens Ewald Filho 
Direção de Antônio Abujamra e Atílio Riccó
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Em janeiro de 1980, entrava no ar a que seria a última novela da Rede Tupi de Televisão "Drácula, uma história de amor", com Rubens de Falco (Drácula), Bruna Lombardi (Mariana) e Carlos Alberto Riccelli (Rafael)
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O lendário vampiro Conde Drácula deixa seu castelo na Transilvânia, partindo em busca de seu filho único, Rafael, levado quando criança pela ama Hannah. Usando o nome Vladimir, reencontra o filho, hoje um homem feito, e acaba se apaixonando pela jovem Mariana, sua futura nora, neta da toda-poderosa Dona Marta.
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Esta novela tinha um elenco de peso como os atores Rubens de Falco como conde Drácula (Vladimir) , Bruna Lombardi (Mariana) e Carlos Alberto Riccelli (Rafael).
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Tambem estavam no elenco dessa novela Cleyde Yáconis , Isabel Ribeiro , Sandra Barsotti, Herson Capri, Arlete Montenegro entre outros.
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Wálter Avancini seria o diretor dessa novela mas foi demitido da emissora pouco antes da novela estrear. Dos dez capítulos escritos, apenas quatro foram ao ar - a novela foi suspensa e vendida para a Rede Bandeirantes, que mudou o nome para "Um Homem Muito Especial", com o mesmo elenco.

Esta novela teve apenas uma semana de exibição. Pois a greve na Tupi cancelou as gravaçãoes e no seu lugar foi exibida a reprise da novela "Eramos Seis". 
Era o fim das produções das novelas da Tupi. 
A emissora sairia do ar em definitivo no dia 18 de julho de 1980.
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Programas
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Programa "Grande Chance" - 30.10.1969
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Programa Flávio Cavalcanti - 1969
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Flávio Cavalcante dizia "Um instante Maestro" e com a mão erguida "Nossos Comerciais Por Favor".
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Terezinhaaaa!...
Chacrinha na TV Tupi - Canal 6
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Chacrinha
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Abelardo Barbosa "O Chacrinha", iniciou sua carreira na TV Tupi em 1956(aqui no RS tv piratini canal 5) e fazia o programa Discoteca do Chacrinha.
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Jota Silvestre
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J. Silvestre e seu programa "O Céu é o Limite"
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Os Trapalhões 
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Em 1975, na TV TUPI, o sonho se concretiza. O sucesso é ainda maior. DIDI, DEDÉ, MUSSUM E ZACARIAS ficarão eternizados na memória de todos os Brasileiros como OS TRAPALHÕES.
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Lutas de Box - 1961
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TV PIRATNI, PATROCINADORES
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Querozene Jacaré
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Grapette
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Ki-Suco
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Minuano Limão
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TV PIRATINI, CANTORAS
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Lourdes Rodrigues - Cantora
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A grande oportunidade foi ter vencido o concurso de "A mais bela voz de estudante do Rio Grande do Sul", transmitido pelas ondas da Farroupilha.
De posse do título, Lourdes representou os gaúchos na grande final no Rio de Janeiro e conheceu a televisão, então distante da maioria dos lares brasileiros. O show foi no auditório da TV Tupi, com direção de Ari Barroso, e lhe conferiu mais uma vitória.
A carreira começava a despontar. 

Em 31 de agosto do mesmo ano (1952), veio a emoção de estrear no programa "Roteiro de um Boêmio", maior audiência da Farroupilha naquela época. "Tinha o meu fã-clube. As pessoas vinham do interior para me conhecer", recorda Lourdes Rodrigues, rainha do rádio, do carnaval, dos estudantes e favorita dos militares.


Ao longo dos 15 anos seguintes, a Dama da Canção propagou sua voz pela freqüência da Farroupilha. Mas o rádio foi perdendo espaço para a televisão e os artistas passaram a ocupar os palcos do "Grande Show Wallig", do Canal 5, nas apresentações dominicais.

E a noite de Porto Alegre foi evoluindo. Passei a cantar nas casas noturnas do Lupicínio Rodrigues, da Vera Vargas e Adelaide Dias, além dos shows que sempre fazia no interior. 

Em 1987, Lourdes lançou seu primeiro (e único) LP, no Bar Carinhoso. 


"Foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira. Vendi 17 mil cópias desta produção independente batizada de "Utopia", lembra. 
(FONTE: SINPORO - RS )

Em 1961, Hebe Camargo fez uma temporada brilhante em Porto Alegre.
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Edith Veiga - Cantora
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TV PIRATINI, ARTISTAS E MÚSICOS
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LUIZ MAURO, FERNANDO, FERNANDO COLARES, GILBERTO TRUMPETISTA, e VILSON AYALA
FESTIVAL da MUSICA REGIONAL,
Defendendo a música:``O GAÚCHO E A SAUDADE´´ de autoria de Vilson Ayala.
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1960
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1960
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1961
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Em 1961, MICHELANGELO VERSO na TV Piratini - Canal 5, tenor italiano canta a música "Extraño en el Paraíso" AO VIVO em Porto Alegre.
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The Claytons no mirante - 1967
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Em junho de 1967, Conjunto The Claytons em Porto alegre, no morro Santa Tereza no patio da TV Piratini.
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Antena TV Piratini
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Estudantes do interior do estado visitam a sede da TV Piratini em
09 de setembro de 1962
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Até 1980, último ano em que funcionou, a TV Piratini assumiu a importância histórica de ser a primeira emissora de TV dos Gaúchos.

O FIM DA TV PIRATINI

A TV Piratini saiu do ar junto com as outras emissoras associadas a Rede Tupi de Televisão:
- TV Tupi de São Paulo, TV Tupi Rio, TV Marajoara de Belém, TV Itacolomi de Belo Horizonte, TV Tupi Brasília e outras.

A antena da TV Piratini, no Morro Santa Tereza, foi nos anos seguintes demolida por falta de manutenção.
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Logomarca - 1972
A Vigília em São Paulo
O CÂMERA CHOROU
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19 de julho de 1980
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Logomarca TV TUPI - 1980
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A ORDEM DE FECHAR

