Bem Vindo

- Com esta série não é pretendido fazer história, mas sim é visado, ao lado das imagens, que poderão ser úteis aos leitores, a sintetizar em seus acontecimentos principais a vida da Cidade de Porto Alegre inserida na História.

Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

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- Em História, não podemos gerar Dogmas que gerem Heresias e Blasfêmias e nos façam Intransigentes.

- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

Poderá demorar um pouquinho para baixar, mas vale à pena. - Bom Passeio.

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Porto Alegre de todos os Ângulos

Caso tenha alguma imagem que não possa estar postada, por qualquer motivo, favor entrar em contato, para ser retirada, obrigado!

Mui "Leal e Valerosa"
Cidade de Porto Alegre

Deusa Atena
Protetora da Indústria
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Deus Hermes
Protetor do Comércio
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Linha do Tempo século XVIII à 1999

Memória
Aqui você encontra um pouco do Passado de Porto Alegre, guiado por Porto Alegre no Presente, os arquivos não estão em ordem cronológica ou alfabébica, os textos e imagens foram adaptados com aspectos atuais para tornar a visita interessante, nos contrapontos.
São várias páginas.
Com certeza você vai gostar,
Bom Passeio!

Cidade Cosmopolita

O Brasão

A Cruz de Cristo - Recorda a origem cristã e portuguesa da nossa gente, foi usada na época dos descobrimentos.
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O Portão Colonial - Era o marco da entrada da cidade. Ele existiu em Porto Alegre, foi construído em 1773 quando José Marcelino de Figueiredo transportou a capital da Capitania de São Pedro. Relembra a organização da cidade, pois era fechado às 22 horas, separando o centro da cidade dos arrabaldes.
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A vida da cidade passou a acontecer a partir do Largo do Portão, em suas imediações construiu-se a Santa Casa de Misericórdia, e a Praça do Portão passou a denominar-se em 1873 Praça General Marques e, em 1912, Praça Conde do Porto Alegre.
O Portão Colonial também relembra a instalação do Clero, do Senado, da Câmara e da Justiça.
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Sustentado por um paliçal e assentado sobre um filete de outro que representa o solo rico da cidade, pois todo o terreno era plantado, agricultado e repleto de granito do qual saiu a maioria dos pedestais que sustentam os monumentos de Porto Alegre.
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A Caravela - Recorda a Nau da Nossa Senhora da Alminha que, segundo a tradição, trouxe à região do então Porto dos Dornelles ou Viamão, os casais de açorianos que inauguram em 1751 o povoamento oficial do lugar, hoje Porto Alegre.
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A Coroa Mural de Ouro - A Coroa Mural de Ouro, de cinco torres, significa cidade grande, cidade cabeça, capital. Na família, o homem é o cabeça do lar, segundo a Bíblia o homem é a cabeça do casal e a mulher é o coração. Assim, também, em um Estado, a capital é a cidade cabeça.
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O Listel de Gole - Carregado das letras de prata, recorda o heroísmo da nossa gente nas lutas políticas e sociais.
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O Conjunto de Esmaltes e Metais - Relembra as cores das bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul. O ouro é o símbolo de fidelidade. O azul é o céu sereno do Rio Grande do Sul. O verde, as águas mansas do Guaíba e também as campinas verdejantes do sagrado solo gaúcho. O vermelho significa a fé e o amor. A prata, a seriedade e o caráter nobre e altivo de nossa gente.
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A Frase - A frase "leal e valerosa cidade de Porto Alegre" é o título nobiliárquico que Dom Pedro II, em 1841, outorgou à Porto Alegre pela sua constância e difelidade ao trono, diante a Revolução Farroupilha de 1835 à 1845.

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PORTO ALEGRE
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Porto Alegre - 1852
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Planta - 1837
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Planta Comercial - 1900
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A planta Commercial de Porto Alegre, publicada em 1900, foi uma iniciativa da “Empreza Annunciadora S.R. Weiss & Cª”, e impressa na Lithographia Paulo Robin & Pinho, no Rio de Janeiro. Ela registra quatro anúncios comerciais de firmas de Porto Alegre, provavelmente os patrocinadores para ter suas marcas em destaque. São elas: a “Companhia de Seguros A Educadora”, cuja sede ficava na Praça da Alfândega; a “Casa de Saúde Bela Vista”, hospital que mais tarde teve seu prédio vendido ao Hospital Militar; a casa “Luiz Voelcker & Cª”, na Rua dos Andradas, uma tradicional ferragem da cidade, e a “Carpintaria Porto Alegrense”, situada na Rua Voluntários da Pátria. Certamente esta seja a primeira ou uma das primeiras plantas comerciais da cidade, que de fato indique localização dos estabelecimentos comerciais, industriais, de serviços, logradouros públicos; algo que se tornaria comum a partir da década de 40. Também é interessante notar o uso de desenhos em perspectiva para representar os principais prédios públicos, igrejas, hospitais. Esse recurso fora usado na Planta arquitetural do Rio de Janeiro, de 18741, com maior requinte técnico e artístico.
Porto Alegre, na virada do século XIX para o século XX, é uma cidade em processo de modernização. Tanto o governo estadual como o municipal querem transformar a cidade numa espécie de “sala de visitas”2 da administração de caráter positivista, que está no poder desde 1889. E, para tanto, uma série de modificações estava sendo realizadas e projetadas, para retirar da cidade o seu aspecto provinciano e transformando-a numa cidade moderna. Um exemplo dessa tendência foi a construção da nova Intendência, um edifício que refletia a arquitetura eclética e os padrões positivistas tanto no seu projeto, como nas estátuas decorativas da fachada.
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A planta comercial de Porto Alegre reflete este momento ao registrar os logradouros, os prédios públicos, as instituições civis militares, as casas de comércio, os bancos, etc..., sendo que alguns desses prédios estão desenhados, enquanto outros apenas são nomeados. Serve como “guia” de localização dos pontos comerciais, de serviço e industriais da cidade.
imagem 3
Nesta projeção do centro de Porto Alegre, tem-se uma visão da península na qual a cidade fora construída, com seu porto, em um dos lados, e a Praia de Belas, do lado oposto. A parte central do mapa compreende o alto do promontório, tendo como eixo a Rua Duque de Caxias. Nesta destacam-se, à direita, as construções da Igreja Matriz, do Palácio do Governo, numa representação do projeto aprovado para o local e que não chegou a ser realizado, e ao lado a sede da Assembléia dos Representantes. À frente, a Praça Marechal Deodoro, com jardins artisticamente desenhados, com o chafariz ao centro, e do outro lado os prédios gêmeos do Teatro São Pedro e do Palácio da Justiça3. Ainda ladeando a Praça, o Palácio Provisório 4, com suas torres, e o prédio do Salão da Bailante, local de bailes, freqüentado pela população porto-alegrense.
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Seguindo pela Rua Duque, em direção leste, aparecem relacionados alguns médicos; na esquina com a Rua General Paranhos 5, há a Secretaria de Polícia e na quadra seguinte, as escolas do Liceu e de Aquiles Porto Alegre. Na intersecção seguinte, está o Quartel do 8° Batalhão.
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Neste trecho em direção ao sul, aparece uma grande faixa verde, o campo da Redenção, uma área conhecida até o século anterior como Várzea, que estava destinada por decreto de 24 de outubro de 1807, do Governador Paulo da Gama, a ser uma área pública para descanso e lazer, não podendo ser ocupada. Entretanto, no final do século XIX, algumas construções foram feitas pelo poder público, a despeito do decreto, uma delas no lado sul era a Escola Militar, que aparece representada no mapa, e a outra a Escola de Engenharia, cujo prédio foi concluído em 1901, também registrado no mapa. Entre as duas construções, a representação do velódromo, local destinado às corridas de ciclismo. Ainda ao sul, pode-se notar o curso sinuoso do Arroio Dilúvio, cortando toda a “Cidade Baixa” e indo desaguar próximo à atual Rua Espírito Santo. Hoje, com a retificação realizada durante a década de 1940, o arroio desemboca mais ao sul, eliminando os meandros e tornando inútil a ponte de pedra que servia de ligação entre os dois lados do riacho.
imagem 6
imagem 7
Do lado oeste do campo da Redenção, o prédio da Igreja do Bonfim, que daria o nome ao bairro; a Igreja da Conceição e a Santa Casa de Misericórdia, instituição tradicional, fundada em 1803, cujo primeiro hospital foi concluído em 1826. Sobre essa instituição e o local da construção do hospital escrevera Saint-Hilaire, em sua passagem por Porto Alegre em 1820:
“Fora da cidade, sobre um dos pontos mais elevados da colina, onde ela se acha construída, iniciou-se a construção de um hospital, cujas proporções são tão grandes, que provavelmente não seja terminado tão cedo; mas a sua posição foi escolhida com rara felicidade, porque é bem arejado, bastante afastado da cidade, para evitar contágios; ao mesmo tempo, muito próximo para os doentes ficarem ao alcance de socorro de qualquer espécie”.6
Em 1900, o local do hospital já não estava tão afastado, aos poucos, a cidade foi incorporando-o com a abertura das ruas que ligavam a Várzea ao Caminho Novo, a atual Voluntários da Pátria.
imagem 8
Na parte central do mapa, na Rua São Jerônimo, atual Jerônimo Coelho, está o prédio do Corpo de Bombeiros e na rua Riachuelo, a sede da Cia. Telefônica, onde hoje está a Biblioteca Pública, sede inaugurada em 1922.
Nas quadras que se seguem até o rio encontra-se o centro comercial da cidade. Desde a fundação de Porto Alegre, a Rua da Praia é a rua do comércio na cidade. Nicolau Dreys, em sua passagem pela cidade, na primeira metade do século XIX, descrevia assim as ruas da cidade, especialmente a rua do comércio:
“...correm pa¬ralelamente à direção do morro, isto é, quase Nor¬te e Sul, elas se comunicam entre si por ladeiras ou ruas transversais mais ou menos íngremes, que as cortam em ângulo reto; a rua mais extensa, e a mais importante, em respeito ao comércio e à popula¬ção, é a da Praia, que se prolonga em torno do mor¬ro a Oeste, à borda da lagoa; nesta rua, formada por casas geralmente altas, de estilo elegante e mo¬derno, quase todas habitadas por negociantes, é que parece se ter concentrado o negócio, deixando às outras classes da sociedade as ruas abertas sobre os planos superiores.”7
Portanto, podemos notar no mapa de 1900, a grande concentração de indicações de casas comerciais na Rua dos Andradas ou Rua da Praia, em especial nos quarteirões mais centrais, próximos à Praça Senador Florêncio. Esta praça está representada no mapa com áreas verdes, um chafariz de um lado e ao centro um prédio no qual funcionava a Alfândega. Atrás da praça está o cais com trapiche que se estende sobre o rio com uma pequena construção na sua ponta, onde atracavam os barcos para desembarcar as mercadorias. Sobre o prédio modesto da Alfândega, demolido no início do século XX para dar lugar à “modernidade” ditada pelos Positivistas, diria Saint-Hilaire que “a vista desse cais seria de um belo efeito para a cidade”8.
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Pela Rua dos Andradas em direção oeste, além dos prédios comerciais, está uma área de quartéis, com os dois prédios do Arsenal de Guerra, o Quartel da Brigada Militar. Também aparece representada a Igreja das Dores, a Praça da Harmonia9 e, na ponta da península, a Higiene Pública, a Casa de Correção e o Gasômetro10, que fornecia gás para a iluminação pública.
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Entre a Praça da Alfândega e o Mercado Público, em especial na Rua Sete de Setembro, estão localizadas casas comerciais importadoras e exportadoras, além do setor de crédito. Sobre essa região o italiano Vittorio Buccelli comentar em sua passagem por Porto Alegre:
“... é a rua dos grandes negócios, onde se encontram muitos escritórios comerciais e de crédito, dentre os quais o Banco do Comércio e o importante Banco da Província, que é o mais antigo do Estado.”11
O Mercado Público destaca-se como um grande edifício à beira do rio e ao lado da Prefeitura, à sua frente uma grande praça, coberta de verde e com um chafariz, ao centro. Afinal os chafarizes, ainda funcionavam com fontes abastecedoras de água para a população, não tendo apenas função decorativa. O Mercado teve sua construção concluída em 1869, tendo em sua planta original apenas um andar, como mostra a representação do mapa, com quatro torreões nas esquinas. O segundo andar só foi construído na década de 1910.
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A partir do entroncamento da Rua Marechal Floriano com a Praça 15 de Novembro tem início a Rua Voluntários da Pátria e ali também encontramos um grande número de indicações de casas comerciais, nos dois lados da rua. Mas nem sempre foi assim. No início do século XIX, a região era uma área de chácaras e sobre ela escrevia Dreys: “uma bela alameda plan¬tada da banda do rio de árvores frondosas: chama-se o Caminho Novo e prolonga-se, quase sempre com os mesmos ornatos, até perto da embocadura do rio Gravataí” e aconselhava os leitores a fazerem esse passeio: “é certamente um dos mais ex¬celentes passeios que se pode ver”.12 Mas esse perfil foi aos poucos se modificando e a região tornou-se, ainda no final do século XIX, uma área de atividade industrial e comercial da cidade.
Tanto que no início do século XX, outro viajante, Gustav Königswald, assim caracterizou a região:
“Os estabelecimentos industriais de maior importância como, estaleiros, fábricas de máquinas, serrarias a vapor, fábricas de móveis e outras, localizam-se a maior parte à Rua dos Voluntários, também chamada de Caminho Novo.”13
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Observando o mapa nota-se que do lado do rio, tanto na Rua Voluntários, como na Rua Sete de Setembro, há um grande número de trapiches que se estendem pelo rio. Estes servem de cais particulares para as casas e indústrias da região descarregar ou embarcarem mais rapidamente suas mercadorias. Em certa época, segundo os cronistas, somava quase cem trapiches pela orla do rio, requerendo-se que a administração municipal fizesse algo para disciplinar a circulação de pequenas, médias e grandes embarcações. Assim no final da década de 1910, inicia-se a construção do cais do Porto da Avenida Mauá. Sobre esses trapiches, Buccelli escrevera em seu diário:
“... são grandes armazéns construídos junto ao cais, onde houver, ou às pontes de madeira construídas sobre palafitas, que avançam da praia até o ponto onde a profundidade da água permite ao navio manter-se à superfície. Na maio¬ria das vezes servem de depósito temporário de produtos importados ou para exportação e de en¬trepostos alfandegários. Por isso, estão sempre cheios de todo o tipo de comestíveis, embalados nas formas mais diversas ou ensacados, formando verdadeiras pirâmides que chegam ao teto.”14
Essa atividade comercial intensa também aparece representada no mapa pelas embarcações que se encontram no rio, ao longo de toda a orla norte e oeste da península. Também, em relação ao rio, chama atenção a existência de um clube de regatas, situado junto à Praça da Alfândega. Não se pode esquecer que neste período os clubes de remo e de vela eram uma atividade desportiva trazida pelos imigrantes alemães.
O mapa ainda traça o trajeto das principais linhas de transporte urbano de Porto Alegre. Eram elas: a Estrada de Ferro Porto Alegre- Novo Hamburgo, cuja estação final situava-se na rua Voluntários da Pátria; a Estrada de Ferro Ponta do Dionísio, que partia da Ponte de Pedra até a Ponta do Dionísio e levava os dejetos da população para ali serem jogado no rio; a Companhia Carris Urbanos15 e a Cia. de Ferro Porto Alegrense, que serviam com seus bondes a área central e alguns arraiais da cidade.
Em resumo, esta planta é absolutamente original na cartografia urbana de Porto Alegre e se caracteriza em primeiro lugar pela originalidade, realizado em projeção azimutal, resultante da projeção de um globo sobre um plano. Porto Alegre é representado como um globo ou um astro. Não é ocasional que a cor da periferia do círculo seja o preto, representando o universo.
Embora azimutal, o desenho não registra – em função da pequena área – as linhas das latitudes (que seriam linhas retas divergentes originadas no centro da projeção) e as longitudes, representadas por círculos concêntricos.
A segunda originalidade é que se constitui, simultaneamente, numa representação cartográfica sistemática e temática, possibilitando sua releitura como uma verdadeira planta funcional de Porto Alegre.
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Altos da Praia assim era chamado o campo da Matriz - 1779
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Porto Alegre nasceu de uma pequena colônia de imigrantes açorianos, que se estabeleceram na Ponta de Pedra em 1752, dentro da Sesmaria de Santana, capitaneada por Jerônimo de Ornellas e Vasconcellos. A partir daí, a localidade começou a ser chamada de Porto dos Casais.
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Em 1763 os castelhanos, comandados por Dom Pedro Cevallos, governador de Buenos Aires, invadem o Rio Grande do Sul e tomam a cidade de Rio grande. Neste ano, as populações portuguesas do norte do estado migram para a região de Viamão e Porto dos Casais.
Em 26 de março de 1772, um edital eclesiástico divide a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão em duas. O antigo Porto dos Casais se transforma na Freguesia de São Francisco. Quase um ano depois, em 18 de janeiro de 1773, um novo edital rebatiza a pequena povoação, que passa a se chamar de Madre de Deus de Porto Alegre. O então o governador da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, José Marcelino de Figueiredo, ordena a transferência da Câmara Municipal de Viamão para Porto Alegre. A antiga colônia açoriana se transformava na capital da província. Além de centro administrativo, a cidade se transforma em área militar. Paliçadas de madeira são construídas em torno da cidade. As estreitas ruas da Porto Alegre colonial são projetadas como um labirinto, possuindo nítido caráter defensivo. A modesta capital prospera e, em 1804, a Coroa Portuguesa instala a primeira alfândega do rio grande do Sul.
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Contudo, se passaria algum tempo, até que o modesto núcleo urbano se transforma-se em vila, em 1809, e depois cidade, em 1822.
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Porto Alegre nos primeiros anos do século XIX, foi um dos primeiros núcleos urbanos de apoio as forças portuguesas, instaladas no Delta do Jacuí, que desbravaram o interior do Rio Grande do Sul. Além de centro comercial, administrativo e militar, a cidade também oferecia serviços de estaleiros. As embarcações portuguesas, alem de se abastecerem com víveres, também podiam fazer pequenos reparos no casco e no velame.
Entre 1822 e 1835, cidade se desenvolve. A conquista das áreas meridionais do Brasil e as campanhas portuguesas trazem a Porto Alegre novos contingentes militares. É a época da construção dos grandes casarões coloniais portugueses na cidade, como por exemplo, o Solar dos Câmara e outros prédios administrativos no mesmo estilo.
Em 1835, o Rio Grande do Sul mergulha em uma guerra de caráter libertário. Veteranos das campanhas das Guerras do Prata, aliados a Guarda Nacional e outros descontentes se organizam em uma milícia, que foi chamado posteriormente, Farroupilha. Porto Alegre se encontrava fortificada, mas isso não impediu que em 20 de setembro de 1835, esta fosse invadida pelas tropas rebeldes.
Os Imperiais retomaram a cidade em 1836 e, que a partir de então, sofreria três intermináveis cercos até o ano de 1838. Foi a resistência a esses cercos, que deram o título a cidade de "Mui Leal e Valerosa". Apesar do inchaço populacional daqueles tempos, a cidade só voltaria a crescer sua malha urbana após 1845. A guerra não impediu que três anos antes, o primeiro Mercado Público fosse construído, organizando o comércio nas áreas centrais.
São anos prósperos, época em que os primeiros imigrantes alemães e italianos desembarcam na capital, instalando restaurantes, pensões, pequenas manufaturas, olarias, alambiques e diversos estabelecimentos comerciais.
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A Guerra do Paraguai (1865/70), transforma a capital gaúcha na cidade mais próxima do teatro de operações. A cidade recebe dinheiro do governo central, além de serviço telegráfico, novos estaleiros, quartéis, melhorias na área portuária, além da construção do primeiro andar do novo Mercado Público.
O fim da campanha do Paraguai faz o Império do Brasil mergulhar numa crise política - administrativa. O governo perdia lentamente o controle sobre as comunidades de escravos, e em 1884, o governo municipal liberta os cativos da cidade. Era a preparação para o advento da República em 1889.
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Estes primeiros governos republicanos - que no Rio Grande do Sul seguiam a filosofia positivista de Augusto Comte - deixaram profundas marcas na capital gaúcha. Estes homens acreditavam numa sociedade comandada pela ditadura do presidencialismo, pelos homens íntegros e sábios. Grandes quantidades de prédios públicos são construídos nessa época, ornados com magnífica estatuária simbólica positivista. A preocupação desse grupo político com as benfeitorias e melhorias do espaço urbano vai transformar o antigo aspecto colonial da cidade. Existe uma enorme preocupação com o saneamento das áreas centrais. São destruídos os cortiços e os mal conservados prédios do centro. Durante as administrações republicanas(1889 a 1940), foram instalados na cidade a eletricidade, a iluminação pública, rede de esgotos, transporte elétrico, água encanada, as primeiras faculdades, hospitais, ambulância, a telefonia, industrias, o rádio desenvolvidos uma série de planos diretores, alguns dos quais implantados décadas depois, como o Plano Maciel de Melhorias de 1914, que seria viabilizado só nas décadas de 30 e 40.
A cidade a partir da década de 40 assume, definitivamente, seu caráter de centro administrativo, comercial, industrial e financeiro do estado. Os animais de carga, que dominavam o cenário urbano, são substituídos pelos modernos automóveis. São anos de ampliação das malhas viária da cidade. São abertas na cidades grandes avenidas, como a Farrapos, a Borges de Medeiros e a Salgado Filho. Outras são pavimentadas, como a Azenha e a João Pessoa.
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A expansão do centro urbano, então, começava a se direcionar para as áreas sul e norte da península. Nas décadas de 60 e 70, grandes obras viárias são feitas na capital. São construídos os viadutos da Borges de Medeiros, da João Pessoa, o Ubirici, Tiradentes e Ildo Meneghetti. Essas obras melhoraram o fluxo de veículos na área densamente povoada da capital.
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Capital do Estado República
do Rio Grande do Sul
Uma cidade Imperial
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Recepção ao Imperador  D. Pedro II, nas docas do Mercado Público - 1865
Em seu retorno de Uruguaiana, durante a Guerra do Paraguay
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Prédios Gêmeos, Theatro São Pedro e Tribunal de Justiça, junto a praça da Matriz
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Porto Alegre século XIX, no Caminho Novo (atual rua Voluntários da Pátria)
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Década de 1910
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Usina Cia. de Força e Luz, esta empresa pertencia a empresa Carris através de fusão.
 Porto Alegre foi a primeira capital iluminada 1887 - 1910
Em frente a este prédio foi colocado o primeiro luminoso de Porto Alegre
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Porto Alegre, vê-se o Theatro São Pedro, Tribunal de Justiça, a antiga Catedral Metropolitana e o Palácio Piratiní - 1920
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Vista aérea do centro de Porto Alegre com destaque para o Mercado Público,  praça XV de Novembro e Paço Municipal - 1960
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Porto Alegre não para de crescer, construção do edifício da CRT - Companhia Riograndense de Telecomunicações - 1961
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Um Pouco Mais Daqui

A Tradição
O Chimarrão, É herança dos índios guaranis o costume de tomar o chá amargo elaborado com a erva-mate, que já foi importante para a economia das regiões missionárias do Rio Grande do Sul. Hoje, mais que uma bebida, é um hábito do Gaúcho.
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Gaúcho junto o cais Mauá em frente ao prédio da Junta Comercial de Porto Alegre
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É comum ver pelas ruas pessoas carregando cuia (recipiente feito do fruto do porongo), bomba (canudo de metal) e garrafa térmica com água quente para preparar o Chimarrão, chamado simplesmente de mate pelos porto-alegrenses.
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Como montar um bom chimarrão
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O Churrasco, Embora o churrasco esteja longe de ser uma invenção gaúcha, não passando de milenar costume alimentar dos povos de tradição cultural de origem pastoril, não se pode deixar de reconhecer que a sua propagação, pelo Brasil a fora, se traduz na única contribuição rio-grandense
incorporada a culinária nacional.
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Churrascaria, Basta rápido manuseio no Guia Quatro Rodas. Abrindo-se a edição de 1977, verifica-se que, na página 304, aparece uma churrascaria gaúcha situada na cidade de Juazeiro do Norte, terra do Pe. Cícero.
O introdutor da churrascaria em Porto Alegre foi um gaúcho de origem teuta: Alberto Bins. Na qualidade de comissário-geral da Exposição Farroupilha de 1935 em comemoração ao Centenário da Revolução Farroupilha (uma celebração extraordinária, repleta de grandes promoções de toda ordem, inclusive artísticas e culturais, que teve a duração de 30 dias e marcou época na vida porto-alegrense e na administração Flores da Cunha), o Major Alberto Bins teve a idéia de construir uma Churrascaria Crioula, no recinto do maravilhoso certame, isto em setembro de 1935.
Vieram, depois, as churrascarias comerciais, do tipo que se disseminaria pela cidade, a começar pela Cabana do Santos, na Avenida Assis Brasil (IAPI), no bairro Passo d'Areia, seguida pela Churrascaria Santo Antonio, na Rua Dr. Timóteo, ambas ainda em funcionamento e promovendo diariamente verdadeiras saturnais de carne bovina.
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Churrascaria Santo Antonio
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O Major Alberto Bins, figura notável a vários títulos, foi preciso que um scholar norte-americano, o professor Joseph L. Love, chamasse atenção para a sua pessoa, apontando-a como "um dos homens mais responsáveis pelas inovações econômicas que se processaram no Estado e pelas realizações administrativas executadas em Porto Alegre, na sua época", para que nos déssemos conta de que esse é um nome que faz jus a uma boa biografia.

Notas:
1. Que tinha esse nome por ser comemorativa ao centenário do começo da guerra dos Farrapos. Foi na ocasião da Exposição que se urbanizou o parque Farroupilha (que ganhou tal nome justamente aí) e se construíram prédios moderníssimos para abrigar vários expositores, de que restam apenas algumas marcas.
2. Alberto Bins (Porto Alegre, 1869 - 1957), industrialista e liderança política e empresarial, foi vice-intendente (vice-prefeito) e depois intendente, de 1924 até 1937. Foi em seu governo que se consolidou a grande reforma urbana de Porto Alegre, com a abertura da Borges, a construção do viaduto Otávio Rocha, etc.
É preciso lembrar que nos últimos anos 70 não era tão difundido o churrasco, nem as churrascarias, assim como não tinha ganho tanto destaque o selvagem espeto-corrido atual.
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O Povo

Mulheres em trajes dométicos no início do século XX
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Frequentadora do Salão "A Bailanta"
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Porto Alegre - 1900
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A Escravatura
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Porto Alegre foi a primeira cidade no Brasil a libertar seus escravos - 1884

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 A Cidade Progride

O chá (chimarrão) é tomado sem açúcar e a erva utilizada no preparo é classificada de acordo com o seu amargor. A melhor carne abatida para um bom churrasco você encontra nas bancas do Mercado Público, ali ficam expostos diversos tipos de erva, carnes e utensílios.
Mercado Público ainda sem o andar superior, só as torres laterais, nota-se as bancas de miudezas -1875

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Vamos Passear por Porto Alegre!
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Cidade Sorriso
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Capital do Mercosul

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Porto Alegre e os seus Ângulos
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Brique da Redenção, bairro Bom Fim, O Brique da Redenção, antiga Feira de Artesanato do Bom Fim, é uma feira tradicional que acontece todos domingos em toda a extensão da Avenida José Bonifácio, junto ao Parque Farroupilha (Redenção), em Porto Alegre.
Teve início em abril de 1982 e, em 22 de março de 1983, a feira foi oficializada pelo então prefeito Guilherme Socias Villela.
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Pórtico atual
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Nos domingos de tempo bom, o Parque Farroupilha abriga em uma de suas extremidades o conhecido Mercado das Pulgas, também denominado "Brick da Redenção" ou para habituais, apenas Brique. Este mercado é dividido basicamente em duas partes.
Uma conta com inúmeros expositores de artesanato, em geral: quadros, pinturas diversas, móveis e utilidades domésticas, roupas, calçados, arte indígena, esculturas, o que se puder pensar, feita de maneira artesanal.
O outro segmento é composto de antiguidades, coisas do meu tempo e até bem mais velhas. Revistas, gibis, discos de vinil (um achado para quem ainda curte ouvir o chiado da agulha ao tocar na “bolacha”), xícaras, prataria, selos, relíquias, objetos que contém uma história agregada. Com um pouco de sorte e paciência você pode conhecer a sua origem, sua “personalidade”. Os expositores costumam atender aqueles que os argúem. Tantas coisas que nem podemos imaginar. Os olhos por vezes brilham ao encontrar, ali expostos, coisas que povoaram nossa infância, referência de um tempo que ficou e que guardamos com carinho em algum recanto da memória.
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Pode se encontrar ali, várias diferentes tribos com seus hábitos peculiares. A começar pelos horários em que circulam. Lá, um número significativo de pessoas – assíduos – tem muitos conhecidos, inclusive entre os expositores. São os freqüentadores de carteirinha. É fácil reconhecê-los, tem o sorriso largo, andam com acessórios para sorver seu chimarrão, levam seus cães ou algum outro animalzinho doméstico (maridos e/ou filhos), falam assuntos distintos, são críticos. Vestem-se discretamente, mas de maneira impecável. Perfumados. Em tempos de manifestações, não raro, estampam em suas vestes algo que indique o seu posicionamento, a sua tendência política ou algo que tenha algum significado, afinal é preciso posicionar-se.
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Há os que chegam cedo, geralmente são aqueles que praticam caminhadas, e preferem este horário por haver menor circulação. Em seguida chegam os expositores. E em meio aquele caos, na realidade existe uma organização bem definida. E logo todos estão a postos para receber a população ávida que muito vê e pouco compra, na qual me incluo, isto quando vou raramente. Tem pessoas que gostam apenas de ir e vir, ao longo da avenida, ver as “novidades”, tomar seu chimarrão, que não gostam de esbarrar na multidão, que geralmente encontram velhos conhecidos, que eventualmente compram, e nos seus rostos vê-se que são pessoas bem resolvidas, de bem com a vida.
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Isto geralmente vai próximo as 14:00 h, quando já existe um outro povo que se esbarra. A turma da tarde. Estes são compostos por uma casta distinta. São pessoas mais simples, de hábitos também simplórios. Domésticas, motoboys, oficce boys, trabalhadores e aposentados. Alguns com famílias enormes. Fazem passeios, pic nicks, jogam bola, correm, andam de bicicleta, ouvem rádio, se distraem da melhor maneira possível a um custo insignificante.
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Há também o lado dark, mais de centena de jovens que vem no preto a cor original, num estilo misto; punk/dark, os Emos e seus cabelos, os Gays, os Políticos. Mas no geral todos se manifestam apenas no visual, mas com sua postura pacifica.
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Também há os traficantes, que utilizam as inúmeras árvores para poder comercializar suas drogas sem que ninguém os incomode. Tem aqueles que acham que o parque é motel, banheiro, enfim, aqueles que lá moram a céu aberto. O parque comporta  a todos, é o ir e vir democrático.
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Andar no Brick é muito bom. As paineiras floridas, deixam no ar um cheiro característico, doce, suave, sem ser enjoativo. Os flamboyants floridos enchem os olhos. O ar, em meio aos canteiros, gente que: se distraí lendo, tocando, cantando, malabaristas não profissionais, remanescentes hyppies que perpetuam a cultura de seus pais, casais que apenas namoram, observadores. O ar se enche de sons diversos, cheiros distintos. Há pessoas caricatas, alguns por natureza, outros porque encontram no seu expor, uma maneira para comunicar-se.
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 Quem mora em Porto Alegre, pelo menos uma vez na vida tem o dever de ir ao Brick da Redenção. O lugar é otimo para encontrar coisas diferentes, artesanais e baratas, antiguidades, pessoas e tedências.
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Parque da Harmonia, avenida Loureiro da Silva, bairro Cidade Baixa.
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Aterro contra a Rua Washington Luiz, futura 1ª Perimetral e futuro Parque da Harmonia, atual Parque Mauricio Sirotisky Sobrinho
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O Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Parque da Harmonia), foi idealizado e construído pelo Engenheiro Agrônomo Curt Alfredo Guilherme Zimmermann e inaugurado no dia 4 de setembro de 1982.

No dia da inauguração, o CTG Aldeias dos Anjos de Gravataí e o CTG Tiarajú de Porto Alegre fizeram diversas apresentações, danças de invernada, dança dos facões, chula e declamações. Nesta data teve início o fogo de chão.
O CTG Rodeio da Saudade de Rio Pardo inaugurou a cancha de rodeio, onde foram realizados o primeiro tiro de laço (por João Carlos da Silva, o Carlinhos) e a primeira gineteada (por Dilon Gustavo da Silva). As primeiras provas de rédeas foram feitas por Vladimir da Silva e Leandro da Silva.
A primeira Prenda Juvenil da 5ª Região Tradicionalista, Lisiane da Silva, ofereceu o primeiro chimarrão ao chefe da Casa Civil da Presidência, Leitão de Abreu.
A cancha reta foi inaugurada pelo 4º RPMON da Brigada Militar, comandado pelo Tenente Dalmo, hoje Coronel a serviço da Assembléia Legislativa.
Heraldo de Carvalho responsável pela parte gauchesca do Acampamento, contou com ajuda de Índio Sepé e Luiz Menezes para implantar o Tradicionalismo no Parque Harmonia.
O Primeiro Aniversário do Parque Harmonia foi realizado no ano seguinte. Seu criador, o engenheiro Curt Zimmermann recebeu uma placa de bronze da comunidade rio-grandese. Neste ano foi construído um fogo de chão na entrada da fazendinha para matear ao pé do fogo com todos os visitantes que por ali chegassem.
Em 1984 a fazendinha (foto) do Harmonia passou a ser administrada pela antiga Epatur (empresa pública municipal, responsável pelo Turismo da Capital). O galpão que existia na época foi alugado para a churrascaria Galpão Crioulo. Em outubro de 1986 incendiou. Foi reconstruído com as mesmas características.
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A Fazendinha
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O Parque da Harmonia em março de 1987 recebeu o nome de Parque Maurício Sirotsky Sobinho.
Em 1987, foi realizado o 1º Acampamento Farroupilha reunindo diversos CTG’s e Piquetes que acampam até hoje, o pioneiro em montagem de galpão é o Velho Camboim com o Marasquim.
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Nos anos anteriores não havia acampamento, e sim grupos de amigos ou piquetes que ficavam na área de fazendinha. Eles cavalgavam até ao parque, um ou dois dias antes do desfile de 20 de setembro, fazendo do parque uma pousada ou ponto de concentração.
Os mais antigos freqüentadores do parque da Harmonia faziam suas gauchadas bebendo e tocando gaita ponto e violão, principalmente nos finais de semana, quando o local é muito freqüentado por famílias que gostam de fazer ali, o seu churrasco, devido a grande quantidade de quiosques existentes.
Desde 1987, os acampamentos foram misto entre CTG’s, DTG’a, piquetes, famílias, associações e entidades afins. Em 1990 passou a ser cobrado espaço para o comércio, quando a 1ª RT assumiu a coordenação. Em 1997 assume o MTG.
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O evento cresceu de ano a ano, devido a divulgação entre os jovens que aderiram a música dos conjuntos bailáveis que surgiram nos últimos anos.
O número de acampados evoluiu com o tempo. Até 95 eram em torno de 100. De 96 a 200, subiu para 170 grupos. De 2001 a 2003 foi para 240. Em 2004, passou para 317, mais praça de alimentação e pontos comerciais. Em 2005 foi instituída a obrigatoriedade de apresentação de projetos culturais por parte das entidades acampadas. O número de participantes cresceu até 2008, quando atingiu 400 entidades culturais, mais patrocinadores e entidades organizadoras. Para 2009 o limite foi diminuído, em razão de obras no local que restringiram a área útil do evento. A tendência é de que o número atualmente praticado se consolide, pelo menos enquanto a área disponível for a atual.
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Carnaval de Porto Alegre, sempre famoso desde o inicio do século XX.
O Carnaval brasileiro nasceu no início de nossa colonização. Herdou características do Entrudo, nome do carnaval português e incorporou figuras mascaradas italianas inspiradas na Commedia dell’Arte - uma companhia de atores que, instalada na França entre os séculos XVI e XVII, se propunha a difundir uma forma original de teatro, baseada em tipos regionais e improvisação de textos.
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Arlequim, Colombina, Pierrot
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A três figuras mais tradicionais – e inseparáveis – que nos chegaram desse tempo, são de todos conhecidas:
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O Pierrô, tipo sentimental, ingênuo, melancólico, eternamente enamorado de Colombina. Uma lágrima vive caindo de seu olho.
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A Colombina, mulher sedutora, fatal, volúvel, vaidosa. Está sempre elegantemente vestida. Namora o Pierrô, mas o trai com o Arlequim.
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O Arlequim, um personagem conquistador, palhaço, farsante, brigão, cômico, rival de Pierrô, que veste trajes feitos de retalhos triangulares coloridos.
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Carnaval
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Assim, o nosso Carnaval tem origem européia. Só no início do século XX é que os elementos africanos foram acrescentados, o que contribuiu definitivamente para o desenvolvimento de sua beleza e originalidade.
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Sociedade Gondoleiros - 1925
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Em Porto Alegre o Carnaval tem suas próprias características. Foram tradicionais os antigos corsos, depois os Carnavais da Rua da Margem, da Rua Santana, da Avenida Eduardo, da Paineira. Temos ainda hoje a Muamba, as Bandas e os Bailes nos grandes Clubes, sem deixarmos de mencionar os magníficos desfiles das Escolas de Samba, na avenida Borges de Medeiros, avenida João Pessoa, avenida Loureiro da Silva, avenida Augusto de Carvalho e na nova "Passarela do Samba", na zona norte de Porto Alegre
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Corso de jovens moças - década de 20
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Segundo consta, só existe por aqui, as Tribos Carnavalescas. Nem todas conseguiram sobreviver às injunções do progresso e das transformações que o nosso Carnaval sofreu no decorrer do tempo. Dentre elas só restavam, até recentemente, três: Os Comanches, os Tapuias e os Guaianases.
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Carnaval no bonde da Azenha - 1960
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Aeroporto Internacional Salgado Filho
(com informações turísticas), Av. dos Estados, 747 (Anchieta, saída para Canoas, 6 km) – Telefone: (51) 3358-2341
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Terminal Aeroporto São João década 1950
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Campo de Pouso São João - 1938
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Novo Terminal  Senador Salgado Filho década 1960
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Área de Embarque e Desembarque 1958
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Chegada de Jango em Porto Alegre em 30 de outubro de 1961 empossado Presidente da República, com o Primeiro Ministro Tancredo Neves que o acompanha (Aeroporto Salgado Filho)
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Novo Terminal - Década de 1970
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Década de 1970
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Aeromoças na pista do Salgado Filho - 1971
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Roteiros Históricos – 2 roteiros feitos a pé por construções históricas das praças da Alfândega (sábado e feriado) e da Matriz (domingo e feriado); 2h de duração, c/ guia – saídas às 15h dos postos de informações turísticas do Mercado Público e da Rua da Praia Shopping. Informações: Rua dos Andradas, 1001, 2º andar. Telefone: 0800-51-7686/3311-5289.
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Praça Marechal Deodoro – Centro, conhecida como praça da Matriz, em 1770 era conhecida com Altos da Praia. A praça Marechal Deodoro existe desde os primórdios da capital, em 1773, quando chamava-se Largo do Palácio ou da Matriz.
A praça passa a denominar-se Praça D. Pedro II, por resolução da Câmara Municipal, datada de 9 de outubro de 1865.
A Câmara aprova a substituição do nome para Praça Marechal Deodoro, em 2 de dezembro de 1889.
No local aconteciam as grandes festas religiosas, especialmente a do Espírito Santo.
Arborizada depois de 1872, com 32 árvores, inclusive 20 oliveiras vindas de Portugal, recebeu um chafariz de mármore, com cinco figuras de deusas romanas representando os rios Jacuí, Caí, Gravatai e Sinos, encimados pelo símbolo do grande lago tectônico, o Guaíba.
Erguida a estátua do Conde de Porto Alegre, a primeira estátua em logradouro Público da Cidade, em 1885.
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Praça da Matriz
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Procissão em frente a antiga Igreja Matriz, vê-se os aliçerces do futuro Tribunal da Justiça - 1865
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Chafariz cercado com grade de ferro e luminárias - 1833
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Arborização da praça, e instalação do chafariz com figuras de mármore, simbolizando os 5 rios, que formam o estuário do Guaíba. A praça já está cercada
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1882
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Chafariz ao centro da praça arborizada, vê-se a cabeça da estátua de Conde de Porto Alegre rua da ladeira ao fundo
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Praça já definida com o ajardinamento perfeito e cercada - 1888
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Vê-se o monumento ao Conde de Porto Alegre, que depois foi transferido para a praça na rua Annes Dias
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Em 1885 foi inaugurado o monumento em mármore em homenagem ao Conde de Porto Alegre, como na foto acima, retirado em 1910 para ser colocado na Praça do Portão. Em 1925 retirou-se o chafariz para dar lugar ao monumento a Júlio de Castilhos.
Em 1865 passou a denominar-se Praça D. Pedro II, e, com a Proclamação da República, passou a denominar-se praça Marechal Deodoro. Até hoje a população chama o local de Praça da Matriz.
Na praça, de 7.720 m2 existem os monumentos a Andre Leão Puente, Árvore da Amizade, Júlio de Castilhos, Legalidade, Oswaldo Vergara e Tiradentes.
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Chafariz demolido da praça Mal. Deodoro para para lugar ao monumento do Dr. Julio de Castilhos, as estátuas das deusa romanas foram transferidas para a praça Dom Sebastião na rua Indepêndencia
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Monumento à Julio de Castilhos, início da construção do monumento a Julio de Castilhos, obra do escultor Décio Villares , substituindo o chafariz - 1910
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Estátua de Julio de Castilhos - década de 1920
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Praça da Matriz com o monumento a Julio de Castilhos, acima av. Borges de Medeiros
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Monumento ao Dr. Júlio de Castilhos
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1920
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Década de 1920
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Década de 1930
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Corrida de Automobilismo com saída do Palácio na Praça da Matriz - 1948
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Forte Apache - 1857
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Forte Apache já com o terceiro andar e uma só torre, foi a primeira Estação Telegráfica, ligando o RS a Corte do Rio de Janeiro - 1871
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Forte Apache, teve também instalada a primeira Estação Metereológica do RS
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Casarios em frente a praça Mal. Deodoro, conhecida como praça da Matriz
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Sociedade da Bailanta, ficava junto a praça Mal. Deodoro onde está atualmente a Assembléia Legislativa do RS, antes de ser construido o auditório Araujo Vianna, foi construida pela sociedade Soerée Portoalegrense.
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1888
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Nota-se as fundações do Tribunal de Justiça, e ao fundo o antigo Palácio da Província , a Câmara Legislativa, Sociedade da Bailanta, final séc. XIX
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1900
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Praça Otávio Rochaconstituída da sobra de desapropriações feitas para abertura e alargamento das avenidas Otávio Rocha e Alberto Bins, recebeu este nome na administracão de Alberto Bins, pelo decreto 256, de 1932. No local existe o monumento a Otávio Rocha, um busto em bronze esculpido por André Arjonas. O monumento foi inaugurado em 28 de fevereiro de 1939.
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Início do século XX
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Passagem do Graff Zeppelin sobre Porto Alegre, visão da praça Otávio Rocha - 1934
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Década de 1950
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Praça Senador Florêncio, até o início do século passado toda a área da Praça da Alfândega era zona disputada pelas águas do Rio, algumas vezes inteiramente sob seu domínio e outras, ligeiramente alagadiça. Nessa época o local era conhecido como Costa do Rio e não pertencia ao domínío público, constituindo-se propriedade particular. No passado, possuía, na altura da rua 7 de Setembro, um cais com escadaria para a água. Do lado esquerdo ficava o velho prédio que foi a sede da Alfândega, de sua fundação a 1915. O prédio foi destruído em 1924. Três anos depois da morte do senador Florêncio Carlos de Abreu e Silva, no dia 4 de março de 1883, a Câmara Municipal deu à Praça da Alfândega, o nome de Senador Florêncio. A partir desta data, recebeu melhores cuidados, tendo, inclusive, a arborização concluída. Em 28 de maio de 1979, passou a chamar-se Praça da Alfândega, pela lei 4.563. Na praça existem diversos monumentos, como o monumento a Arnaldo Ballvé, inaugurado a 17 de junho de 1918, monumento a Caldas Júnior, busto transportado para a Praça Senador Florêncio por iniciativa dos jornalistas que o homenageavam, monumento a General Osório, estátua eqüestre em bronze, de autoria do escultor Leão Veloso. Também caracterizam o local os monumentos A Samaritana, colocada na Praça Montevidéo em 1925 e transferida, em 1935, para dar lugar à Fonte de Talavera, para a Praça Senador Florêncio, e o busto Leonardo Truda, inaugurado em 1956. Há ainda um monumento a José Bertaso e a Carta-Testamento de Getúlio Vargas.
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1922
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Ao fundo o prédio do Grande Hotel e edifício Abelheira
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Década de 1950
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Praça Dom Sebastição, antiga praça da Conceição na rua da Independência,
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Vista da Rua Vasco da Gama, final séc. XIX
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Nas lateriais da praça foram instalados as deuses romanos em mármore retirados do chafariz da Praça da Matriz para a construção do Munumento a Julio de Castilhos
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Praça Júlio de Castilhos, pequena praça, no Bairro Independência, no encontro das ruas 24 de Outubro, Mostardeiro, Ramiro Barcelos e Avenida Independência.
A Avenida Independência recém começava a existir quando foi proclamada a República, e, como outros logradouros da cidade, foi espontaneamente denominado pelo povo, em homenagem aos líderes republicanos de maior destaque na época. Sem que houvesse um ato específico para a denominação, já se chamava o local de Praça Júlio de Castilhos, desde 1890. No jornal católico A Época, de dezembro de 1890, já pode-se ler uma referência a ela.
Em 1904 a praça recebeu urbanização mais aprimorada, sendo cercada com gradil.
Na praça existem os monumentos à Árvore da Amizade, o Chafariz e o busto a Florêncio Ygartua.
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Praça Brigadeiro Sampaio, antiga praça Harmonia, com o final da Guerra do Paraguay, o local recebeu o nome de Praça da Harmonia, comemorando a paz que deveria reinar entre os países da Bacia do Prata. Em 1856, aárea foi aterrada, ajardinada e arborizada. Em 1904 a construção da Igreja das Dores foi concluída e em 1920, a praça começou a ser construída. Em 1944, a área foi ocupada pelo Exército que devolveu parte dela para Prefeitura em 1960 e o restante em 1979, quando iniciou-se a reurbanização do local, já denominado de Praça Brigadeiro Sampaio. Antigamente chamada de Largo da Forca. Hoje delimitada pela rua dos Andradas, Siqueira Campos, General Portinho e parte da Primeira Perimetral.
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Praça da Harmonia - 1894
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Atual Praça Brigadeiro Sampaio
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Praça Marquesa do Sévignéa Praça Marquesa do Sévigné localiza-se na esquina das Ruas Coronel Fernando Machado e esquina Coronel Genuíno, tendo recebido essa denominação em 1966.
Conta com playground, arborização, bancos e um chafariz.
Marie de Rabutin Chantal, a Marquesa de Sévigné, foi um dos espíritos mais brilhantes do século XVII, contemporânea de Racine, Pascal e Moliére , destacou-se na literatura francesa, como escritora.
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Chafariz da praça, década de 1940
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Catedral Metropolitana – Em 1921 é lançada a pedra fundamental da Catedral.
Em 1929 demolição final da igreja Matriz, e inauguração da cripta da nova Catedral. Suas torres lembram as igrejas das missões jesuíticas no Estado. A cúpula de mármore branco (74 metros de altura) é uma das maiores do mundo. Sobre o pórtico, três painéis de mosaico feitos nas oficinas do Vaticano.
A PARÓQUIA MADRE DE DEUS
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A história da fundação da Paróquia Nossa Senhora Madre de Deus está intimamente relacionada com a origem da cidade de Porto Alegre. A necessidade de atendimento religioso para os casais açorianos e alguns soldados paulistas, arranchados no porto de Viamão a espera de seguir caminho para as missões, fez com que fosse designado o padre carmelita Frei Faustino de Santo Antônio de Santo Alberto e Silva, para se estabelecer junto a estes casais nas proximidades do rio Guaíba, a fim de dar-lhes atendimento espiritual, conforme reza a provisão de 25 de março de 1753.
Segundo Monsenhor Balém, foi por esta época que se ergueu a modesta capela sob a invocação de São Francisco das Chagas, dando nome a nascente povoação de São Francisco do Porto dos Casais. Esta primitiva capela foi construída junto a Rua da Praia, não passando de um modesto rancho de pau-a-pique.
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A histórica e primitiva imagem de S.Francisco das Chagas, primeiro padroeiro de Porto alegre, quando era Porto dos Casais.
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Em 1755, Frei Faustino é transferido para Triunfo, deixando o povo novamente dependente do vigário da paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão, que, devido a grande extensão da paróquia, não conseguia dar o desejado atendimento espiritual aos seus paroquianos fixados no Porto dos Casais.
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Altar Mor da antiga igreja Matriz
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A pedido do então governador Marcelino de Figueiredo, em 1771, devido ao precário atendimento religioso, que a recente povoação recebia, Dom Antônio do Desterro, Bispo do Rio de Janeiro (que até 1848, tinha jurisdição sobre todo o território do Rio Grande do Sul) cria a 26 de março de 1772, a Freguesia (termo que designava paróquia) de São Francisco do Porto dos Casais, desmembrando-a da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão e nomeando como vigário o padre José Gomes de Faria, natural de Pernambuco, ex-vigário de Taquari.
Na mesma provisão, onde Dom Antônio do Desterro cria a nova freguesia, também pede que se construa uma nova igreja, que possa servir de Matriz: "E porque, no referido lugar não se acha ainda igreja que possa servir de Matriz: mandamos aos novos paroquianos procurem sem perda de tempo fundarem uma nova igreja com capacidade de Matriz" (Arquivo Eclesiástico do RJ, in Rubert, p. 94).
Em 18 de janeiro de 1773, o bispo do Rio de Janeiro, muda o Orago da recente freguesia de São Francisco para Nossa Senhora Madre de Deus. Conforme Monsenhor Balém, tratava-se de uma forma de homenagear a princesa D. Maria, filha de D. José, rei de Portugal, futura mãe de D. João VI. Havia também a intenção do governador Marcelino de Figueiredo de contentar o monarca D. José, devoto da Virgem Maria (sobre isso, há ainda outras opiniões que se encontram no livro “A primeira paróquia de Porto Alegre”, de autoria de Mons. Maria Balém).
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Antiga Matriz e Capela do Divino
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Com a transferência da capital do Estado, que mudou de Viamão para Porto Alegre, tornou-se evidente a necessidade da construção de uma nova igreja com dimensões correspondentes à nova situação de Porto Alegre. Em 12 de julho de 1772, o vice-rei manda que se demarque entre as datas de terra dadas aos casais açorianos uma expressamente destinada a construção da nova igreja.
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A antiga igreja catedral, no dia da Festa do Divino
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Em 1780, inicia a construção da nova igreja, que segundo monsenhor Balem, demonstrava grande progresso, apesar dos poucos recursos que se dispunham. Pelos anos de 1793, a nova igreja de uma só nave e sem torres, dominava no alto da colina sobre o casario branco da vila de Porto Alegre.
Junto a paróquia Madre de Deus, ao longo dos anos, foram surgindo várias irmandades, que congregavam os leigos e os motivavam a obras comunitárias, como São Miguel e Almas, Divino Espírito Santo e Santíssimo Sacramento.
Todo o território de Porto Alegre pertenceu a paróquia Madre de Deus até 1832, quando são criadas as paróquias de Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora do Rosário.
A 07 de maio de 1848, o Papa Pio IX por Bula "Ad Oves Dominicas Rite Pascendas" cria a diocese de São Pedro do Rio Grande do Sul, designando na mesma Bula por Catedral provisória a igreja Matriz de Nossa Senhora Madre de Deus.
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Os três primeiros bispos, Dom Feliciano, Dom Sebastião e Dom Cláudio José, não puderam realizar a construção de uma nova Catedral, provavelmente, devido ao empenho dedicado a outros trabalhos pastorais.
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O arcebispo D. João Becker, iniciador da nova catedral (nascido em 24.02.1870 e falecido em 15.06.1946)
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Foi durante o bispado de Dom João Becker, que se deu o início da construção da nova Catedral, projetada pelo arquiteto italiano João Batista Giovenale. A pedra fundamental da nova Catedral foi lançada a 07 de agosto de 1921. Passando por sucessivas fases de construção, veio a ser dedicada em 1986, já sob o arcebispado de Dom Cláudio Colling.
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O arcebispo Dom Claudio Colling
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O arcebispo Dom João Becker discursando na solenidade do lançamento da primeira pedra da torre da catedral.
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Na foto abaixo, vê-se o ex-governador do Estado, Getúlio Vargas, em visita às obras da Catedral (1929). Na primeira fila, D. João Becker, o governador, Gal. Paim Filho, Dr. Alberto Bins, Mons. Nicolau Marx.


Na segunda fila: Mons. João Maria Balem, Dr. Pitrez, Mons. José de Nadal, Com. Antonio Chaves Filho, Oscar Leygrand, Cônego Vicente Scherer, Dr. Adalberto R. de Carvalho.
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1779
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1865
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Igreja Matriz, com a capela do Divino ao lado, praça da Matriz
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Praça Mal. Deodoro ao lado do Tribunal de Justiça, vista da Igreja Matriz e Capela do Divino
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Altar lateral da antiga Matriz
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1921
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1929
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Construção da catedral ainda sem a cúpula - 1930
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Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Porto Alegre - 1948
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Congresso Eucarístico Nacional, junto ao Parque Farroupilha - 1948
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O Papa João Paulo II experimenta o chimarrão antes da chegada em Porto Alegre em 4 e 5 de julho de 1980, nesta visita recebe o título de cidadão de Porto Alegre
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Igreja das Dores, é a igreja mais antiga da cidade ainda existente, tendo sua pedra fundamental lançada em 2 de fevereiro de 1807. Em meados de 1813 já estava concluída a capela-mor, e em 23 de junho deste ano foi trasladada a imagem de Nossa Senhora das Dores da antiga Matriz até a sua nova casa.
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Prédio ainda sem as duas torres
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O corpo do edifício até 1846 estava ainda limitado à capela-mor, quando o Luís Alves de Lima e Silva destinou-lhe quatro contos de réis para início da construção da nave. Com as paredes erguidas por volta de 1857, João do Couto e Silva instalou o telhado e terminou a fachada (ainda sem revestimento) e a abóbada, terminando esta etapa em 1860. Como o projeto inicial fora alterado, uma comissão foi constituída em 1863 para realizar as necessárias correções, supervisionadas por Luiz Vieira Ferreira e concluídas em 1866. O templo foi então consagrado em 10 de maio de 1868 por Dom Sebastião Dias Laranjeira. A escadaria monumental defronte só seria terminada em 1873, sendo que o acesso anteriormente se dava pela rua Riachuelo, atrás da igreja.
Até o fim do século XIX o edifício não recebera revestimento nem possuía torres, e então a comunidade reuniu forças para os arremates necessários. O projeto original em estilo barroco colonial, já desfigurado, foi definitivamente abandonado, e encomendou-se um novo do arquiteto Júlio Weise, que traçou uma fachada em estilo eclético com influência germânica, onde se incluíram três esculturas do artista João Vicente Friedrichs, representando a Fé, a Esperança e a Caridade, mais um frontão em baixo-relevo. As obras só foram terminadas em 1904.

A Lenda. Segundo a lenda, a demora na sua conclusão ocorreu devido à maldição de um escravo, condenado à forca injustamente pela acusação do roubo de um colar da imagem de Nossa Senhora. Contudo, o historiador Sérgio da Costa Franco alega que a história é falsa, e a condenação do dito escravo ocorreu em virtude de um assassinato.
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28.04.1906
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Destaque para as torres da Igreja das Dores, século XIX, durante muito tempo a construção mais alta de Porto Alegre
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Igreja das Dores vista do Rio Guaíba
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Interior da nave - 1865
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Junto a Praça Padre Tomé
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Igreja Episcopal, bairro Centro, a catedral, que pertencente à Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – Província da Comunhão Anglicana, teve sua construção iniciada em 1900 e foi inaugurada em 1903, sendo o primeiro trabalho dos anglicanos no sul do Brasil.
O prédio é caracterizado por arquitetura neogótica. O projeto teve autoria de John Meen, sendo engenheiro Rudolf Ahrons e contrutor Francisco Tomatis. Por falta de recursos, a construção não foi realizada conforme o projeto arquitetônico original que incluía uma alta torre.
Na fachada destaca-se a nave central, mais elevada, com cobertura em duas águas e pórtico no alinhamento. O corpo central é salientado por pináculos. As aberturas são em arcos ogivais.
O retábulo de madeira atrás do altar mor, entalhado na década de 20, foi o primeiro elemento tombado pelo Município. Em 1981 toda a Catedral foi tombada.
A partir da década de 30, foram colocados vitrais coloridos com cenas bíblicas e símbolos cristãos, doados por membros da Igreja e confeccionados por artífices alemães da antiga Casa Genta, especializada em vitrais clássicos confeccionados com vidro importado e chumbo.
A galeria para o coro, acima da porta principal, foi construída em 1945 pela Construtora Barcelos e Cia. Ltda. Em 31 de dezembro de 1949, a Igreja da Santíssima Trindade foi elevada à categoria de Catedral, sede da Diocese Meridional de Porto Alegre. Nela está a Cátedra do Bispo Diocesano.
Em 1957 uma reforma no piso da Igreja,substituiu o piso de madeira por ladrilhos.
O sistema atual de iluminação foi instalado na década de 70 e o desenho dos lustres foi feito por Jaury Lopes dos Reis.
Em diversas partes do mundo, as igrejas anglicanas se tomaram autônomas, ou seja, igrejas nacionais ou regionais (incluindo parte de uma nação ou mais de uma nação), formando o que hoje se chama províncias anglicanas ou igrejas anglicanas em permanente comunhão com Cantuária. Esse conjunto de províncias, igrejas nacionais ou regionais forma a grande família da Comunhão Anglicana.
No Brasil, a igreja anglicana se chama Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. A expressão episcopal indica que é governada por bispos e a palavra anglicana, antes de significar inglês, aponta para a grande família cristã internacional. Os anglicanos celebram a sua liturgia em terras brasileiras desde o início do século XIX.
Entretanto, a igreja voltada especialmente para os brasileiros começou intencionalmente em 1890, quando os missionários americanos Lucien Lee Kinsolving e James Watson Morris estabeleceram a primeira missão em Porto Alegre. No ano seguinte, chegaram William Cabell Brown, John Gaw Meem e a professora leiga Mary Packard. Esses cinco missionários podem ser considerados como os primeiros fundadores da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em solo brasileiro.
O primeiro culto na liturgia anglicana foi realizado em 1º de junho de 1890, em Porto Alegre que na época, tinha 60 mil habitantes. Logo depois estabeleceram missões em Rio Grande e Pelotas que, juntamente à capital do estado, se transformaram em importantes centros estratégicos para a expansão e desenvolvimento da nascente igreja. Hoje a Igreja Episcopal tem templos, missões e instituições educacionais e assistenciais em 150 diferentes localidades do país, concentrando-se a maior parte no Rio Grande do Sul. Ao longo de sua centenária história, acumulou uma relação de 95 mil membros batizados e 45 mil confirmados.
No mundo, os anglicanos são mais de 70 milhões de membros espalhados por 38 províncias, 450 dioceses em 165 diferentes países nos hemisférios norte e sul. Seus cultos seguem a liturgia anglicana, semelhante à missa católica. Sua doutrina é eclética e abrange evangélicos, anglo-católicos e liberais, é forte apoiadora do movimento ecumênico. É administrada por um governo epicospal. Atualmente é uma igreja de alinhamento teológico moderado para liberal e litúrgico voltado ao anglo-catolicismo.
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Década de 60
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Nave central Catedral da Santíssima Trindade
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Igreja Evangélica, bairro Centro, igreja matriz, Igreja da Reconcialição, comunidade evangélica de Porto Alegre, bairro Centro, rua Senhor do Passos, 202.
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Nota-se que a rua em frente a igreja, os prédios na lateral esquerda dará lugar a praça Otávio Rocha - década de 20
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Antiga sede da Comunidade Evângelica
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Nova sede da Comunidade Evangélica Luterana - 1959
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Theatro São Pedro – Marco cultural da cidade desde 1858 é de estilo barroco português (neoclássico), tem decoração de veludo com detalhes em ouro. Destaque para um lustre de 600 kg com 90 lâmpadas e 35 mil peças de cristais, restaurante e bar. Polariza a vida cultural, artística e social da cidade, desde a época em que Porto Alegre era província e passagem obrigatória de quem seguia para Buenos Aires de trem ou vapor, foi também a primeira referncia em cinema de Porto Alegre, com a apresentação do cinematógrafo de Thomas Edson.
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1865
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Nota-se que são dois prédios iguais - 1918
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1906

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Imperador Dom Pedro II em traje de campanha no Teatro São Pedro - 1865
Durante sua visita a Porto Alegre na época da Guerra do Paraguay
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Década de 1920
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Década de 1920

Passagem do Graff Zeppelin diante o Teatro - 1934
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Platéia - 1948
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Em 1974 o Teatro São Pedro foi fechada por não ter mais condições de gerir suas despesas, em 1975 inicia a obra de restauração de toda a estrutura, seguindo os traços originais da obra
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Palco
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Sacadas
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Teto
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Nave
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Foyer
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Novas Estruturas
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1990
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Palácio Piratini – Em 1868 já havia um início de nova sede. De projeto neoclássico, estilo Luís XV, do arquiteto francês Maurice Cras, Sede do governo estadual. Na ala residencial tem móveis barrocos comprados em Paris, na inauguração da Torre Eiffel, em 1889. As pedras, o calcário e parte do cimento também vieram da França. Tem murais com 18 painéis do genovês Aldo Locatelli – um deles conta a lenda do Negrinho do Pastoreio.
Realizado projeto de ampliação da praça, até a rua General Auto, realizados novos embelezamentos visando valorizar o novo palácio.
O Palácio Piratini guarda carros oficiais antigos. Pode-se fazer visita guiada.
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Em 1857, o Forte Apache foi o primeiro Palácio provisório da Província - foto de 1900 nesta época o prédio sediava novamente como sede provisória do governo em virtude da construção do novo palácio
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Palácio da Província, "Palácio de Barro" - 1789
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Antiga sede do governo do estado do RS, até a construção do Palácio Piratiní
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Gabinete da Presidência da Província
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Salão de Conferências
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Projeto do novo palácio - 1909
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Fundações do novo palácio - 1890
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Palácio Piratiní, década de 1930
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Passagem do dirigível Graff Zepellin sobre o Palácio Piratini - 29.06.1934 com destino a Buenos Aires
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Palácio Piratini, em frente ao auditório Araujo Vianna - 1940
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Visita oficial do presidente Ernesto Garrastazu Médice - 20.10.1970, nota-se a construção da segunda torre da Catedral Metropolitana
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Palácio à noite
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Palácio da Justiça, antigo Tribunal de Justica, prédio ao lado do teatro São Pedro, eram duas construções idênticas, foi utilizadoêprimeiro como Câmara Municipal,  após incendio em 1949, foi demolido para construção do novo edificio do Palácio da Justiça de linhas modernas.
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1857
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A Praça da Matriz, Câmara Municipal (Tribunal de Justiça) e o Forte Apache, a praça ainda não urbanizada - 1882
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Junto ao Monumento Julio de Castilhos - 1909
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Prédios gêmeos, década de 1920
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Incêndio do prédio - 1949
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Praça da Matriz, vê-se a construção do novo prédio do Tribunal de Justiça do RS, marco arquitetônico de Porto Alegre
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O prédio já concluído - 1959
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Situação atual com a grande escultura da Justiça na fachada
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Prefeitura Municipal de Porto Alegre, antiga Intendência Municipal até a Revolução de 1930, junto a praça Montevidéo, construído entre 1889 e 1901.
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Este prédio abrigou provisóriamente a Intendência Municipal de Porto Alegre - 1920
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Intendência Municipal
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O Intendente José Montaury solicitou à República Oriental do Uruguai autorização para dar ao largo fronteiro ao Palácio Municipal o nome de Praça Montevideo. Na Praça Montevideo existem os monumentos da Fonte Talavera, a placa de Guilherme Villela e o Marco Zero.
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Escadarias da Intendência, ainda sem os leões de mármore - 1906
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Leões em mármore esculpidos por Carlos Fossati 1899/1901, instaladas na escadaria do palácio em 1906