DENTEL LACRA 7 EMISSORAS DE TVS ASSOCIADAS
Brasília - Ontem às 8h30m, o diretor-geral do Departamento Nacional de Telecomunicações - Dentel, Coronel Antônio Fernandes Neiva, ao receber o Diário Oficial da União que publicou os atos do Presidente da República o Sr. João Batista Figueiredo, considerando peremptas - não renováveis - as concessões de sete emissoras de televisão do Grupo Associado, expediu, via telex, ordem para os diretores regionais do órgão, onde se localizam essas televisões, para interromper imediatamente as transmissões e, conseqüentemente, o lacre de seus transmissores.
No começo da tarde, todas as sete emissoras estavam com seus transmissores lacrados. A TV Tupi, do Rio de Janeiro, foi última emissora, a ser lacrada, às 12h33m e TV Marajoara, de Belém, a primeira, às 9h20m. O diretor-geral do Dentel informou que durante o processo do lacre não louve qualquer incidente, apesar do clima de emoção que a medida provocou. Disse que recomendou ao pessoal encarregado de executar essa missão que evitasse qualquer tipo de confronto, que usassem de máxima cautela e de urbanidade para evitar qualquer choque com os funcionários.
SÃO PAULO: A GREVE - São Paulo - Os transmissores da TV Tupi, canal 4 de São Paulo, foram lacrados ontem de manhã, pelo Dentel, cumprindo decreto assinado pelo Presidente Figueiredo e formalizando o fim de emissora que foi a pioneira no Brasil e durou 30 anos. "Joguei flores quando foi inaugurada. Agora, jogo a pá de cal" disse o diretor da S.A. Rádio Tupã, Sr Mauro Gonçalves.Ele recebeu das mãos do agente fiscalizador do Dentel, Sr Carlos Alberto Almeida Campos, três cristais, peças fundamentais dos transmissores, e assinou termo de interrupção. Cerca de 40 funcionários assistiram ao ato de lacração, no 10º andar do prédio do Sumaré; alguns procuravam os cantos para esconder lágrimas. O superintendente administrativo, Sr Wilson considerou o desfecho da TV Tupi "natural pelo comportamento da direção da empresa, mas extremamente chocante para quem foi dela funcionário".
A LACRAÇÃO - O ato de lacração foi rápido e, após a retirada dos cristais, agentes do Dentel, funcionários e diretores da TV Tupi reuniram-se no 9º andar, para assinatura do termo de interrupção, em papel timbrado do Dentel - a diretoria regional de São Paulo, que levou o número 1/80. O documento diz que os transmissores não poderão ser deslacrados a não ser por autorização daquele órgão.O diretor da S.A. Tupá, Sr Mário Gonçalves, 62 anos e 45 de trabalho nos Diários Associados, depositário dos cristais, colocou as peças em cofre. "Só recebo honrarias", disse ele - "em meus 45 anos de empresa, a proteção foi meu esforço, algumas vezes reconhecido, outras desprezado. Tenho meu trabalho e meus filhos e luto com dificuldade. Mas sou católico, creio na ressurreição de Cristo e por isso também num milagre para que a emissora renasça.
"POTÊNCIA - A TV Tupi ocupava cinco dos 10 andares do prédio no Sumaré, onde continuam funcionando as rádios Tupi, Difusora AM e Difusora FM. A torre que sustentaria a nova antena da TV de 50 W de potência estava em fase de acabamento; seria a maior da América do Sul.
BELÉM: 9H20MBelém - A TV Marajoara nem chegou a entra no ar ontem: antes das 10h, quando um funcionário do Dentel chegou à emissora para lacrar seus transmissores, já encontrou a emissora sem funcionar. Roberto Jares Martins, seu diretor, tinha certeza que a portaria do Ministério -das Comunicações declarando a perempção da concessão do Canal 2 seria publicada no Diário Oficial de ontem e por isso ordenou que o canal não gerasse sua programação pela manhã, até que o Dentel definisse a situação. A emissora saíra do ar aos 17 minutos de sexta-feira, exibindo um filme, Tempos Difíceis. E não retornou mais.
BELO HORIZONTE: 10H27MBelo Horizonte - A direção dos Diários e Emissoras Associados em Minas ainda não decidiu o que fará com os 300 empregados da TV Itacolomi, que ontem não chegou a entrar no ar. Por enquanto, nenhuma demissão foi anunciada e, ontem, em nova nota, o Sindicato dos Jornalistas de Minas exigiu que o Governo se responsabilize pelo reaproveitamento dos 300 demitidos.A decisão dos Associados sobre os funcionários só deve ser anunciada segunda-feira e, se demitidos, os optantes pela CLT serão indenizados pela própria empresa, cabendo ao Governo pagar aos demais. A nota do Sindicato dos Jornalistas diz que "o Governo deve ser responsabilizado pelo destino dos empregados da TV, promovendo o reaproveitamento de todos pela nova concessionária, ou então pelas empresas estatais.
"DESOLAÇÃO - Ontem, após a retirada da emissora do ar, às 10h27m, quando representantes do Dentel desligaram os dois cristais dos transmissores da Itacolomi, na Serra do Curral, o clima entre os funcionários, que já em de completa tristeza, chegou à desolação. A emissora não chegou a ir ao ar e foi retirada pelo Dentel quando restavam no vídeo as cores para a programação. Apesar disto, às 12 horas, repórteres da Itacolomi tentavam ouvir do Governador Francelino Pereira opinião sobre a crise na empresa.A operação de retirada do ar e lacre nos transmissores foi executada sob ordens do diretor do, Dentel em Minas, Coronel Fleury, e amparada por um batalhão de choque da de PM, que se deslocou até o prédio central da emissora. Durante todo o dia, uma guarnição da radiopatrulha permaneceu em frente ao local. O Sr Francelino Pereira disse estar atento ao problema e lamentou a decisão, que, afirmou, "ninguém esperava, tendo em vista seus relatórios e sua situação financeira".
RECIFE: 10H50MRecife - Diante de 160 angustiados empregados da TV Rádio Clube de Pernambuco, três funcionários do Dentel, à frente a Sra Ana Maria Belfort, lacraram ontem pela manhã, as 10h50m, os transmissores da emissora, uma das sete da Rede Tupi, cujas concessões foram cassadas pelo Governo.Mesmo avisados de que não poderiam filmar as derradeiras cenas da emissora, ainda chegou-se a transmitir para quatro Estados nordestinos - Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas - o pânico em que se transformou a televisão pouco momentos antes do lacre. O locutor Osório Romero, improvisado na função e um dos editores de jornalismo da emissora, ainda pôde chegar até a alguns metros dos transmissores com microfone à mão, para narrar o epílogo da TV Rádio Clube.Ele conseguiu dizer para os telespectadores, mostrando a angústia dos 160 funcionários da emissora - três minutos antes da retirada do cristal dos transmissores que era um grande momento para todos, "de expectativa, angústia, de sofrimento e de um misto de pânico e desespero".Afirmou, também, que "a nossa única dúvida é com referência a nossa sorte daqui para a frente. As nossas esposas, nossos filhos, nossos familiares encontram-se numa tensão emocional incontrolável. Nesta oportunidade, fazemos um apelo ao Excelentíssimo Sr Presidente da República para olhar por nós. Aos nossos telespectadores, o nosso agradecimento pela audiência, nossa gratidão pela solidariedade".Alguns funcionários chegaram a chorar. Todos estavam bastante comovidos e mostraram que estavam solidários uns com os outros. O cinegrafista Inaldo Lins, 37 anos, fundador da TV Rádio Clube, com 20 anos de empresa, não se conteve: "Estou aqui desde os 17 anos de idade. Comecei como laboratorista. e considerava esta empresa como minha casa, pois em aqui que vivia mais, muito mais que com a família. Não encontro uma maneira de me consolar." Próximo o astrólogo Gilvan previa: "Dentro de 30 dias voltaremos ao ar". Como, ele não sabia dizer.
FORTALEZA: 11H19MFortaleza - "Afinal chegou o momento". E em seguida a imagem do Canal 2 desapareceu do ar. Era uma equipe do Dentel, delegacia regional, que chegou às 11h19m e começou a lacrar os transmissores da estação quando estava diante das câmeras o animador de auditório, Augusto Borges. Ele ainda lia mensagens de pessoas que faziam apelos ao Presidente da República para que revogasse a medida de cassação dos canais da Rede Tupi.Um dos últimos a falar foi o cantor Fagner, que nasceu artisticamente no Canal 2, em seus programas de auditório, na década de 1970. "Isso tudo faz parte de um complô contra a criatividade brasileira. Eu estou pasmado e até chorando", disse Fagner, em uma fala que durou oito minutos, acrescentando que esta "emissora fala coisas que não são padronizadas. Eu nasci aqui. A gente deve brigar por isso. Espero que retomemos brevemente" e deu um abraço em Augusto Borges que acabam de chorar convulsivamente.Fagner citou Belchior, Ednardo, Petrúcio Maia, Teti, Rodger e muitos outros artistas que brilham pelo Brasil como "crias" da TV Ceará, Canal 2.No missa celebrada em um altar humilde apenas enfeitado por uma cruz branca de isopor, o Bispo-auxiliar de Fortaleza, D Raimundo de Castro e Silva disse que "vamos rezar para que Nossa Senhora de Assunção ilumine o nosso Presidente no sentido, de que ele encontre outro meio para salvar o trabalho de vocês. A Arquidiocese muito deve ao Canal 2 e aos seus integrantes. É aqui, que há muitos anos é rezada a Missa dominical para os doentes."
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PORTO ALEGRE: 11H55MPorto Alegre - Às 11h55M de ontem, a TV Piratini, Canal 5, interrompeu suas transmissões, saindo do ar depois de 21 anos de trabalho. Enquanto era transmitido um desenho animado dos criadores norte-americanos Hanna e Barbera, um Volkswagen do Dentel subia a rampa da televisão conduzindo três técnicos do órgão com ordem para lacrar os transmissores do Canal 5.Como estava na bom do almoço, alguns funcionários encontravam-se do lado de fora do prédio da emissora, ou na lanchonete, mas esquivaram-se da imprensa, alegando que não sabiam de nada. Poucos foram os que manifestaram sua tristeza pelo fechamento do canal e a esperança de que seu emprego fosse garantido pelo cumprimento da promessa do superintendente regional Associado, Sr Estácio Ramos, de transformar a TV numa Central Produtora de Comerciais.
POLICIAMENTO - Desde as 6h um Fiat do 1º Batalhão da Brigada Militar guardava a entrada da TV Piratini, "cumprindo ordens" como disse um dos PMS, acrescentando que a ordem era ficar até que a televisão fosse fechada. Às 11h, chegava outra viatura e uma hora depois uma terceira. As 11h25m, quando o carro do Dentel chegou à TV Piratini, três carros da Brigada Militar policiavam a área, retirando-se logo após a saída do Volkswagen do Dentel.Após o lacre dos transmissores a diretoria da TV Piratini se esquivou de contatos com a imprensa, e entrar na emissora em impossível uma vez que a porta de entrada é controlada por mecanismo eletrônico. O superintendente, regional dos Diários Associados, Sr Estácio Ramos, não fez nenhum comunicado sobre o fechamento da TV Piratini e manteve reuniões durante todo o dia, conforme sua secretária. Eram 10h45m quando o JORNAL DO BRASIL tentou um contato com o Sr Estácio Ramos. Sua secretária informou que ele estava em reunião mas que "estamos todos bem, todos tranqüilos, porque o impacto da notícia já passou e ninguém será prejudicado". As 11h55m, quando a imagem da TV Piratini saiu do ar, a mesma secretaria dizia não saber de nada, que talvez fosse conseqüência de um problema técnico.Os 140 funcionários da TV Piratini continuaram, ontem, depois de lacrados os transmissores, batendo ponto de entrada e saída, e em seus departamentos esperavam a decisão da emissora sobre o destino que seria dado a cada um. Abordados sobre o que estavam fazendo na emissora, os funcionários insistiam em, responder que estavam trabalhando "internamente", enquanto outros, admitiam estarem "olhando um pra cara do outro".
RIO de JANEIRO: 12H33MEram 12h33m quando Wilson Gomes de Faria, fiscal do Dentel, se curvou sem cerimônia diante do painel cheio de visores e botões eletrônicos, puxou uma espécie de gavetinha metálica e, como quem cumpre tarefa de rotina, retirou calmamente, de dentro dela, um minúsculo cristal. Era o fim. Depois de 30 anos de atividade e com a transmissão derradeira do seu logotipo, saia do ar a TV TUPI.Na fria sala do prédio de transmissão que o outrora todo-poderoso 6 de televisão montara no Alto do Sumaré, tudo em melancolia mas ninguém chorou. Durval Cardoso Filho, técnico de manutenção há nove anos da Tupi e que recebeu, dos funcionário do Dentel o termo de lacração dos transmissores, olhou em frente depois de assinar quatro vias com a mão esquerda e disse sem muita convicção: "É chato mas a vida continua".Momentos antes, no principal estúdio da Urca, cerca de 200 funcionários, muitos deles chorando, olhavam as últimas imagens da emissora: o Papa rezando a missa do Parque do Flamengo. Ao fundo, a voz do locutor Cévio Cordeiro, apelando "ao outro João", o Presidente da República, para que "olhasse os funcionários desempregados".
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A SAÍDA DO AR 

- O ritual da retirada do ar da TV Tupi, obedeceu às regras legais. Uma veraneio e uma Brasília subiram ao Alto do Sumaré levando quatro funcionários qualificados do Dentel (Departamento Nacional de Telecomunicações): Hercílio de SantAnna (assistente jurídico), Sebastião Antônio da Silva Sobrinho (engenheiro-chefe de Seção de Fiscalização), Nilton da Silva Rosa e Wilson Gomes de Faria, agentes fiscais.O Sr Hercílio - que, ao despedir-se, pediria desculpas por "qualquer coisa" - sobe a pequena rampa que dá para a sala onde Luís Fernando e Durval Cardoso exerciam ainda um funções de técnicos de manutenção. Logo entrega a Durval o ofício nº 750, destinado ao diretor-superintendente da Sociedade Anônima Rádio Tupi (sem nome) e assinado pelo diretor-regional do Dentel-Rio, Sr Aroldo de Oliveira, pelo qual são apresentados os quatro enviados do Dentel, encarregados que estavam de proceder à "lacração dos transmissores e atos complementares."
O Sr Mílton Rosa não deixou de comentar:"Quem devia estar presente para receber o documento era um representante categorizado do Condomínio dos Diários Associados".Os fiscais entraram e passaram a executar a tarefa de que foram incumbidos conforme o termo de lacração em quatro vias: "Lacrei os transmissores da seguinte maneira: retirando o excitador e locando em curto os soquetes das câmaras térmicas dos cristais do transmissor principal."No rodapé do documento, mais uma informação: "Transmissores lacrados de acordo com o telex nº 359/DG/Dentel, de 18/07/80, cumprindo o Decreto 84928/80, que tornou perempta a concessão para execução do Serviço de Radiodifusão de Som e Imagem da S/A Rádio Tupi-Canal 6". O documento foi assinado pelos quatro representantes do Dentel, e Durval Cardoso Filho, pela Tupi, e mais duas testemunhas: Fernando Jatobá Valença e outro de nome indecifrável.Antes de executarem a determinação superior, os enviados do Dentel ainda entraram em contato com o Sr José Arrabal (superintendente da TV Tupi) comunicando que estavam ali para cumprir a missão. Arrabal concordou mas manifestou o desejo de que primeiro lhe fosse permitido acabar de transmitir uma mensagem dirigida ao Presidente Figueiredo para que ele reconsiderasse a cassação do canal 6.Depois que retiraram do excitador o cristal (peça responsável por toda a transmissão televisiva) nos dois painéis (o efetivo e o de emergência) - o que não demorou mais de cinco minutos - os fiscais procederam à lacração dos aparelhos, com os números 5.187.165 e 7.369.887. Tudo se processou tranqüilamente e quase como se se tratasse de uma prática de rotina.Os enviados do Dentel se retiraram e, aos poucos, a sala foi ficando vazia.
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INÍCIO
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FIM
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Fonte: Banco de Dados TV-Pesquisa - Documento número: 2894



O Retorno da TV Piratini - Canal 5

Em 26 de agosto de 1981, o Canal 5 de Porto Alegre voltou ao ar quando o empresário e comunicador Sílvio Santos obteve a concessão do canal para a transmissão de sua nova rede de televisão, a TVS - TV Sistema atual Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

O SBT Porto Alegre, além de transmitir a programação nacional do SBT, gera também programação local como o SBT Rio Grande.

O terreno dos estúdios da TV Piratini, passou a ser utilizada pela TV Educativa (TVE-RS), canal 7 VHF. Durante a administração da emissora estatal gaúcha pelo jornalista Cândido Norberto, a TV Educativa passou a se chamar TVE Piratini, em homenagem à antiga emissora e em alusão ao fato de pertencer ao governo do Estado, que fica sediado no Palácio Piratini.


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TV DIFUSORA - Canal 10

Rua Delfino Riet, 183
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Prédio da TV Difusora
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Cidade de concessão Porto Alegre, RS
Canal concedido 10 analógico
Afiliações Rede Globo, Rede Record, Rede Bandeirantes
Proprietário Ordem dos Frades dos Capuchinhos
Fundação 10 de outubro de 1969
Extinção 30 de junho de 1980
Sucessora Band RS
Afiliações anteriores Rede de Emissoras Independentes
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Neste caneco da Polar, o Leão, mascote da emissora e a logo da TV Difusora
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História

A Ordem dos Frades dos Capuchinhos conseguiu em 1961 uma concessão junto ao Ministério das Comunicações para fazer a transmissão de televisão no canal 10 VHF de Porto Alegre. O prédio da TV Difusora foi concluído em junho de 1969 e a emissora entrou no ar em 10 de outubro de 1969, transmitida pela sua antena no Morro Santo Antonio, em Porto Alegre. Contrataram Salimen Júnior e Walmor Bergesch para dirigirem a emissora.
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Cartaz da Festa da Uva - 1972
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A Primeira Transmissão Oficial em Cores no Brasil
Em 19 de fevereiro de 1972 a TV Difusora entrou para a história quando fez a primeira transmissão de TV em cores do Brasil. O evento transmitido foi a Festa da Uva realizada em Caxias do Sul, RS, com a presença do presidente Garrastazu Medici, o mesmo gaúcho incumbiu a TV Difusora de se preparar em menos de um mês para a transmissão histórica, já que nenhuma emissora do centro do país se sentiu capaz de fazê-lo.
Depois de quase dois anos de preparativos, o início da Festa da Uva foi o primeiro teste oficial da transmissão em cores, via Embratel, para todo o país. A geração das novas imagens coloridas ficou a cargo da TV Difusora - Canal 10, com a colaboração do caminhão de externas e da equipe técnica da TV Rio, além do apoio das demais emissoras do Estado - TV Gaúcha e TV Caxias, do grupo RBS, e TV Piratini, dos Diários Associados.
O presidente Emílio Garrastazu Médici e o ministro das Comunicações, o caxiense Hygino Corsetti, foram os convidados de honra do começo das transmissões coloridas das tevês brasileiras.
Num monitor instalado no palanque oficial, as autoridades podiam conferir as imagens que reproduziam todas as cores da Serra Gaúcha.
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Apesar de ser um sábado chuvoso, o momento histórico proporcionou uma grande concentração de celebridades em Caxias. O diretor-geral da Rede Globo, Walter Clark, e o assessor da direção-geral da emissora, Edgardo Oliveira, lideraram uma caravana vinda do Rio. Artistas globais como Jô Soares, Francisco Cuoco, Tarcísio Meira, Glória Menezes, Jardel Filho, Sérgio Cardoso, Tônia Carrero, Rosamaria Murtinho, Paulo José, Dina Sfat e Renata Sorrah foram cercados por fãs e dividiram as atenções do público com Margareth Trevisan, a Rainha da Festa da Uva da estréia das transmissões em cores no Brasil.
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O mascote da emissora era um leão, enquanto o logo parecia um leque em círculo, com todas as cores primárias e o número 10 no centro. A programação geralmente começava com um conselho de 5 minutos de um padre capuchinho. Logo depois, entravam séries infantis, como A Feiticeira e Os Monkees.
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Os anos 1970 foram marcados por uma forte programação local. Concorrendo com o Jornal do Almoço, da TV Gaúcha, a Difusora apresentava entre as 11h30 e 14h30, até 1981, o Portovisão.

O Portovisão era um programa apresentado de segunda à sexta, entre 11h30min e 14h30min, na TV Difusora (hoje Band RS), canal 10 de Porto Alegre.
Criado por Salimen Júnior, foi ao ar entre 1975 e 1980.
- Começava com o quadro de Fernando Vieira, sobre o mundo jovem, com clipes musicais, apresentações de bandas ao vivo e dicas de música. Era seguido por Tatata Pimentel, que comentava a vida noturna de Porto Alegre, em especial sua boate preferida, chamada Água na Boca, sendo o primeiro homossexual assumido na televisão gaúcha. Depois, José Antônio Daudt batia os punhos na mesa, teatralmente, protestando contra abusos policiais e uso indevido de chapas brancas, ou seja, carros oficiais do governo sendo usados para fins pessoais. Daudt acabou assassinado em 1988. O humorista Renato Pereira seguia, contando piadas sobre a atualidade. Depois, as notícias do esporte, apresentadas por, entre outros, Cláudio Britto. Comentários esportivos de Lauro Quadros e Larry Pinto de Faria seguiam. Depois, as notícias com Sérgio Schueller e José Fontela, eventualmente com Magda Beatriz. Então vinha o comentário de Sérgio Jockymann e o quadro feminino de Tânia Carvalho. Por algum tempo, havia o quadro Verso e Reverso, onde José Fogaça representava a oposição à ditadura e Coronel Pedro Américo Leal a defendia. Foi um quadro que marcou época, pois debatia assuntos polêmicos em tempos de plena repressão.
Perto de seu fim, com a venda da TV Difusora para a Rede Bandeirantes, o Portovisão perdeu suas estrelas. Solange Bittencourt substituiu Tânia Carvalho, que havia largado a emissora para se transferir para a TV Guaíba, onde começaria a apresentar o programa Guaíba Feminina, em 1981.
O Portovisão fez parte de uma tradição gaúcha de programas no horário do almoço, com quadros de comentários e notícias. O pioneiro foi o Jornal do Almoço, na então TV Gaúcha, hoje RBS TV, que estreou um ano antes.

O programa foi tão importante para a história da emissora, que acabou virando seu nome oficial, por vários anos, depois da compra pela Bandeirantes - TV Portovisão.

A TV Difusora teve alguns programas infantis, como o Recreio, apresentado pela Tia Bita e o menino Fabiano, mais tarde o Carrossel Bandeirantes, apresentado pelo mágico Tio Tony.

As tardes eram preenchidas com filmes, séries e desenhos animados, mas também com programas locais. No final dos anos 70 surgiram o Discoteca 78 (no ano seguinte, Discoteca 79), apresentado por Fernando Vieira, nos finais das tardes, e o TV Mulher, mais tarde Jornal da Mulher, apresentado por Marley Soares e Tatata Pimentel.

As noites eram marcadas pelo noticiário Camera 10, que teve muitos apresentadores, inclusive Ana Amélia Lemos, a ex-miss Universo Ieda Maria Vargas, Sérgio Schueller, José Fontela, Magda Beatriz e outros. O produtor Claudinho Pereira estava por trás da maioria dos programas da emissora. Camisa 10 era o nome do programa esportivo da emissora, apresentado logo depois do noticiário. Teve vários apresentadores e comentaristas, entre eles Lasier Martins, João Carlos Belmonte, Lauro Quadros, Kenny Braga, Armindo Ranzolin e Larry Pinto de Faria.
Logo após a introdução da cor na TV no Brasil
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Em 1979, a Rede Bandeirantes passou a ser responsável por 30% da programação da emissora, através de um acordo com os capuchinhos.

Em 30 de junho de 1980, a TV Difusora foi comprada pelo Grupo Bandeirantes, passando a se chamar TV Portovisão - Bandeirantes Porto Alegre, uma das então 14 emissoras da Rede Bandeirantes.
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TV GAÚCHA - Canal 12

Slogan: "A Imagem Viva do Rio Grande"
            "Comunicação é a nossa vida"
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O alegre casalzinho do canal 12, idealizados por Maurício Sirotsky, os bonequinhos anunciavam intervalos, lamentavam interrupções, pediam desculpas pelas
falhas e davam boa noite.
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Foi fundada em 29 de dezembro de 1962 pelo comunicador Maurício Sirotsky Sobrinho, operando no canal 12 de Porto Alegre, concedida em 1961 pelo presidente da república Juscelino Kubitschek.

Um dia, perdida numa gaveta da emissora, encontraram uma concessão que dava direito à Rádio Gaúcha de operar o canal 12 de Porto Alegre. Assim, por acaso, começava a nascer a TV Gaúcha, atual RBS-TV.
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Na inauguração, Mauricio Sirotisky, presidente João Goulart, governador Leonel Brizola 
Num dia de muito calor
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Em 1962, a TV Gaúcha começou como afiliada da TV Excelsior.

Em 1964, foi vendida para a família Simonsen (proprietária da Excelsior), que chamou Maurício Sirotisky para ser diretor geral da rede (cargo que ocupou entre 1966 e 1967). Foi nessa época que o empresário conquistou a amizade e administração de diversos artistas que, até hoje, sentem saudade da simpatia e do bom humor de Sirotisky.
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Sirotisky com Dedé Santana
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Placa de inauguração da TV Gaúcha - 1962 

Em seus primeiros anos, a TV Gaúcha teve sua programação exclusivamente local, para concorrer com a TV Piratini, canal 5 VHF, dos Diarios Associados, que era afiliada à Rede Tupi.

Depois dessa experiência em São Paulo, o dono da Rádio Gaúcha, Maurício Sirotisky resolveu voltar para Porto Alegre, recomprar o canal 12 (que se torna afiliada da Rede Globo) e começar a investir em novos negócios. 
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Programas de Auditório

Glênio Reis no SHOW no ANTIGO AUDITÓRIO DA TV GAÚCHA, candidato ao FUSCA e o ANIMADOR no programa "DOZE da SORTE" com patrocício das LOJAS IBRACO.
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Lojas Ibraco, comprada pela lojas Imcosul
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Glênio Reis e o Fusca
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Glenio Reis aos sábados na Gaúcha
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Em 1967, com a crise da Excelsior, a TV Gaúcha se afiliou à Rede Globo, fundada em 1965 pelo jornalista Roberto Marinho no Rio de Janeiro. A partir de então, a maior parte de sua programação passou a ser produzida pela Rede Globo.
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Apresentadores do Jornal do Almoço - 1972
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O Jornal do Almoço, principal programa da emissora, entrou no ar em 1972, quando ainda não havia espaço na programação nacional da Rede Globo para telejornais locais ao meio-dia. Para colocar o programa no ar, a TV Gaúcha interrompia a programação da Rede Globo para exibir o JA, que tinha duração de duas horas, o Jornal do Almoço foi o primeiro jornal ao vivo no Brasil.
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Tânia Carvalho nos bastdores
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Em 12 de junho de 1972, a TV Gaúcha sofreu um incêndio em sua sede no Morro Santa Teresa, danificando muitos equipamentos e estúdios, um grande prejuízo para a emissora. Mesmo assim, o Jornal do Almoço foi ao ar no dia seguinte e noticiou o acontecimento.

Em 1979, após a instalação da TV Catarinense, canal 12 de Florianópolis, pelo Grupo RBS, a TV Gaúcha e as outras emissoras do grupo no interior do estado do Rio Grande do Sul receberam o nome de RBS TV, no caso da TV Gaúcha, RBS TV Porto Alegre.
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Rede regional
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Em plena ditadura militar, a Gaúcha atropelou a Lei Falcão.

Em 1974, foi a única emissora do Brasil a promover um debate entre candidatos ao Senado, entre Nestor Jost pela Arena, Paulo Brossard pelo MDB.
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Nestor Jost e Paulo Brossard
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Rede Regional de Notícias - 1979
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Em 1982, entrou no ar o programa Galpão Crioulo, com 50 minutos, com o objetivo de divulgar as tradições, tipos e a música nativista gaúcha.
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Programa Galpão Crioulo
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A partir de 1997, vários programas locais da RBS TV Porto Alegre que entraram no ar no início da década de 1990 foram extintos devido à falta de espaço para programação local na grade da Rede Globo.
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Celestino Valenzuela
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E o seu ... Que Laaance!
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Entre os programas extintos, encontram-se o Jornal da RBS, o RBS Entrevista, o programa Comunidade, o RBS Ecologia e o Conesul.
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Em novembro de 1997, entrou no ar o programa Teledomingo, um programa de variedades em formato de revista eletrônica, baseado no Fantástico da Rede Globo. O programa vai ao ar às 23h de domingo, após encerrar o Fantástico.
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"No Ar 50 Anos de Vida"
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Durante o ano de 1999, foram exibidos programetes da série Rio Grande do Sul, Um Século de História, contando fatos históricos que envolvem o Rio Grande do Sul. 
Os programetes eram exibidos diariamente nos intervalos comerciais da emissora em 365 capítulos até o dia 31 de dezembro de 1999.
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A partir de 2000, a RBS TV Porto Alegre começou a exibir os Especiais de Sábado, que são produções da RBS TV exibidas nas tardes de sábado, após o Jornal do Almoço, como os Curtas Gaúchos, Histórias Extraordinárias, Contos de Inverno e Histórias Curtas.

Após a Copa do Mundo de 2002, a RBS TV deixou de exibir o RBS Esporte no Rio Grande do Sul. O programa voltou à grade da emissora em 22 de julho de 2006.