Paço Municipal, no prédio em frente foi construido a sede no Banco do Brasil no RS
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Fonte "A Samaritana", em frente ao Paço Municipal, monumento transferido para a praça da Alfandega pela colocação no lugar da Fonta La Talavera, oferecido pela República Oriental do Uruguay pelo Centenário da Revolução Farroupilha - 1925
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Paço Municipal, praça Montevidéo - 1930
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Este prédio situado na rua Siqueira Campos, deu lugar para o novo prédio da prefeitura
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Novo prédio da prefeitura, junto a av. Mauá - década de 1950
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O Conjunto - 1977
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Palácio à noite
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 Fonte Talavera de La Reina, em frente a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Paço Municipal, Praça Montevidéo, construída com azulejos espanhóis, e presenteado pelo governo da República Orinetal do Uruguay pelo 100 anos da Revolução Farroupilha em 1935, a fonte é o marco zero da cidade.
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Projeto Original
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Década de 1950
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Museu Memorial do Rio Grande do Sul – Instalado no antigo prédio dos Correios e Telégrafos (construção 1910/1914). Textos, ilustrações, mapas, jogos eletrônicos, registros sonoros e vídeos contam a história política, social e cultural do Estado. No 2º piso está a Coleção Pedro Corrêa do Lago, o maior acervo privado de manuscritos sobre a sociedade brasileira.
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Vista de frente
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Prédio da direita, antigo prédio dos Correios e Telegrafos - década de 1910
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Vista da Praça Senador Florêncio
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Praça Barão do Rio Branco, incorporada a praça da Alfândega na década de 1970.
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Década de 1960
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Monumento ao Barão de Rio Branco
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Vista do alto, prédio
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Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli – Restaurado em 1998, antigo prédio da Alfândega, já no segundo prédio construido para a mesma finalidade, tem estilo eclético com influências germânicas, num prédio neo-renascentista alemão do arquiteto Adolf Gundlasch. Tem exposições temporárias e acervo de artistas gaúchos. Veja “O Menino e o Papagaio”, de Portinari; “Composição”, de Di Cavalcanti; e obras de Iberê Camargo, como “Figura e Intenção”, “Paisagem” e “Carretéis em Fundo Azul”, entre outras.
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Década de 1920
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Prédio da esquerda, década de 1920
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Rua dos Andradas, homenagem aos irmãos Andradas, ilustres cidadões e plíticos do Império e da República – antiga Rua da Praia, do Gasômetro até a General Câmara e Rua da Graça, entre General Câmara e a Senhor dos Passos; Centro, antiga rua da Praia,
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Esta é a imagem mais antiga da rua da Praia, em direção a rua Dr. Flores e praça Dom Feliciano - 1865
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Próximo ao Arsenal de Guerra, final século XIX
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Arsenal de Guerra, ao lado escadaria da igreja das Dores
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Final século XIX, Policial na altura da atual rua Mal. Floriano Peixoto
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Final século XIX, junto a rua Senhor dos Passos
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Rua da Praia junto a Praça Brig. Sampaio, antiga praça da Harmonia - 1900
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Subida da Andradas
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Largo dos Medeiros - 1910
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Desfile Militar próximo a praça da Alfândega - 1911
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Largo dos Medeiros, final do século XIX
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Junto a Praça da Alfândega - Década de 1910
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1910
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Início século XX
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 Largo dos Medeiros, carruagem no início do século XX
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Rua dos Andradas esquina rua Gal. Câmara (rua da Ladeira)
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Rua da Praia com rua Mal. Floriano Peixoto, vê-se o prédio da Joalheria Masson de Leopoldo Masson
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Rua da Praia vista da rua Senhor dos Passos
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Entre rua da Ladeira e av. Borges de Medeiros - 1909
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Rua da Praia - 1913
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Rua dos Andradas junto ao Largo do Medeiros, vê-se a esquerda o Cine Central, mais a frente Confeitaria Colombo - 1920, o proprietário da Confeitaria Colombo deu o nome ao Largo.
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Junto a praça Senador Florêncio
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Correio do Povo, rua dos Andradas esquina rua Payssandu (atual Gal. Câmara)
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Em destaque o prédio do Grande Hotel
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Década de 1950
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Década de 1950/60
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Largo dos Medeiros - 1932
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Saudação - Revolução de 1935
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Campanha eleitoral Brizola e Jango - 31.01.1959
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Governador Leonel Brizola conversa na rua da Praia, década de 1960
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Rua dos Andradas esquina rua Dr. Flores - 1961
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Construção do edifício Santa Cruz, maior prédio de Porto Alegre, com 35 andares - 1964
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Virgilio Calegari chegou ao Brasil na década de 1880 juntamente com os irmãos Guglielmo e Giulio, fixando-se inicialmente em Caxias do Sul. Seu contato incial com a fotografia remonta a 1885, quando tomou os primeiros ensinamentos com o fotógrafo Iglesias, tornando-se mais tarde auxiliar do estabelecimento de Otto Schönwald, com quem teria aprimorado seus conhecimentos na prática., autor das melhores fotos do inicio do século XX em Porto Alegre.
Em 1893 inaugurou seu primeiro ateliê à rua do Arroio (depois Bento Martins). Dois anos depois transferiu-se para a rua dos Andradas.
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A Rua da Praia (Rua dos Andradas) – São 12 quarteirões no centro de Porto Alegre, antes do aterro para construção do porto o rio Guaíba chegava a rua.
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Largo dos Medeiros, bairro Centro, ponto em que a Rua dos Andradas se alarga, entre a Rua General Câmara e a Praça da Alfândega.
Em 1957 foi sancionada a lei que oficializou a homenagem aos irmãos Eugênio e Pantaleão Medeiros, proprietários da antiga Confeitaria Central, na esquina Rua dos Andradas com a Rua General Câmara, onde hoje está o edifico do Banco Itaú, que foi o ponto de reunião das famílias depois das sessões dos cinemas (nessa época os melhores eram localizados ao redor da praça), que para lá se dirigiam para tomar o chá acompanhado de deliciosos doces.
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Rua da Praia esquina Rua da Ladeira - 1900
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Largo dos Medeiros na enchente - 1941
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Início da rua da Praia, área militar
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Inicio da rua da Praia, no fundo pavilhões para construção do cais Mauá, a beira rio no final da foto vê-se a antiga Casa de Correção, ainda sem a Usina do Gasômetro
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A Cinelândia, assim era conhecida a rua dos Andradas junto a praça da Alfândega, pela quantidade de cinemas que ali existiam.
Foi na rua dos Andradas que foi feita a primeira apresentação do "Cinematógrapho ou Scinomotograph", no antigo nº 349 em frente ao ponto do bonde pelo sr. Francisco de Paola S. Xavier em 31 de outubro de 1896.
A rua da Praia já teve mais de 10 salas de cinema.
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Década de 1960
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Desfile Farroupilha 20.09.1960, na foto vê-se o Cine Imperial e Cine Guarani
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Início das Obras do Edifício do Cinema Imperial
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Prédio do cinema Imperial em Obras ao lado o Cinema Guarani
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Prédio concluído
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Avenida Getúlio Vargas, Bairro Menino Deus, antiga Rua 13 de Maio homenagem a Abolição da Escravatura, Rua Santa Teresa , Rua do Menino Deus.
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Antiga ponte de ferro sobre o Riacho Sabão com a rua 13 de Maio
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Construção da bela ponte de pedra da Av. Getúlio Vargas, sobre o Riacho Sabão (atual Arroio Dilúvio)
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Antiga Capela do Menino Deus - século XIX
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Av. 13 de Maio (atual av. Getulio Vargas), ainda sem o canteiro central e as palmeiras
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Avenida ainda sem o canteiro central e suas famosas palmeiras - 1915
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Capela do Menino Deus
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Década de 1910
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Antiga Avenida 13 de Maio, vê-se todo o bairro Menino Deus, logo abaixo a direita o antigo Parque de Exposição Assis Brasil (anterior Prado do Menino Deus), que deu origem a Expointer atualmente na cidade de Esteio/RS
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Já com as palmeiras, com a antiga igreja do Menino Deus ao fundo - 1940
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Av. Getúlio Vargas esquina rua José de Alencar - década de 1940, o posto de gasolina existe até hoje
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Inspeção da canalização do arroio dilúvio junto a ponte da av. Getúlio Vargas - 1950
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Rua General Vitorino, bairro Centro, antiga Travessa de Baixo, Rua do Arco da Velha, Rua da Alegria, Travessa da Prisão Militar e Travessa da Caridade.
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Prédio da antiga Faculdade de Medicina - 1900
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Rua Marechal Floriano Peixoto, bairro Centro, Rua da Bragança e Rua General Silva Tavares.
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Carruagens de aluguel, no início do século XX
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A famosa Casa Negra, rua Mal. Floriano Peixoto, esquina praça XV de Novembro
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Casa Negra, o prédio era pintado de preto
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Bonde na Rua Marechal Floriano junto a praça XV de Novembro - 1920
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Vê-se ao fundo a antiga igreja do Rosário, década de 1930
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Nesta época a rua tinha mão ao contrário de hoje - 1970
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Avenida João Pessoa, bairro Cidade Baixa, antigo Caminho da Azenha, Rua Nova do Portão, Rua da Azenha e Rua, Rua da Redenção e Avenida da Redenção.
No século XVIII, começou o “Caminho da Azenha” que, ao alcançar a “Estrada do Matogrosso” (Av. Bento Gonçalves) unia Porto Alegre a Viamão. No centro saindo do “Portão” unia o centro,cidade de então a Via da Vargem. Ao longo da descida da Praça do Portão (hoje) e Viaduto Loureiro da Silva, situavam-se várias chácaras das famílias: Oliveira Guimarães, Magalhães, Rodrigues Ferreira, Firme e outras...Em 1887, o local recebeu aterros e outras mudanças para resolver problemas na ponte da Azenha sobre o Arroio. Aquele espaço da A v. Azenha, - na altura do campo da Redenção (1884) chamava-se Rua da Redenção, depois Avenida da Redenção, e o Decreto Municipal 206 de 04/10/1930, trocou definitivamente o nome Av. da Redenção para Av. João Pessoa, até a Av. da Azenha.

Em 1820, mais ou menos, embora ainda um caminho semi-rural, já afirmavam Rua Nova do Portão. Após a Revolução Farroupilha, meados do século XVIII, houve mais urbanização e ganhou o nome de Azenha. As casas começaram a ser alinhadas. Em19/09/1843 a Câmara Municipal solicitou ao Presidente da Província que fosse uma elaborada uma planta da Várzea definindo o alinhamento. O Vereador Lopo Gonçalves dedicou-se ativamente para o melhoramento da rua que se iniciava no Quartel do 8º Batalhão na esquina da atual Av. André da Rocha – frente a Praça do Portão e, vinha para Azenha. A largura da rua da Azenha era de 100 palmos! A pedido também do vereador Lopo Gonçalves, na chácara do falecido Sr. Leão (Azambuja), pelo lado da Várzea, uma área de 20 palmos deveria ser destinada a plantação de um arvoredo com finalidade de fazer sombra! Assim, podemos constatar que sempre houve preocupação dos moradores e administradores locais com o meio ambiente e área verde! Este local ficava na atual Av. Venâncio Aires, entre o caminho do Meio do Meio (Av. Osvaldo Aranha) e o Caminho da Azenha (Av. João Pessoa).
A população crescia e, em 22/07/1847 foram instalados dois lampiões, no local, para iluminação pública, muito embora o Vereador Lopo Gonçalves houvesse solicitado quatro pontos de luz! Havia também preocupação com calçamento e, em 1845, fizeram a primeira calçada do “Portão da Várzea” até a Praça da Independência (Praça Argentina) concluída em 1857 e, com aberturas laterais de valos, na chácara do Comendador Israel Soares de Paiva (Rua Sarmento Leite) até a Rua da Imperatriz (Rua Venâncio Aires), os problemas de alagamento foram resolvidos.
O livro “A Várzea de Outrora”, de Catão Coelho, relata a urbanização local que, ele acompanhou deste jovem e, depois registrou como cronista.
Primeiro, para melhorar o transporte, foi colocado na região a “MACHAMBAMBA” (1864) que pouco durou e, foi substituída por bondes da CARRIS, com tração animal e, que saindo do centro iam para o bairro Menino Deus (1873) o que motivou vários melhoramentos.
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Inicio século XX
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1909
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Implantação dos trilhos do Bonde, av. João Pessoa, com Rua Venâncio Aires
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Av. João Pessoa, Azenha da Várzea, vê-se a garagem dos bondes da Carris - 1900
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1910
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Construção do prédio do Colégio Julio de Castilhos, incendiado em 1958
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A extenção da avenida João Pessoa até o Vale do Riacho (Arroio Ipiranga)
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Faculdade de Direito e Ginasio Julio de Castilhos, década de 1910
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Vê-se os prédios da Faculdade de Direito e o Colégio Julio de Castilhos - 1920
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Década de 1920
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Alunos em prontidão em frente ao Gymnasio - 1930
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Alunos em prontidão na Avenida João Pessoa em frente ao Colégio Julio de Castilhos - década de 1920
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Bondes - 1950
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Inspeção junto a ponte do arroio Dilúvio, a única ponte do mundo com palmeiras plantadas sobre a estrutura - 1950
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Colégio Julio de Castilhos incendiado - 1958
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Já com o novo prédio no lugar do Colégio Julio de Castilhos incendiado
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Junto a garagem de bondes da Carris, que deu lugar para a 1ª Perimetral e o viaduto Imperatriz Dona Leopoldina - 1969
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Construção do viaduto Dona Leopoldina sobre a Primeira Perimetral, av. José Loureiro da Silva, década de 1970
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Construção do viaduto Imperatriz Dona Leopoldinha
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Avenida Venâncio Ayres, bairro Cidade Baixa
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Bonde puxado por parelha de burros - 1890
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Praça Garibaldi , originada de um largo, recebeu em 1915 um conjunto de mármore denominado "Anita e Garibaldi”, oferecia do pela colônia italiana.
No local, na confluência das avenidas Venâncio Aires, Aureliano de Figueiredo Pinto e José do Patrocínio, existem os monumentos Giuseppe e Anita. Sua história iniciou em 1873, quando o município adquiriu a grande área do Potreiro da Várzea, da qual fazia parte, para orgnização de um loteamento, preservando parte para constituição de um logradouro público. Nesta criação a praça ainda fazia limite com o antigo leito do Arroio Dilúvio, a curva que o arroio fazia da ponte da Azenha. Ainda sem urbanização, foi denominada Praça da Concórdia, cuja primeira menção é de 1884 em crônica de Felicíssimo de Azevedo incluída em seu livro Cousas Municipais, ainda que só tenha aparecido nos mapas oficiais da cidade em 1903, quando começou a ser ajardinada em função do início das obras de retificação do Arroio.
Mas desde a década de 1880 já se registravam solicitações para a construção nela de um mercado, que só viria a ser erguido também em 1903, junto da ponte do Riacho. Este mercadinho serviu como ponto de comércio de peixes e ao seu lado também foi construída uma escadaria para acesso e desembarque de mercadorias que chegavam pela via fluvial.
Sua denominação atual foi estabelecida em 4 de julho de 1907, no centenário de Giuseppe Garibaldi, e nesta ocasião foram realizadas algumas benfeitorias, como a instalação de um gradil para proteção dos jardins. Em 1913 foi erguido o Monumento a  Anita e Giuseppe Garibaldi.
Em 1931 o prefeito Alberto Bins relatava que havia ordenado ampliação e reforma da praça, completando seu ajardinamento, aterrando o lado fronteiriço ao Arroio, drenando o local e colocando uma cerca, bem como aterrando e nivelando uma área adjacente no lado da atual rua Olavo Bilac com vistas à futura construção de uma área para esportes.
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Monumento a Garibaldi
Erguido para comemorar a memória do combatente italiano, conhecido como o Herói de dois Mundos, o monumento é resultado de uma iniciativa da comunidade italiana no Rio Grande do Sul, que realizou uma subscrição para seu custeio, sendo inaugurado em 20 de setembro de 1913 e dedicado ao povo riograndense, segundo reza a inscrição de seu pedestal:
- GIUSEPPE E ANNITA GARIBALDI -
AIRIO GRANDENSI
LA COLONIA ITALIANA
- XX SETTEMBRE MCMXIII -
A obra consiste de um pedestal de corte quadrado, em mármore, com coroas de carvalho e louro esculpidas nas laterais, servido como base para um grupo escultórico também em mármore figurando o casal Giuseppe e Anita Garibaldi.
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Na região da atual av. Érico Veríssimo o Arroio Sabão fazia uma curva em direção a praça Garibaldi e fazia o que chamavam ilhota, quando das chuvas a região enchia de água, causando grande transtorno, o que acabou com a retificação do Arroio na década de 1950.
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Rua General Andrade Neves, bairro Centro, antiga Rua Nova e Rua Barão do Triunfo.
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Na ilustração, vê-se o antigo Beco do Mijo
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Praça da Alfândega e suas estátuas de bronze, o antigo prédio dos Correios e Telégrafos, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, os belíssimos vitrais do Banco Meridional. Praça histórica do final do século XVIII surgiu com o núcleo inicial da cidade, sempre ligada ao lago Guaíba e às atividades trazidas por ele. O antigo porto fluvial da cidade produzia uma grande movimentação no pequeno povoado, que contava, então, com uma pequena capela dedicada a São Francisco, provavelmente situada também na praça, com sua fachada voltada para as águas. Com o desenvolvimento do burgo, a capela perde o seu lugar, a sede religiosa foi deslocada para a praça situada no alto da colina, onde foi construída a matriz que lhe deu o nome.
Em 2 de julho de 1783 os vereadores determinaram que se construísse um cais de pedra junto ao rio para facilitar o desembarque de passageiros e mercadorias. Em 1804 o Governador da Província, Paulo da Gama, ordenou que se ampliasse o ancoradouro através da construção de uma ponte sobre o rio, com cais e trapiche, obra notável por suas dimensões, com 24 pilares de cantaria adentrando o leito fluvial que possibilitava o desembarque de sumacas e iates de grande porte. Já nesta época havia uma praça defronte ao trapiche, chamada de Praça da Quitanda junto ao prédio da primeira Alfândega da cidade (na Rua da Praia, esquina Rua General Câmara) onde se aglomeravam comerciantes e quitandeiros.
Neste ano foi construído um prédio próprio para a alfândega no corpo da praça, no alinhamento da atual Rua Sete de Setembro. Os comerciantes foram transferidos para a Praça do Paraíso, hoje a Praça XV, mas, por resistência dos comerciantes, a Câmara acabou permitindo, de forma transitória, a utilização do lado oeste como local de mercado, passando a se chamar Praça da Alfândega – na época, muitos logradouros públicos recebiam o nome devido às atividades nelas desempenhadas.
Na mesma época Silvestre de Souza Telles, com base em uma concessão recebida, reivindicou a posse de parte da área que fazia fundos com a Alfândega, o que comprometia os planos de expansão do logradouro por parte das autoridades. O reclamante teve sua concessão cassada, e a administração pública providenciou que o acesso ao trapiche e à Alfândega fosse desembaraçado de ambulantes e construções temporárias. Contudo, os esforços oficiais foram insuficientes para manter o local asseado e desimpedido, tornando-se um depósito de detritos.
A situação melhorou entre 1856 e 1858 quando foi erguido um muro de pedra com uma escadaria junto ao rio, no alinhamento da atual Rua Sete de Setembro. Em 1866 a Cia Hidráulica Porto-alegrense instala um chafariz de ferro bronzeado e a arborização é iniciada, com o plantio de nove árvores por empreitada, mas logo a praça foi entregue aos moradores do entorno para que a adornassem e ajardinassem, seguindo a orientação da engenharia pública. Alguns anos após foram instalados bancos e um quiosque.
Em 14 de março de 1883 seu nome foi alterado pela Câmara Municipal para Praça Senador Florêncio, em homenagem ao político e senador do Império, falecido em 1881, Florêncio Carlos de Abreu e Silva.
O contínuo desenvolvimento comercial e as determinações da República se melhorarem os portos e de se sanearem as cidades, leva Porto Alegre a enfrentar de forma decisiva essa grande tarefa. A construção do porto passa a ser uma das grandes metas da “Política dos Transportes” do governo Borges de Medeiros, que previa a interligação de todo o estado por uma malha de vias de rodagem, férreas e fluviais. A construção de um porto modelo era uma prioridade dentro deste sistema. Os técnicos e políticos da época viam a localização de Porto Alegre a situação ideal para a construção de um entreposto comercial entre o interior do estado, dotado de importante rede fluvial, e o mar, através da Lagoa dos Patos.
A Praça da Alfândega, sendo um forte ponto de referência e representando todo um passado histórico, era o local natural para localização do ponto de desembarque de passageiros. Desta maneira, a construção do cais começa ali, no eixo da qual é colocado o portão central. Seguindo o paradigma urbanístico da época, aquele do urbanismo francês, o eixo que chegava a esse portão deveria ser reforçado para valorizar a entrada e embelezar a cidade através de uma larga avenida, com duas pistas, canteiro central ornado de palmeiras e margeados por imponentes prédios – a Avenida Sepúlveda – uma intervenção intrigante, limitada à extensão de três quadras.
Em 1912 a demolição do prédio da Alfândega e o aterro de 100 metros de largura sobre o rio foram decisivos para a conformação atual da praça, levando à reformulação geral e o ajardinamento deste novo espaço urbano. O projeto paisagístico, de inspiração francesa, é geométrico e seu eixo central possui uma forte marcação, delineada pela pavimentação e pela vegetação – palmeiras-da-Califórnia. Este eixo se desenvolve até o cais, cortando a pequena Praça Barão do Rio Branco, finalizando e focando o Portão do Cais, enquadrado pelos prédios do MARGS (antiga Delegacia Fiscal) e do Memorial do RS (antigo Correios e Telégrafos), através da Avenida Sepúlveda.
Em 1979, uma lei aprovada pela Câmara Municipal unificou as Praças Senador Florêncio e Praça Barão do Rio Branco em frente ao prédio dos Correios, incorporado o leito da Rua Sete de Setembro, transformando esta área em um grande calçadão (intervenção característica da década de 70), e denominou de Praça da Alfândega a área compreendida entre a Rua dos Andradas, Capitão Montanha, Siqueira Campos e Cassiano do Nascimento. Uma fração a oeste é cedida para a construção do edifício da Caixa Econômica Federal.
Em 2007 foram realizadas obras de prospecção arqueológica, a fim de descobrir o local exato do antigo ancoradouro de pedra e outros remanescentes da conformação antiga da Praça.
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Antigo prédio da Alfândega construido em 1824 e demolido em 1912, no lugar foi construido o novo prédio da Alfândega de 1914 a 1933 ( hoje MARGS), nas escavações na praça nos anos 2000 foram achados a estrutura do prédio e parte das escadarias que davam para o rio Guaíba,  a fonte de ferro que veio da França, fois transferida para a praça XV de Novembro, Praça Parobé e depois para a Parque da Redenção(atual Parque Farroupilha).
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Antiga escadaria do cais da Alfândega ou Praça da Quitanda, canoa junto ao rio Guaíba com os tradicionais praticantes de remo - 1892
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Praça Senador Florêncio (atual Alfândega) - 1925
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Década de 1930
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Praça da Alfândega - 1940
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Edifício Abelheira, no lugar foi construido a sede da atual Caixa Econômica Federal
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Vista aérea nota-se que ainda não existe o prédio da CEF
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Década de 1960
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Praça Pereira Parobé, junto ao Mercado Público e praça XV de Novembro, na praça havia um belo gazebo, muito bem deliniada, destruída durante a enchente de 1941, foi desmanchada e seu chafariz de ferro foi para o Parque Farroupilha, no local conhecido como Recanto Europeu.
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Docas onde é a atual praça - 1878
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Década de 1920, urbanizada, ainda sem o prédio da Junta Comercial do RS
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Durante a enchente 1941
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Suas palmeiras ao fundo - 1948
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Década de 1960
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Praça Parobé com os tradicionais fotográfos Lambe-Lambe - 1950
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Como estacionamento - 1968
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Como Terminal de ônibus - década de 1970
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Praça Rui Barbosa, tradicional e histórica praça da área mais popular do Centro de Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Situa-se entre a rua Voluntários da Pátria e a avenida Júlio de Castilhos.
Em seus inícios era uma área ocupada por estaleiros, sendo em 1839 referida em Ata da Câmara Municipal como Praia do Estaleiro. Nesta época, estando a cidade sitiada pelos farrapos, o local foi escolhido para instalação dos matadouros da cidade.
Com a construção do Mercado Público de Porto Alegre, cogitou-se em torno de 1869 de transferir para a Praia do Estaleiro as carretas que vinham para a cidade, e na década seguinte ela foi efetivamente usada para tal, tendo recebido o nome de Praça das Carretas em 1879, quando foi demarcada, aterrada e drenada, sendo que o seu último estaleiro recebeu ordem de transferência para outro local em 1887.
No ano seguinte seu nome mudou para Praça Visconde do Rio Branco, e em 1900 o Corpo de Bombeiros nela construiu um barracão de madeira para ser usado como sua sede. Até então o local não recebera nenhuma urbanização, e continuava sendo muito percorrido por carroças de tração animal, embora as carretas tivessem sido expulsas para a Várzea desde 1894. Até 1929 as carroças eram numerosas, levando à construção de um bebedouro para os animais.
Em 1936 recebeu sua denominação atual. Os bombeiros permaneceram na Praça até a década de 50, quando se mudaram para o quartel na rua Silva Só. Desde então passou a ser usada como terminal de ônibus e, recentemente, em canteiro de obras para o futuro camelódromo que pretende resolver o problema dos ambulantes em toda região central da capital gaúcha.
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Ainda só como docas, não existia o aterro, século XIX
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Bebedouro de Animais junto o Caminho Novo (atual Voluntários da Pátria) - Foto entre 1900 e 1910
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Av. Julio de Castilhos, com vista ao fundo da praça Rui Barbosa - 1960
como Terminal de ônibus da Grande Porto Alegre
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Praça Argentina, ficava de frente para av. João Pessoa, criada pelo decreto 1527, de 1928, denominou-se Praça da Independência, Ladeira do Oitavo e Ladeira do Portão. Foi remodelada na administração Otávio Rocha e recebeu, em 1935, um pequeno monumento oferecido pela Colônia Argentina em Porto Alegre. No local foram colocados frades de pedra, remanescentes dos antigos frades, locais diante da casas para amarrar cavalos e outros animais de montaria e tração. Conta com os monumentos Apolinário Porto Alegre; Frade de Arenito; Homenagem ao 1º Centenário Farroupilha.
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Vista dos altos da Rua Fernando Machado, vê-se ao fundo e Escola de Engenharia
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Em frente a Escola de Engenharia, e Instituto de Astronomia ao lado
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Detalhe da praça junto a Escola de Engenharia
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Junto a Escola de Engenharia
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A av. João Pessoa tinha uma curva para a esquerda contra a praça Argentina
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Da praça vê-se o Colégio Julio de Castilhos e a av. João Pessoa
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Desfile descendo a av. João Pessoa da rua Annes Dias, ainda sem o viaduto Loureiro da Silva
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Década de 1930
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Década de 1950
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Praça Dom Feliciano, antiga Praça da Caridade, surgiu de uma parte do terreno doado à Santa Casa de Misericórdia pelo Desembargador Luís Corrêa Teixeira de Bragança e sua esposa. As obras da Santa Casa, como a construção das escadarias em 1865, destruídas em 1940, e a terraplenagem do terreno fronteiro, permitiram a construção da praça no aspecto que tem hoje. Monumentos: Eduardo Guimarães, Jerônimo Coelho, Mário Totta e Placa do Bicentenário de Dom Feliciano.
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No centro o magnífico chafariz em ferro fundido vindo da França, hoje perdido, ao fundo vê-se a Santa Casa de Misericórdia - 1888
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Litografia de Balduin Röhrig, de 1865, alusiva à visita de Dom Pedro II à Capital, reproduz fontes que sumiram da cidade e seus principais prédios
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Praça Conde de Porto Alegre, a Praça do Portão foi transformada em praça em 1910, aproveitando-se algumas árvores das que existiram e colocando-se o monumento ao Conde de Porto Alegre, transferido da praça da Matriz, pela construção do monumento a Julio de Castilhos.
A estátua em mármore foi executada em Porto Alegre, sobre uma maquete vinda da Itália, pelos escultores Adriano Pitante e Carlos Fassati.
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Transferida a estátua do Conde de Porto Alegre, para a praça de mesmo nome - 1912
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Chafariz similar em ferro fundido catálogo da fundição francesa Durenne reproduz o que estava instalado junto a praça do Portão, atual Conde Porto Alegre
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Praça do Portão (atual praça Conde de Porto Alegre)
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Junto a rua Annes Dias - 1956
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Vê-se o quartel de Artilharia, confluências da rua Duque de Caxias, av. João Pessoa e rua Prof. Annes Dias, antes da construção do viaduto Loureiro da Silva - 1950
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Rua Sete de Setembro antigo Porto dos Ferreiros, entre a Rua General Câmara e o Largo Paraíso, Beco da Rua Clara ou Beco dos Marinheiros, nas imediações da João Manoel e Rua Nova da Praia; estavam localizadas casas comerciais importadoras e exportadoras, além do setor de crédito. Sobre essa região o italiano Vittorio Buccelli comenta em sua passagem por Porto Alegre:
“... é a rua dos grandes negócios, onde se encontram muitos escritórios comerciais e de crédito, dentre os quais o Banco do Comércio e o importante Banco da Província, que é o mais antigo do Estado", hoje destaca-se a grande quantidade de instituições bancárias.
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Junto a praça Senador Florêncio, vê-se o edificio Abelheira, atual CEF, e o predio do Tesouro Federal, atual sede do Banrisul
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Prédio do Tesouro Federal, hoje sede do Banrisul
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Década de 1920
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Prédio da Fazenda Estadual, a direita
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Avenida Júlio de Castilhos, bairro Centro, inicia na avenida Borges de Medeiros e termina na rua da Conceição.
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Abertura da rua Julio de Castilhos
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Abertura da nova rua
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Já urbanizada - 1930
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Esquina praça Parobé - 1930
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Junta Comercial do RS, palácio do Comércio, bairro centro, rua Julio de Castilhos
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Palácio do Comércio
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Avenida Senador Salgado Filho, bairro Centro, antiga rua 10 de Novembro, esta avenida foi aberta na remodelação do centro de Porto Alegre, na administração do prefeito Loureiro da Silva.
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Abertura da avenida em direção a av. Borges de Medeiros - 1930
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Avenida já concluída em direção a Santa Casa - 1940
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Década de 1940
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Av. Senador Salgado Filho vista do alto
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Avenida Borges de Medeiros e a esquina Democrática (palco de manifestações políticas e culturais), bairro Centro.
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Prédios que foram demolidos na praça XV de Novembro para a abertura da av. Borges de Medeiros
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Construção da avenida - década de 20/30
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Década de 30/40
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Edifício Guaspari - 1937
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Esquina Rua dos Andradas - 1940
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1940
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1940
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Borges esquina rua José Montaury
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Junto ao viaduto Otavio Rocha
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Junto a Prefeitura Municipal - 1960
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Edifício Sul América, primeiro arranha céu da av. Borges de Medeiros - década de 50
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1950
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1950
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1950
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Construção do edifício do INPS atual INSS - 1950
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Década de 50
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Avião sobrevoa a av. Borges de Medeiros
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1950
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Bondes e ônibus - 1950
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1950
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Década de 60
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Construção do arranha céu no antigo terreno da Rádio Farroupilha na rua Duque de Caxias
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Construção da continuação da av. Borges de Medeiros em direção a av. Padre Cacique - 1961
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Av. Borges de Medeiros com rua Demétrio Ribeiro, vê-se o Cine Capitólio e a praça Gal. Datro Filho - 1964
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Junta a av. Mauá - década de 60
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Parque Marinha do Brasil sendo estruturado - 1970
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Esquina Democrática, Rua da Praia é ponto tradicional de passeatas e manifestações desde o século XIX. Era o centro cívico, o ponto de reunião de políticos, de estudantes, o núcleo principal dos cafés, confeitarias e cinemas. Foram muitos os episódios políticos ocorridos ali: uma manifestação popular promovida pela União Republicana em 1890 foi dissolvida a bala pelo exército, na esquina da Rua Uruguai, local muito próximo à chamada “Esquina Democrática”. Em 1915 uma manifestação contra a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca ao Senado Federal foi combatida pela Brigada Militar com violência.
A Rua dos Andradas voltou a ser palco de luta em 1923, durante a Revolução que dividia o Estado, e em 1954, na morte do Presidente Getúlio Vargas, a multidão em fúria depredou jornais e casas comerciais que se localizavam na via.
Nos anos 70, a população elege a área como o espaço de seus encontros e manifestações públicas. Diversos grupos reúnem-se ali: músicos, peças teatrais, grupos étnicos e a mídia realiza seus levantamentos de opinião. Na mobilização da sociedade civil para as primeiras eleições diretas em 1982, o largo, palco e cenário de debates políticos e sociais, passou a denominar-se “Esquina Democrática”.
O largo denominado Esquina Democrática é composto pelo cruzamento da Rua dos Andradas e Avenida Borges de Medeiros, sendo delimitado pelos prédios Sulacap, Scarpini, Vera Cruz e Missões. Estrutura-se com potencial de articulação com outros espaços do centro da cidade, como a Praça Montevidéu, o Mercado Público, o Largo Glenio Peres, o Viaduto Otávio Rocha e a Rua 24 Horas.
Em 1999 foram efetuadas reformas no sentido de permitir o tráfego de veículos no período da noite, como forma de viabilizar o funcionamento da Rua 24 Horas, adjacente à Esquina.
O tombamento do espaço - efetivado em 17 de setembro de 1997 - visa destacar o passado político e democrático da área, consagrando-a com as funções de aglomeração humana na Área Central.
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A placa anúncia a construção do edifício SULACAP, aqui é o marco da esquina democrática, na confluência das  Av. Borges de Medeiros e Rua dos Andradas
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Av. Borges de Medeiros com Rua dos Andradas, década de 40
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Vista aérea da esquina democrática
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Desfiles Cívicos na Avenida Borges de Medeiros
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Desfile década de 40
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Década de 40
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Desfile de 7 de Setembro
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Desfile da LBA - Legião Brasileira de Assistência - 1960
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O sonho do diretor de cinema 
Fritz Lange
e do Intendente de Porto Alegre
Loureiro da Silva
e suas semelhanças
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Cartaz do Filme Metrópolis
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Cidade de Metrópolis
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Cidade de Porto Alegre, avenida Borges de Medeiros
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Vista do Viaduto Otávio Rocha
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Canyon Artificial como o de Fritz Lang
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1979
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Rua Otávio Rocha, bairro Centro, antigo Beco do Rosário.
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1945
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Década de 1950
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1955
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Rua Otávio Rocha
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Rua Otavio Rocha, junto a praça XV de Novembro, a esquerda o edificio do Hotel Jung - 1953
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Lojas Renner - 1959
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Conserto de trilhos do bonde pela Carris década de 1960
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Rua Alberto Bins, bairro Centro.
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Junto a praça Otavio Rocha - década de 1950
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Rua Voluntários da Pátria, Em 06 de junho de 1870, o 39º Batalhão de Voluntários da Pátria voltaram da guerra do Paraguai e devolveram a Bandeira ao povo de Porto Alegre. Nesta mesma ocasião, a Rua Voluntários da Pátria ganhou seu atual nome, então chamada, Caminho Novo.O primeiro tratamento paisagístico de Porto Alegre foi mandado fazer pelo Governador Dom Diogo de Souza ao longo dos quatro quilômetros do Caminho Novo, aberto em 1806. Dom Diogo de Souza mandou construir um solar para residência dos governadores, usado para este fim até 1824. Para a abertura da estrada do Caminho Novo, o governador mandou usar o trabalho dos presos da cadeia, que executaram um plano de fuga. Esta estrada saia do Largo do Paraíso (Praça XV) e ia até a Várzea do Gravataí margeando o Delta.
Logo no começo do caminho – num local freqüentado por lavadeiras e aguadeiros (aqueles que vendiam água potável) abriu-se o Porto Pelado e se construiu o estaleiro de Joaquim José de Azevedo nas imediações da atual Praça Rui Barbosa. Mais adiante, junto ao arraial dos Navegantes, as carretas começavam a transitar prenunciando sua transformação num centro Comercial e Industrial.
O nome da Rua Voluntários da Pátria dado ao antigo Caminho Novo foi uma homenagem aos voluntários que lutaram na Guerra do Paraguai deflagrada em 1865 com a invasão de São Borja e Uruguaiana pelas forças de Solano Lopes. Junto com os gaúchos do 39º Batalhão, uma flâmula Imperial os acompanhou, e hoje é guardada como relíquia na Igreja da Matriz juntamente com a bandeira nacional do Império.
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Anúncio de 14.04.1909
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Rua Voluntários da Pátria com rua Mal. Marechal Floriano Peixoto - 1910
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Seminário Concórdia - 1908
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Rua Voluntários da Pátria - Porto Alegre - 1920
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Vemos duas composições de bondes elétricos se cruzando na Rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre, nos anos 20. Os bondes estão puxando respectivos reboques, que eram na verdade antigos veículos de tração animal convertidos para esta nova função. Os reboques eram chamados de "operários", por conta de sua tarifa mais baixa, mas o povo os apelidou de "caradura".
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1920
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Cine Theatro Coliseu, rua Voluntários da Pátria, 433, contava com 3000, demolido na década de 50 no lugar hoje encontra-se o edifício Coliseu
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Colocação de trilhos da rede de bondes na região da rua Voluntários da Pátria no centro.
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1957, proximo a rua Ramiro Barcelos
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Rua Comendador Coruja, bairro Floresta.
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Década de 70
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Rua Uruguai, bairro Centro, antigo Beco da Casa da Ópera, Rua dos Ferreiros, Beco do Porto dos Ferreiros e Rua do Comércio.
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1920
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1950
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Rua Vigario José Ignácio, bairro Centro, antiga Rua do Sino, Rua do Bandeira e Rua do Rosário, vê-se a antiga igreja do Rosário - 1860.
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A fundo a antiga igreja de N. Sra. do Rosário
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Rua Professor Annes Dias, bairro Centro, antiga Rua da Misericórdia.
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Vê-se ao fundo o quartel de 17º Batalhão de Caçadores, junto a praça do Portão - 1939
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Avenida Mauá, bairro Centro, ainda sem o muro de conteção de enchentes construido na década de 70, nota-se a belissíma praça em frente aos armazéns do porto.
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1953
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Em direção a rua da Conceição
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Rua Washington Luiz, bairro Centro, começa na confluência das ruas Duque de Caxias e General Salustiano e termina na Rua Espírito Santo.
Era conhecida como a Praia do Riacho, pois demarcava o litoral sul da península central e a embocadura e o curso inferior do Riacho, antes do aterro. Em 1824, a Câmara Municipal publicou em edital “para que mais ninguém continue a tirar areia no Caminho de Belas e mais Praia do Riacho, no caminho pelo qual se transita”. Era o caminho escolhido para o trânsito das tropas de gado, quando se deslocavam da Passagem, na Praia do Arsenal, para o matadouro localizado próximo à Várzea.
Há indícios, desde o século XVIII, da existência de moradores na Praia do Riacho, que conviviam com a freqüente passagem das tropas de gado e com os despejos da cidade na frente de suas casas. Em 1850, os vereadores receberam um abaixo-assinado pedindo providências quanto aos despejos de “imundices e fezes excrementícias dos quartéis e cadeia desta capital perto das casas em que moram os suplicantes”.
O município resistiu às tentativas de privatização dos terrenos junto ao rio, no lado sul da rua. A Câmara informa, em 1863: “Por ser este um logradouro público de que se acha de posse desde que começou a povoar-se esta Cidade, e porque está destinado a tomar maior dimensão com o cais, cuja planta já mandou levantar a Assembléia Provincial, e que se projeta para todo aquele litoral da Cidade”. Entretanto, os presidentes da Província foram menos sensíveis e cautelosos que os vereadores: no mesmo ano, um certo Dr. Francisco Antônio Pereira da Rocha obteve o aforamento de 90 braças de terreno junto ao rio, apesar dos protestos da Câmara. E, pouco depois, a companhia que instalou o gasômetro para produção de gás de iluminação, também foi favorecida com a doação de um terreno contíguo ao anterior. Neste último caso, com anuência dos vereadores.
O litoral da Praia do Riacho era utilizado por lavadeiras e por alguns depósitos de lenha. Em 1886 passou a se chamada de Rua Major Pantaleão Teles, herói da Campanha do Paraguai. Nesta época, havia na região uma Estação de Ferro de onde partia o conhecido “Trenzinho da Tristeza”, que fazia a ligação com o tradicional balneário fluvial.