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Antena TV Gaúcha
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Em 2007, ano em que o Grupo RBS completou 50 anos, a RBS TV Porto Alegre passou a contar com um helicóptero para realizar reportagens aéreas: o RBS Cop.
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Em 2 de julho, a emissora inaugurou um estúdio na redação da RBS TV no Morro Santa Teresa para a apresentação do telejornal RBS Notícias, que antes era apresentado do mesmo estúdio onde é realizado o Bom Dia Rio Grande e o Jornal do Almoço.
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Em 03 de dezembro, estreou o Redação RS — um mini-telejornal gerado em Porto Alegre que é transmitido para todo o estado do Rio Grande do Sul num espaço que a Rede Globo destinou a todas as emissoras para notícias locais logo após o Bom Dia Brasil.
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Às 19h42min do dia 4 de novembro de 2008, a RBS TV Porto Alegre iniciou a transmissão digital em alta definição, no canal 34 UHF. A cerimônia de inauguração do sinal digital contou com a presença do ministro das comunicações Hélio Costa.
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Unidade móvel
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RBS TV Porto Alegre
 Rua Rádio e TV Gaúcha, 189
  Cidade de concessão Porto Alegre, RS
  Canal concedido 12 analógico
34 digital Outros canais 13 SKY
512 NET HD
Slogan A gente faz pra você
Afiliações Rede Globo
Fundador Maurício Sirotsky Sobrinho
(in memoriam)
Proprietário Nelson Sirotsky
Pertence a Grupo RBS
Fundação 29 de dezembro de 1962 (47 anos)
Prefixo ZYB 614
Cobertura Afiliações anteriores Rede Excelsior
Nomes anteriores TV Gaúcha (1962-1979)
Potência 25 kW Website http://www.rbstv.com.br/

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TV GUAÍBA - Canal 2
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TV Guaíba - Canal 2
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A TV Guaíba - também conhecida como TV2 Guaíba
Fundada em 10 de março de 1979 por Breno Caldas, filho do fundador do jornal Correio do Povo, Caldas Júnior, esteve no ar na capital e região metropolitana com o canal 2 VHF e no litoral com o canal 13 VHF.
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Antena da TV2 Guaíba
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TV Guaíba
Televisão Guaíba Ltda.
TV Guaíba
Rua Corrêa Lima, 2222
Cidade de concessão Porto Alegre, RS
Canal concedido 2 analógico
Outros canais Canguçu - 8
Osório - 13
Pinheiro Machado - 5
Santa Cruz do Sul - 13
Sapiranga - 22
Torres - 13
Tramandaí - 13
Slogan Televisão nossa para nossa gente
Afiliações Nenhuma
Fundador Breno Caldas (in memoriam)
Fundação 10 de março de 1979
Extinção 1º de julho de 2007
Sucessora TV Record Porto Alegre
Prefixo ZYB 622
Cobertura Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral Norte.
Potência 25 kW

História

A Fundação
A TV Guaíba, canal 2 de Porto Alegre, foi fundada em 10 de março de 1979 por Breno Caldas, filho do jornalista Caldas Júnior, o fundador do jornal Correio do Povo. A primeira transmissão do canal foi feita direto do Hotel Serra Azul, em Gramado, na Serra Gaúcha, do concurso Rainha das Piscinas.

Programação 100% Local
Sem qualquer tipo de afiliação com outras redes nacionais[1], a TV2 Guaíba destacou-se tanto nos programas regionais com enfoque para o jornalismo, esporte, culinária, variedades e cultura; bem como nos documentários internacionais produzidos pela Transtel (que desde 1999 pertence ao grupo Deutsche Welle). Os filmes e seriados também ocuparam um bom espaço na programação, principalmente produções americanas da Paramount e distribuídas no Brasil pela Network Distribuidora de Filmes.

Na primeira fase da emissora, o canal 2 transmitia sua programação a partir das 17h30min, quando iniciava sua grade diária com um programa educativo produzido pela TVE Brasil do Rio de Janeiro, seguido por um seriado americano. A partir das 19h30min, o Guaíba Ao Vivo entrava no ar. Seguia o modelo de tradicionais programas com quadros de comentários, notícias, esporte e variedades apresentados em canais de Porto Alegre no horário do almoço, como o pioneiro Diário de Notícias, da TV Piratini, canal 5 (atual SBT), do Jornal do Almoço, da TV Gaúcha, canal 12 (atual RBS), e do Portovisão, da TV Difusora, canal 10 (atual Band). O Guaíba Ao Vivo aproveitava o quadro de comunicadores da Rádio Guaíba e do jornal Correio do Povo, como Rogério Mendelski, Adroaldo Streck, João Carlos Belmonte, Edegar Schmidt, Sérgio Jockymann, Carrion Jr. além de Ivette Brandalise, José Fontela, Sérgio Schueller, Gustavo Motta e Paulo Nilson. A atriz Suzana Saldanha apresentava o primeiro quadro do programa, com entrevistas e assuntos de interesse feminino ou cultural, mas perdeu o emprego quando a emissora entrou em sua segunda fase, em 31 de março de 1981.

Os jovens tinham aos sábados o TV2 Pop Show, apresentado por Cascalho Contursi. Aproveitava vinheta de programa homônimo da TV Cultura de São Paulo. A TV Guaíba reciclou várias vinhetas e aberturas do também canal 2, só que de São Paulo, usando o apelido TV2.

Quando a TV Difusora foi comprada pela Rede Bandeirantes, a maior parte da programação local foi extinta. Com isso, a Guaíba, que contratara Sérgio Reis (que havia inaugurado a TV Piratini na década de 1950), arrematou os grandes nomes do canal 10 e passou a transmitir já desde as 10h30min. O primeiro programa local a entrar no ar na nova fase, foi o Guaíba Feminina, apresentado de segunda à sexta das 11h30min às 14h30min, apresentado por Tânia Carvalho, Magda Beatriz, Liliana Reid, Marina Conter e Aninha Comas.

Tânia Carvalho era um dos nomes mais conhecidos da televisão do Rio Grande do Sul, desde que voltara de São Paulo, onde havia sido parte do grupo em volta do cineasta Glauber Rocha, com seu marido e pai de seu filho Fabiano, o ator Geraldo Del Rey. Tânia apresentara o quadro Variedades, ao lado de Célia Bier, no Jornal do Almoço, da TV Gaúcha, depois tendo se transferido para o concorrente da Difusora, Portovisão. Em sua estreia na Guaíba vestiu uma bata verde que cobria a barriga grávida de seu segundo filho, com o empresário Felício dos Santos, Diogo, que nasceria semanas depois. Magda Beatriz era apresentadora do noticiário Câmera 10, da TV Difusora, que ia ao ar diariamente nos fins de noite, com enfoque local. Liliana Reid havia trabalhado no programete infantil Clubinho Gaúcha Zero Hora, do canal 12, e veio para a Guaíba com seu marido, o diretor de programação Sérgio Reis. Marina Conter tinha trabalhado décadas antes na TV Piratini como garota-propaganda, vendendo produtos nos intervalos comercais, ao vivo, da época. Aninha Comas era cozinheira profissional, popular entre as socialites porto-alegrenses.

Em abril de 1981, entrou no ar o Guaíba Criança, que preenchia as tardes com desenhos animados e brincadeiras infantis. O ator Roberto de Oliveira se tornou o Remendão, que apresentava o programa, no primeiro ano com a atriz Cássia Aguiar e, a partir do segundo ano, com Vera Mucilo. Crianças que mandassem cupons recortados do Correio do Povo ou da Folha da Tarde podiam ser convidadas para a plateia do programa e concorrer ao vivo aos famosos quindins dados por Remendão.

O horário nobre, criado por Sérgio Reis, tinha, a partir das 21h30min, logo após o Guaíba ao Vivo, várias programas locais. Nas segundas ia ao ar o debate esportivo Cadeira Cativa, apresentado por Armindo Antonio Ranzolin. Nas terças tinha o programa de entrevistas políticas Espaço Aberto, apresentado por Amir Domingues. Outros programas da fase de ouro da emissora foram o Vox Populi, de entrevistas, o Pergunte a Guaíba, apresentado pelo professor de Língua Portuguesa Édson de Oliveira, do cursinho Pré-Vestibular Universitário, respondendo perguntas dos telespectadores e o Viajando com a Guaíba, apresentado por Ernani Behs.

A TV2 Guaíba ainda ficou marcada pela transmissão de corridas de cavalos, durante pausas comerciais, nas tardes de sábados e domingos, provavelmente graças ao fato de o dono, Breno Caldas, ser dono de um haras e um ávido investidor em turfe.

As noites de sábado da emissora, no início da década de 1980, eram preenchidas pelos seriados Columbo, MacMilan e Esposa ou McLoud, na sessão Os Detetives, seguidas pelo Cine 2.

Quando a Caldas Júnior faliu, o jornalista e dramaturgo Sérgio Jockymann tomou as rédeas da emissora por vários meses, antes do empresário da soja Renato Bastos Ribeiro comprar a empresa. Durante a fase em que Jockymann dirigiu o canal, ao meio-dia ia ao ar o programa Aqui e Agora, no formato tradicional de programa com quadros de comentários, notícias, esportes e variedades. Logo após, ele colocou no ar, com o produtor Claudinho Pereira, o programa de entrevistas culturais Magda Beatriz, apresentado pela mesma. O Guaíba Feminina passou a ser apresentado nos finais de tarde, pela filha de Lasier, Marla Martins, Isabel Ibias e Aninha Comas. O programa Clip Clap, de videoclipes, era apresentado por Gaio Fontela. As noites eram preenchidas por seriados e pelo Guaíba Notícias. Semanalmente, José Fontela emprestava apenas sua voz para o programa de entrevistas A Nova Face do Rio Grande.

PROGRAMAÇÃO DA TV2 GUAÍBA ENTRE O FINAL DA GESTÃO DE BRENO CALDAS E O INÍCIO DA DE RENATO BASTOS RIBEIRO,

CRIADA, FINANCIADA E DIRIGIDA POR SÉRGIO JOCKYMANN:

SEGUNDA à SEXTA
9h15 barras coloridas
9h45 mec - programas educativos
10h15 firulim (programa infantil da tv cultura-sp)
11h15 um mundo só (intel)
11h45 aqui e agora (programa de quadros de comentários, esportes, notícias, música, variedades e entrevistas, com Sérgio Jockymann)
13h30 papo e repapo; junta médica; condição de mulher
14h15 clap-clap (programa de videoclipes com gaio fontela e uma sósia de nikka costa, vanessa barum)
14h45 série natureza
16h15 firulim
16h45 guaíba feminina (desfalcado, modificado; apresentado pela filha de Lasier, Marla Martins)
18h45 clap clap
19h15 guaíba esporte
19h45 série natureza
20h30 guaíba notícias (também com magda beatriz)
21h30 segundas - cadeira cativa
terças - entrevista
quartas - os segredos de porto alegre
quintas - a face do rio grande (entrevistas, narrado por josé fontela)
sextas - sua excelência, opinião pública
22h30 ferreira netto (programa de entrevistas políticas gerado pela Record SP)
sábados
10h15 alma gaúcha
11h15 um mundo só
11h45 aqui e agora
13h30 alta rotação
14h30 central rock
15h30 guaíba documenta
16h30 companhia 2
17h30 via vídeo
18h30 rock show
19h30 guaíba esporte
20h série natureza
20h30 guaíba notícias
21h30 grandes musicais
22h30 sessão de arte
domingos
11h30 junta médica
12h30 a voz do rio grande
13h30 clap clap
14h condição de mulher
15h sua excelência, opinião pública
16h papo e repapo
17h viajando com a guaíba
18h grandes musicais
20h15 festival de cinema
22h15 última sessão de cinema

Com a compra por Ribeiro, Jockymann e sua programação foram substituídas e o dramaturgo foi aos tribunais exigir indenização de Ribeiro pelos seus gastos perdidos. Jockymann entrou para a lista negra do canal, nunca mais aparecendo em suas imagens, mesmo tendo sido, por anos, importante vereador de Porto Alegre.

UMA TV CONTRA DUAS DITADURAS

Está no ar, desde o dia 10 de março de 1979, a quinta emissora de televisão de Porto Alegre - a TV Guaíba, canal 2, de propriedade do mais tradicional grupo jornalístico do Rio Grande do Sul, a Companhia Caldas Júnior (Correio do Povo, Folha da Manhã, Folha da Tarde e Rádio Guaíba).