O Senador Men de Sá assim a descreve: “Era zona de classe média, famílias ‘remediadas’ como se dizia então, com a moral, os costumes, a decência e os ridículos, característicos deste segmento social. Havia tudo que figura nos romances, incluindo os saraus, a declamação ao som da Dalila, os namoriscos...”.

Nas décadas de quarenta e cinqüenta a rua, socialmente degradada, tornou-se um dos maiores focos de meretrício da cidade. Em 1958, quando as casas de lenocínio foram retiradas, a rua teve seu nome alterado, a pedido dos novos moradores, para a Rua Washington Luís, em homenagem ao ex-presidente da República, Washington Luís Pereira de Souza.
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Rua da Margem, futura rua Washington Luiz
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Quando o Riacho Sabão percorria um caminho sinuoso até a saída na rua Washington Luiz
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Quando o rio Guaíba chegava até a rua Washington Luiz - 1910
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Aterro junto a rua Washington Luiz, para construção da I Perimetral
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ACM - Associação Cristã de Moços, escola tradicional da rua
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Avenida Osvaldo Aranha, bairro Bom Fim, antiga Estrada do Meio ou Caminho do Meio, Avenida do Bom Fim foram as primeiras denominações dessa Avenida. Em 1867, foi lançada a peça fundamental da capela do Senhor do Bom Fim que terminou por estender seu nome ao Campo do Bom Fim e ao Bairro.
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Abertura do Caminho do Meio, entre Av. Independência e Av. João Pessoa, ao lado os campos do Bom Fim ou Campos da Redenção
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Avenida com um só canteiro central e prédio do Cinema Baltimore - 1928
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Junto a UFRGS, década de 10
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Av. Bom Fim esquina Av. José Bonifácio, dec. 30
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Av. Osvaldo Aranha, dec. 40
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Av. Osvaldo Aranha e Parque Farroupilha
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HPS - decáda de 50
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HPS - 1950
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Entrada do Instituto de Educação Flores da Cunha - década de 60
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Junto a UFRGS - década de 70
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Vista aérea do bairro Bom Fim - 1978
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Rua Caldas Jr., Grande Hotel, bairro Centro, antigo Beco da Inácio Manoel Vieira, Beco Quebra-Costas, Beco do Fanha e Travessa Paysandu.
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Grande Hotel, incendiado e domolido, futuro shopping Rua da Praia, rua da Praia esquina rua Caldas Jr.
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Rádio Guaíba, bairro Centro, Faltando poucos minutos para o meio-dia, a edição de sábado da Folha da Tarde, o principal vespertino do Rio Grande do Sul, acaba de rodar e um grupo de repórteres e redatores do jornal, junto com alguns colegas do Correio do Povo, comprime-se do outro lado do vidro que separa o estúdio do operador de áudio. Ouve-se, então, um arranjo especialmente preparado na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, para o tradicional Boi Barroso, a melodia das trovas tradicionais do cancioneiro gaudério.

Por Luiz Artur Ferraretto
Com a voz embargada pela emoção, o locutor Aden Rossi anuncia, na seqüência, impondo silêncio entre os colegas apinhados no corredor do segundo andar da rua Caldas Júnior, número 219:

– Senhoras e senhores, boa tarde. A partir deste momento, passa a operar regularmente através das suas emissoras de ondas médias, ZYU-58, em 720 quilociclos, e em ondas curtas de 25 e 49 metros,
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Concerto da Ospa (30 de abril de 1957).
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11.785 e 9.865 quilociclos, a Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Brasil. A Rádio Guaíba encetará, a partir deste momento, a sua programação musical de hoje, sábado, 20 de abril de 1957. Como primeiro número, ouviremos, por Frank Pourcell e sua orquestra, Three Coins in the Fountain…

Não é ainda a inauguração oficial, como já sabem desde o início da manhã os leitores do Correio do Povo:

Acontece que, nos dez dias que distam entre uma data e outra, a Guaíba não colocará publicidade alguma em seus programas, transmitindo exclusivamente música para os sintonizadores dos 720 quilociclos. Posteriormente, seguindo religiosamente a linha que se traçou, jamais a publicidade ultrapassará de 1/3 do período de transmissões. Assim, valorizará ao máximo as mensagens comerciais e propiciará aos sintonizadores espaços que, realmente, possam ser ouvidos.
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Primeiros ouvintes (20 de abril de 1957).
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Como registra o mesmo jornal no dia seguinte, aos primeiros ouvintes da Guaíba já chama a atenção a qualidade do som da nova emissora, cuja parte técnica está sob a responsabilidade de Homero Carlos Simon, contratado quatro anos antes. Desde 1953, o engenheiro vinha planejando e orientando a instalação dos transmissores colocados na ilha da Pintada de forma a aproveitar a conformação geográfica do local – o espelho d’água formado pelo lago Guaíba – para melhorar as irradiações.
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Associados do Gondoleiros na escuta (20 de abril de 1957).
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Nacionalista militante, o diretor técnico da emissora adquire equipamentos e componentes eletrônicos em sua grande maioria fabricados no Brasil, que são alterados, ajustados e remontados sob a sua supervisão, obrigando, por vezes, um trabalho redobrado, como ele mesmo lembraria anos depois:

– Foi uma das lutas, das mais ingratas, mas ao final vencedora, de quatro anos seguidos, pelos problemas técnicos que tivemos de enfrentar para a instalação de transmissores e torres.
A entrada no ar da rádio segue um cronograma planejado pelo diretor da emissora, Arlindo Pasqualini, e aprovado por Breno Caldas, o proprietário do Correio do Povo e da Folha da Tarde, jornais aos quais, então, se junta a Guaíba. Assim, às 6h da quinta-feira, 25 de abril, a ZYU-58 começa a transmitir inclusive com a sua síntese noticiosa, o Correspondente Renner, lido, na época, por Ronald Pinto. A aproximação com os ouvintes vai se dando sem sobressaltos, de modo que, na semana seguinte, nem a chuva ou o frio daquela terça-feira, dia 30, impediriam que, uma hora e meia antes da inauguração oficial, marcada para as 20h30, o Theatro São Pedro – palco cuidadosamente escolhido – já estivesse lotado. Contrastando com a emoção do diretor de broadcasting, Jorge Alberto Mendes Ribeiro, e da locutora Jalma de Arroxelas, que o apresentam ao público, Arlindo Pasqualini transmite serenidade ao discursar:

– Senhoras e senhores. A Rádio Guaíba, de Porto Alegre, que ora se inaugura aqui no Theatro São Pedro, com a presença para nós tão grata e tão honrosa de todos vós, constitui um empreendimento novo, mas que, embora novo, nasce sob o signo de uma tradição. É que sua vinculação a dois grandes jornais, o Correio do Povo e a Folha da Tarde, lhe traça implicitamente os rumos e a orientação. Tal orientação, como sabeis, é de absoluta independência, a qual tem para nós seus limites naturais e intransponíveis nos princípios da moral e nos imperativos do bem comum. Acerca de nossa programação normal, que deverá ter início amanhã, o que vos posso adiantar, em poucas palavras, é que ela não terá o luxo das grandes montagens. Mas, mesmo quando singela, jamais cairá na vulgaridade.
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Arlindo Pasqualini (30 de abril de 1957).
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Proferido nas dependências do mais sofisticado teatro da cidade, o pronunciamento de Pasqualini não poderia mesmo deixar de ser um tanto solene. Solenidade que ultrapassa os limites do discurso em si e do estudado uso da segunda pessoa do plural. Mais do que tudo, o Major, apelido do jornalista desde os tempos da Revolução de 1930, lança as bases de uma programação sóbria e, por vezes, sisuda, tradicionais marcas do Correio do Povo¸ conferindo, ainda que por uma relação quase gregária, uma boa dose de credibilidade ao novo empreendimento de Breno Caldas.
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A escolha do Theatro São Pedro como palco do programa desta noite de gala obedece, portanto, a uma lógica. Sugerida pelo radialista e publicitário Ruy Figueira e acatada pelo diretor comercial Flávio Alcaraz Gomes, a idéia é utilizar a casa de espetáculos da elite porto-alegrense para indicar que uma emissora diferente está surgindo

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Estúdio Cristal
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Bancada na Esquina de Cristal
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Casa de Cultura Mário Quintana, bairro centro, prédio do antigo Hotel Majestic, onde morou o poeta; centro cultural com bibliotecas, salas de exposição, teatro, cinema e café com vista para o Rio Guaíba, entrada pela rua dos Andradas e rua Sete de Setembro.
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O próprio Mario Quintana
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Ela foi fundada em 1955 por Nathalio Henn, o "Natho", natural de Quaraí, onde nasceu em 27 de dezembro de 1901. Natho foi o seu idealizador e primeiro Diretor. Foi músico, professor, poeta e pintor, mas sua vida direcionou-se especialmente ao piano. Juntamente com Araújo Viana, Murilo Furtado, Radamés Gnatalli e Luiz Cosme, foi um dos grandes músicos brasileiros de todos os tempos. Ai estão, no seu acervo, composições como "Guasca", "A Rolinha", "Na Cacimba" e "Toada", esta última orquestrada pelo Maestro Pablo Komblós, além de mais dois grandes poemas sinfônicos: "Procissão" e "Festa de Nossa Senhora dos Navegantes". Imortalizou a lenda da Cidade de Santa Maria escrevendo "Imembuy". Deixou-nos, ainda, outras belas obras, como "Páginas do Sul", "Violão", "Pastoral", "A Carreta".
Há particularidades interessantes em sua biografia, como o fato de realizar concertos na velha e famigerada Casa de Correção, do Gasômetro. O artista ia ao Presidio levar a sua Arte aos que haviam perdido uma outra razão de ser, na vida, que é a liberdade. O último concerto que lá realizou foi em 1957.
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Nathálio Rodrigues Henn faleceu em Porto Alegre em 1958. Sua vida de pouco mais de cinco décadas, foi toda em função da arte musical, embora tenha feito algumas incursões na poesia, na pintura e no preparo de ensaios estéticos sobre musica, que não chegaram a ser publicados.
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Natho Henn
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Rua Annes Dias, bairro Centro, antiga rua da Misericórdia.
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Quartel 17º Regimento do Exército - década de 10
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Transferido para Brigada Militar, foi demolido na década de 70 para a construção do viaduto Loureiro da Silva sobre a av. João Pessoa
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Escadaria da João Manoel, bairro Centro.
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1920
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Rua do Riachuelo, bairro Centro, antiga Rua do Cotovelo, da Praia do Arsenal até a Rua General Câmara e Rua da Ponte, da Rua General Câmara até a Rua Doutor Flores.
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Última sede provisória do Instituto Julio de Castilhos - 1901
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Vista da Rua do Riachuelo - década de 10
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Solar do Conde de Porto Alegre
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Arquivo Público do Estado
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Biblioteca Pública do RGS
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Sala Interna
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Jardim Interno
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Sala de Pesquisa
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Rua Coronel Fernando Machado, antiga Rua do Arvoredo, crimes da Rua do Arvoredo é um episódio que ocorreu em 1864 na cidade de Porto Alegre.
O Fato: Um sujeito chamado José Ramos, que era na verdade um inspetor de polícia de Santa Catarina, teria comprado (ou alugado) uma casa na antiga Rua do Arvoredo (atual Rua Fernando Machado), de um sujeito chamado Carlos Klaussner, antigo dono de um açougue que funcionava no mesmo endereço.
Consta que o tal homem gostava de música, frequentava o récem inaugurado Theatro São Pedro, andava bem vestido, enfim, era, como se dizia na época, um boa-vida. Tempos depois ele conheceu Catarina Palsen, com quem passou a viver, e a praticar os tais crimes. Ao que tudo indica, ela, Catarina, de origem húngara, e de grande beleza, "atraía" as vítimas para a tal casa-açougue, para que fossem mortas por José Ramos, esquartejadas e, com a carne, eram fabricadas lingüiças, vendidas no comércio de Porto Alegre, e que tinham, por sinal, muito boa "aceitação". Nesse ponto "inicia a lenda", pois os processos criminais a que José Ramos respondeu, existem, mas neles não consta que as vítimas eram transformadas em lingüiça.
Segundo o historiador Décio Freitas, autor do livro O Maior Crime da Terra (Editora Sulina, 1998), os processos estão incompletos, faltam folhas, é todo manuscrito, e, se realmente a história é verdadeira, nunca se saberá, pois somente as folhas faltantes nos autos é que poderiam dar algum indício sobre a veracidade das tais lingüiças, ou não. O fato é que hoje existe o crime porém as provas sobre as linguiças fabricadas com carne humana foram consumidas no decorrer do processo e o passar dos tempo.
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1860
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Rua Fernando Machado esquina av. Borges de Medeiros, década de 30
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Avenida Praia de Belas, inicia no bairro Cidade Baixa e termina no bairro Menino Deus, bairro Praia de Belas, lá pelos anos de 1800, um senhor chamado Antônio Rodrigues Belas tinha como sua propriedade uma chácara à beira do Rio Guaíba. Como acesso ao centro da cidade, o morador construiu uma estrada e que aos poucos tornou-se de freqüente passagem em vistas do comércio de escravos que lá se desenvolveu, “...quando alguém tinha algum negócio ou precisava fazer qualquer referência sobre essa zona, logo dizia - fica lá na praia do Belas.” Esta é uma das versões para a origem do nome, sendo a mais acolhida pelos historiadores locais. Contudo, o que sabemos é que a radial existe desde 1839 e dela o bairro herdou o nome.
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Início do século XX
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Rua Praia de Belas junto ao Pão dos Pobres, paralelo ao Arroio Sabão, o Riacho
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Rua 24 de Outubro, bairro Moinhos de Vento.
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Colocação de trilhos para bonde - 1907
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1961
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Hidráulica Moinhos de Vento, bairro Moinhos de Vento, A Hidráulica Moinhos de Vento é um prédio histórico da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Encontra-se no tradicional bairro Moinhos de Vento.
Começou a ser construída em 1904 pela companhia privada Hydráulica Guaybense, e apenas captava água do Rio Guaíba e a distribuía para a população da cidade. Foi inaugurada oficialmente em 1928 pelo prefeito Alberto Bins. De arquitetura inspirada nos jardins do Palácio de Versailles, foi construída em um terreno de 6 hectares e possui traços ecléticos positivistas.
A grande torre foi desativada em 1969. Apesar de ainda ser designada pelo antigo nome pela população, sua denominação atual é "Estação de Tratamento de Água Moinhos de Vento do Dmae".
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Rua Hilário Ribeiro, bairro Moinhos de Vento.
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1930
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Suas mansões - 1950
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Rua Dr. Valle, bairro Moinhos de Vento, bairro residencial.
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1930
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Avenida Cristovão Colombo, bairro Floresta, antiga Estrada da Floresta.
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Cervejaria Continental - 1922
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Fachada da cervejaria
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Veículos de Entrega da Cervejaria Bopp
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Instalação dos trilhos do bonde -1938
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Palacinho, Av. Cristovão Colombo esquina Rua Santo Antônio - Residência Oficial do Vice Governador do Estado do RS
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Rua Duque de Caxias, bairro Centro, antiga Rua Formosa, Rua Direita da Igreja ou Rua da Igreja, entre a Praia do Arsenal e Rua General João Manoel, Rua São José, Rua Alegre, Rua do Hospital, da igreja até a Praça Conde de Porto Alegre.
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1913
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Antigo Liceu
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Liceu na rua Duque de Caxias esquina rua Mal. Floriano Peixoto
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Incêndio do prédio da Rádio Farroupilha, rua Duque de Caxias com viaduto Otávio Rocha - 1954
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Avenida Independência, inicia no bairro Centro e termina no bairro Indepêndencia, antiga Rua da Independência - Rua Independência - Estrada da Brigadeira - Estrada dos Moinhos de Vento, abrigava grandes mansões.
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Casarios
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As grandes Mansões da rua Independência
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Igreja da Conceição - Inicio do século XX
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Vê-se a Igreja de N. Sra. da Conceição, Em Porto Alegre a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição iniciou suas atividades instalando um altar a Maria na antiga Matriz. Após desentendimentos acerca do local onde deveria ser edificado um templo próprio, Rafaela Pinto Bandeira doou, em 1847, um terreno na Estrada de Cima, atual avenida Idependência, para construção da igreja, onde permanece até hoje.
A pedra fundamental foi lançada em 8 de dezembro de 1851, sendo o edifício parcialmente concluído sete anos depois, contando nesta época com uma única nave e uma capela-mor. Em 8 de fevereiro de 1858 trasladou-se, em meio a festividades, a imagem da Padroeira desde a Matriz até sua nova casa. Em 5 (ou 8) de dezembro do mesmo ano a capela foi benzida e inaugurada solenemente, sendo subordinada à paróquia de Nossa Senhora do Rosário. O templo foi finalmente terminado com a elevação do frontispício e das torres em 1880.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição é uma das mais antigas e bem conservadas da Capital gaúcha, mantendo praticamente intactas suas características originais. Seu estilo segue os padrões do barroco colonial tardio, com paredes grossas, linhas simples e fachada sóbria, reservando as ornamentações para os altares internos, coro e teto. O risco do prédio e as talhas internas são de autoria de João do Couto e Silva. Na decoração do interior observa-se alguma influência do estilo neoclássico.
Altar de São JoaquimO conjunto da capela-mor, delimitada por um arco pleno ricamente entalhado, inclui tribunas, a mesa de celebração e atrás um grande altar em escada com uma série de anjos ajoelhados (que parecem ser um acréscimo posterior) conduzindo o olhar até a imagem da Padroeira no topo, abrigada em um nicho com baldaquino. A bibliografia refere que antigamente sob a mesa estava a imagem de São José da Boa Morte, mas hoje ela se acha junto à primeira capela lateral à direita.
A nave da igreja tem as paredes despidas de ornatos, mas tanto os altares laterais como as tribunas ostentam profusa decoração em entalhes, douraduras e pintura marmorizada. Os seis altares laterais são devotados ao Sagrado Coração de Jesus, a São Manuel, São Joaquim, Nossa Senhora da Glória, São Francisco de Paula e Santo Expedito.
O teto é simples, em arco truncado de madeira natural sem pinturas, mas apresenta caixotões delicados, apenas sugeridos, e grandes medalhões de onde pendem lustres de cristal. Onde o forro encontra as paredes corre um largo friso de belo desenho.
O coro sobre a entrada principal é também ricamente adornado com talhas douradas e gradis em ferro trabalhado, com desenho sinuoso apoiado em colunas de madeira que delimitam três arcos abatidos. Arrematando a decoração do coro, acima das janelas frontais existe um grande friso entalhado com volutas, elementos fitomorfos e instrumentos musicais. À entrada, a porta central desemboca num átrio, com outra porta centralizada que serve como pára-vento, decorada com vitrais, e duas portas laterais.
Algumas das imagens existentes nesta igreja são de grande expressividade e riqueza plástica, como a da Padroeira, que pertenceu à Matriz de Porto Alegre, foi transferida para a Igreja do Rosário e finalmente encontrou aqui seu lugar definitivo, sendo uma bela produção da arte escultórica portuguesa do século XVIII. Outra imagem de grande beleza é a de São Joaquim, com panejamentos movimentados e pintura a ouro.
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Final da década de 10
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Prédio do hospital da Beneficiência Portuguesa, Beneficência Portuguesa de Porto Alegre, originalmente Sociedade Beneficente e Hospitalar da Colônia Portuguesa de Porto Alegre, e também conhecida como Sociedade Portuguesa de Beneficência, é uma instituição hospitalar filantrópica
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Em 26 de fevereiro alguns súditos lusos, liderados pelo vice-cônsul honorário de Portugal, Antonio Maria do Amaral Ribeiro, em uma sala da Santa Casa de Misericória, e ali fundaram a Sociedade Beneficente, posta sob a proteção de El-Rei D. Fernando de Portugal. No fim do primeiro ano de existência já estavam associadas 557 pessoas, com um fundo de 5:920$680 réis.
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Antigo Salão Nobre no prédio histórico, com quadros de antigos sócios beneméritosDe início a Sociedade não dispunha de sede própria, e estabeleceu-se um contrato com a Santa Casa para atendimento de seus doentes. Com o crescimento do fundo dos associados, em 28 de maio de 1858 foi comprada uma casa na antiga Rua da Figueira, atual rua Coronel Genuíno, pela quantia de 5:500$000 réis, e lá deu entrada o primeiro paciente português em 31 de janeiro de 1859.
Em 1863 a casa foi reformada, mas progressivamente se fez sentir a necessidade de ampliar o espaço de atendimento. Com o surto de cólera na cidade em 1867, quando diversos pacientes foram salvos no pequeno ambulatório original, reacendeu-se o desejo por uma sede maior, que além de poder prestar um melhor atendimento à comunidade em crescimento, também perpetuaria o nome portugês em uma obra social de vulto.
Foi conseguido um terreno no antigo Caminho da Aldeia, a atual avenida Independência, doado pelo Dr. Dionísio de Oliveira Silveiro e sua esposa, D. Maria Sofia da Silva Freire Silveiro. O projeto para o novo hospital ficou a cargo do engenheiro Frederico Heydtmann, e a fachada foi desenhada pelo litógrafo Inácio Weingärtner, sendo mestre de obras Antônio Francisco Pereira dos Santos.
A pedra fundamental do novo edifício, que até hoje é um dos marcos arquitetônicos da capital, foi lançada em 29 de junho de 1867, e graças a diversas doações e à realização de leilões, recitais e outros eventos para arrecadação de recursos, as obras seguiram com celeridade até sua inauguração em 29 de junho de 1870, que ocorreu em meio a grandes festejos. No início de 1871 ficou pronta a primeira capela, no interior do prédio, sendo instalado seu primeiro capelão, o Padre Joaquim Cirilo da Cunha, em 12 de fevereiro. Em 29 de junho de 1872 foi entronizado o Padroeiro, São Pedro, cuja imagem foi doada por José Fernandes Granja.
O prédio histórico é constituído de dois pavimentos, em disposição simétrica, com um corpo central em projeção e alas laterais que também se projetam à frente nas extremidades. A fachada, em estilo eclético com influência da arquitetura colonial portuguesa, se ergue sobre um pequeno embasamento, e uma escadaria leva à porta de entrada. As aberturas são todas em arco redondo, separadas por pilastras jônicas no primeiro piso e coríntias no segundo, onde são dotadas de sacadas em formato bombée com gradis de ferro trabalhado, e arremate superior em edícula. Coroa o prédio uma platibanda com um frontão alinhado à entrada, onde um relevo mostra os escudos do Reino de Portugal e do Império do Brasil, encimados de uma coroa, mais o nome da instituição - BENEFICENCIA PORTUGUEZA - e a data 1868.
Após sua mudança para a nova sede, a Beneficência Portuguesa não cessou de ampliar sua presença na sociedade gaúcha. Em 1884 participou do movimento local de emancipação de escravos doando muitas cartas de alforria. Cresceu o número de atendimentos, de associados e o volume de seu patrimônio, aumentado com doações em forma de imóveis, heranças, loterias especiais e outras fontes. Em 1892 foram feitas melhorias nas instalações, sendo criadas salas para consultórios no térreo, bem como uma farmácia, e no andar superior o Salão Nobre foi reformado para abrir espaço para novos quartos. Em 1894 foi completamente aparelhada a sala de cirurgia, com equipo encomendado em Portugal ao custo de 2:500$000 réis.
Em 1900 a Sociedade estava em ótimas condições, com um patrimônio avaliado em 397:080$940 réis, e sem ter nenhuma dívida. Em 1907 foi adquirido um terreno para criação de um cemitério de associados, junto ao Cemitério São Miguel e Almas, que foi consagrado em 24 de outubro de 1909. Neste mesmo ano foram reformadas as salas de cirurgia, os encanamentos de água e gás, e instalada a lavanderia. Em 1911 foi criada a enfermaria feminina e instalada a luz elétrica. Em 1915 foi levantada uma capela separada, no terreno de lado, sendo sagrada em 13 de fevereiro de 1916 por Dom João Becker, a qual foi novamente transferida em 1929 para os fundos do hospital.
Antiga maternidadeEm 1 de setembro de 1923 a administração interna do hospital foi entregue às irmãs da Divina Providência, reconhecidas por sua eficiência, sob a direção da Madre Egbertina, inaugurando uma nova fase no funcionamento da entidade. Em 1928 foi inaugurada uma nova ala, construída em terreno adquirido em 1925, nos fundos do hospital. Ali foram instalados o Gabinete de Radiologia, o Gabinete de Diatermia, um consultório e duas novas salas de operação. Em 1936 foi aberta outra dependência, na rua da Conceição, onde se estabeleceu a maternidade. Em 1937 foi adquirida uma extensa área de terra em Gravataí, com 130 ha de matos, pastagens e aguadas, no intuito de instalar-se uma granja que pudesse gerar fundos adicionais, e criar-se o Retiro da Velhice. Em 1950 foi criado um novo bloco, com 71 apartamentos e doze quartos, uma maternidade moderna, consultórios, novas salas de cirurgia e uma grande cozinha.
Em 1951 a Beneficência Portuguesa participou como convidada no IV Congresso Sul-Americano de Neurocirurgia, que foi um marco na vida médica e científica na cidade, e a partir dali os seus serviços na área neurológica se tornaram reconhecidos em todo o Brasil e mesmo no exterior. Neste ano também recebeu um diploma de primeira colocada na preferência do público, e foi criada a Clínica Neurocirúrgica. No ano seguinte foram adquiridos novos terrenos e foi construído e inaugurado o Instituto de Radioterapia.
Desde então o complexo tornou-se um dos hospitais mais importantes da cidade, tendo sido na década de 50 a maternidade mais procurada de Porto Alegre, e mais tarde ampliando sua abrangência e aprofundando-se nas especialidades de Neurologia e Neurocirurgia, atendendo expressiva parcela da população. Passou a receber também pacientes encaminhados dos hospitais Conceição e Clínicas, desafogando estes centros de saúde.
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Prado Independência ou Moinhos de Vento, antigo Hipódromo localizado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Na baixada, onde atualmente se encontra o Parcão.
Inaugurado em 1894, era o melhor dos quatro prados da capital, elegante, espaçoso e com uma pista de 1.000 metros. No ano de 1909 os outros 3 concorrentes já haviam fechado suas portas.
Em 1959 a sociedade que mantinha esse hipódromo tranferiu-se para o terreno do bairro Cristal, onde até hoje está o Jockey Club do Rio Grande do Sul.
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Prado início do século XX
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Tribuna
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Presidente da Província Dr. Getúlio Dorneles Vargas
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Década de 20
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Década de 20
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Herma em homenagem ao Cel. Caminha, atual Comendador Caminha, este monumento foi transferido do Prado Moinhos de Vento para o Hipódromo do Cristal
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Avenida Icaraí, bairro Cristal, bucólico, vista da Ponta do Estaleiro a Ponta do Dionísio, depois do aterro para construção do novo Joquey Club do RS.
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Vê-se ao fundo o novo Jockey Clube do RS - 1960, na av. Icarai vê-se os trilhos da estrada de ferro Riacho/Tristeza
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Ao fundo vê-se os prédios da av. Icaraí
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O Hipódromo é transferido para o bairro Cristal, para a urbanização da várzea, para a instalação do Parcão (Parque Moinhos de Vento) e abertura de novas vias.
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Na primavera de 1959 foi corrido o ultimo páreo no antigo Prado Indepêndencia ou  Moinhos de Vento, vencido pela égua Tributada, montada pelo jóquei Nereu Severino.
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Hipódromo do Cristal - Jockey Clube do Rio Grande do Sul, bairro Cristal, transferido em 1959 do bairro Moinhos de Vento.
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Primeira corrida no Hipódromo do Cristal
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Grande Prêmio
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Construção das instalações do novo Jockey Clube RS
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Construção das prédios e arquibancadas do Jockey Clube RS
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Vista aérea do novo complexo do Jockey Clube RS
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1956
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Baias e arredores do Jockey Clube RS no bairro Cristal - 1958
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História do Turf em Porto Alegre

Vários Prados existiram, tendo-se notícia de em 1877 existir o Prado da Estrada do Mato Grosso (hoje Av. Bento Gonçalves), O Prado Boa Vista na rua homônima (hoje Rua Vicente da Fontoura) , o Prado Navegantes na atual Rua Lauro Miller.

Devem ser mencionadas duas sociedades turfísticas com matriz cultural luso-açoriana que existiram nos primórdios do turfe portoalegrense organizando corridas: - O Derby Club, com sede geografica na Varzea da Redenção, fundado em 1872 e perdurando até o final do século XIX, (cf. Pimentel, 1945) - A associação do Prado Navegantes, fundado e 1891 e funcionando até 1906 (cf. Franco (2000) e Werner (2001).
A atividade turfistica em Porto Alegre ganhou impulso com com uma sociedade ( inicialmente chamada Turf Club) que organizava carreiras no Prado Riograndense, - inaugurado em 1881 e reinaugurado em 1891- situado na hoje Avenida Getúlio Vargas, onde funcionou o Parque de Exposições Menino Deus e agora é área ocupada pela Secretaria da Agricultura do estado do Rio Grande do Sul. Mas desde 1894, já se noticiava corridas nos Moinhos de Vento, no chamado Prado Independência, no local que mais tarde seria oficializado como Hipódromo dos Moinhos de Vento (cf. Franco (1993, p. 101; 2000, p. 59); Ribeiro (1944, p. 26-7 e 57); Rozano (2001, p. 54)).
A Sociedade Protetora do Turfe, fundada 7 de setembro de 1905, originou o clube atual.
Foi no Prado Riograndense , em 1909, que disputou-se o primeiro Grande Prêmio Bento Gonçalves, organizado pelo Cel. Caminha, e com auxílio do governo do Estado, então exercido por Carlos Barbosa. Competiram animais locais e estrangeiros , sendo vencido pelo uruguaio Aguapehy . Já no ano seguinte o prado desta sociedade passou ao Moinhos de Vento, onde foi disputado o segundo Prêmio Bento Gonçalves.
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Avenida Otto Niemayer, rua Otto Niemayer, bairro Tristeza, Sir Otto Niemeyer. Na verdade, quem emprestou o nome à avenida na Zona Sul foi seu homônimo que morou na Tristeza.
Segundo o livro Tristeza e Padre Reus, de Hilda Agnes Hübner Flores, Georg Adolf Otto Eberhard Niemeyer nasceu em Joinville (SC), em 16 de outubro de 1864 (há exatos 145 anos). Depois de ter um armazém no centro de Porto Alegre, mudou-se para a região onde costumava veranear em 1928 e abriu, dentro de sua propriedade, a via que levou seu nome. Ele morreu em 1937. A rua foi oficializada a partir da lei n° 1.715, de 18 de janeiro de 1957, e alterada pela lei n° 6.841.
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Sir Otto Niemayer
Comerciante em Torres - 1922
Acervo Família Mentz
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Mentz relatou as lembranças que tem de Otto Niemeyer,
Texto enviado pelo leitor Luiz Frederico Mentz, morador do bairro Ipanema:

"Eu conheci, ainda criança, pelos anos 30, o Otto Niemeyer que deu nome à avenida que interliga Tristeza à Cavalhada. Ele era casado com Amálie Schmitt, uma das minhas tias-avós, irmã do meu avô materno, Louis Adão Schmitt.
Lembro que ele, Otto, costumava usar um quepe de marinheiro e falava, além de português, um alemão caprichado. Moravam em um casarão de madeira de lei, à beira do Guaíba, na quadra que faz frente à Praça da Tristeza (Comendador Souza Gomes). Aquele enorme terreno era todo organizado com trechos de mata virgem, árvores exóticas, zonas ajardinadas, açudes, canchas de esporte etc. Dia de visita aos Niemeyer era a alegria da meninada com a exploração dos recantos daquela enorme propriedade.
As terras de Otto Niemeyer se estendiam da praia da Tristeza à Cavalhada - entre a Avenida Otto Niemeyer e a Rua Dr. Armando Barbedo, e também da Vila Conceição até a Cavalhada (Morro do Osso).
Otto e Amálie Niemeyer só tiveram um filho: o Dr. Armin Niemeyer, conhecido dermatologista, especializado na França, que, com sua esposa Irene Diebold, foram meus padrinhos. O casal não teve filhos."
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Rua General Andrade Neves, bairro Centro, antiga Rua Nova e Rua Barão do Triunfo, a sede social da Sociedade Protetora do Turfe localizava-s na Rua Andrade Neves, local em que, em reunião ,realizada em dezembro de 1944, foi alterado o nome da Sociedade para o de Jockey Club do Rio Grande do Sul. Presidia a entidade Cneu Aranha.
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1937
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1957
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Solar dos Câmara – Centro Cultural, prédio construído entre os anos de 1818 e 1824, pelo seu primeiro morador, José Feliciano Fernandes Pinheiro, enviado por D. Pedro I, para chefiar as Alfândegas do Rio Grande e Santa Catarina, residência de moradia mais antiga ainda em pé.
A casa tem estilo colonial e foi palco do centro do poder no Rio Grande pois um de seus moradores, o Visconde de São Leopoldo (que casou com a filha de José Feliciano) foi o 1º Presidente da Província Rio-grandense.
Em 1963 o Solar foi tombado pelo Instituto do patrimônio Histórico Nacional - IPHAN.
Atualmente é de propriedade da Assembléia Legislativa funcionando como um anexo da casa e onde também são realizadas apresentações artísticas semanais, através do projeto Sarau no Solar.
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Junto a rua Duque de Caxias, vê-se o trilho do bonde
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Portão do Solar
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Imagem do interior antes da reforma
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Assembleia Legislativa do Estado do RS, rua Duque de Caxias, bairro Centro.
 Prédio mais antigo de Porto Alegre, construído em 1790, abrigou a sede do Legislativo gaúcho de 1835 a 1967, quando o Parlamento foi instalado no Palácio Farroupilha, onde funciona até hoje.
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A chamada Casa Rosada foi construída para sediar a Provedoria da Real Fazenda e passou a abrigar o Conselho-Geral da Província, em 1828, que mais tarde foi substituído pelas Assembléias Provinciais, com ampliação das competências. Sua arquitetura original apresentava apenas um pavimento, com planta regular, segundo o estilo colonial que predominava na época.
Foi neste prédio que aconteceu a sessão de abertura da primeira Legislatura, em 20 de abril de 1835. Naquele ano, em 20 de setembro, o confronto entre o presidente da província, Antônio Fernandes Braga e no deputado Bento Gonçalves da Silva, culminou na invasão de Porto Alegre e o início da Revolução Farroupilha. Durante os 10 anos da Guerra dos Farrapos, o casarão teve períodos em que permaneceu fechado. Somente após a Paz de Ponche Verde, assinada em 1845, é que a Assembléia Provincial voltou a funcionar, com a instalação da segunda Legislatura do Parlamento, em 1º de março de 1846. A sessão foi presidida por Lima e Silva, o futuro Caxias.
Em 1860, o prédio ganhou um 2º piso e seu estilo foi alterado - recebeu influências neoclássicas, mantendo elementos originais da época da construção e passa a abrigar a Junta de Administração e Arrecadação da Fazenda, que emprestou o nome ao prédio.
Entre 1835 e 1967 sediou a Assembléia Legislativa. Ali ocorreu a promulgação da 1º Constituinte Republicana do Estado, em 1891. Com a instituição do Estado Novo, as portas do casarão permaneceram fechadas por quase dez anos. O prédio foi totalmente reformado para receber os novos deputados da terceira Assembléia Constituinte da história gaúcha, instalada em 1947. O casarão foi utilizado pelo Parlamento até a conclusão da nova sede, o atual Palácio Farroupilha, em 1967.
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Prédio mais antigo de Porto Alegre ainda em pé, em 1967 é desativado e a assembléia passa para o moderno prédio em frente.
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A construção da nova sede iniciou em 1965, no local onda estava instalada o Auditório Araujo Vianna
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Museu Júlio de Castilhos – Ex-governador do Rio Grande, Júlio de Castilhos foi o principal líder dos republicanos e simpatizante do positivismo... O casarão do século XIX, da família Castilhos exibe parte da coleção de quase 10 mil objetos como, armas, roupas, utensílios e documentos que auxiliam a entender a intrincada história gaúcha. Acervos da culturqa indígena, das Missões, da Revolução Farroupilha, da Guerra do Paraguai, das correntes migratórias e dos primeiros anos da República Rio-Grandense. No pátio, canhões da Revolução Farroupilha.
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Residência de Julio de Castilhos
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Em Porto Alegre, que em 1880 já tinha um Clube Republicano, a conspiração também correu solta nesse período. O Partido Republicano fundou o seu jornal: “A Federação”, em 1884. Havia tramas até mesmo na Escola Militar onde se publicava o Jornal “A Denúncia”.
Em 1891, o Dr. Júlio de Castilhos fez aprovar uma constituição redigida por ele e se elegeu Presidente do Estado. A carta se baseava nos ideais positivistas do filósofo francês Auguste Comte: - harmonia entre as classes, conciliação dos interesses de capital e trabalho, além do lema “ordem e progresso”, que acabaria na bandeira nacional.
No Rio de Janeiro ao fechar o Congresso, o Marechal Deodoro desagradou a outros grupos militares e foi substituído pelo Marechal Floriano. Aliado de Deodoro, aqui Castilhos também cai. E a confusão política segue até 1893, o Rio Grande do Sul teria sete presidentes.
Em janeiro daquele ano houve nova eleição e Castilhos retornou ao poder, mas as disputas entre elites gaúchas acabariam mesmo em sangue, de fevereiro de 1893 a agosto 1895 dez mil homens se mataram pelo campos do interior na chamada “Revolução da Degola” a Revolução Federalista.
Feita a paz, com a derrota de seus opositores Castilhos continuaria a governar até 1898.
Foi morar em uma bela residência, adquirida através de uma lista de simpatizantes do PRR, na Av. Duque de Caxias onde morreu em 1903. Na mesma casa dois anos depois suicidou-se a viúva de Castilhos, Honorina. Ainda em 1905, o Estado adquiriu o prédio dos herdeiros e ali instalou o museu Júlio de Castilhos tombado em 1982.
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Museu do Banco Meridional, antigo Banco Nacional do Comércio,  Banco Sulbrasileiro, atual Santander Cultural (Rua 7 de Setembro, 1028) – Em prédio neoclássico de 1927, cédulas brasileiras de 1771 até hoje. Trata-se, na real, de um monumento à inflação e à incompetência.
Passado e presente se encontram no prédio do Santander Cultural, um dos mais significativos do centro histórico de Porto Alegre. Tombado pelo patrimônio histórico e artístico estadual, o exemplar eclético de inspiração neoclássica, foi construído na década de 1930. O projeto é de autoria do arquiteto Stephan Sobczak e do escultor Fernando Corona. Sua ocupação está associada à história da atividade bancária no Rio Grande do Sul.
Foi sede do antigo Banco Nacional do Comércio, tradicional instituição bancária gaúcha, e do extinto Sulbrasileiro. Restaurado pelo Santander Banespa para dar lugar ao Santander Cultural, é apontado como obra de restauro exemplar, pela feliz intervenção do arquiteto Roberto Loeb com a parceria de Sole & Associados, que tão bem souberam combinar preservação histórico-artística com conforto arquitetônico e alta tecnologia.
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Década de 20
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Mercado Público (Praça 15 de Novembro – bairro Centro) – De estilo neoclássico (1869); reformado em 1912 e restaurado em 1997. Hoje com lojas de artigos típicos e especiarias, restaurantes, lanchonetes e serviços.
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1880
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1890
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Década de 10
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Docas no cais do porto com Mercado Público ao fundo - 1925
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1909
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Incêndio no Mercado durante a construção do andar superior - 1912
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Vista interna do Mercado Público, Prefeitura e antigo prédio que ficava atras da Prefeitura
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1951
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Terminal Praça XV - Década de 70
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Mercado Público - 1970
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Terminal Praça XV
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Mercado Público - 1970
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Vista aérea, com destaque para o Mercado Público - 1940
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Mercado Livre, bairro Centro, situava-se em frente ao Mercado Público, demolido para instalação da estação do Trensurb.
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Na década de 40 também tinha carroça no centro de Porto Alegre
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Quartel General, e, residência do comandante, de 1775 até 1905, esquina rua da Praia com rua Gal. Portinho, sendo substituido em 1906 pelo novo prédio com a mesma destinação.
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Quartel General do Exército - QG Cupim
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Santa Casa de Misericórdia, bairro Centro, Até início do século XIX Porto Alegre não dispunha de nenhum hospital, e os doentes eram atendidos em seus domicílios ou em dois albergues-enfermarias precários, um administrado por Ângela Reiuna e José Antônio da Silva, e outro construído por volta de 1795 na Praia do Arsenal por José da Silva Flores e Luís Antônio da Silva.1803 - Fundação da Santa Casa
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O prédio histórico da Santa Casa.
Chegando à província o Irmão Joaquim Francisco do Livramento, dado à caridade e já tendo fundado antes a Santa Casa de Misericórdia do Desterro, na Ilha de Santa Catarina, associou-se aos dois últimos benfeitores a fim de criar-se em Porto Alegre instituição semelhante. Como tais Casas de Misericórdia necessitavam de autorização Real para funcionarem, em 3 de abril de 1802 o Senado da Câmara elaborou uma petição ao Príncipe Regente Dom João para que se desse permissão para tal. Um Real Aviso de 14 de maio do mesmo ano foi então expedido pelo Governador da Capitania, Paulo José da Silva Gama, autorizando o início da empreitada, e dando poderes à Câmara Municipal para que elegesse a primeira Mesa Administrativa do Hospital de Caridade de Porto Alegre, a qual foi eleita em 19 de outubro de 1803, escolhendo como Tesoureiro o Capitão José Francisco da Silva Casado, como Escrivão Joaquim Francisco Álvares, e como Procurador Luís Antônio da Silva. No seguinte dia 23 foi eleito como primeiro Provedor o próprio governador Paulo da Gama.
Em fins de 1803 começou a construção da sede, sob direção do Brigadeiro Francisco João Rocio até 1806, ano de sua morte. Os Provedores seguintes, o Marquês de Alegrete e o Conde da Figueira, planejaram alterar a designação do hospital para que atendesse aos doentes militares, o que gerou conflitos internos que prejudicaram a arrecadação de esmolas. Mas em 29 de maio de 1822 o Príncipe Dom Pedro confirmou à Irmandade da Santa Casa as prerrogativas comuns às outras Misericórdias, e assumiu a Provedoria o desembargador Luís Correia Teixeira de Bragança, que participando antes da Junta da Fazenda já defendera os interesses legítimos da Santa Casa contra os desmandos dos Provedores anteriores. Conseguiu concluir as primeiras enfermarias, a cozinha e a capela, e passou a administração ao Visconde de São Leopoldo, que encontrou a instituição em condições de entrar em funcionamento.
Os primeiros doentes foram admitidos em 1 de janeiro de 1826, e em 1837 a Santa Casa passou a cuidar dos infantes expostos, passando a receber subvenção governamental e a posse de todos os terrenos devolutos e aforados da cidade, com as respectivas rendas. Pela Provedoria da Santa Casa passaram diversas figuras ilustres, como o então Barão de Caxias, o Marechal Luís Manuel de Lima e Silva, o Barão de Guaíba, o Barão de Gravataí e o Dr. Ramiro Barcellos.
O Hospital São Francisco, para não-indigentes, foi erguido na administração do Dr. Aurélio de Lima Py, entre 1926 e 1930. A Maternidade Mário Totta foi criada em 1940, e mais tarde outras instituições floresceram do tronco principal da Santa Casa, como o Hospital da Criança Santo Antônio, o Hospital do Câncer e todos os que hoje perfazem o grande complexo hospitalar da Santa Casa de Misericórida de Porto ALegre.
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1826 - Inauguração da Santa Casa
1850 - Fundação do Cemitério da Santa Casa
1884 - Fundação do Hospital São Pedro
1898 - Fundação da Escola de Medicina (UFRGS)
1930 - Inauguração do Hospital São Francisco
1938 - 1º Transplante de Córneas
1940 - Inauguração da Maternidade Mario Totta
1946 - Inauguração do Hospital São José
1951 - Fundação da Escola de Enfermagem São Francisco de Assis
1953 - Inauguração do Hospital da Criança Santo Antônio
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O prédio branco nos altos da colina do morro Santana, a Casa de Caridade, vai se transformar na Santa Casa de Misericórdia - 1870
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Vê-se a igreja São Francisco - 1865
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Casario em frente a praça Dom Feliciano - 1896
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O dirigível Graff Zeppelin passa sobre a Santa Casa de Misericórdia -
19/ 06/ 1934
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Vista aérea da área do complexo Santa Casa, década de 60
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Década de 60
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Década de 1970
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Orfanato Pão dos Pobres de Santo Antônio, bairro Cidade Baixa,
Relato: houve no Estado do Rio Grande do Sul entre 1892 e 1894, uma sangrenta guerra civil de cunho político. Poucos anos antes, o Brasil era governado pelo regime IMPERIALISTA, que regia o país desde a sua descoberta, em 1500. Em 1889, pacificamente, instaurou-se o novo sistema de governo, que perdura até o presente, criando-se a novel REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Para os habitantes do Estado do Rio Grande do Sul, esta passagem não foi tão pacífica assim. Sob o argumento de que a NOVA REPÚBLICA explorava os “gaúchos” com pesados impostos sobre os bens de produção criados no Estado , surgiram dois expressivos grupos dominados ideologicamente por dois posicionamentos: os favoráveis ao governo legítimo e Republicano e os separatistas, que defendiam a separação do Sul do Brasil, criando um país independente. A disputa chamou-se da REVOLUÇÃO FEDERALSITA, também conhecida como GUERRA DA DEGOLA.
Esta guerra fratricida, pois eram gaúchos contra gaúchos, dizimou mais de 20.000 cidadãos, deixando uma esteira de orfandade vergonhosa. O combatentes mortos deixaram viúvas e respectivos filhos órfãos e abandonados à própria sorte.
Neste panorama, surgiram várias iniciativas objetivando amparar as viúvas e dar proteção, educação e profissionalização aos órfãos. A única Instituição a ter sucesso nesta empreitada, subsistindo até hoje, foi o Pão dos Pobres.
Fundada em 1895 por um zeloso sacerdote, Cônego Marcelino Bittencourt, foi tomando forma e êxito com expressivo apoio da sociedade.
O falecimento do Fundador, em 1911, abalou a Instituição e caminhava em franco processo de extinção. Não havia quem quisesse assumir o compromisso de dar-lhe continuidade.
Um veemente apelo feito à Congregação Religiosa dos Irmãos de La Salle pelo Arcebispo Metropolitano Dom João Becker, fez com que esta, em 1916, aceitasse o desafio de dar continuidade à obra provendo subsistência e progresso, sempre atenta à vontade do Instituidor cujo legado pode resumir-se em: acolher crianças pobres, órfãs e morando em ambiências de vulnerabilidade social para: ALIMENTAR-LHES O CORPO, ILUMINAR-LHES A MENTE, EDUCAR-LHES O CORAÇÃO E TREINAR-LHES AS MÃOS (oportunizando-lhes uma profissionalização).
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Casarão da Baronesa do Gravatay, prédio incendiado em 1885, no lugar foi construido o Orfanato Pão dos Pobres em 1890
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Vista aérea do Pão dos Pobres junto a rua Praia de Belas, início séc. XX
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Vê-se ao fundo o prédio que se destaca ao fundo, o Pão dos Pobres
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Usina do Gasômetro, av. Pres. João Goulart, 551, bairro Centro, antiga usina de energia movida a carvão de Porto Alegre – Centro cultural à margem do Rio Guaíba. Uma bela chaminé de 107 metros por onde deverá subir um elevador até o mirante. Em 1928 era usina termoelétrica. Hoje, é um dos pontos culturais mais importantes da cidade, com quatro andares onde se realizam espetáculos, feiras e shows. Tem bar e enoteca.
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Vê-se ao lado o magnífico prédio da Casa de Correção
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Destaque para a chaminé da usina em funcionamento
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Década de 1950
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Década de 1980
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Casa de Correção de Porto Alegre, bairro Centro, construido em 1855 sobre o prédio anterior de 1812, este prédio ficava ao lado da usina do Gasômetro, uma grande perda para o patrimônio público de Porto Alegre, tão importante quanto a Usina do Gasômetro, tanto que a área é conhecida como Ponta da Cadeia, ou Cadeião do Gasômetro, incendiado em 1954, começou a ser desativado com a transferência dos detentos na década de 1960, desativado e demolido para construção da I Perimetral, na década de 1970.
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1864
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Século XIX
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1930
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Casa de Correção - 1960
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Após o incêndio, sem o telhado - 1954
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Sem telhado em desmoronamento
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Ponta da Cadeia
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Asilo da Mendicidade Padre Cacique, bairro Menino Deus, mandado construir pelo Imperador Dom Pedro II.
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1898
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Posto do Avião, bairro centro, posto de gasolina, que ficava na rua Siqueira Campos esquina rua Gal. Câmara, em frente ao atual Santander Cultural e ao lado da Secretaria da Fazenda Estadual.
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1954
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Estação Ferroviária de Porto Alegre, bairro Centro, perda lastimável, para a construção do viaduto da Conceição.
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Primeira estação Ferroviária de Porto Alegre de 1874 à 1898, ligação Porto Alegre à São Leopoldo - 1876
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Localizava-se, A ESTAÇÃO: A estação original de Porto Alegre era um prédio de madeira, igual ao de São Leopoldo original, e foi inaugurada em 1874 para atender à linha Porto Alegre-São Leopoldo, aberta nesse ano. Ficava, segundo Attila do Amaral, num terreno a beira do rio Guaíba, situado entre a rua Voluntários da Pátria e a atual avenida Julio de Castilhos e entre as ruas da Conceição e a atual Dr. Barros Cassal. O prédio, idêntico ao de São Leopoldo, chegou da Inglaterra pré-fabricado, mas foi com certeza montado depois de 1874, pois havia uma dúvida quanto ao real ponto em que ela seria instalada. Por isso, é certo que na inauguração do primeiro trecho, em 1874, o trem partiu de uma plataforma provisória de madeira, construída às pressas, num ponto da Voluntários da Pátria que pode não ter sido o mesmo da construção final do prédio. Ele acabou sendo demolido em 1898
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Século XIX
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Construção do Castelinho em 1898
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Segunda Estação da Viação Férrea do Rio Grande do Sul - 1922, conhecida como Castelinho, inaugurada com a ligação de Porto Alegre a Novo Hamburgo
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Foi Estação Ferroviária de Porto Alegre de 1910 à 1969
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Antiga Estação Ferroviária em frente ao edifício Ely - 1960
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Obras 1969 e inauguração em 1972 dos Viadutos e Túneis da Conceição, maior obra viária da década de 60/70 de Porto Alegre, vê-se ao fundo ainda a antiga Estação Ferroviária, os muros com os trens, que nesta época já era utilizada como Estação Rodoviária.
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Viaduto da Conceição década de 70, ao fundo edificio Ely
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Galpões do trens junto a av. Castelo Branco - 1983
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Trem Húngaro/ Minuano de passageiros
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Terceira Estação Provisória inaugurada em 14 de abril de 1970, na rua Voluntários da Pátria, 1358. A foto mostrada de 1972 com o Minuano, abaixo, já mostra a plataforma da terceira estação - ver mais abaixo no texto. A partir da desativação do Castelinho, os trens para Uruguaiana e os de subúrbio para São Leopoldo passaram a partir de uma estação um pouco mais adiante, construída num prédio da RFFSA entre as avenidas Castelo Branco e a rua Voluntários da Pátria, perto da esquina da rua Garibaldi. Isso, até a inauguração da linha da TRENSURB.
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Última Estação Ferroviária de Porto Alegre de 1970 à 1983 junto a Av. dos EstadosEm 10/03/1983, quando a terceira estação também foi desativada, os trens passaram a sair de Diretor Pestana, quase em Canoas e próxima ao aeroporto e na entrada da cidade para quem vem do interior do Estado. Aloyzio Achutti, em um artigo de 1996 no jornal Zero Hora, afirma que viu desativar a Ildefonso Pinto, "junto ao mercado", (nota: veja-se aqui alguma confusão entre as estações de Ildefonso Pinto e de Porto Alegre) e, a seguir, "empurraram-na, roubando-lhe adornos dos tempos gloriosos", para um pouco mais adiante, na rua Voluntários da Pátria, e, "mais tarde" (1984) a viagem do trem para Santa Maria parava em Diretor Pestana. A terceira estação, a de 1970, também foi demolida,
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Estação Ildefonso Pinto, a estação de Ildefonso Pinto foi construída e inaugurada em 1927 para ser a estação inicial da ferrovia Riacho-Tristeza, que já existia desde o final do século XIX e que, a partir desse ano, passou a se iniciar na nova estação. Esta por sua vez foi interligada também à linha da VFRGS, de forma que alguns trens para o interior partiam desta estação e dali seguiam para a estação central de Porto Alegre. Pouco depois, nos anos 1930, a pequena ferrovia foi desativada, mas Ildefonso Pinto seguiu funcionando para a VFRGS. Ficava na esquina da avenida Borges de Medeiros com a avenida Mauá. Em 1972, foi demolida. (Fonte: Olyr Zavaschi, em artigo publicado no jornal Zero Hora em 15/05/2004)
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Década de 50
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Década de 50
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Década de 60
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Década de 60
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Estação Rodoviária de Porto Alegre, bairro Centro, inaugurada em 1970, era a  mais moderna da América Latina, existiam grandes TV's P/B junto aos relógios da Masson que continuam lá, onde toda a cidade ia ver a obra e TV, Porto Alegre foi a primeira cidade a organizar o sistema de viagens interestaduais, fazendo a 1ª rodoviária do Brasil em 1930.
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Antiga rodoviária na rua da Conceição com a av. Julio de Castilhos
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Em obras - 1965
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Terminal de Embarque - década de 80
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Viaduto Otávio Rocha, bairro Centro, maior construção da época, feito para ligar a rua Duque de Caxias, e deixar a av. Borges de Medeiros liberada para integração da cidade com os novos caminhos abertos, uma obra maravilhosa.
Durante a 2ª Guerra Mundial, em caso de bombardeio, seria embaixo das escadarias os bunquer de proteção da população.
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Projecto Ithaqui Engenharia
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Abertura do morro 
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Av. Borges de Medeiros esquina rua Demétrio Ribeiro - 1932
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Viaduto Otavio Rocha em obras lado sul - 1932
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Obra concluída no lado sul, até a rua Fernando Machado
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Ainda sem o Hotel Everest, no lugar a maravilhosa mansão
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Ainda sem os prédios altos do entorno - 1940
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1944
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Já aparecem os primeiros prédios - 1950
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O Viaduto já utilizado com terminal de ônibus - década de 50
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Rua Santana, bairro Santana.
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Vista aérea da Rua Santana, diante do Colégio Militar de Porto Alegre
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Ponte da Azenha, a primeira ponte constrida em 1777, foi destruida várias vezes pelas enchentes constantes do arroio Ipiranga, em 23 de julho de 1897 a ponte foi totalemnte destruida, sendo necessário a construção de uma nova mais reforçada, a atual ponte só foi construída em 1935 por ocasião do centenário da Revolução Farroupilha, mas só foi entregue em 1936, é considerada de importância histórica devido ao fato de que na noite de 19 de setembro de 1835, quando a cidade era uma pequena vila de 14 mil moradores, aproximadamente duzentos farroupilhas acamparam no bairro, vindos da cidade de Guaíba liderados por Gomes Jardim e Onofre Pires, tinham como objetivo invadir a capital, ocorrendo um confronto nesta ponte (Combate da Ponte da Azenha).
A ponte que então havia era conhecida como do Chico da Azenha, pois havia um moinho de trigo movido a água de propriedade de um Francisco Antonio da Silveira, lá desde 1777. Esta ponte fazia passagem entre o sul da capital (onde estavam os moinhos de trigo) e o centro, acessando pelo leito da atual avenida João Pessoa até a Praça do Portão no centro da cidade.
Os farroupilhas ocuparam a cidade, perdendo-a logo após para o exército Imperial, tornando Porto Alegre "Mui Leal e Valerosa" pelo Imperador Dom Pedro II.
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Ponte da Azenha com o arroio Ipiranga já canalizado - 1951
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Travessia Regis Bittencourt , também conhecida como Ponte do Guaiba, liga Porto Alegre ao sul do estado pela BR 116.O complexo de quatro pontes que compõem a Travessia Régis Bittencourt é um dos maiores do Brasil. Ligando Porto Alegre a Eldorado do Sul, tem cerca de 13 km de extensão e passa por quatro ilhas. O primeiro trecho, carinhosamente chamado de Ponte do Guaíba, tornou-se um verdadeiro símbolo da Capital.
A cena faz parte da rotina de Porto Alegre: de cinco a seis vezes por dia, o trânsito de veículos na Ponte de guaíba é interrompido para o içamento do vão móvel, dando passagem às embarcações. Após 20 minutos, o fluxo é retomado normalmente. A ponte, inaugurada em 28 de dezembro de 1958, pelo então Governador Leonel de Moura Brizola, foi a primeira do Brasil a ser construída em concreto protendido, que, em vez de usar ferros, como o concreto armado, utiliza aços especiais que permitem vãos maiores.
Antes da construção da ponte, a travessia era feita em barcas pertencentes ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), que partiam da Vila Assunção, na Zona Sul da Capital, levando, até a margem oposta, cerca de 600 veículos e mais de mil pessoas por dia. A viagem demorava pelo menos 20 minutos e ainda outros 40 para as operações de embarque e desembarque.
Em 1953, quando o sistema de barcas já dava sinais de saturação, começou a ser discutida uma nova alternativa. Entre as possibilidades, estavam uma ponte a partir da Vila Assunção, uma ponte ou túnel sainda da Ponta da Cadeia (na Usina do Gasômetro) e uma ponte que aproveitasse as ilhas do Guaíba, a qual acabou sendo escolhida. O projeto foi elaborado na Alemanha e remetido ao Laboratório d’Hidraulique, em Grenoble, na França. Lá, foi montado um modelo do Delta do jacuí no chão de um pavilhão medindo 30m x 40m, reproduzindo, inclusive, a inundação de 1941, e os efeitos de uma cheia à ponte. Por mérito dos projetistas alemães, foi calculado que, em 35 anos, o movimento exigiria sua duplicação. Foi então construída já com o dobro da capacidade de tráfego, demandando 8 anos de trabalho. O governo federal liberou os recursos para que o Daer administrasse a obra, cujos trabalhos ficaram a cargo da construtora porto-alegrense Azevedo, Bastian e Castilhos (ABC).
Passadas mais de quatro décadas, a Ponte do Guaíba teve de ser adaptada a uma nova realidade, com o fluxo médio de 30 mil veículos por dia e com importância estratégica para o Mercosul. Para isso, passou por uma profunda reforma, com a substituição de cabos, roldanas e motores que promovem o içamento do vão, reforma da fachada e pintura.
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Curiosidades em números:
- A Travessia Régis Bittencourt atravessa quatro ilhas: Grande dos Marinheiros, do Pavão, das Flores e Pintada. Elas abrigam uma população de 15 mil pessoas.
- A ponte sobre o Lago Guaíba tem 777m de comprimento. Suas torres de levantamento possuem dimensões de 4m X 4m com superfícies arredondadas na parte externa. São peças ocas com 25cm de espessura de parede e altura de 48m até a base. A posição mais elevada do tramo metálico fica à altura de 40m, e a mais baixa, de 13,5m, permitindo a passagem de barcos relativamente grandes. A distância transversal livre entre as torres é de 18,6m, e a longitudinal, de 51,8m.
- O vão móvel tem 58 mts de comprimento e pesa 430 toneladas. A elevação é feita por dois motores e equilibrada pelos contrapesos que ficam nas quatro torres.
- A ponte sobre o Canal Furado Grande, com 344 mts de comprimento, dá passagem a embarcações de pequeno porte.
- A ponte sobre o Saco Alemoa, com comprimento de 774 mts, atravessa uma baía não-navegável do Delta.
- A ponte sobre o Rio Jacuí tem comprimento de 1.756 mts e um gabarito de navegação de 50 mts de abertura livre por 20 mts de profundidade.
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Ainda sem a av. Castelo Branco - 1957
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Construção dos acessos para a BR 209, década de 60
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Inauguração da Ponte em 1958
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Auditório Araujo Vianna, bairro Centro, foi construido em 1927, estava instalado na praça da Matriz, foi transferido para o Parque Farroupilha, para construção da nova sede do legislativo estadual em 1963.
A área da Praça da Matriz pertencia aos senhores Antonio Alencastro e Vigário José Inácio. Na parte pertencente ao Vigário José Inácio surgiu a Companhia Hidráulica Porto-Alegrense e na parte pertencente a Antonio Alencastro existiu a Sociedade Bailante, onde, depois funcionou o Arquivo Público do Estado. Nesse local é que foi erguido o primeiro Auditório Araújo Viana.
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José de Araújo Viana, músico porto-alegrense, nascido em 10 de fevereiro de 1871 e falecido no Rio de Janeiro em 2 de novembro de 1916.
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Magnífico Auditório
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O conjunto Auditório, a céu aberto, era constituído de uma concha acústica e uma série de bancos em fileiras. Ao lado, havia um caramanchão coberto por plantas trepadeiras.
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Magnífico, junto ao Theatro São Pedro - 1927
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A administração Otávio Rocha com sua visão modernista da cidade, abriu a Avenida Borges de Medeiros e fez a remodelação do centro. Por sugestão do seu amigo e médico Dr. Pereira da Silva (que tinha conhecido em suas viagens pela Alemanha um auditório aberto com concha acústica e do qual tirou fotografias) inspirou a construção de algo semelhante aqui. O projeto foi encomendado a José Wiederspahn e Arnaldo Boni.