Adiado duas vezes em função de inúmeras dificuldades, o lançamento não se deu em condições ideais. A nova emissora, investimento entre 60 e 70 milhões de cruzeiros, entra no ar com menos de um terço das suas necessidades reais de equipamentos, com uma programação pensada em 40 dias e cobrindo apenas uma parte do horário normal.

Por trás dessas dificuldades, porém, uma proposta sempre sonhada e raras vezes oferecidas aos profissionais brasileiros de TV: a independência do jugo imposto pelas cadeias nacionais, controladas por emissoras do Rio e São Paulo. Até quando a TV Guaíba manterá sua pretensão inicial é uma questão que a própria equipe, embora confiante se coloca.

É questão fechada pelo diretor-presidente da Companhia Jornalística Caldas Júnior, Breno Caldas, a não filiação a qualquer rede. "Isso nos dá independência com o público, liberdade para colocar cada programa no horário que lhe é conveniente e não nos rabichos de tempo da transmissão nacional. Temos liberdade para mudar a programação à hora que acharmos interessante", assegura o diretor de programação, Clóvis Prates.

A pretensão vai ao ponto de a direção da Caldas Júnior, como já faz com a Rádio Guaíba, desprezar por completo o Ibope, o IVC (Instituto Verificador de Circulação) ou qualquer tipo de aferição padronizada. "Não estamos preocupados em competir com a novela, com a audiência massificada, mas em oferecer uma opção ao telespectador. Queremos um público intelectualmente mais elevado', expõe Prates. Ele acredita que a Guaíba conseguirá uma boa fatia desse público, "que tem sede de diálogo com o televisor".

Limitada pela falta de equipamento, a equipe foi obrigada a dividir a programação em fases. Na fase I - a atual nada mais do que uma etapa experimental, que deve durar até junho, está sendo veiculada produção local e nacional (programas comprados da TV 2 Cultura, da TV Sílvio Santos e das distribuidoras internacionais). Os programas locais onde predominam os temas políticos, econômicos ou esportivos - procuram valorizar o debate, ingrediente um tanto esquecido pelas nossas televisões de pós-1964. Neste primeiro mês, a Guaíba tem colocado ao espectador temas tão polêmicos como a inflação, a denuncia vazia, o seqüestro do casal de uruguaio em Porto Alegre.
"Em horário nobre, já temos mais produção local que a soma das outras emissoras (Piratini, Gaúcha, Difusora e a TV Educativa, estatal)", calcula Prates.

As chefias contratadas pela Caldas Júnior contam com dois outros valiosos trunfos para quem pretende fazer uma TV independente e de qualidade: carta branca da direção e tempo para elaborar os programas. Um terceiro elemento indispensável: bons salários, pelo menos para o mercado local. Um repórter de quatro horas ganha Cr$ 9.000,00, passando a Cr$ 9.600,00 em maio, informa Prates, também responsável pelas contratações, enquanto um da TV Difusora, por exemplo, recebe hoje Cr$ 4.300,00.

Com orgulho, Prates e Nelci Castro, o gerente de produção, afirmam que a ênfase para a programação local causou um tumulto (no bom sentido) no apertado mercado profissional gaúcho.

"Da Gaúcha, tiramos quinze profissionais, da Difusora treze, só para as áreas de produção e de programação (repórteres, cinegrafistas, editores de imagem, diretores e outros), ganhando desde 20% a mais até o dobro. Tem gente que quer vir por menos ou pelo mesmo salário, por estar descontente com seu emprego", afirma Prates. Ciaton Selistre, gerente de telejornalismo, atesta: "Tenho mais de sessenta fichas preenchidas de candidatos a minha área, uma loucura. A TV Gaúcha elevou os salários para poder segurar o pessoal".

Embora pagando o equipamento norte-americano, que ainda não tem data certa para chegar, mas é aguardado para maio/junho, a emissora adquiriu outros que não condizem com a sua filosofia de operação. "O problema", diz o gerente de produção, "não é botar uma emissora no ar, mas sustentá-la, corno estamos fazendo". O ideal, segundo ele, seria começar em julho, pois a preparação de uma nova emissora leva no mínimo seis meses. Por enquanto, a TV Guaíba opera com uma estação móvel equipada com quatro câmeras (duas fixas e duas semiportáteis), 1 câmera portátil e 2 filmadoras.

Para a fase II, quando os norte-americanos e japoneses já tiverem enviado as sete câmeras portáteis com vt (vídeo teipe) e as três ilhas de edição de VT, a Guaíba entrará com os noticiosos, programas do dia-a-dia e ampliará a cobertura esportiva, itens considerados como o filé da empresa Caldas Júnior.

O desafio mais difícil que a Guaíba enfrenta neste começo é na área comercial. No meio publicitário, há um consenso de que o mercado não comporta quatro emissoras comerciais, que pelo menos uma irá sucumbir na disputa. Acrescente-se a isso os quase quinze anos, de domínio absoluto do mercado pela TV Gaúcha, canal 12, integrante da Rede Globo, que gera até mesmo os pacotes de espaços publicitários a serem divididos pelas suas filiadas, em cada praça.

"O trabalho tem sido duro, eu posso dizer", confessa um dos diretores do departamento comercial, Paulo Russomano, profissional com mais de trinta anos de experiência neste ramo. Entrando em março, a Guaíba ficou fora das verbas normais das agências e, por ser nova, sua programação ainda não captou a confiança dos mídias, embora elogiada pelos publicitários. O departamento comercial tem lutado para conseguir as verbas adicionais das agências. "Tem ainda a mudança de Governo, em que o pessoal está pensando onde e como vai aplicar o dinheiro", acrescenta Russomano.

Para tentar uma brecha, a Guaíba saiu com uma tabela abaixo do mercado, válida para estes três primeiros meses, e dela não se afasta, segundo orientação rígida da direção. "Perdemos negócio mas não vendemos por menos". Os concorrentes, porém, já contra-atacaram: com exceção da TV Gaúcha, que está tranqüila, as outras emissoras deram ampla flexibilidade às suas tabelas, chegando a reduzi-las à metade. Também barganham com o alcance de suas transmissões, enquanto a Guaíba, ainda está medindo até onde vai a sua imagem.

No contra-ataque estão previstas também mudanças nas programações. A TV Piratini, canal 5, terceira colocada em audiência no estado, prepara uma serie de novos programas não só para a TV como para a Rádio Farroupilha, que receberá 21 programas bolados pelo seu novo diretor de programação, Flávio Alcaraz Comes. Em relação à audiência, a Guaíba sofrerá mais um impacto: desde o dia 4 de abril está no ar a novela das 20 horas da Bandeirantes, retransmitida no Rio Grande pela TV Difusora. "Já pensou nós no meio disso tudo"? - pergunta. Russomano.
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Produção
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Estas questões, porém, não preocupam os escalões mais altos da empresa, unânimes em afirmar que a Guaíba briga pelo segundo lugar. "Só fixaremos metas após estudar o comportamento dos três primeiros meses", garante o diretor do Departamento comercial, Ênio Berwanger. Uma certeza pelo menos todos manifestam - a de que o grande pique virá no segundo semestre, quando o filé for ao ar.
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Anúncio do programa Guaíba ao Vivo
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O Guaíba ao Vivo foi uma grande novidade da tv noturna gaúcha.
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Guaiba ao Vivo Notícias
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Enquanto as outras emissoras locais haviam consagrado programas de comentários e atualidades no horário do almoço - como o Portovisão na TV Difusora e o Jornal do Almoço na TV Gaúcha - o canal 2, que entre maio de 1979 e março de 1981 começava sua programação às 17h, apresentava sua versão do formato a partir das 19,30h, programa apresentado por Sergio Schueller, José Fontela e Ivete Brandalise.
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Ivete Brandalise
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O noticiário do Guaíba ao Vivo inovou por ter uma mulher comentando os fatos durante toda a transmissão. Ivete Brandalise também foi audaciosa com seus comentários irônicos, tendo a coragem de criticar as autoridades em plena ditadura militar, mesmo que desde 1979 em processo de abertura política.
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José Fontela
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Sérgio Jockymann encerrava o Guaíba ao Vivo
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PROGRAMAÇÃO DA GUAÍBA NA ERA JOCKYMANN

Quando Breno Caldas foi colocado na parede pelo governo Jair Soares para devolver os enormes empréstimos dos bancos estaduais para financiar as produções locais desde 1979 (e especialmente entre 31 de março de 1981 e 5 de outubro de 1984), acabou indo à falência.
Jockymann, com seu típico quixotismo, organizou um mutirão e, com muita criatividade, colocou no ar a programação acima. Depois que Renato Bastos Ribeiro comprou a Caldas Júnior e fez da Guaíba uma feira livre para produções independentes, Jockymann quis receber indenização pelo seu investimento. Por isso entrou para a lista negra da emissora controlada pelo magnata dos azeites e da soja, não podendo aparecer na tela do canal 2.
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Sérgio Reis, pioneiro da televisão no Rio Grande do Sul (fez curso na Tupi para vir inaugurar a TV Piratini, canal 5 nos anos 50) foi quem criou a programação da TV2. Aqui aparece com Fernando Vieira, vindo do Portovisão da TV Difusora, canal 10, onde apresentava o primeiro quadro, às 11h30 e o vespertino Discoteca 78.
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A primeira turma do Guaíba ao Vivo
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Ernani Behs com o filho de Breno Caldas, Antônio
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Ernani Behs no cenário de seu programa dominical, Viajando com a Guaíba, e Rogério Mendelsky em início de carreira televisiva, no Guaíba ao Vivo.
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O falecido Deputado Carrion Jr. tinha seu quadro todas as noites no Guaíba ao Vivo. Abaixo em imagem de 1980.
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Espaço Aberto ia ao ar no horário nobre, apresentado por Amir Domingues; aqui com o goleiro Leão.
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Lasier Martins
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Lauro Quadros
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As Panteras de Caldas, como eram chamadas pelo comentarista do Caderno de TV da Zero Hora, Tiaraju Brockstedt, no cenário do Guaíba Feminina, que reinava entre 11h30 e 14h30, desde 31 de março de 1981. Aqui vemos Magda Beatriz, Marina Conter e Tânia Carvalho.
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Jockymann nos tempos em que encerrava o Guaíba ao Vivo às 21h30.
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Guaíba Feminina
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Tânia Carvalho resolveu deixar o Portovisão, em dezembro de 1980, onde passara anos fazendo sucesso com seu quadro de variedades, entre 14h e 14h30. A TV Difusora estava prestes a ser vendida à Bandeirantes paulista e quase toda a turma de apresentadores deixou a emissora.
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Tânia Carvalho se maquiando antes de entrar no ar
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Solange Bittencourt substituiu Tânia Carvalho, que, grávida de seu segundo filho, anunciou em uma entrevista no Vox Populi que estrearia a programação diurna da TV Guaíba.
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Em 31 de março de 1981, vestindo uma bata verde clara com a barriga há poucos dias do nascimento de Diogo, Tânia abriu o primeiro Guaíba Feminina, ao lado de Magda Beatriz, Marina Conter, Liliana Reid e Aninha Comas.
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Magda Beatriz antes apresentara o noticiário do Portovisão e o Câmera 10 na TV Difusora e acabou ficando até o último dia do Guaíba Feminina (já co-apresentado por Marla Martins, Maria Inês Falcão e Isabel Ibias). Em 1986 ganhou um programa com seu nome, dirigido por Claudinho Pereira, às 13h30, extinguido com a compra da emissora por Renato Bastos Ribeiro.

Liliana Reid, vinha do Clubinho Gaúcha Zero Hora e era, na época, esposa do diretor da emissora, Sérgio Reis.

Marina Conter havia sido garota-propaganda ao vivo nos anos 60, na Piratini e Aninha Comas, estreante na TV, era cozinheira-socialite. Imortalizou o tempero-base.