Banda Municipal de Porto Alegre (criada em 1925) não tinha sede, é provável que isto tenha sido mais um motivo para a construção do auditório que se tornou a casa da nossa banda.
Às vinte horas do dia 19 de novembro de 1927 foi inaugurado o auditório com capacidade para 1200 pessoas e com a presença do Presidente do Estado, Dr. Borges de Medeiros.
A Banda Municipal de Porto Alegre foi fundada em 1925 pelo Intendente Otávio Rocha, que encarregou os professores José Acorsi e José Andrade Neves de organizarem uma banda dentro dos moldes europeus. Seu primeiro regente, José Leonardi, foi trazido da Itália, e era formado pelo Conservatório de Palermo. Os componentes, entre os quais diversos músicos italianos e argentinos, prestaram concurso para integrarem a Banda. Inicialmente o conjunto tinha sessenta figuras, representando todas as famílias de instrumentos usados nas grandes bandas, estes músicos mais tarde deram origem também a OSPA-Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

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Apresentação noturna da Banda Municipal, nesta noite tocava Mozart
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A estréia deu-se no Teatro São Pedro, em 13 de junho de 1926 e, posteriormente, as apresentações passaram também a ser realizadas nas praças públicas, e no primeiro Auditório Araújo Vianna, então localizado onde se encontra hoje a Assembléia Legislativa.
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1963
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Auditório
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1944
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No dia 13 de outubro de 1960 foi lançada a pedra fundamental do novo Auditório Araújo Viana, no Parque Farroupilha, em frente da Avenida Osvaldo Aranha. Em 12 de março de 1964 o novo Araújo Viana foi inaugurado pelo então prefeito Sereno Chaise.
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Projeto do auditório Araujo Viana de Carlos M. Fayet e Moacyr Moogen Marques - 1960
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Araujo Viana - década de 70
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Auditório Araujo Vianna com a cobertura de lona - década de 90
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Os 500 bancos do antigo auditório na praça da Matriz foram espalhados por toda a cidade em praças e caminhos.
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Brique da Redenção (Avenida José BonifácioParque Farroupilha, Parque da Redenção, Várzea da Redenção; domingo das 10h/16h) – feira com objetos antigos, artesanato e artes plásticas.
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Parque Farroupilha, chafariz Imperial, inaugurado por D. Pedro II, em sua passagem por Porto Alegre, vindo da Guerra do Paraguay, em ferro fundido vindo da França do Haute Marne em 1866 , transferido da Praça Parobé após a enchente de 1941, ao fundo o Colégio Militar.
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Colégio Militar nos Campos da Redenção - 1888
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Colégio Militar na Redenção - 1910
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Colégio Militar inicio século XX
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Pátio interno - 1936
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Várzea da Redenção, Parque da Redenção - 1909, vê-se em primeiro a Escola de Engenharia da UFRGS, neste campo ao fundo existia a Praça de Touros
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Chafariz Imperial, Recanto Europeu
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Parque da Redempção
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Passeios de barcos no Lago da Redenção
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Mini Zôo
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Recanto das Garças
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Recanto Oriental
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Ponte em arco, Recanto Oriental - 1967
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Parque Farroupilha, década de 70
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Mata Borrão, bairro Centro, construido na década de 60 o pavilhão de Exposições do Governo do estado do Rio Grande do Sul, do arquiteto Marcos DavidHeckman, edifício em forma que o apelido indica, todo construido em madeira. Em vista aérea era facilmente identicado entre os edifícios do Centro, por seu telhado curvo e brilhante, uma perda para Porto Alegre, este prédio seguia linhas do museu em Curitiba, do arquiteto Oscar Niemayer, demolido e construido um edíficio de vidro comum no lugar.
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Fachada de vidro
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Localização do Mata Borrão no centro de Porto Alegre
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Museu de Ciência e Tecnologia da PUC (Av. Ipiranga, 6681, bairro Partenon – Campus da PUC-RS) – Espaço interativo onde o visitante conhece os fundamentos da ciência e diversas invenções por meio de 600 experimentos e objetos expostos numa área de 12.500 m².
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Terreno do futuro Campus da PUC na em frente ao arroio Ipiranga
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Campus PUC - 1968
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Museu Joaquim José Felizardo (Rua João Alfredo, 582 – Cid. Baixa) – Objetos e fotos antigas da cidade. O Solar Lopo Gonçalves é um prédio histórico de Porto Alegre, construído provavelmente entre 1845 e 1855, numa chácara com fundos à Rua da Margem (atual João Alfredo), no bairro Cidade Baixa, para servir como residência da família de Lopo Gonçalves Bastos, nascido na freguesia de São Miguel de Gêmeos de Bastos, em Braga, Portugal, em 1800.
Lopo Gonçalves manteve vários negócios de comércio na cidade e parte da casa servia de senzala para os seus muitos escravos. Também desempenhou atividades filantrópicas, além de ter sido político, exercendo a vereança por dois mandatos e como suplente um terceiro período. Faleceu em 7 de novembro de 1872.
Com a progressiva urbanização da cidade, a chácara foi reduzindo em tamanho, mas manteve a produção. Em 1946, o Solar foi adquirido para servir de instalação de parte da fábrica de velas do arquiteto, empresário e político José Albano Volkmer. Em 1966, o Serviço de Assistência e Seguro Social dos Economiários (SASSE) adquiriu o solar, para construir um núcleo residencial para seus associados. Para tanto, solicitou à Prefeitura a demolição do Solar e a abertura de um logradouro que dividiria a propriedade, o que foi indeferido pelo Conselho do Plano Diretor e Divisão de Urbanismo.
Em 1979 foi efetuada a permuta do solar entre a prefeitura e o IAPAS (extinto SASSE). O prédio foi tombado em 21 de dezembro de 1979. Em 1980 tiveram início as obras de restauração do solar, que foi inaugurado em 1982 e para onde transferiu-se o Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo.
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Museu de Ciências Naturais – Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. A idéia de organizar um Jardim Botânico em Porto Alegre é bastante antiga. A primeira pessoa a pensar sobre o assunto foi D. João VI que era um grande admirador das plantas. Graças a sua iniciativa foi criado o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um dos mais antigos do País. Com o objetivo de estimular a criação do Jardim Botânico de Porto Alegre, D. João chegou a enviar alguns exemplares para o Rio Grande do Sul. Infelizmente estas mudas não passaram do município de Rio Grande, onde algumas foram plantadas. Lembrança viva deste fato é o eucalipto histórico que ainda existe na cidade.
Anos depois, o agrônomo Paulo Schoenwald doou terras ao Governo do Estado para que fosse criado um Jardim Botânico. Essa iniciativa não foi compreendida na época e o projeto caiu no esquecimento.
Na década de 30 o professor e agrônomo Gastão de Almeida Santos iniciou um Jardim Botânico no bairro da Azenha. Também este projeto tornou-se inviável devido à pressão da expansão urbana naquela área.
Em 1953 foi aprovada a lei nº 2136 que alienava algumas chácaras situadas na capital, numa área total de 81 ha. O 2º parágrafo desta lei estabelecia que, da área total, seria reservada uma porção não inferior a 50 ha para a criação de um parque de recreio ou Jardim Botânico. Para dar cumprimento a esta lei, o então Governador do Estado Ildo Meneguetti, através do secretário de obras publicas, Major Engenheiro Euclides Triches, criou uma comissão com o objetivo de estudar a melhor maneira de aproveitar a área e criar o Jardim Botânico. Participaram desta comissão o Dr. Say Marques, Deoclécio de Andrade Bastos, Senador Men de Sá, Professor Alarich Schultz, Professor Padre Balduino Rambo, Curt Mentz, Professor Edwaldo Pereira Paiva, Professor F. C. Goelzer, Doutor Guido F. Correa, Doutor Nelly Peixoto Martins, Doutor Paulo Annes Gonçalves, Doutor Ruy B. Krug e Professor Irmão Teodoro Luis. Em 26 de outubro de 1956 a comissão apresentou o anteprojeto inicial do Jardim Botânico. O Irmão Teodoro Luis foi indicado pelo secretário de Obras e nomeado pelo Governador do Estado para dirigir os trabalhos de implantação do Jardim Botânico.
Dois anos depois, em 10 de setembro de 1958, o Jardim Botânico foi aberto ao público. Nessa data, as coleções vivas de plantas do jardim Botânico eram formadas pelo Palmaretum, Coniferetum e uma seção de suculentas com espécies de cactáceas, agaváceas e crassuláceas. Como boa parte da coleção de coníferas foi doada por Kurt Mentz, membro da comissão, o Irmão Teodoro Luis Sugeriu o nome de Mentz Arboretum a esta coleção.
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Este prédio era para ser inatada a TVE de Porto Alegre, mas os equipamentos da época não couberam no predio - Década de 80
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Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, bairro Centro.
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Localização dos prédios do Instituto, futura UFRGS
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1920
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Década de 10
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Quateirão universitário - 1928
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Instituto Astronômico
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Escola de Engenharia início do século XX
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Castelinho
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Ginásio Julio de Castilhos
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Faculdade de Direito
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Faculdade de Direito - 1970
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Instituto Borges de Medeiros - Avenida Bentos Gonçalves, década de 20
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Escola de Agronomia 1927/28
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Faculdade de Medicina - 1934
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Década de 50
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Escola de Engenharia - 1960
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Construção do Planetário, junto a av. Ipiranga - 1971
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Evento: Semana Farroupilha: 13 a 20 setembro. A maior data do Rio Grande do Sul, shows de música e danças, comidas típicas, acampamento, desfile tradicionalista.
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Primeira Exposição na Várzea da Redenção - 1901
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Vista da Feira Estadual que foi realizada ao lado da Escola de Engenharia da UFRGS, vê-se o Velódromo, a Praça de Touros, e o campo da Redenção ao fundo.
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Visita do Governador Borges de Medeiros, o Arcebispo de Porto Alegre Dom Claudio Ponce de Leon e comitiva a Exposição Estadual de 1901, esta primeira feira estadual deu origem a atual Expointer
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Vista aérea da Exposição do Centenário da Revolução Farroupilha - 1935
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Exposição Centenário da Revolução Farroupilha, campos da Redenção, vista aérea - 1935
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Pórtico de entrada da exposição - 1935
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Visita do Presidente Getulio Vargas (de cartola ao centro) e comitiva a exposição - 1935
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Prédio do Cassino
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Interior do Cassino, nota-se o luxo da época
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Lago com barcos, lago que ficará após a feira para a instalação do Parque Farroupilha, pavilhão ao fundo do estado de São Paulo
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Procissão dos Navegantes, festa em homenagem a N. Sra. dos Navegantes, imagem trazida de Portugal, Procissão mais tradicional da cidade,  todo o dia 02 de fevereiro, uma parte pluvial da igreja do Rosário a igreja dos Navegantes no bairro do mesmo nome.
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N. Sra. dos Navegantes
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Década de 30
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1960
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Estádio Beira Rio, estádio do Sport Club Internacional, o estádio Beira-Rio foi construído literalmente em cima da água. A área do estádio foi totalmente aterrada. Em 12 de setembro de 1956, o vereador Ephraim Pinheiro Cabral (que já tinha sido presidente do clube), apresentou um projeto de doação de um terreno que seria posteriormente aterrado, a construção é iniciada sómente em 1959.
O estádio é construido na beira do rio Guaíba, após alguns anos o restante é aterrado sendo criada a Avenida Edvaldo Pereira Paiva (ou Av. Beira-Rio).
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Estádio dos Eucalíptos, abrigou na Copa do Mundo de 1950 dois jogos internacionais
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Estádio dos Eucalíptos em dia de jogo
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Construção do estádio Beira Rio
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Estádio em obras
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Família ao lado do estádio em 1960, nesta época o Guaíba chegava ao estádio
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1975
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Estádio Olímpico, 1º Pavilhão do Grêmio Foot-ball Porto Alegrense, no bairro Moinhos de Vento.
O primeiro campo do Grêmio foi a Baixada do Moinhos de Vento, também conhecido como campo da baixada, que custou 10 contos de réis. A compra foi negociada pelo dirigente Augusto Koch e sua inauguração foi dia 4 de Agosto de 1904. Situava-se entre as atuais Ruas Mostardeiro e Dona Laura, em 1904 era o maior estádio do Brasil. O Grêmio permaneceu na Baixada até 1954.
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Campo da baixada - segundo pavilhão
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Primeiro pavilhão do Grêmio - 1912
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Jogo no Estádio da Baixada
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Inicio da obra na Azenha
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Novo estádio no bairro Azenha - 1954, Estádio Olímpico, o estádio do Grêmio demorou para ser concluído. Sua inauguração foi em 19 de setembro de 1954, contava apenas com uma parte do anel superior, como consta na foto.
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Ampliação do Estádio Olímpico,
 O anel superior só viria a ser concluído na metade de 1980. Nessa época é que sua nomenclatura passa de Estádio Olímpico para Estádio Olímpico Monumental.
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 Esporte Clube Cruzeiro, fundado em 1913, O belo Pavilhão do Estádio do Cruzeiro, a "Colina Melancólica" (ficava junto ao Cemitério da Santa Casa, onde hoje está o Cemitério João XXIII, o que motivava o título melancólica).
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Esporte Clube São José, o "Zequinha", fundado em 1913, no Passo da Areia, ainda em atividade, e de volta à divisão principal, disputando o Campeonato Nacional da Série C, em 2010. Possui um belo estádio na avenida Assis Brasil, junto ao IAPI. Depois de ter transitado por divisão inferior, voltou as primeiras divisões.
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Grêmio Sportivo Força e Luz, fundado em 1921, clube da Companhia de Força e Luz, que fornecia energia elétrica para a Cidade, antecessora de muito tempo da atual CEEE, e tinha o seu "Estádio da Timbaúva" ali no bairro Bom Fim, próximo do Hospital de Clínicas. Lamentavelmente, o que sobrou do querido Força e Luz, ou seja, o seu estádio, vai – ou já foi, recentemente – à venda para dar lugar a um grande condomínio. Aos poucos os marcos importantes da história da nossa Cidade vão sendo apagados, deixando na lembrança dos mais velhos as gratas recordações que, estas sim, permanecem, pelos menos enquanto estes existirem.
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Grêmio Esportivo Renner, fundado em 1931, no bairro Navegantes.
O Renner em 1954 conquistou o Campeonato Gaúcho e foi o time base da Seleção Gaúcha no Campeonato Nacional. Um dos seus grandes ídolos, na época, foi o Breno, que terminou ficando famoso nacionalmente por ter sido o ator principal do filme "Orfeu do Carnaval". Esse filme foi premiado com Palma de Ouro. O simpático time do Grêmio Esportivo Renner, quase imbatível no "Waterloo", como os seus torcedores chamavam o "Estádio Tiradentes", que ficava ali na Avenida Sertório, esquina da Avenida Farrapos, fechou em 1958 e não voltou mais.

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Nacional Atlético Clube, o "Ferrinho", fundado em 16 de abril de 1937, ficava no Menino Deus, o Supermercado Nacional, na avenida José de Alencar, pouco antes da avenida Getúlio Vargas, ali era a "Chácara das Camélias", o Estádio do Nacional Atlético Clube. O Nacional era o clube dos Ferroviários e durante muitos anos competiu com a dupla Gre-Nal e os demais co-irmãos pelos campeonatos da Cidade e, depois, Gaúcho. 

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Não deixe de experimentar o churrasco e o chimarrão, símbolos da cultura gaúcha, e de conhecer o cartão-postal de Porto Alegre: o Pôr-do-Sol no Rio Guaíba.
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Realize um passeio de barco pelo Rio Guaíba e Delta do Jacuí (com uma hora de duração), através dos barcos: “Cisne Branco” (saídas da Avenida Mauá, 1050; em frente à Secretaria da Fazenda Estadual) e “Noiva do Caí” (saídas da Usina do Gasômetro), por exemplo.
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Vista de Porto Alegre - 1888
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Vista do Centro - 1888
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Guaíba e o cais do porto no início do século XIX
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Rio Guaíba e Delta visto das torres da Igreja das Dores - 1896
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Praia do Riacho, atual rua Washington Luiz
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Lavadeiras na beira do Rio Guaíba - 1910
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Ilhas do Delta
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Ilha das Pedras Brancas, antiga ilha da Pólvora e ilha do Presídio, junto ao rio Guaíba, entre Porto Alegre e a cidade de Guaíba, em direção a zona sul de Porto Alegre.
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Ilha das Pedras Brancas, conhecida como ilha do presídio
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Construções no início do século XX
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Clubes de Regatas, o primeiro clube de regatas em porto Alegre foi o Ruber Club, conhecido como Clube de Regatas Porto Alegre.
O remo gaúcho é geralmente considerado o pioneiro do Brasil. A introdução do esporte no Rio Grande do Sul deveu-se à iniciativa da colonização germânica. Isso ocorreu no ano de 1888, ainda durante a Monarquia. Também em nosso Estado, o remo foi praticado antes mesmo da fundação do Ruder-Club Porto Alegre (1888), pois em 1865, um grande acontecimento entrou para a história do desporto gaúcho com a realização de uma regata verdadeira, quando da passagem de S.M. o Imperador Pedro II, pela cidade de Rio Grande, em visita ao Rio Grande do Sul, no início da Guerra do Paraguai. Então, na cidade marítima, foi o Monarca homenageado com a realização da chamada "Regata Imperial", assistida pelo nosso soberano. Na mesma, triunfou a "guarnição dos hamburgueses", capitaneada por Félix Kessler. Os vencedores receberam das próprias mãos de Dom Pedro II, ricas medalhas de ouro e finas faixas bordadas com fitas douradas, com a inscrição "Regata Imperial". Existem registros da disputa de provas em 13 de maio de 1888, na Enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, capital do Império, com a participação das guarnições da escola Militar e Naval, que passou a ser chamada de “Regata da Abolição”. Mas, oficialmente, somente em 5 de junho de 1898 foi realizada a primeira regata no Rio de Janeiro.
A entidade que controla o remo no Brasil é a Confederação Brasileira de Remo e tem como filiadas os estados do Amazonas (AM), Bahia (BA), Brasília (DF), Espírito Santo (ES), Pará (PA), Paraíba (PB), Paraná (PR), Pernambuco (PE), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Norte (RN), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), São Paulo (SP) e Sergipe (SE).
A Confederação Brasileira de Remo foi fundada em 25 de novembro de 1977 e a sua sede é na cidade do Rio de Janeiro. Inicialmente o remo no Brasil era controlado pela Confederação Brasileira de Desportos, cuja fundação e estruturação teve importante participação da Federação de Remo do Rio Grande do Sul.
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Os principais clubes de remo do RS:  Clube de Regatas Guaíba Porto-Alegre - GPA e Grêmio Náutico União (RS).
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Sede do Ruber Club junto ao cais do porto
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O remo no Rio Grande do Sul
O pioneiro: RUDER-CLUB PORTO ALEGRE
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A 21 de novembro de 1888, seria fundado na capital do Rio Grande do Sul o Ruder-Club Porto Alegre, ("Ruder" é remo em alemão), especificamente para o esporte náutico, nos moldes do então praticado na Alemanha. Essa agremiação subsistiu e integra o atual Clube de Regatas Guaíba-Porto Alegre (GPA), o qual por isso detém o título de "mais antigo do Brasil".
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A idéia de fundar um clube dedicado ao remo em Porto Alegre partiu do jovem Alberto Bins (depois grande industrial e prefeito de Porto Alegre) que veio a conhecer o esporte em uma viagem à Europa. Tendo liderado a fundação da agremiação, considerado o instituidor do Remo no Rio Grande do Sul.
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Primeira sede do Grêmio Náutico União, fundado em 1904
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Veraneio nas praias do Guaíba, os portoalegrenses construiram casas de veraneio em toda a orla do rio Guaíba, onde iam com a familia nos verões muito quentes de Porto Alegre, geraram várias praias e motivos para saudade, como Assunção, Pedra Redonda, Ipanema, Belém Novo.
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Praia da Pedra Redonda
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Praia da Pedra Redonda, início do século XX
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Praia junto as ilhas do Delta do Jacuí durante estiagem do rio Guaíba - década de 90
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Aterros do Rio Guaíba , para expansão da cidade, a idéia do Prefeito Loureiro da Silva era apenas fazer uma avenida ao longo da margem do rio, para facilitar o trânsito e valorizar a Zona Sul, como área residencial, conservando-se assim, a então maravilhosa enseada, com o esmerado lavor que Deus lhe dera, sobretudo desde o Cristal até a outrora donairosa Praia de Belas.
Terminaram fazendo um aterro “holandês”, o que corresponde a uma caríssima, antinatural e inflacionária “fabricação” de terra firme, em prejuízo do rio Guaíba, e, principalmente, da paisagem, isto num lugar em que pode faltar tudo, menos terra
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Aterro para construção do Joquey Clube, da Ponta do Dionísio a Ponta do Melo
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Aterro junto a Rua Praia de Belas
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Aterro contra a rua Voluntários da Pátria, para ampliação do porto
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Cais do Porto, para por cobro a essa impertinente mania do rio Guaiba de inundar as margens do Centro da Capital o Governo do Estado passou a estudar a possibilidade de detê-lo com um grande e monumental cais. E assim Borges de Medeiros, em meados de 1911, iniciou esse porto que hoje temos. Vários foram os formatos do Cais do Porto de Porto Alegre. nota-se que do lado do rio, tanto na Rua Voluntários, como na Rua Sete de Setembro, há um grande número de trapiches que se estentem pelo rio. Estes servem de cais particulares para as casas e indústrias da região descarregarem ou embarcarem mais rapidamente suas mercadorias. Em certa época, segundo os cronistas, somavam quase cem trapiches pela orla do rio, requerendo-se que a administração municipal fizesse algo para disciplinar a circulação de pequenas, médias e grandes embarcações. Assim no final da década de 1910, inicia-se a construção do cais do Porto da Avenida Mauá. Sobre esses trapiches, Buccelli escrevera em seu diário:

“... são grandes armazéns construí­dos junto ao cais, onde houver, ou às pontes de madeira construídas sobre palafitas, que avançam da praia até o ponto onde a profundidade da água permite ao navio manter-se à superfície. Na maio­ria das vezes servem de depósito temporário de produtos importados ou para exportação e de en­trepostos alfandegários. Por isso, estão sempre cheios de todo o tipo de comestíveis, embalados nas formas mais diversas ou ensacados, formando verdadeiras pirâmides que chegam ao teto.”
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Cais Alfândega - construido em 1806, trapiche Guardamonia - 1892
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Trapiche Guardamonia
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1892
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Docas junto ao Mercado Público - 1892
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Cais junto ao Mercado
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Década de 20
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Cais Mauá, década de 30
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Cais Mauá, destaque para igreja das Dores - década de 50
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Cais Navegantes, sendo aterrado junto a rua Voluntários da Pátria - 1950
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Cais Mauá - 1953
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Escadarias junto a av. Mauá e Mercado Livre -  dez 1960
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Cais Mauá junto ao Mercado Livre - década de 60
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Pórtico do Cais do Porto, entrada da cidade.
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Vê-se a Av. Sepúlvida
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Estaleiro Só S.A., foi o maior estaleiro da capital, e um dos maiores do Brasil.
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Pontal do Estaleiro
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Enchente do rio Guaíba de 1941, maior catástrofe natural em Porto Alegre.
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Av. Borges de Medeiros
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Centro de Porto Alegre inundado, nota-se os prédios do Mercado Público, Intendência e edifício Guaspari - 1941
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Centro de Porto Alegre inundado, praça da Alfândega - 1941
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Praça da Alfândega
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Área do Mercado Público
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Praça Barão do Rio Branco
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Praça da Alfândega - 1941
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Hotel Majestic e Praça XV - 1941
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Arroio Dilúvio, Riacho Sabão, Riacho, Riachinho, maior rio de Porto Alegre com extensão de 17 km, na verdade é um arroio.
O prolongamento da “Praia do Arsenal” (atual rua Gen. Salustiano) na direção do sul, era constituído pela “Praia do Riacho”. O “Riacho” era a denominação dada ao “Arroio Dilúvio”, pois, um dos seus braços atravessava a antiga “rua Larga”, hoje rua Santa Cecília. Pois o “Riacho” ia desembocar no Guaíba naquelas alturas. Outrora o local era bastante aprazível. Ao cair da tarde, grupos de moças e rapazes desciam a “Lomba do Liceu” (Rua Mal. Floriano Peixoto) e se dirigiam para as margens do Riacho. Diz Aquiles Porto Alegre, que nas margens havia mato espesso, que dava ao local um ar de roça. As águas do Riacho eram límpidas, cristalinas e não apresentavam os detritos e sujeiras, que as poluiriam mais tarde, já que suas margens eram praticamente despovoadas e ninguém jogava imundície em suas águas. Já na época de Aquiles, o lugar apresentava um aspecto desolador. Desaparecera o chafariz sito no fim de uma alameda de árvores (...) O Riacho estava abandonado, o mesmo sucedendo as suas margens. O leito se encontrava quase todo tomado de aguapés e plantas. O matagal parecia quere sufocar as margens. O aspecto era desolador.(...)
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Na primeira administração do Prefeito José Loureiro da Silva, o Riacho foi atulhado e saneado, desaparecendo aquele repositório de imundícies, inclusive o antigo casario, que o ladeava na “Rua da Margem” que ia do Pão dos Pobres até a (atual rua Washington Luiz). Hoje, um corredor estreito, “ terra de ninguém”, atrás do Pão dos Pobres, lembra seu leito, corredor que desemboca diante de um edifício da Rua da República que, no outro lado, foi construído sobre o leito do Dilúvio.
O Arroio Dilúvio nasce na Lomba do Pinheiro, Zona Leste da Capital, na Represa da Lomba do Sabão. Recebe vários afluentes como os arroios dos Marianos, Moinho, São Vicente e Cascatinha e deságua no limite entre os parques Marinha do Brasil e Maurício Sirotsky Sobrinho. Antigamente, o riacho passava sob a Ponte de Pedra, que existe ainda hoje, perto do atual Largo dos Açorianos. A microbacia do Dilúvio tem cerca de 80 quilômetros quadrados, dos quais 19% estão localizados no município de Viamão.
Desaparecendo o Riachinho, também sumiu um dos ângulos preferidos pelos pintores, que retrataram a cidade antiga, inclusive o grande pintor argentino Ceferino Carnaccini, que fixou em suas telas o velho casario e a ponte, telas que possuímos em nossa pinacoteca.
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Feira a margem da rua do Riacho, junto a Ponte de Pedra
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Riacho, Rua da Margem - início do século XX
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Margens do Riacho
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Pescadores junto a margem do Riacho
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O Riacho Ipiranga passava atrás do Pão dos Pobres, junto a rua João Alfredo, paralela a rua Praia de Belas
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Fundo das casas margeando o Riacho na Praia de Belas
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O Arroio Sabão, tendo em conta o que era, como está se modificando e o que será, em sanidade, beleza e arquitetura, para esta nossa encantadora cidade. No início do século XX, ele, malgrado o grande número de voltas, vinha, de modo geral, na direção leste-oeste, cruzava a ponte da Azenha, fazia um enorme saco aí pelas proximidades da rua Arlindo – era a famigerada Ilhota, acercava-se da praça Garibaldi e, de lá, depois de passar pelos arcos da Ponte do Menino Deus, seguia em sentido noroeste, mais ou menos paralelo à rua da Margem, tomando aí o nome pitoresco de Riachinho até chegar na famosa e poética Ponte de Pedra, que, em tempos mais remotos ainda, era o coração dum bosque que muita recordação dava aos nossos avós.
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Pontilhão na Ilhota, sobre a curva no Riacho, junto a Azenha
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Nos fins do século XIX, do lado direito de quem atravessa a ponte para as bandas do “Monumento aos Açorianos”, do escultor Gustavo Tenius (chamado de paliteiro” por um cronista desta praça), sem dúvida, o mais representativo da moderna escultura em praças de Porto Alegre, foram construídas várias casas, estilo “chalet suiço”, comuns ao fim do século XIX e do inicio do XX. Num deles a “estação de Ferro do Riacho” tinha suas instalações, de onde partia o trenzinho da Tristeza (...) Costeando a “Praia do Riacho”, existia uma espécie de muralha (....) Essas paragens eram o paraíso da “lavadeira especializada” de autrefois, pois em diversas fotos da cidade antiga elas são vistas lavando a roupa na “Praia do Riacho”. Essas precursoras das modernas lavanderias da cidade, foram tragadas pelo chamado progresso. Antigamente era comum as lavadeiras irem até às portas das residências e levarem a roupa suja para a ensaboarem no rio Guaíba, isso numa época em que a poluição nem sonhava em compuscar as águas límpidas do rio e tão menos do Riacho.
Era comum vê-las carregando a trouxa de roupa na cabeça, num equilíbrio herdado das antigas escravas ou das índias, não saberíamos precisá-lo. Pois por incrível que pareça, vi nesses dias quentes de março, uma cruzando a “Rua da Ponte” (Riachuelo) com uma trouxa no alto do crânio, em último remanescente de uma velha tradição que esta prestes a se extinguir.
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Lavadeiras a margem do Guaíba - diante a Praia de Belas - 1910
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O velho Riacho do Sabão, também conhecido como Arroio Dilúvio, o mais grosso braço esquerdo do rio Guaíba, agora está saneadoramente retificado, deixou de malandrear nessa baixada entre o antigo Morro da Praia e o necropólico Morro da Azenha, e perdeu a sua infatigável mania de assustar os velhos bairros da cidade com suas enxurradas e inundações.
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Visita do Governador Walter Jobim a obra de Canalização do Arroio Dilúvio - 1951
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Visita do Ministro Souza Lima a obra de Canalização do Arroio Dilúvio - 1951
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A extensão canalizada do Arroio é de aproximadamente 12 quilômetros e existem atualmente 17 pontes (a primeira, no Menino Deus, foi construída em 1850) e cinco travessias para pedestres.
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Das suas nascentes na encosta de morros, passando pela Avenida Ipiranga e chegando ao Lago Guaíba encontramos muitas das contradições e desafios contemporâneos dos usos e cuidados com a água na cidade. Ocupações irregulares, usos populares, grandes construções à margem do arroio, o trânsito de carros e carroças, esgotos domésticos e pluviais, o lixo, os alagamentos. Nas águas do Dilúvio, assim como nas águas do Lago Guaíba, muitas imagens da transformação da paisagem urbana são evocadas e muitas inter-relações entre as realidades sociais de bairros nobres, vilas e favelas, zonas comerciais e operárias podem ser evocadas como um ambiente urbano que se percebe pelo conflito, pelo contraste.
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Canalização do Arroio Dilúvio - 1951
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Avenida Ipiranga, atravessa vário bairros no sentido centro leste
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Canalização do Arroio Dilúvio, para construção da av. Ipiranga
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Arroio canalizado, sendo drenado, ao fundo construção do Hospital Ernesto Dorneles e do Palácio da Polícia, junto a ponte da Azenha
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Ponte de Pedra, O historiador Paulo Xavier, em artigo sobre Pontes de pedra no Rio Grande do Sul , nos informa que a Ponte do Riacho foi feita no alinhamento da Rua da Figueira pelo empreiteiro arrematante João Batista Soares da Silveira e Souza, estava pronta em 1848, sobre o Riacho Ipiranga, acesso para  os campos da Várzea do Menino Deus na zona sul.
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Grupo de Senhoras a beira da margem do Riacho
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Barco no Arroio Dilúvio sob a Ponte de Pedra
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Barco no Riacho Ipiranga, Ponte de Pedra ao fundo
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Riachinho
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Rua da Margem, ao fundo o Pão dos Pobres
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Rua da Margem em dia de Feira Livre
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Ponte de Pedra - 1915
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Velôdromo, localizado ao lado da Escola de Engenharia da UFRGS, outra grande perda para Porto Alegre.
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Avenida Farrapos, inicia no bairro Centro e vai até o bairro Navegantes, uma das principais radiais da cidade de Porto Alegre. Embora inaugurada no ano de 1940, desde 1914 já existia como proposta. Estava inserida no contexto de mudanças ocorridas em Porto Alegre que tinham por objetivo modernizar a cidade, adaptando-a às novas exigências. Apesar de sua importância e do patrimônio arquitetônico que nesta se encontra, a avenida Farrapos não recebe a atenção que merece visto que aquela área da cidade sofreu um processo de degradação, que resultou no repúdio da maioria das pessoas. mesmo assim sua importância  em  aspectos que foi resultado da “modernidade”, para abertura para a nova zona industrial, a zona norte de Porto Alegre.
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Abertura da av. Farrapos, na década de 40
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1941
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Desfile no carro oficial do estado do presidente Jango e do primeiro ministro Tancredo Neves, avenida Farrapos próximo a igreja São Geraldo - 1961
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Desfile da Pátria - 1964
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1970
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Avenida Presidente Roosevelt, bairro São Geraldo, conhecida como av. Eduardo, em homenagem ao Presidente Roosevelt, 4º distrito, o melhor carnaval de bairro durante décadas.
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Cine Thalia, mais ao fundo famoso Clube Gondoleiros - 1932
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Avenida da Azenha, bairro Azenha, nome dos antigos moinhos de farinha, também chamado de azenha, a ponte de pedra da Azenha foi também local da primeira batalha entre revolucionários e legalistas na Guerra dos Farrapos, no dia 19 de setembro de 1835, com vitória dos farroupilhas que, no dia seguinte, tomariam a cidade.
Com o tempo, o bairro acabou por se desenvolver em direção à região sul da cidade. O processo de urbanização teve avanço a partir de 1870, quando um abaixo assinado de moradores solicitou ao poder público a instalação de lampiões nas ruas. Em 1905 teve início o trabalho de calçamento do antigo Caminho, já chamado de Rua da Azenha.
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Colocação de trilhos na av. da Azenha, vê-se um Gordine passando ao lado
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1968
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Avenida Assis Brasil, inicia no bairro São João e termina no bairro Santo Agostinho na divisa com o município de Cachoeirinha.
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Início das obras de drenagem no bairro São João
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Colocação de trilhos junto ao bairro São João - 1956
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Av. Brasiliano Índio de Morais, bairro São João, vila IAPI, da Volta do Guerino à praça Bevegnu.
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Conserto na avenida - 1956
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Avenida Dr. Oscar Pereira, bairro Glória.
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Subida do Cemitério da Santa Casa de Misericórdia - 1900
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Lomba do Cemitério São José, vê-se o bairro Medianeira
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Avenida Sepúlveda, bairro centro, inicia na av. Mauá e termina na Praça da Alfândega, foi construida com prédio laterais de imponência, para a chegada dos navios no cais Mauá, para que o visitante ficasse impressionado com a pujança da cidade.
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Ao fundo vê-se o prédio da Alfândega
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Avenida Cristiano Fischer, bairro Jardim Botânico.
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Década de 20
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Avenida General Bento Gonçalves, inicia na Av. João Pessoa e termina na divisa com o município de Viamão, primeira capital do Rio Grande do Sul.
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Hospital Pisiquiátrico São Pedro, bairro Partenon
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Instituto Borges de Medeiros, bairro Agronomia - 1924
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Avenida Ceará, inicia no bairro Navegantes e termina no bairro São João.
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Bairro São João
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Capela do antigo Hospital da Criança Santo Antonio, década de 90
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Estrada da Cascatinha
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Bairro Glória
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Praça XV de Novembro, conhecida como Porto Alegre - Paraiso - Conde D'Eu - Rui Barbosa - Praça XV de Novembro, com a Proclamação da República do Brasil em 1888 a praça mudou novamente de nome, antiga praça Conde D'Eu de 1886 a 1888 para Praça XV de Novembro.
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As atuais Praça 15 de Novembro e Praça Montevidéo foram no passado um mesmo espaço. Por isso, o estudo simultâneo de seu passado e dos elementos que as estruturaram.
O grande logradouro público entre as ruas Marechal Floriano e Uruguai, que atualmente ostenta o nome de Praça XV e Praça Montevidéo, foi conhecido como Praça dos Ferreiros no fim do século XVIII e nos primeiros anos do século XIX. No século XIX passou a ser conhecida como Praça do Paraíso e, posteriormente, Conde D´eu. Após a Guerra do Paraguay, o povo saiu às ruas arrancando placas que evocavam o Império e as substituindo por nomes de representantes do novo regime. A Rua da Imperatriz passou a ser Rua Venâncio Aires e a do Imperador ganhou o nome de Rua da República. Em 11 de dezembro de 1889, a Praça Conde D´Eu passa a se chamar Praça 15 de Novembro. O primeiro Palácio Municipal foi construído na praça.
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Chafariz Imperial, conhecido como charafiz Conde D'Eu, homenagem ao genro do Imperador - 1875
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Antiga gruta com lago e ponte ornamental em ferro que existia na Praça Conde D'Eu
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Inicio século XX
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1900
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1920
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Bonde Imperial, dois andares, junto a Praça XV de Novembro, década de 20
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Nota-se nesta foto que ainda não exite a av. Borges de Medeiros, metade dos casarões sairão para dar passagem a nova av. Borges de Medeiros - 1920
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Praça XV junto ao Paço Municipal
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Edifício Malakoff
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Incêndio no edificio Malakoff
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1930
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Rua José Montaury - 1930
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Vê-se o Mercado PúblicoPaço Municipal e o edifício Guaspari - 1940
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1948
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Década de 50
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Década de 50
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Ainda vê-se o edifício Malakoff - década de 60
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Chalé da Praça XV de Novembro, o Chalé da Praça XV é um dos mais tradicionais Bar Chopp Restaurantes de Porto Alegre. Localiza-se em pleno centro da cidade, de frente ao Mercado Público, no meio da praça XV de Novembro.

O primeiro Chalé foi inaugurado em 22 de novembro de 1885, como um quiosque para venda de sorvetes, na antiga Praça Conde D'Eu. Foi reformado em 1909 e 1911, e novamente em 1971, após um incêndio. O Chalé foi tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal, mantendo contudo sua função de restaurante. Constitui uma área de encontros e lazer bastante freqüentada no centro da cidade, graças principalmente à sua localização, às árvores a seu redor, à sua culinária saborosa e à música ao vivo. Conta ainda com um cyber café no seu interior.
Construído com elementos desmontáveis de aço, madeira e vidro, seu projeto segue um esquema radiocêntrico. Seu estilo é eclético, e revela a preferência pelo pitoresco da época de sua construção. Encontram-se contudo elementos nitidamente Art Nouveau na decoração, principalmente no gradeamento metálico que cerca a área ao ar livre em torno e fecha o terraço. Os pilares e decorações metálicas, mais os painéis modulares de madeira e vidro que compõem a fachada, são testemunho das inovações tecnológicas ocorridas na virada do século XX e que influenciaram estilos arquitetônicos.
O pequeno prédio tem dois pavimentos em planta octogonal, mais subsolo e mezzanino, totalizando 195,23 m² de área construída. O térreo é composto pelo salão principal do restaurante, mais uma sala anexa para cozinha e apoio, e o pequeno mezzanino. O piso tem ladrilhos hidráulicos em motivos geométricos. O piso superior, por onde se sobre através de uma escada metálica móvel, mostra uma saleta menor também octogonal, com telhado em várias águas ornamentado com lambrequins, sendo rodeada de um terraço com grades como parapeito.
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Primeiro Chalé da Praça XV de Novembro, início do século XX
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Junto ao chafariz Imperial - 1910
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1910
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Bucólico
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Limpo
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Confeitaria Rocco, tradicional confeitaria e ponto de encontro de Porto Alegre, junto com a Confeitaria Colombo na rua dos Andradas, eram consideradas as melhores, grandes eventos, discussões politicas e bons charutos.
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1920
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1945
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Interior da Confeitaria
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Avenida Loureiro da Silva, bairro Cidade Baixa, 1ª Perimetral de Porto Alegre.
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Transporte Pùblico
Bondes Puxados a Parelha de Burros e Elétricos, a maior perda para o transporte público de Porto Alegre, desativado em 1970.
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Primeiros bondes de Porto Alegre, tração por parelha de burros ou mulas - 1865
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O início do transporte por bondes em Porto Alegre deveu-se à iniciativa de Estácio Bittencourt e Emílio Gengebre, que inauguraram o serviço em 1865. Os pequenos veículos de tração animal corriam em trilhos de madeira, e tendiam a descarrilhar quando chovia. O povo apelidou os veículos de "maxambombas".
O terminal era na av. João Pessoa, pelo motivo que havia a subida para a rua Annes Dias, o que dificultava, posteriormente, foram colocadas parelhas descansadas na subida para efetuar a troca, mesmo assim em alguns dias os homens tinham que ajudar empurrando para subir o declive.
Os bondes elétricos de Porto Alegre tiveram boa acolhida por parte do público. As linhas iniciais foram as do Menino-Deus, Partenon, Glória e Teresópolis. Em 1920, as linhas existentes eram, além das citadas acima, as dos Moinhos de Vento, Navegantes e São João
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Companhia de Carris - Porto Alegre - 1975
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A Companhia de Carris de Ferro Porto-Alegrense foi fundada em 1872, e, no ano seguinte, iniciou suas atividades com a linha do Menino-Deus. O ponto de partida da linha era na estação central da companhia, conforme mostra a foto de 1875. A bitola era de 1 metro, e os veículos foram adquiridos junto ao fabricante americano John Stephenson & Co. Eram inicialmente 11 carros fechados, nove abertos e um trole de linha.
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Tração por parelha de burros - 1890
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Bonde de 2 andares, Praça da Alfândega - 1917
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Bonde com vagão atrelado no Largo dos Medeiros, entre Rua da Praia e praça da Alfândega
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Hora Rush
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Carnaval no Bonde - Década de 60
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Terminal de bondes da praça XV de Novembro - 1930
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Terminal de Bondes junto ao Mercado Público, anos 50
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Terminal de Bondes praça XV de Novembro
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Terminal de Bondes, anos 60
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Terminal de Bondes na Praça XV de Novembro, anos 60
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Estação de Bondes, praça XV de Novembro, década de 40
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Praça XV de Novembro, junto a av. Borges de Medeiros - 1930
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Últimos anos dos Bondes - 1969
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 Última viagem do Bonde em Porto Alegre - 08.03.1970
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Ônibus, a introdução deste meio de transporte foi também o principal fator para as mudanças da cidade que crescia e o encerramento dos Bondes.
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Ônibus e Bondes
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Jardineira, ônibus Chevrolet "Pavão" - Porto Alegre - 1927
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O ônibus da imagem pertencia a Amador dos Santos Fernandes e Manoel Ramirez, e transportava passageiros em Porto Alegre no ano de 1927. Após 1929, Amador fundou a Empresa Amador, e transportou passageiros entre Porto Alegre e São Leopoldo. Essa empresa deu origem à atual Central S.A., de São Leopoldo.
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Feito com chassi de caminhão L312 e motor Mercedes Bens, a fábrica de carrocerias Eliziario ficava em Porto Alegre na zona norte.- modelo MB de 1957
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Diretoria da Fábrica de Carrocerias Eliziário, localizada no Passo da Mangueira bairro Cristo Redentor, acima do Hospital Crito Redentor - 1965
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Modelo década de 60
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Emprea Bianchi - 1960, apresentação da frota, fazia as linhas para a zona norte de Porto Alegre, bairro Floresta, foi comprada pela empresa Lindóia, que também não existemais
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Empresa Educandário - 1960, fazia linhas na zona norte de Porto Alegre, no bairro do mesmo nome, formou a empresa Nortran
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Entrega dos ônibus da linha Santo Agostinho da Sociedade de Ônibus Portoalegrense Ltda - SOPAL, pelo Prefeito de Porto Alegre e o Cardeal Dom Vicente Scherer - 1961
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Papa-Filas
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Ônibus "Papa-Fila" - Porto Alegre - 1957
Porto Alegre foi uma das cidades brasileiras que foram servidas pelos ônibus "papa-filas", que era composto por um grande reboque onde viajavam os passageiros, puxado por um cavalo mecânico. A carroceria, fabricada pela Caio, tinha capacidade para 120 passageiros, sendo 55 sentados.
O cavalo mecânico geralmente era um FNM.
Os ônibus começaram a circular em 1957, na linha 73 - Camaquã, na zona sul. Pertenciam ao DATC - Departamento Autônomo de Transporte Coletivo, do Município. Como em outras cidades, o serviço não deu certo, sendo desativado em seguida.
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Ônibus empresa São Cristovão, fazia o trecho Porto Alegre/Florianópolis - Década de 50, foto tirada em frente ao Palácio do Governo Cruz e Souza de Florianópolis/SC 
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Trólebus
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Década de 60
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Lotação
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Kombi-Lotação ou Táxi-Lotação - 1979
Terminal junto as Casas Louro na rua Otávio Rocha
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Aeromóvel
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Protópito na pista de testes no bairro Serraria, ao lado da garagem de ônibus da Viação Guarujá - 1977
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Feira de Hannover/Alemanha - 1980
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Linha instalada da Usina do Gasômetro a Câmara Municipal
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Linha circular instalada no Campus em Jacarta, capital da Indonésia - 1989
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Linha em Porto Alegre

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Miscigenação em Porto Alegre - Açorianos, alemães, índios e negros compõem seu povo, sobretudo os italianos, formando uma grande salada de cultura e etnias.
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Bairros

A Hitória dos Bairros
O primeiro bairro criado em Porto Alegre foi o Medianeira, através da Lei Municipal nº 1762, de 23 de julho de 1957. Somente a partir deste ano as demais áreas da cidade passaram a ter denominações próprias pois, até então, a divisão era feita por "distritos". A primeira referência encontrada, neste sentido, data de 1º de dezembro de 1892 quando, pelo Ato n° 07, assinado pelo Intendente João Luiz de Faria, o município foi dividido em oito distritos, e estes subdivididos em "comissariados".
Pela Lei Municipal n° 36, de 31 de agosto de 1925, foi autorizado o desmembramento do 8° e do 9° distritos. Em 1927, através do Decreto 115, houve uma retificação nos limites do Município e a divisão do território passou a ser feita por zonas (urbana, suburbana e rural) e distritos, além de ser criada uma subdivisão por seções.
Os distritos criados eram nove, subdivididos em até quatro seções cada um. Em 1940, através do Decreto-lei n° 25, foram delimitadas, novamente, as três zonas e os distritos. No texto do decreto são mencionados apenas três distritos (Distrito da Cidade, Distrito de Belém Novo e Distrito da Pintada). Este tipo de divisão foi mantido até quase o final da década de 1950, quando começaram a ser criados os bairros.
A primeira lei surgiu em 1957 e, posteriormente, em 1959, através da Lei 2022, além da delimitação do Centro, foram criados outros 58 bairros.
Ainda existem algumas áreas do território sem denominação oficial (zona indefinida) e que são conhecidas por "apelidos", como é caso do Morro Santana, Passo das Pedras, Chapéu do Sol e Aberta dos Morros. Atualmente a cidade conta com 78 bairros oficiais.
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Bairro Centro, Oficialmente contando com uma população de quase 37 mil moradores, segundo o IBGE, o Bairro Centro foi criado e delimitado pela lei 2.022, de 1959, mas sua origem remonta os primórdios da ocupação de Porto Alegre. Com seu povoamento e desenvolvimento, em função da criação da freguesia Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre em 1772, possui íntima ligação com a rua dos Andradas que, ainda hoje, é chamada de rua da Praia, sua primeira denominação. E foi nela, a mais antiga da cidade, que se estabeleceu a primeira capela da Vila com invocação de São Francisco. A abertura das atuais rua Riachuelo e Duque de Caxias, formavam, junto com a rua da Praia, as principais vias da Vila, onde se assentaram as mais antigas residências e casas comerciais. Os arrabaldes mais próximos, como a atual Cidade Baixa, eram considerados zonas rurais. A antiga e tradicional rua Duque de Caxias teve mais de uma denominação, conforme diferentes registros: rua Formosa, Rua direita da Igreja, rua Alegre e rua da Igreja. Mas o primeiro nome oficial foi o de rua da Igreja, por ali localizar-se o único santuário da cidade. Foi, por anos, a rua mais nobre da cidade, residindo ali políticos, comerciantes e militares de altas patentes em luxuosos sobrados e solares das famílias aristocráticas da cidade, como o Solar dos Câmaras, mais antigo prédio residencial de Porto Alegre. Também conhecida como “Altos da Praia”, na Duque da Caxias foi construída a Igreja da Matriz, atual Catedral Metropolitana, posteriormente denominada de Marechal Deodoro a praça ali existente, mas conhecida por Praça da Matriz. Abriga, ainda, os prédios dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e o Teatro São Pedro, o mais antigo da cidade, tendo sua construção concluída em 1858. A rua Riachuelo também teve outras denominações, como rua do Cotovelo, nas proximidades ao Teatro São Pedro, e rua da Ponte. Suas primeiras residências remontam ao ano de 1788. Típica rua de zona central, nela residiam pessoas ligadas à classe dirigente. A peculiar denominação de logradouros antigos do Centro é o fato de fazerem referência a alguma característica que possuía, como a rua do Arvoredo (atual Fernando Machado), a rua do Riacho (atual Washington Luis), a rua da Varzinha (atual Demétrio Ribeiro), o Beco do Fanha, depois denominada Travessa Paysandu (atual Caldas Junior), a rua do Poço (atual Jerônimo Coelho), entre outras. As igrejas do Centro são também locais que nos remontam a histórias e costumes de seus habitantes. A Catedral Metropolitana teve sua primeira edificação em 1794, porém só foi finalizada no século XIX, com a construção de suas duas torres em 1846. No ano de 1915, o arcebispo Dom João Becker inicia estudos preliminares para a construção da grande Catedral, cujas primeiras obras iniciam em 1920, e a finalização da nova Igreja da Matriz, no seu estilo romano Renascença, ocorreu em 1972, com a conclusão da cúpula. Mas será somente em 1986 que ela é inaugurada e dada por concluída. A Igreja Nossa Senhora dos Dores, na rua dos Andradas, é a mais antiga da cidade, e sua construção pela irmandade Ordem Terceira Nossa Senhora das Dores, remonta a 1807, somente sendo concluída em 1904. A primeira edificação da Igreja Nossa Senhora do Rosário, localizada na rua Vigário José Inácio, em estilo barroco, foi realizada entre os anos de 1817 e 1827, pela Irmandade Nossa Senhora do Rosário, confraria de negros livres e escravos, cumprindo importante papel, durante todo o século XIX, na vida de pessoas dessa comunidade. Sob alegação de não comportar seus fiéis, em 1950 a Mitra Arquidiocesana mandou demolir o prédio, erigindo a atual sede da Igreja. No chamado “paralelo 30”, na Praça Montevidéo, encontramos o Paço Municipal, sede da Prefeitura de Porto Alegre, que teve sua construção iniciada no ano de 1898. Em frente ao prédio, se encontra a “Fonte Talavera”, doação da comunidade espanhola através da “Sociedade Espanhola de Socorros Mútuos”, em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha. Atravessando a Av. Borges de Medeiros, temos o Mercado Público Central, que teve sua primeira edificação em 1844. Surgindo da necessidade de um local para comercialização e sociabilidade de seus moradores, a planta para nova construção foi aprovada em 1862, e teve início em 1864. No ano de 1870, é inaugurado o novo prédio. O Mercado Público sempre teve importante papel para cidade: além de seu comércio, durante o século XIX era o local onde circulavam as últimas notícias do Brasil, devido ao intenso fluxo de pessoas, sobretudo em função do Porto. Seus bares também eram referências para encontros, principalmente pela boemia da cidade e, no térreo do Mercado, encontra-se o mais antigo bar da cidade, O Naval, onde se pode encontrar uma boa parte da memória da cidade. O atual prédio do Mercado, no Largo Glênio Peres, possui a mesma aparência externa, mesmo após o incêndio de 1912 e da construção do segundo piso, no ano de 1913, na administração republicana do Intendente José Montaury. Sua restauração foi inaugurada em 1997. A Avenida Borges de Medeiros, outro logradouro importante que atravessa a área central, teve sua obra de abertura iniciada na segunda década do século XX, na administração do intendente Otávio Rocha. No projeto de abertura desta avenida, constava a construção do viaduto Otávio Rocha, de grande importância arquitetônica, e onde o espaço de baixo foi aproveitado com lojas comerciais. As obras da avenida foram concluídas na década de 1940, na administração de José Loureiro da Silva. É nesta administração que o centro da cidade vai adquirindo cada vez mais características das modernas cidades do século XX, com suas amplas avenidas e arranha-céus. O Centro dispõe dos mais diversos e variados serviços e entretenimento, sobretudo ligados a atividades histórico-culturais. Na rua Duque de Caxias, está localizado o museu Julio de Castilhos, instituição cultural criada por decreto estadual em 30.01.1903, com caráter de museu antropológico, artístico e histórico. A atual sede do Museu, prédio de estilo neoclássico, foi residência do presidente do estado do Rio Grande do Sul, Julio de Castilhos até o ano de 1905, quando foi adquirido pelo governo estadual para abrigar o Museu. Na rua dos Andradas, próximo ao Gasômetro, encontra-se o Museu da Brigada Militar, os quartéis e Museu do Exército. Em direção à Rua General Câmara, encontramos o imponente prédio do Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mario Quintana, transformado em centro cultural no final da década de 80. Na esquina das ruas dos Andradas e Caldas Jr., encontramos a sede do Museu José Hipólito da Costa, onde antes funcionava a sede do jornal A Federação. Em frente, ocupando a quadra que vai até a rua Sete de Setembro, está instalada a sede do Grupo Caldas Júnior. Na Praça da Alfândega, localizam-se o Museu de Arte do Rio Grande do Sul- Ado Malagoli, o Memorial do Rio Grande do Sul e o prédio Santander Cultural que, diariamente, apresentam atividades ligadas a exposições, mostras de vídeos e cinemas, visitas guiadas, etc. Outro ponto significativo do Centro é a Usina do Gasômetro, que funcionou como tal a partir de 1874, local conhecido como a Praia do Riacho.
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Bairro Medianeira, Localizado na zona leste da capital, o bairro Medianeira possui como limites: Azenha, Glória, Menino Deus, Santa Tereza e Santo Antônio. Um dos marcos na história deste local é a iniciativa espontânea da comunidade no que diz respeito à legalização de seus limites e formalização de seu nome. Através de sua mobilização ativa, o bairro adquiriu sua legalização em 23/07/1957 através da lei 1762, e foi o primeiro instituído legalmente na cidade de Porto Alegre. Em seus primórdios, o Medianeira era definido como local de travessia para a chegada em outros pontos mais expressivos da cidade como, por exemplo, o Arraial do Menino Deus. Seu nome é atribuído à paróquia eclesiástica que ali se localiza. Há instituições no bairro que remontam mais de cem anos, como por exemplo, o Club Grêmio Gaúcho, inaugurado no ano de 1898 pelo militar João Cezimbra Jaques, com objetivo de exaltação da tradição gaúcha. Com o tempo, no entanto, foi se distanciando de sua função inicial e, atualmente, a entidade não possui mais a expressão de sua origem. Outro ponto significativo deste bairro é o Grêmio Football Porto-Alegrense, fundado em 15/09/1903, que possuía, em seu projeto inicial, a intenção de propiciar espaços para outros esportes, que não só o futebol, mas este acabou por preponderar sobre as outras atividades inicialmente propostas. Afora estes pontos já citados, em 1976 foi inaugurado no bairro o cemitério João XXIII, localizado na Av. Natal, que trouxe para Porto Alegre um novo modelo cemiterial, algo muito inovador para a época, com jazigos em forma de “gavetas”. O bairro ainda preserva muito de seu passado, o que pode ser percebido através da quantidade de casas com características arquitetônicas correspondentes ao início do século XX . Possui ainda, uma instituição bastante antiga, o colégio Maria Imaculada, fundado em 21/11/1933. Além destes elementos históricos fundamentais, o bairro é bem assessorado por linhas de ônibus de diversas empresas, possui um expressivo comércio local e um aspecto muito acolhedor.
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Bairro Assunção, Vila Assunção é considerada a primeira praia balneária da cidade de Porto Alegre, tendo sido muito procurada a partir da década de 1940. Sua mais importante avenida é a Pereira Passos, que não passava de um estreito caminho de acesso ao interior da chácara de José Joaquim Assunção, o qual deu o nome ao bairro. O proprietário tentou instalar em suas terras uma destilaria de álcool, mas nunca chegou a finalizar a construção dessa, por causa de desentendimentos com as autoridades. Em 1918, Assunção faleceu e, em 1937, sua viúva, dona Felisbina, fez um acordo com a empresa Di Primo Beck, que urbanizou a região, calçando, canalizando a água, puxando a luz, e reservando uma fatia deste loteamento para uso da viúva.
O nome de suas ruas fazem referência aos tupi-guaranis, primeiros moradores dessas terras.
Antes da construção da ponte, a travessia era feita em barcas pertencentes ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), que partiam da Vila Assunção, na Zona Sul da Capital, levando, até a margem oposta, cerca de 600 veículos e mais de mil pessoas por dia. A viagem demorava pelo menos 20 minutos e ainda outros 40 para as operações de embarque e desembarque.
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Balça de travessia do Rio Guaíba, antes da construção da ponte, ficava ao lado do prédio dos Bombeiros, junto ao laboratório do Daer
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Aterro na área do Clube Veleiros
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Pedra fundamental do Clube Veleiros do Sul
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Marina do Clube Veleiros
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Bairro Tristeza
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Antigo prédio do Hospital da Brigada Militar, no morro da Tristeza, na Ponta do Dionísio, construido em 1911 e demolido em 1964 para a construção do atual edifício
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Estação Tristeza - ferrovia Riacho Tristeza - início século XX
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Bairro Navegantes
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Anúncio da época, contratando trabalhadores para o bairro com base industrial
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Bonde Navegantes - Porto Alegre 1963
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A imagem mostra um bonde da linha Navegantes parado em frente à Escola Normal 1º de Maio, em Porto Alegre, em 1963. O bonde provavelmente é um Brill Birney, adquirido quando da modernização da frota, a partir de 1928
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Vila Santa Luzia
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1956
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Bairro Bela Vista, antiga Colonia Africana após a Abolição da Escravatura os alforros começaram a habitar esta parte da cidade.
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Bairro Bom Fim
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Vista aérea Bom Fim e Parque Farroupilha - 1978
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Junto ao Instituto de Educação e futura avenida Vasco da Gama
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Bairro IAPI
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Conserto na av. Brasiliano Índio de Morais - 1956
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Vista Aérea - 1961
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Morro Santana
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Início séc. XX
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Bairro Mont'Serrat, entre a rua Cel. Bordini e avenida Carlos Gomes, ocupado inicialmente pelos escravos alforros, com a construção da capela da Auxiliadora, o bairro comecçou a desenvolver-se.
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Colônia Afrinana
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Bairro Rio Branco
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Colonia Africana
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Bairro Moinhos de Vento,
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Morro Ricaldone - 1953
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Bairro Praia de Belas, Bairro atípico de Porto Alegre, o Praia de Belas foi planejado em todas as dimensões. Fruto da boa vontade do Guaíba, em outros tempos, quase toda sua extensão era o Rio. Mas a história do bairro inicia antes; começa por uma rua, que de tanto crescer e atrair moradores, pediu licença ao rio, apoio de alguns políticos e muita terra, para então transformar-se em bairro.
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Lá por 1800, um senhor chamado Antônio Rodrigues Belas tinha como sua propriedade uma chácara à beira do Rio Guaíba. Como acesso ao centro da cidade, o morador construiu uma estrada e que aos poucos tornou-se de freqüente passagem em vistas do comércio de escravos que lá se desenvolveu, “...quando alguém tinha algum negócio ou precisava fazer qualquer referência sobre essa zona, logo dizia - fica lá na praia do Belas.” (1) Esta é uma das versões para a origem do nome, sendo a mais acolhida pelos historiadores locais. Contudo, o que sabemos é que a radial existe desde 1839 e dela o bairro herdou o nome.
A partir daí, começa a se configurar o interesse populacional em construir um bairro que usufruísse a beleza do rio. São construídas algumas casas ao longo da estrada, ainda mal traçada, mas que aos poucos toma formas mais definidas e vai se aproximando do que é hoje.
É com a construção de um cais de pedra, em 1870, que os olhos da cidade voltam-se para a região. Nesse momento, a população que reside na estrada Praia de Belas começou a crescer, tornando-se necessária a formação e sua expansão.
Finalmente, em 1960, se concluem as obras para o aterro do Rio Guaíba e dali nasce o bairro de nome agradável e uma das mais belas vistas da cidade, “...ali está o rio, magnífico e encantador, quer pela sua maravilhosa luminosidade nas manhãs outonais ou primaveris, quer pelo seu formoso e colorido entardecer.”
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Aterro que criou o Bairro Praia de Belas
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Bairro Santa Tereza, localizado no morro Santa Tereza.
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Vista para a zona sul - abril 1961
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Bairro Serraria
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Campos da Serraria, ao fundo Rio Guaíba