Nos primeiros programas, ainda esperando a chegada dos microfones de lapela, as apresentadoras e suas entrevistadas tiveram que improvisar escondendo entre os seios microfones grandes, de mão, usados para reportagens externas.
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O Guaíba Feminina também quebrou tabus ao contratar uma produtora que trabalhava em cadeira de rodas.
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Tânia Carvalho em externa
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Chico e César, que apresentavam a moda no Guaíba Feminina.
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Guaíba Criança
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O Guaíba Criança entrou no ar em abril de 1981, com o ator Roberto de Oliveira ainda sem o nome Remendão, que foi escolhido pelos telespectadores pouco mais tarde.
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O Remendão
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A atriz Cássia Aguiar era a co-apresentadora no primeiro ano, mas acabou substituída por Vera Mucilo, depois de ter se desentendido com a emissora, pois queria que o programa fosse mais educacional.
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 Sérgio Martinelli ensinava artes manuais no Guaíba Criança.
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O programa Vox Populi apresentava uma entrevista por semana, com perguntas feitas pelo público.
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O eterno repórter da Guaíba, Gustavo Motta.
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Adroaldo Streck e seu tradicional parceiro, Rogério Mendelsky, no Guaíba ao Vivo.
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A meteorologia era apresentada pelo Paulo Nilson.
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Um pouco da programação da TV2 Guaíba
Desde 31 de março de 1981 o Guaíba Feminina entrava no ar às 11h30 e acabava às 14h30, apresentado por Tânia Carvalho, Magda Beatriz, Marina Conter, Liliana Reid e Aninha Comas.
Logo depois entrava no ar o Remendão com seu Guaíba Criança.
E às 19h30 começava o Guaíba ao Vivo, com:
Suzana Saldanha (demitida no dia de seu aniversário, em Gramado, em 1981; foi contratada para fazer par com Maria do Carmo Bueno, no Variedades, do Jornal do Almoço, onde estreou durante a última entrevista de Elis Regina no RS),
Fernando Vieira,
Lauro Quadros,
Rogério Mendelsky,
Adroaldo Streck,
Edgar Schmidt e o Esporte em Dois Toques original,
Sérgio Jockymann,
José Fontela,
Sérgio Schueller,
Ivette Brandalise e
o meteorologista Paulo Nilson com suas previsões em gráficos de cartolina...
O horário nobre tinha atrações como o Espaço Aberto, às terças, 21h30, ancorado por Amir Domingues,
o Vox Populi, de entrevistas, com perguntas feitas pelo público, aos domingos,
o Pergunte à Guaíba, aos sábados, 18h30, que fez famoso o professor de português de cursinho pré-vestibular, Edison de Oliveira (paradoxalmente com erro de grafia em seu próprio nome),
o Viajando com a Guaíba, aos sábados, com o veterano Ernani Behs mostrando vídeos de viagens pelo mundo e entrevistas com agentes de turismo,
o TV2 Pop Show, de videoclipes, com Cascalho,
o Cadeira Cativa, com Armindo Ranzolin, às segundas, 21h30.

A Guaíba também era conhecida pelas transmissões de corridas de cavalo, que entravam entre programas nos fins-de-semana, pois Breno Caldas era proprietário de um Haras.

Aos sábados passava a Sessão Detetive, com um rodízio entre os seriados Columbo, McMillan e Esposa (com Rock Hudson) e McLeod.

Durante a semana, antes do Guaíba ao Vivo, iam ao ar sitcoms dos anos 60, como Doris Day, O Fantasma e Sra. Muir, Meu Marciano Favorito e Hazel, ou o que estivesse sendo distribuído pelo consórcio de emissoras não pertencentes a redes de televisão, a REI (Rede de Emissoras Independentes), um sistema de compras de programas efetivamente liderado pela TV Record de São Paulo.

Como a TV Cultura de São Paulo era também intitulada TV2, a Guaíba reaproveitou muitas de suas aberturas e vinhetas.
Por isso alguns programas eram homônimos, mas com conteúdo totalmente local.

A partir de 5 de outubro de 1984, Tânia Carvalho não mais compareceu ao Guaíba Feminina.
A Guaíba não pagava salários e estava à beira da falência.
Foi o último golpe na programação, que a partir daí foi aos poucos se esvaindo.

Depois que Renato Bastos Ribeiro comprou a Caldas Júnior e fez da Guaíba uma feira livre para produções independentes.
Alguns dos destaques da programação local da TV2 Guaíba, depois da compra pela família Ribeiro, foram o jornalista Flávio Alcaraz Gomes com o seu programa Guerrilheiros da Notícia, que ia ao ar diariamente das 19h as 20h15min; Clovis Duarte com o Câmera 2, que entrava no ar a partir das 22h30min; o médico e jornalista Abraão Winogron com o semanal Medicina e Saúde; José Silvas com o Atividade, diariamente ao meio-dia; Marlei Soares com o Palavra de Mulher, que era apresentado durante a semana a partir das 16h25min, Luis Carlos Reche com o Cadeira Cativa e João Bosco Vaz com o Encontro com o Esporte, exibido aos sábados. Jair Silva apresentava o Querência.
O Projeto Arco-Íris foi programa pioneiro sobre questões ecológicas.
O apresentador de programas esportivos Rogério Amaral passou anos na emissora, com um programa noturno depois do Guerrilheiros da Notícia.
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Durante a gestão dos Ribeiro, a TV era dirigida pela irmã do dono, Helena Bastos Ribeiro. Era quase toda alugada aos produtores independentes que eram responsáveis pelas vendas de patrocínios, cedendo uma porcentagem para a emissora.

Entre os seriados famosos que passaram na última fase da TV Guaíba estão: Jornada nas Estrelas, Jornada nas Estrelas: A Nova Geração, James West, Os Três Patetas, JAG-Ases Invensíveis, Missão Impossível, O Barco do Amor, Automan, Sharivan, Machine Man, Google Five, Barrados no Baile, Sabrina - Aprendiz de Feiticeira, com a loira Melissa Joan Hart, Hack e Haunted.

Trocas de controle acionário
Em 1984, a Companhia Jornalística Caldas Júnior faliu por dificuldades financeiras. Dois anos depois, as empresas integrantes do conglomerado foram adquiridas pelo empresário e economista Renato Bastos Ribeiro, que instaurou o Sistema Guaíba-Correio do Povo.
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Marlei Soares no programa "Palavra de Mulher"
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Marley Soares
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Formato do Guerrilheiros da Notícia
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Quem não lembra do famoso programada TV alemã.
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Câmera 2

Tânia Carvalho dividia o comando do programa com Clóvis Duarte
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O Gauchão
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Em 21 de fevereiro de 2007, o diretor-administrativo do Sistema Guaíba-Correio do Povo, Carlos Bastos Ribeiro, anunciou que a TV2 Guaíba, juntamente com a Rádio Guaíba AM e FM, foram vendidas para Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, por R$ 100 milhões. Tanto Carlos Bastos Ribeiro, como a assessoria da presidência da Rede Record (emissora também controlada por Edir Macedo), não se manifestaram a respeito do negócio.


A TV Guaíba - Canal 2, foi extinta em 1º de julho de 2007 como resultado da compra da emissora pela Rede Record, dando espaço para a TV Record Porto Alegre, que passou a operar no canal 2 de Porto Alegre.

O Fim da TV2 Guaíba
A TV Guaíba saiu do ar à 0h do dia 1º de julho de 2007 e seu último programa foi o Musical. Antes da 0h, foi exibido o clipe de encerramento da emissora com imagens do Rio Grande do Sul ao som da música Gauchinha Bem Querer, de Tito Madi. Após o encerramento, entrou um slide com a contagem regressiva para a inauguração da Record RS. Durante a contagem regressiva, foram tocadas músicas orquestradas, assim como as que são tocadas na Rádio Guaíba FM desde a sua fundação.

A Record RS entrou no ar às 12h do dia 1º de julho, apresentando um programa especial com reportagens sobre o Rio Grande do Sul, que foi exibido apenas nas regiões antes cobertas pela TV Guaíba. O primeiro programa de rede nacional exibido no canal 2 foi o Tudo é Possível, apresentado por Eliana.

Alguns dos programas da extinta TV Guaíba continuaram no ar em outras emissoras de televisão como a TV Pampa, a Ulbra TV, a TV Cristal e o Canal 20 da NET Sul. O único programa que permaneceu no canal 2 após a inauguração da Record RS foi o automobilístico Motor Show, apresentado por Renato Rossi, que também participa de outros programas da Record RS e Rádio Guaíba, além de ser responsável pelas páginas de Carros & Motos no jornal Correio do Povo. O programa Cadeira Cativa, de Luiz Carlos Reche, passou a ser transmitido pela Rádio Guaíba AM, às segundas-feiras, no mesmo horário em que era exibido pela TV Guaíba.

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TV PAMPA - Canal 4
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História

A TV Pampa, canal 4 de Porto Alegre, foi fundada em 14 de julho de 1980 por Otávio Dumit Gadret, dono da Rede Pampa de Comunicação.

Em seus primeiros anos, a TV Pampa foi uma emissora independente com programação inteiramente local, assim como a TV Guaíba, fundada um ano antes por Breno Caldas. Ao contrário da TV Guaíba, a TV Pampa não conseguiu manter a programação local por muito tempo.
Rogério Hoch

Rede Manchete
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TV Manchete - 1983
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Em 1983, a TV Pampa, sem condições de manter uma programação local de qualidade, afiliou-se à recém criada Rede Manchete de Adolpho Bloch, sendo sua primeira afiliada no Brasil. A programação da rede, com sede no Rio de Janeiro, entrou na TV Pampa no dia 5 de junho de 1983, mesmo dia da inauguração da Rede Manchete.

Em setembro de 1992, numa tentativa de tornar-se novamente uma emissora independente, cancelou sua afiliação com a Manchete, que passava por uma crise. Durante o período em que a emissora esteve independente, a TV Pampa transmitiu videoclipes. Não conseguindo manter sua programação inteiramente local, em dezembro do mesmo ano, a emissora voltou a transmitir o sinal da Rede Manchete.

Rede Record

Em 30 de novembro de 1997, terminou a afiliação com a Manchete, que seria extinta dois anos mais tarde por dívidas acumuladas após uma crise em 1998. A Rede Manchete passou a ser retransmitida pelo canal 48 UHF até sua extinção em 1999. O canal 48 de Porto Alegre foi ocupado em 2004 pela Ulbra TV, emissora de televisão mantida pela Universidade Luterana do Brasil.

Ao terminar a afiliação com a Manchete, a TV Pampa afiliou-se à Rede Record, fundada em 1953 por Paulo Machado de Carvalho e comprada em 1989 por Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus. Desde 1996, a rede era retransmitida pelo canal 18 UHF de Porto Alegre.

A programação da Rede Record, gerada em São Paulo, entrou na grade da Pampa em 1º de dezembro de 1997. O canal 18 foi usado para a retransmissão da Rede Mulher, gerada em Araraquara, SP, outra emissora de televisão do conglomerado de mídia de Edir Macedo, fundada em 1994 por Roberto Montoro e comprada por Macedo em 1999. A Rede Mulher foi extinta em 2007 e em seu lugar, entrou no ar a Record News, também transmitida pelo canal 18.

Afiliação com a RedeTV! em 2003

A TV Pampa rompeu com a Record, em 2003, afiliando-se à RedeTV!, uma afiliação que durou três meses, pois, segundo a imprensa gaúcha, houve um calote por parte da rede, com sede em Barueri, SP. Depois de romper com a RedeTV!, a Pampa voltou a transmitir, em abril de 2003, a programação da Rede Record.

Rompimento com a Rede Record

Estúdios da Rede Pampa na Feira do Livro de Porto Alegre.Em fevereiro de 2007, Edir Macedo, dono da Rede Record, comprou a TV Guaíba,[6] canal 2 VHF, num projeto iniciado em 2004 de expandir a cobertura da Rede Record no Brasil para alcançar a liderança de audiência, que desde a década de 1970 está com a Rede Globo. Em 1º de julho de 2007, a TV Guaíba foi extinta, e em seu lugar entrou a TV Record Porto Alegre, também conhecida como Record RS. Edir Macedo havia tentado comprar anteriormente a TV Pampa e as outras emissoras do grupo no interior do estado, mas Otávio Gadret não aceitou a proposta.

Rede TV!

Com o fim da afiliação com a Rede Record, a TV Pampa voltou a transmitir, em 1º de julho de 2007, a programação da RedeTV!. O contrato entre as emissoras foi assinado em 21 de junho de 2007.

Algumas das atrações da antiga TV2 Guaíba foram deslocadas para a TV Pampa, em razão da criação da Record RS, como o Guerrilheiros da Notícia, de Flávio Alcaraz Gomes, o Câmera Dois, de Clovis Duarte, que passou a ser exibido em duas edições: Programa Clovis Duarte às 18h e Câmera Pampa às 23h30min, o Programa Rosaura Fraga, de Rosaura Fraga, que passou a se chamar Pampa Bom Dia, e o programa Dois Toques, que permaneceu com o mesmo nome. Além disso, novos programas foram adicionados à grade da emissora.

Em novembro de 2007, a TV Pampa ganhou um processo encaminhado em 1997, sendo presenteada com o direito de usar a denominação TV Manchete (da extinta rede de televisão Manchete). A decisão da justiça veio com surpresa na emissora, já que a rede de televisão havia sido extinta há oito anos. O vice-presidente da TV Pampa, Paulo Sérgio Pinto, disse à imprensa que não se sabe ainda o que será feito com o nome TV Manchete e que a decisão não será tomada em curto prazo.
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Programação

Lista de programas da TV Pampa
Após a reformulação na grade em julho de 2007, devido ao rompimento com a Rede Record, a TV Pampa Porto Alegre passou a contar com programas nacionais transmitidos pela Rede TV! e programas locais, produzidos nos estúdios da TV Pampa em Porto Alegre. Sua programação local é composta por seis programas originários da extinta TV Guaíba, sendo que o Zoom é o único que passou a ser transmitido pela TV Pampa antes da extinção da Guaíba, seis programas que estrearam após julho de 2007, mais os programas
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Pampa Meio Dia e Pampa Boa Noite, que foram os únicos que continuaram na grade da emissora após a reformulação de julho de 2007.
Nos meses seguintes, outros programas também foram incluídos na grade
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Primeira formação
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Formação - 2010
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como o sucesso Studio Pampa.
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Empresa Portoalegrense de Comunicação Ltda.
TV Pampa
Rua Orfanatrófio, 711 - Morro Alto Teresópolis

Cidade de concessão Porto Alegre, RS
Canal concedido 4 analógico
Outros canais Canela - Canal 33
Caxias do Sul - Canal 49
Osório - Canal 11
Rio Grande - Canal 6
Santa Cruz do Sul - Canal 49
Sapiranga - Canal 28
Taquara - Canal 27
Novo Hamburgo - Canal 54
Torres - Canal 3
Vacaria - Canal 39
Venâncio Aires - Canal 34
Satélite Telstar 12 15.0° W - Freq. 12167 H (Sybol Rate: 3502)
Slogan "Paixão pelo Rio Grande"
Afiliações RedeTV!
Proprietário Otávio Dumit Gadret
Pertence a Rede Pampa de Comunicação
Vice-presidente Paulo Sérgio Pinto
Fundação 14 de julho de 1980 (29 anos)
Prefixo ZYB 630
Cobertura Estado do Rio Grande do Sul e para todo o Brasil via Satélite
Afiliações anteriores Rede Manchete
Rede Record
Potência 15 kW
Website http://www.tvpampa.com.br/

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Canais Comunitários

Rede Nacional de Canais Comunitários na TV a Cabo

Em 16 de setembro de 1996, foi ao ar o primeiro canal comunitário do país, o Canal Comunitário de Porto Alegre.
É o canal 14 da Net Sul, são mais de 300 entidades que participam do processo de operacionalização do canal organizadas na Associação das Entidades Usuárias do Canal Comunitário de Porto Alegre.
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Ônibus de Porto Alegre com canal de TV

Seg, 20 de Abril de 2009
A prefeitura lança oficialmente hoje o canal de TV nos ônibus da Capital.

Com investimento de R$ 1 milhão, a Cia. Carris instalou monitores em cem veículos. Outros 111 ônibus devem ganhar o equipamento nos próximos meses.

A programação
Com 13 horas de programação diária, o Canal Você exibirá conteúdo exclusivo e 100% digital, transmitido pela internet com tecnologia 3G.

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Personagens e Histórias da TV no RS
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A Novela com a cara do Rio Grande


Pedra Redonda, 39, foi a primeira novela gravada no Rio Grande do Sul.

Se tornou a única experiência em direção do ator Tarcísio Meira, que também produziu, adaptou o original e atuou como galã, contracenando com sua mulher, Glória Menezes.
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Tarcísio Meira e Glória Menezes
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O casal veio para o Sul realizar uma experiência pioneira.
Se nos anos de pioneirismo da televisão rio-grandense as novelas eram ao vivo e em cenários de época, Pedra Redonda, 39 teve ambientação contemporânea. Contava a trajetória de uma família tradicional e incluía na trama um crime misterioso. Do elenco de apoio fizeram parte, entre outros, Amélia Bittencourt, Ênio Carvalho, Ester Castro, Maria Kátira e Raquel Cagi, atores conhecidos do público gaúcho.
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As gravações foram feitas nos estúdios do Canal 12 e na mansão da bailarina Lya Bastian Meyer, Vila Clotilde (nome de sua mãe) no Morro do Sabiá, em Ipanema, Zona Sul de Porto Alegre. 
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Vila Clotilde - cenário da novela Pedra Redonda, 39
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A casa ficava no número 39 da Estrada da Pedra Redonda, daí o título da novela. 
Planejada para ter 30 capítulos, Pedra Redonda, 39 estreou no horário nobre das 21h, em maio de 1965, na TV Excelsior de São Paulo. Apesar do empenho de Tarcísio e Glória, que chegaram a se transferir para a capital gaúcha, a novela foi um grande fracasso. Retirada da programação da Excelsior, ficou no ar só até o décimo capítulo. Por isso, nunca foi exibida para os telespectadores do Rio Grande do Sul.
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O insucesso foi atribuído à falta de experiência do diretor. Em entrevistas, Tarcísio Meira elogiou o profissionalismo da equipe técnica, liderada pelo gaúcho Sérgio Reis, e o apoio recebido em Porto Alegre. "Foi uma experiência válida", declarou. Tarcísio e Glória se recuperaram logo em seguida, com o sucesso nacional da primeira versão de A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro, apresentada pela Excelsior entre julho e outubro do mesmo ano.
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Walmor Bergesch - Visionário da TV

Um protagonista do telejornalismo
Entrevista concedida à Coletiva.net

O jornalista, radialista e empresário Walmor Bergesch é uma personagem que faz parte da história da televisão no Estado RS e no Brasil, desde o seu início. Muito jovem, recém-chegado do Interior, foi um dos profissionais que atuou na instalação e na inauguração das três primeiras emissoras de TV de Porto Alegre, além de ter participado da primeira transmissão a cores do Brasil.
“Este impacto foi imensurável”, avalia, sobre o surgimento da nova mídia, na época.

Autodidata, sempre estudou muito sobre TV: assinava exatamente 40 revistas, americanas e européias. “Eu sempre busquei o conhecimento, onde ele estivesse”, destaca.

Nasceu na cidade de Estrela, em 10 de abril de 1938, e 16 anos depois estava atuando na emissora local, a Rádio Alto Taquari. O adolescente, que todos os domingos freqüentava o programa de auditório, foi convidado para se apresentar e demonstrar sua habilidade musical: tocar gaita de boca. Logo, surgiu a oportunidade de fazer um teste para locutor e redator de notícias. Assim, começava a traçar sua trajetória profissional.

Era início de 1955 quando Walmor veio para Porto Alegre, morar em pensão, e foi até a emissora para falar com o diretor geral da Rádio, Dinarte Armando. O jovem fez teste para locutor com José Salimen Junior, que já trabalhava lá, e foi aprovado. “Daí começou uma amizade que vai até hoje”, relembra.

Depois disso, o diretor musical ainda descobriu que o jornalista sabia tocar gaita (harmônica) de boca. Acabou ganhando outro contrato na Farroupilha, o de solista. E conforme Walmor foi aprimorando seu desempenho na locução, foi crescendo e ganhando mais espaço. Passou a atuar, também, na redação de notícias e a fazer reportagens. Na emissora ele ficou até surgir a televisão, em 1959. Neste ano, foi um dos 16 selecionados, entre os profissionais do Diário de Notícias, Farroupilha e Difusora, a pedido de Chateaubriand, diretor dos Diários e Emissoras Associados, para ir ao Rio de Janeiro fazer um curso sobre televisão.
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Na volta, com o conhecimento adquirido, integrou a equipe que instalou e inaugurou a TV Piratini em dezembro de 1959. Walmor produzia três programas e apresentava dois deles. “A TV Piratini foi a grande formadora de profissionais de televisão na década de 60, quando surgiram os três primeiros canais no Estado”, lembra, referindo-se à TV Gaúcha e TV Difusora, que surgiriam na seqüência.
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No final de 1961, produziu e gravou, juntamente com Paulo Ruschel, o primeiro VT do Rio Grande do Sul. A TV Piratini já havia recebido o equipamento, mas só usaria em janeiro do próximo ano. Walmor se prontificou a estrear a tecnologia. O jornalista reuniu todos os amigos em casa para o tão esperado momento, mas ninguém conseguiu assistir. Descobriu que graças às configurações feitas pelo inexperiente técnico no estúdio, a exibição foi um fracasso. “Depois a gente ria... mas o pioneirismo tem disso”, avalia o jornalista. Antes disso, tudo era feito ao vivo.

Em 1962, a TV Gaúcha estava se preparando pra entrar no ar. A convite de Maurício Sirotsky, o fundador do Grupo RBS, o profissional foi chamado para atuar na inauguração da emissora como chefe de programação. “Foram momentos de grandes inovações. Nós recrutamos os melhores profissionais. Foi uma experiência muito boa”, considera. Em 1967, viajou para os Estados Unidos para conhecer emissoras e aprender tudo o que faltava sobre televisão.
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Em 1969 aceitou proposta para trabalhar na inauguração do terceiro canal de Porto Alegre: a TV Difusora. “Era irrecusável”, explica. Assumiu como superintendente geral da emissora, tratando das áreas de operação, produção e programação, ao lado de Salimen, que era responsável pela parte de mercado, administrativo e financeiro.
“Mais uma vez, montamos uma equipe espetacular”, conta.

Em 1972, participou da primeira transmissão a cores do Brasil, durante a Festa da Uva, em Caxias do Sul.

Após 1975 fez estágios em várias emissoras de TV nos Estados Unidos.

Nesta mesma época, em que era crescente a produção de vídeos independentes nos EUA, fez um projeto para instalação, em São Paulo, da primeira produtora independente de vídeos no Brasil. Mais uma vez em parceria com Salimen, passou a buscar recursos e apresentar a idéia a investidores.

Até que Nelson e Maurício Sirotsky tomaram conhecimento do projeto e, neste meio tempo, enquanto não se consolidavam os apoios, Walmor foi convidado a retornar ao Grupo RBS.

“Treze anos depois, o bom filho à casa torna”, considera o jornalista.
De volta à empresa, criou a diretoria de Marketing, que teve como primeiro grande projeto mudar a marca Rede Brasil Sul de Comunicação para RBS. Depois, à medida em que foram desenvolvendo a marca, foi a vez das emissoras de televisão terem suas nomenclaturas simplificadas.

Em 1987, com uma grande reestruturação, passou a ser diretor da RBS TV para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e, logo em seguida, superintendente de Mídia Eletrônica – Rádio e TV. Em 1990, criou a área de Novos Negócios que, a partir de projeto de televisão por assinatura, em parceria com a Globo, deu origem à Net. Assim, em 1995, através dele, surgiu a idéia da TVCom e, no ano seguinte, do Canal Rural. Em 2000 e 2001, Walmor ainda participou do projeto, com sede em São Paulo, de implantação e operacionalização da TV a cabo, com fundos americanos e sócios brasileiros, no Nordeste.

Na RBS ficou até 2000 exercendo o cargo de vice-presidente da área de TV por assinatura. Hoje, acompanha de perto seu mais recente projeto, a obra “Os Televisionários Gaúchos – 50 Anos de TV no Sul”. O livro, que vai trazer o depoimento de mais de 100 protagonistas da televisão no Estado, discorrerá sobre o passado, o presente e o futuro da área, além de trazer muitas fotos de todas as épocas. A intenção do autor é lançá-lo no segundo semestre de 2009.

Atualmente, também está à frente de outro projeto, desta vez ligado à inclusão digital através de uma rede nacional de outernet. São quiosques multiuso com telefonia e Internet de fácil acesso. Sem poder falar muito, adianta que o pré-lançamento será no primeiro trimestre de 2009, numa cidade do Interior de São Paulo. Durante seis meses, a idéia será testada em 250 terminais.

É casado há 10 anos com Marilene Bittencourt, 43 anos, empresária de design de móveis. Do primeiro casamento, Walmor tem três filhos: Mylene, de 46 anos, César, 45, e Fernando, 40. Todos são empresários e moram em Santa Catarina.Tem cinco netos, com idades entre 21 e dois anos. Em casa, duas vezes ao ano, realiza saraus musicais beneficentes. Cada convidado leva alguns quilos de alimentos não perecíveis, destinado a instituição beneficiente específica.

Não cozinha, mas aprecia degustar um bom vinho. Tem preferência pelos franceses e italianos, chilenos e argentinos. “Fora estes, somente o excelente Vila Bari, da Vinícola Barichello, do meu amigo Luiz Alberto Barichello”, brinca.

Obviamente, gosta de ler. “Eu leio muito, eu leio muito mesmo. Sobre TV, comunicação, mídia e até psicologia”, detalha. Seu projeto para o futuro é cursar Filosofia. Também pretende viajar muito mais, para conhecer lugares como a China e a Índia. Ainda quer conhecer melhor seu país de origem, a Alemanha. Portugal é um país que gostaria de, quem sabe, morar. Os lugares que conheceu, mais gostou e sempre acaba voltando são Los Angeles, Nova Iorque, Londres e Itália. “Não vou a lugares que não tenho certeza que eu vá gostar.”

Pelo menos quatro vezes por semana, Walmor pratica exercícios físicos. Para isso, tem uma academia completa em casa. Também faz corrida três vezes por semana. Gosta muito de viajar e passear com a esposa na Serra e no litoral catarinense, para visitar os filhos.

Já há alguns anos, Walmor faz meditação, acupuntura e lê muito sobre Buda. E esta é a sua filosofia de vida. “Não que eu seja budista, mas sigo muito os conceitos de tranqüilidade... viver o agora, o hoje, estar bem com a família e amigos, sempre em busca da qualidade de vida”, explica. E acrescenta que, para ele, o segredo do sucesso está em sonhar e planejar com persistência e disciplina, além de muita comunicação.

“Eu quero fazer muito mais coisas. Não me sinto realizado, mas sou muito feliz. Tenho amigos, uma família e um trabalho maravilhosos! Só faço aquilo que me desperta paixão”, afirma. “Quando fiz 60 anos, renovei meu contrato com o 'velhinho' por mais 60... ele que se vire”, conta brincando, ao mesmo tempo em que demonstra a alegria de viver e a satisfação em fazer o que gosta.
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Seios sem pudor e com censura

Em julho de 1964, a loja Esquina Modas, na Rua da Praia, promoveu um
desfile e expôs em suas vitrines a sensação do momento: o Monoquíni.
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Lançado para causar furor na próxima temporada de verão, era uma espécie de maiô ousado demais para uma época de ditadura militar. Na parte de cima, havia apenas duas tiras sobre os seios. Um dos programas de maior audiência no Rio Grande do Sul era o Show de Notícias, da TV Gaúcha.

Na noite de 7 de julho, o telejornal apresentou o filme feito durante o desfile. Além da reportagem, no encerramento o Show mostrou no estúdio, ao vivo, uma modelo com o monoquíni. Não chegou a aparecer por muito tempo, porque as imagens logo foram cobertas pelos créditos finais. Mas isso foi o que bastou para gerar protestos, despertar a ira dos censores e provocar uma novela que se arrastou por vários dias até a emissora ser suspensa por 24 horas, entre 24 e 25 de julho.

O primeiro a se mostrar indignado foi o então arcebispo Dom Vicente Scherer, que solicitou providências das autoridades. Paulo Brossard, secretário estadual de Justiça, determinou a suspensão do Canal l2. Na tarde do dia 25, beneficiada por uma liminar concedida pelo desembargador Manoel Martins, a TV Gaúcha pôde voltar ao ar. Ao retomar a programação, a emissora divulgou uma nota em que denunciava "o infeliz acidente, praticado por uma autoridade inexperiente e com índole de ditador".

A Censura Estadual, subordinada a Brossard, abriu um processo contra o dono da Esquina Modas, acusado de promover em local público um desfile atentatório à moral e aos bons costumes, além de expor o monoquíni em suporte plástico na vitrine. Mas esse processo não foi adiante. A maior prejudicada foi mesmo a TV Gaúcha, que deixou de veicular anúncios dos patrocinadores por 24 horas.

Ousadas demais para a época, duas tiras sobre os seios despertaram a ira dos censores.
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Revista TV Sul: a pequena notável

Revista de formato pequeno, tipo livro de bolso, com cores apenas na capa, a TV Sul foi até hoje a única revista dedicada à televisão produzida no Rio Grande do Sul. Publicação quinzenal de 36 páginas, tiragem média de 20 mil exemplares, surgiu em agosto de 1963 com o nome de TV Sul Programas, depois simplificado.
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Revista TV Sul
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A edição número 1, que teve distribuição gratuita para atrair leitores, anunciava "a caçulinha das revistas especializadas em TV no país e a primeira publicada no torrão gaúcho". Houve aceitação imediata e até fãs-clubes da TV Sul foram criados. À venda nas bancas de jornais de todo o Estado, a revista chegou a circular também em Florianópolis e no interior de Santa Catarina. Nas capas, sempre um ídolo dos telespectadores, tanto cantores e astros das novelas nacionais em cartaz quanto estrelas internacionais dos "enlatados" que os canais brasileiros incluíam em sua programação. No interior, o conteúdo dividido em diversas seções fornecia as últimas notícias, reportagens, entrevistas, fofocas do mundo artístico.
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Pioneirismo e ousadia na TV gaúcha
Por Valério Cruz Brittos e Márcia Turchiello Andrés em 6/3/2007


"Uma grande ousadia." Era assim que muitos profissionais de comunicação definiam o Jornal do Almoço, ao ser lançado em 6 de março de 1972, pela então TV Gaúcha, canal 12, de Porto Alegre. Pioneiro no Brasil nesse horário, o Jornal do Almoço é a atração mais antiga da atual RBS TV e há 35 anos mantém-se no ar, aliando jornalismo e entretenimento.
Na época da estréia, poucas pessoas acreditavam no seu êxito, uma vez que o meio-dia era o horário nobre do rádio, sendo o programa considerado uma grande ousadia devido às poucas chances de atrair patrocinadores. Mas o Jornal do Almoço fez tanto sucesso que acabou servindo de modelo para, mais tarde, a Rede Globo implantar, em suas diversas afiliadas, o Praça TV – 1ª Edição.
Criado por Clóvis Prates, um mineiro que se mudou para Porto Alegre, inicialmente o Jornal do Almoço possuía duas horas de duração e estava voltado principalmente para o público feminino. Nos primeiros anos todo o espaço era realizado ao vivo, inclusive os comerciais, o que reforçava a necessidade de improviso, uma característica da televisão do passado. Na inexistência do videoteipe portátil, era preciso levar tudo para dentro do estúdio, como cozinha, orquestra, desfile de moda e trechos de peças de teatro, diferentemente de hoje, em que o telejornal, apesar de ainda ser transmitido ao vivo, conta com uma série de reportagens gravadas.
Abertura política e mudanças As transmissões ao vivo também eram um campo propício para que ocorressem diversas gafes, tanto dos apresentadores, quanto dos comentaristas. Além isso, era preciso driblar a ditadura militar e qualquer assunto ou palavra considerada contra a moral nacional já era motivo para seus profissionais serem chamados a prestar depoimento junto à Polícia Federal.
Os quadros eram individuais e independentes, abrindo e fechando com vinhetas. Um dos traços do Jornal do Almoço sobrevivente até hoje, talvez em menor intensidade, é o clima de bate-papo informal – o que, de certa forma, contribui para a construção de uma proximidade com o público, diferentemente de outros telejornais da própria RBS TV (e da regra dos demais canais).
As entrevistas sempre foram uma alternativa para preencher as duas horas de duração do programa e vencer as limitações técnicas existentes na época. Um carro-chefe era o quadro "Variedades", denominado inicialmente "Sala de Visitas", que abordava temáticas relacionadas ao universo da mulher, com assuntos ligados à família, educação, lazer, moda e beleza.
Iniciada a abertura política e cultural, no final dos anos 1970 o programa teve que se readaptar a um telespectador mais exigente e o quadro "Variedades" sofreu mudanças, passando a abordar assuntos mais polêmicos, como a condição feminina, homossexualismo, aborto, drogas, educação sexual e divórcio.
Imaginário do gaúcho A criação da Rede Regional de Notícias, em 1979, significou a integração das emissoras da RBS TV no trabalho jornalístico, repercutindo diretamente no programa. O objetivo era que as emissoras do interior entrassem ao vivo nos programas veiculados pela RBS TV Porto Alegre. Esse fato fez com que o jornal se consolidasse, nos anos 80, como o maior programa televisivo de alcance regional do país.
O projeto de interiorização também marcou o programa em 1988, quando foi gravado o primeiro Jornal do Almoço fora do estúdio, na cidade gaúcha de Erechim. A partir desta iniciativa, a equipe passou a transmitir o telejornal ao vivo de festividades, feiras e aniversários de municípios (de forma imbricada com interesses comerciais). Em 1993 foi realizado o primeiro Jornal do Almoço internacional, em Buenos Aires, coincidindo com a instalação da Diretoria da RBS para o Mercosul na capital argentina, fato inédito na TV brasileira.
Certamente muitos receptores lembram das brincadeiras e extravagâncias que vários profissionais realizavam frente às câmeras, como a expressão "por isso eu me rasgo todo", do colunista social Roberto Gigante, que foi vivenciada literalmente. Outros também devem lembrar com saudades do humor de Carlos Nobre; do espaço sobre música, com Pedro Sirotsky, denominado "Transasom"; das dicas sobre a loteria esportiva de Celestino Valenzuela; ou ainda do quadro "Comunicação", com Clóvis Duarte, o qual mostrava os bastidores da televisão, como os erros de gravação, a estrutura dos programas e os preparativos dos apresentadores (um pioneiro do Video Show).
Há quem ainda deve recordar-se dos comentários do saudoso Mendes Ribeiro e da atuação de Tânia Carvalho, primeira apresentadora do Jornal do Almoço, sem esquecer de Célia Ribeiro, Rogério Amaral, Geraldo Canali, Rejane Noschang, Sérgio Stocker, Vera Armando, Cunha Júnior e de outros tantos que deixaram marcas na história do programa.
É impossível traçar-se esta breve reconstituição do programa sem citar a apresentadora Maria do Carmo Bueno, considerada por muitos, até a atualidade, a cara do JA. Se fosse recordada toda a atuação de Paulo Sant’Ana, um ícone do jornalismo esportivo e que permanece na atração, certamente haveria muitas histórias a contar – como, certa vez, em que ele fez seu comentário enrolado na bandeira do Grêmio, quando o time conquistou seu primeiro título brasileiro, em 1981, e, de tanta emoção, passou mal e desmaiou, sendo sua queda acompanhada pela câmera.
O Jornal do Almoço sempre contou com o trabalho de profissionais que, de uma ou de outra forma, integraram e integram o imaginário do gaúcho. Nesse time aparecem nomes como Rosane Marchetti, Cristina Ranzolim, Lasier Martins, Paulo Roberto Falcão, Ana Amélia Lemos, Paulo Britto, Daniela Ungaretti e André Haar, entre tantos outros que atuam frente às câmaras ou nos bastidores e que fazem do Jornal do Almoço um produto do seu tempo (daí tantas mudanças, inclusive quanto à duração, retratando também a maior ou menor abertura de espaço por parte da Globo), com quadros das emissoras do interior do estado e uma edição específica em Santa Catarina.

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Porto Alegre 
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