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Personalidades Históricas 

Theodor Wiederspahn

Theodor Wiederspahn (mais conhecido como "Theo Wiederspahn") nasceu na Alemanha, em 19/02/1878. Formou-se na Escola de Construção de Wiesbaden, em 1894. Migrou para o Brasil em 1908, para trabalhar na Viação Férrea, que não ocorreu por problema de contrato. Passou, então, a trabalhar como arquiteto do Escritório de Engenharia do engenheiro Rudolf Ahrons (portoalegrense, que se formou engenheiro civil na Escola Politécnica de Berlim, em 1903), onde trabalhou até 1914, quando a firma foi fechada por causa da 1a. guerra mundial. Após a guerra, fundou sua própria firma, que faliu em 1930, por causa da crise que assolou a economia mundial naquela época.
Em 1933, com a exigência de registro profissional, foi rebaixado para a categoria de "construtor licenciado". Passou, então, a trabalhar para a Igreja Evangélica de Confissão Luterana, onde teve suas atividades novamente interrompidas durante a 2a. guerra mundial, em função de perseguições políticas.

Faleceu em 12/11/1952, aos 74 anos.

Theodor Wiederspahn deixou sua marca e estilo em vários prédios conhecidos e históricos de Porto Alegre, como: Delegacia Fiscal (atual MARGS), Correios e Telégrafos (atual Memorial do RS), Banco da Província (atual Santander Cultural), Hotel Majestic (atual Centro de Cultura Mário Quintana), Edifício Chaves, Cine Guarany, antiga Cervejaria Bopp (que se transformou, após sucessivas fusões e vendas, numa unidade da Cervejaria Brahma, que foi desativada em 1998), Central Telefônica Ganzo, Edifício Ely, Faculdade de Medicina da UFRGS, Bier e Ulmann, Moinho Chaves, Hospital Moinhos de Vento, e outros.

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Celebridades
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Lupicinio Rodrigues - músico e boêmio
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Porto Alegre em 2009

Porto Alegre / Rio Grande do Sul
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Município de Porto Alegre
"A Capital dos Gaúchos"
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"Mui Leal e Valerosa"
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Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 26 de março
Fundação 1772
Gentílico porto-alegrense
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Lema "Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre"
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Prefeito(a) José Fogaça (PMDB)
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Localização
30° 01' 58" S 51° 13' 48" O
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Estado Rio Grande do Sul
Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre
Microrregião Porto Alegre
Região metropolitana Região Metropolitana de Porto Alegre
Municípios limítrofes Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Nova Santa Rita, Triunfo e Viamão.
Distância até a capital 2.027 quilômetros
Características geográficas
Área 496,827 km²
População 1.420.667 hab. est. IBGE/2007
Densidade 2.859,5 hab./km²
Altitude 10 metros
Clima subtropical Cfa
Fuso horário UTC-3
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Indicadores
IDH 0,865 elevado PNUD/2000
PIB R$ 27.977.351 mil (BR: 6º) IBGE/2005
PIB per capita R$ 19.582,00 IBGE/2005
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Outras informações Ficha técnica
Região Sul
Padroeiro(a) Nossa Senhora Mãe de Deus
Gini 0,5
Vereadores 36
Porto Alegre é a capital do estado do Rio Grande do Sul. Pertence à mesorregião metropolitana de Porto Alegre e à microrregião de Porto Alegre. É localizada junto ao Guaíba, no extremo sul do país, a 2.027 quilômetros de Brasília.
A cidade constituiu-se a partir da chegada de casais açorianos portugueses na primeira metade do século XVIII. No século XIX contou com o influxo de muitos imigrantes alemães e italianos (também recebeu imigrantes árabes e poloneses).
O feriado de Porto Alegre é o dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes, festa religiosa mais popular da cidade. É uma das capitais estaduais no Brasil onde o índice de desenvolvimento humano é o mais elevado.
É a maior região metropolitana do sul do país, e a quarta do Brasil, com 3.959.807 habitantes (IBGE/2007). Na capital gaúcha residem atualmente (2007) 1,42 milhão de pessoas, sendo a décima cidade mais populosa do Brasil de acordo com dados do IBGE.
Possui uma arquitetura moderna, e cresceu muito nas últimas décadas em função da grande afluência de pessoas à capital, transformando-se numa cidade superpovoada e um dos maiores centros urbanos do país.
É a segunda capital brasileira com menor taxa de analfabetos no país (3,45%) , e onde a venda de livros é a maior entre as capitais.
A longevidade na cidade é de 70,3 anos para os homens e de 78,6 anos para as mulheres, com uma média de 74,0.
O índice de mortalidade infantil (mortes/mil nascimentos) é de 3,87.
O IDH de Porto Alegre é de 0,865 , 9ª melhor qualidade de vida do país.
Foi eleita em 2004 pela consultoria inglesa Jones Lang LaSalle uma das 24 cidades com maior potencial para atrair investimentos no mundo, e a única representante brasileira.
Em 2001, foi a cidade sede da primeira edição Fórum Social Mundial, evento agora itinerante, que enfoca as questões sociais do mundo atual sob a perspectiva da esquerda política. Foi sede deste evento também em 2002, 2003 e 2005.
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História
Herrmann Wendroth: Porto Alegre vista das ilhas do Guaíba, 1852
Wendroth: Vista dos altos da Misericórdia em direção sul, c. 1852

Wendroth: Porto Alegre vista a partir dos morros do sul, c. 1852O primeiro nome dado à atual Porto Alegre foi o de Porto da Viamão, no século XVIII. Como ainda não existia um centro urbano, os estancieiros da região aproveitavam o Guaíba como meio de comunicação com Rio Grande e Rio Pardo. A região, na época conhecida como campos de Viamão, era um distrito de Laguna (em Santa Catarina).
O porto, assim, era conhecido como Porto de Viamão.
Em 1740, a área foi concedida como sesmaria a Jerônimo de Ornelas, português nascido na ilha da Madeira e que estava instalado ali desde 1732. Em decorrência, o porto passou a ser chamado de "Porto do Dorneles". De acordo com o historiador Walter Spalding, o porto propriamente dito ficava na foz de um pequeno riacho, onde atualmente está localizada a Ponte de Pedra do Largo dos Açorianos.
Nessa mesma época, o governo português incentivou a vinda de casais açorianos à região, com o intuito de resolver dois problemas: o primeiro era o superpovoamento das ilhas dos Açores, e o segundo era assentar a dominação portuguesa no sul do Brasil, região ameaçada pelas colônias espanholas do sul e oeste do continente sul-americano. Assim, em 1752 chegou a primeira leva de casais açorianos, que se instalaram no então Porto de Dorneles e serviram de ponto de apoio aos novos casais imigrantes que chegavam para se instalar em outras regiões do Rio Grande do Sul. Com essa leva de casais, o porto passou a ser conhecido como o "Porto dos Casais".
Em 1763, com a invasão espanhola da cidade de Rio Grande, então capital do Estado, a sede do governo acabou por ser transferida para Viamão, cidade adjacente ao Porto dos Casais. Com o desenvolvimento do porto e sua posição estratégica à beira do rio Guaíba, o governador da época, José Marcelino de Figueiredo, resolveu transferir a capital de Viamão para Porto dos Casais em 1773, trocando nessa ocasião o nome para Porto Alegre. A antiga colônia açoriana, além de centro administrativo, virou área militar. Paliçadas de madeira foram construídas em torno da cidade, no lado oposto ao rio, nas proximidades do Hospital da Santa Casa (construído em 1803 e ainda em atividade atualmente). As estreitas ruas da Porto Alegre colonial foram projetadas como um labirinto, possuindo nítido caráter defensivo.
O príncipe Dom João elevou a capital da capitania à categoria de vila, e o decreto oficial ocorreu em 11 de dezembro de 1810, quando a Câmara Municipal lavrou o "auto de criação da Vila de Porto Alegre". E no dia 13 do mesmo mês foi lavrado o "auto de demarcação e declaração dos limites que ficaram pertencendo a Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre".
Pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1821, o imperador D. Pedro I elevou Porto Alegre à categoria de cidade. Nessa época a população era de doze mil habitantes.
Antigo mercado públicoEm 1835 inicia-se no Rio Grande do Sul uma das maiores guerras já travadas em território brasileiro, a Revolução Farroupilha. Mesmo fortificada, Porto Alegre foi invadida, sendo retomada no ano seguinte pelos Imperiais. A partir de então, a cidade sofreria três intermináveis cercos até o ano de 1838. Foi a resistência a esses cercos que fez D. Pedro II dar à cidade o título de "Mui Leal e Valerosa".
A guerra não impediu que fosse construído o primeiro Mercado Público, organizando o comércio nas áreas centrais. Apesar do inchaço populacional daqueles tempos, a malha urbana só voltaria a crescer em 1845, após o fim da revolução e da derrubada das muralhas que cercavam a cidade. A partir de então, chegaram à cidade os primeiros imigrantes alemães e italianos, instalando restaurantes, pensões, pequenas manufaturas, olarias, alambiques e diversos estabelecimentos comerciais.
No período de 1865 a 1870, a Guerra do Paraguai transforma a capital gaúcha na cidade mais próxima do teatro de operações. A cidade recebe dinheiro do governo central, além de serviço telegráfico, novos estaleiros, quartéis, melhorias na área portuária, além da construção do primeiro andar do novo Mercado Público. Em 1872, as primeiras linhas de bonde entram em circulação na cidade.
Em 1884 decreta a libertação de seus escravos, quatro anos antes da Lei Áurea. No fim do século XIX e início do século XX, período em que a cidade já contava com cerca de setenta mil habitantes, intensas obras de melhoria são realizadas, como instalação de eletricidade, rede de esgotos, transporte elétrico, água encanada, hospitais, ambulância, telefonia e indústrias. Também foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior do estado: as faculdades de Farmácia e Química em 1895, de Engenharia em 1896, de Medicina em 1898 e de Direito em 1900. Elas deram origem à atual UFRGS.
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Geografia
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Prédios de Porto Alegre
A maior parte da cidade de Porto Alegre é cercada por prédios.
A área do município de Porto Alegre é de 470,25 km² (Censo IBGE/2000). Destes, 44,45 km² estão distribuídos nas 16 ilhas do Guaíba sob jurisdição do município. Atualmente a cidade conta com 78 bairros.
Possui um relevo montanhoso na região mais ao sul, apresentando morros, sendo o mais alto deles o Morro Santana, com 311 metros de elevação acima do nível do mar.
A cidade ainda possui 70 km de margens banhadas pelo Guaíba.
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Bairros
O primeiro bairro criado em Porto Alegre foi o Medianeira, através da Lei Municipal nº 1762, de 23 de julho de 1957. Somente a partir deste ano as demais áreas da cidade passaram a ter denominações próprias pois, até então, a divisão era feita por "distritos". A primeira referência encontrada, neste sentido, data de 1º de dezembro de 1892 quando, pelo Ato n° 07, assinado pelo Intendente João Luiz de Faria, o município foi dividido em oito distritos, e estes subdivididos em "comissariados".

Pela Lei Municipal n° 36, de 31 de agosto de 1925, foi autorizado o desmembramento do 8° e do 9° distritos. Em 1927, através do Decreto 115, houve uma retificação nos limites do Município e a divisão do território passou a ser feita por zonas (urbana, suburbana e rural) e distritos, além de ser criada uma subdivisão por seções.
Os distritos criados eram nove, subdivididos em até quatro seções cada um. Em 1940, através do Decreto-lei n° 25, foram delimitadas, novamente, as três zonas e os distritos. No texto do decreto são mencionados apenas três distritos (Distrito da Cidade, Distrito de Belém Novo e Distrito da Pintada). Este tipo de divisão foi mantido até quase o final da década de 1950, quando começaram a ser criados os bairros.
A primeira lei surgiu em 1957 e, posteriormente, em 1959, através da Lei 2022, além da delimitação do Centro, foram criados outros 58 bairros.
Ainda existem algumas áreas do território sem denominação oficial (zona indefinida) e que são conhecidas por "apelidos", como é caso do Morro Santana, Passo das Pedras, Chapéu do Sol e Aberta dos Morros. Atualmente a cidade conta com 78 bairros oficiais.
Os cinco mais populosos e suas respectivas áreas, segundo dados do Censo do IBGE de 2000, são:

Rubem Berta: 78 624 moradores - 8,51 km²
Sarandi: 60 403 moradores - 9,44 km²
Restinga: 50 020 moradores - 21,49 km²
Partenon: 47 460 moradores - 5,70 km²
Santa Tereza: 47 175 moradores - 4,54 km²
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Clima
O clima é temperado subtropical úmido, com verões quentes e invernos frios (para os padrões brasileiros) e chuvosos (tipo Cfa, segundo Köppen). É a segunda capital mais fria do país.

A temperatura média em janeiro é de 25°C, e em julho é de 14°C, com as temperaturas recordes de 40,7ºC em 1 de janeiro de 1943 e de -4,0°C em julho de 1918. A média anual é de aproximadamente 19,4°C e a neve é muito rara, tendo sido observada em 1879, 1910, 1984, 1994, 2000 e em 2006 . As geadas ocorrem algumas vezes durante o ano.

Não é incomum a presença de "veranicos", que fazem a temperatura subir para 30 graus por alguns dias em pleno inverno.
A média anual de chuva é de 1299 mm.

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Maior temperatura°C 31 31 28 26 22 19 19 20 21 23 27 29

Menor temperatura °C 19 20 18 16 12 9 9 10 12 14 16 18

Fonte: BBC Weather
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Meio Ambiente
Porto Alegre é uma das capitais mais arborizadas do Brasil.
Cada habitante da cidade tem direito a aproximadamente 17m² de área verde. Em 1976 foi criada em Porto Alegre a primeira Secretaria do Meio Ambiente do Brasil.
Existem programas de arborização e preservação das matas nativas. Muitas das avenidas são arborizadas com tipos específicos de árvores, como por exemplo as paineiras da avenida Icaraí e os guapuruvus na avenida Teresópolis. As floradas adicionam beleza cênica à cidade.
Também são freqüentes os ipês, as timbaúvas, os jacarandás e os plátanos.
As encostas dos morros são preservadas, mas enfrentam problemas com loteamentos clandestinos e invasões. A cidade conta com duas áreas de conservação ambiental: o Parque Estadual do Delta do Jacuí e a Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger.
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Problemas Ambientais
As grandes áreas verdes de Porto Alegre ajudam a amenizar seus problemas ambientais, mas a cidade apresenta problemas com lixo e poluição, entre outros. De acordo com uma pesquisa feita pelo jornal Folha de São Paulo, o nível de poluição na cidade é o dobro acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, sendo a segunda capital mais poluída do Brasil, atrás apenas de São Paulo.
Os alagamentos da avenida Goethe e regiões próximas se intensificaram com o aumento do asfaltamento da cidade, diminuindo a infiltração da água e aumentando o seu escoamento superficial. Para reverter esse problema de drenagem urbana, foi construído o Conduto Álvaro Chaves. Iniciado em maio de 2005, a obra teve seu término em 2008, diminuindo grandemente os alagamentos.
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Parques e outras áreas públicas

 Praia de Ipanema em Porto Alegre

Os parques mais freqüentados pelos porto-alegrenses são o Parque Moinhos de Vento (ou Parcão), o Parque Farroupilha (ou Redenção) e o Parque Marinha do Brasil. Destaca-se também a Praia de Ipanema, localizada na zona sul da cidade.
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Outras áreas públicas mais freqüentadas são:

Estância da Harmonia
Largo Glênio Peres
Morro do Osso
Morro Santa Teresa
Praça da Alfândega
Praça da Matriz
Parque Chico Mendes
Parque Mascarenhas de Moraes
Parque Maurício Sirotski Sobrinho
Praça da Encol
Jardim Botânico de Porto Alegre
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Cidades Vizinhas
A região metropolitana de Porto Alegre conta com mais de 30 cidades. Entre elas as principais são: Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha e Viamão. Elas estão ligadas a Porto Alegre através da rodovia BR-116, do Trensurb, da BR-290 (a freeway), da avenida Assis Brasil e da avenida Castelo Branco, formando uma grande conurbação.
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Distâncias Rodoviárias
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de capitais brasileiras:
Aracaju 3.296 Km
Belém 3.854 Km
Belo Horizonte 1.760 Km
Brasília 2.111 km
Campo Grande 1.413 Km
Cuiabá 2.137 Km
Curitiba 720 Km
Florianópolis 497 Km
Fortaleza 4.174 Km
Goiânia 1.855 Km
João Pessoa 3.908 Km
Maceió 3.568 Km
Natal 4.046 Km
Recife 3.781 Km
Porto Velho 3.598 Km
Rio de Janeiro 1.555 Km
Salvador 3.117 Km
São Luís 3.911 Km
São Paulo 1.134 Km
Vitória 2.020 Km
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de cidades do Mercosul:
Montevidéu/Uruguai - 890 km
Buenos Aires/Argentina - 1.063 km
Assunção/Paraguai - 1.102 km
Santiago/Chile - 2.450 km
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Política
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Câmara Municipal
São onze os partidos políticos com representatividade na Câmara Municipal de Porto Alegre:
Partido Democrático Trabalhista (PDT), com cinco vereadores;
Partido da Frente Liberal (PFL), com dois;
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com quatro;
Partido Progressista (PP), com três;
Partido Popular Socialista (PPS), com dois;
Partido da República (PR), com dois;
Partido Socialista Brasileiro (PSB), com um;
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com dois;
Partido Social Liberal (PSL), com um;
Partido dos Trabalhadores (PT), com nove;
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com cinco.
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Prefeitos
Paço Municipal de Porto Alegre teve, de 1989 até 2004, apenas prefeitos do PT.
Em 2005, José Fogaça, do PPS, foi o eleito.
Lista parcial de prefeitos eleitos de Porto Alegre:

Alceu de Deus Collares - PDT (1986-1988)
Olívio Dutra - PT (1989-1992)
Tarso Genro - PT (1993-1996)
Raul Pont - PT (1997-2000)
Tarso Genro - PT (2001-2002)
João Verle - PT (2002-2004)
José Fogaça - PPS (2005-2008)
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Economia
Segundo dados do IBGE/2005, o PIB de Porto Alegre é de R$ 27.977.351.000,00 e seu PIB per capita é de R$ 19.693,11.
Segundo a consultoria inglesa Jones Lang LaSalle (2004), Porto Alegre está em segundo lugar em produção rural e industrial entre as cidades brasileiras. Por sua posição geográfica, a cidade é definida como a capital do Mercosul.
O turismo não é uma área muito aproveitada para a economia da cidade. Muito tem sido discutido sobre a revitalização do Cais do Porto, que incentivaria o turismo na região.
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Comércio
A cidade conta com diversos shopping centers e lojas. No centro se encontra o Mercado Público, histórico prédio de Porto Alegre. No verão ocorre a maior liquidação da cidade, o Liquida Porto Alegre, consagrado como o maior evento comercial da Região Metropolitana. Para muitas lojas, a liquidação representa o segundo melhor período de vendas, superado apenas pelo Natal.
O Mercado Público de Porto Alegre é um dos prédios históricos da cidade.
Abaixo uma lista dos principais centros comerciais da cidade:

Aeroshopping
Boulevard Strip Center
Bourbon Shopping Assis Brasil
Bourbon Shopping Country
Bourbon Shopping Ipiranga
Brique da Redenção
Centro Shopping
DC Shopping
Floresta Shopping Center (em construção)
Lindóia Shopping
Mercado Público
Rua da Praia Shopping
Barra Shopping Sul 
Shopping João Pessoa
Shopping Iguatemi
Shopping Moinhos
Shopping Praia de Belas
Shopping Total
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Demografia
A capital conta com 1.420.667 habitantes, segundo estimativas do IBGE para 2007. Tem em sua composição étnica 82% de brancos, descendentes de várias partes da Europa; 8% de mestiços, devido a miscigenação ocorrida entre brancos e negros (escravos) ou brancos e índios, entre negros e índios e até entre os três grupos; 8% de negros descendentes de ex-escravos; e uma minoria de asiáticos, inferior a 2%.
Segundo dados da ONU e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA (2001), Porto Alegre tem o "Melhor Índice de Desenvolvimento Humano" (IDH) entre as metrópoles nacionais.
No entanto, de acordo com a consultoria inglesa Jones Lang LaSalle, a cidade tem um terço dos habitantes vivendo em más condições habitacionais.
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Criminalidade
O crescimento populacional da cidade de Porto Alegre é acompanhado pelo crescimento da criminalidade. Crimes antes praticados em outras regiões do Brasil, como seqüestros-relâmpago, surgiram na capital. Além disso, nos últimos anos houve crescimento do número de roubos de carro na cidade. Porto Alegre é a cidade em que mais se rouba carros (proporcionalmente ao número da frota) do Brasil . Para cada 100 mil carros, são roubados 113,83 mensalmente na cidade. Ao mesmo tempo em que o número de roubos de carros na cidade aumenta, o de furtos diminui. De 2003 até 2007, a média de furtos mensais diminui de 659 para 388.
Através da página Alerta Veículos é possível acompanhar as ocorrências de furto e/ou roubo de veículos registradas nas últimas 72 horas na capital e todo estado do RS.
Em 2007, dentre as 13 maiores capitais, Porto Alegre foi campeã no aumento de homicídios de um ano para outro, com crescimento de 55,7%. O crescimento da violência faz com que os porto-alegrenses invistam em equipamentos de segurança, como grades de proteção, presentes na maioria das casas e prédios da cidade.
A prefeitura vem instalando câmeras de segurança nas ruas, o que até agora não resultou em reduções significativas nos níveis de violência. Entretanto, essa ação é vista por parte da população como uma tentativa de compensar a escassez de policiais nas ruas.
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Cultura
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Turismo
Usina do Gasômetro, localizada às margens do lago Guaíba.
Porto Alegre é a sexta porta de entrada de visitantes estrangeiros no país.
Entre os principais pontos turísticos da cidade estão a estátua do Laçador (na entrada da cidade) e a Usina do Gasômetro.
O pôr-do-sol do Guaíba também é outro ponto de destaque turístico de Porto Alegre.
Os parques mais freqüentados são o Parque Moinhos de Vento, o Parque Farroupilha (da Redenção) e o Parque Marinha do Brasil.
Atualmente a prefeitura de Porto Alegre vem investindo na Linha Turismo: uma linha de ônibus especial que tem como itinerário os principais pontos turísticos da cidade. Em funcionamento desde janeiro de 2003, já teve mais de 180 mil visitantes. O ônibus da linha possui dois andares, sendo o superior aberto. O passeio dura cerca de 80 minutos, tem 28 km de extensão e conta com guia especializado e sistema de áudio em três línguas, o português, inglês e espanhol. Maiores informações podem ser encontradas na página da Linha Turismo.
Porto Alegre também pode ser apreciada do lago Guaíba, através de passeios nos barcos Cisne Branco, Noiva do Caí e outros. Saindo de diferentes lugares e com diferentes trajetos, os barcos oferecem uma vista pouco usual da cidade.
Sendo um dos principais centros de negócios do Mercosul, Porto Alegre atrai eventos e congressos, trazendo à cidade milhares de turistas. Possui dezenas de centros de convenções, destacando-se o da Federação das Indústrias do Estado (FIERGS), localizado na zona norte, e que possui um teatro e modernas instalações para convenções e exposições; o Centro de Eventos da PUC; e o Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael.

A rede hoteleira portoalegrense é de boa qualidade e, nos últimos anos, novos hotéis de importantes cadeias nacionais e internacionais têm se instalado na cidade.
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Esportes
A cidade se destaca em diversos esportes como o futebol, ginástica olímpica, natação, basquete, tênis, judô, faustebol, esportes à vela, corrida, entre outros.
O futebol é uma grande paixão dos porto-alegrenses. Há uma grande rivalidade entre dois times de futebol em especial, que são o Sport Club Internacional, fundado em 1909; e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, fundado em 1903. Geralmente o Campeonato Gaúcho de Futebol é vencido por um desses dois times. O confronto entre as duas equipes é conhecido como clássico Gre-nal.
Na ginástica olímpica, destaca-se Daiane dos Santos, a mais famosa ginasta porto-alegrense. A ex-atleta do Grêmio Náutico União, foi a primeira brasileira a conquistar a medalha de ouro nos mundiais.
No judô, João Derly, atleta da SOGIPA, tornou-se celebridade quando se tornou o primeiro atleta brasileiro da modalidade a conquistar uma medalha de ouro em um campeonato mundial da categoria principal (sênior). Além disso, Tiago Camilo e Mayra Aguiar, ambos judocas, também treinam no clube porto-alegrense. Em 2007, João Derly e Tiago Camilo foram campeões mundiais e, com isso, o clube de Porto Alegre tornou-se a única agremiação brasileira tricampeã do mundo.
Anualmente ocorre a Maratona Internacional de Porto Alegre, a maior e mais tradicional prova do segmento no Rio Grande do Sul.
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Cinemas
Porto Alegre é uma cidade muito bem servida de cinemas, considerando o número de salas por habitante, apesar de os grandes cinemas de rua de Porto Alegre terem quase todos desaparecido.
A cidade conta com 60 salas de cinema, localizadas principalmente em shopping centers, com destaque ao Bourbon Shopping Country e ao Bourbon Shopping Ipiranga, com oito salas cada um.
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Mídia
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Imprensa
Os jornais de maior circulação em Porto Alegre são Zero Hora, Correio do Povo, O Sul, Diário Gaúcho e Jornal do Comércio.
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Rádio
Existem diversas rádios em Porto Alegre, as principais, rádio Gaúcha, rádio Farroupilha, rádio Guaíba, rádio Pampa, rádio Atlantida.
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Televisão
Os canais com maior audiência na cidade são a RBS TV (filiada à Rede Globo), canal 12,  Rede Bandeirantes, canal 10, SBT, canal 5, Rede Record, canal 2, TV Pampa (filiada a Rede TV), canal 4, Ulbra TV, canal 48, Rede Brasil, canal 55, TV Aparecida, canal 59, MTV, canal 14, Record News, canal 18, Reve Vida, canal 20, TV Canção Nova, canal 24, TVCom, canal 35, TVE, canal 7, MIX TV, canal 40, TV Futura, canal 30
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Museus
Lista dos Museus e Acervos da cidade de Porto Alegre

Acervo Artístico da Prefeitura de Porto Alegre
Acervo Cultural do Hospital Moinhos de Vento
Associação de Imagem e Som de Porto Alegre
Museu Açoriano Sul-Riograndense
Museu Anchieta de Ciências Naturais
Museu Antropológico do Rio Grande do Sul
Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS)
Museu da Academia de Polícia Federal
Museu de Arqueologia e Etnografia da UFRGS
Museu Banrisul
Museu da Brigada Militar
Museu Histórico Bispo Isac Aço
Museu da Caixa Econômica Federal
Museu da Câmara Municipal de Porto Alegre
Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul
Museu de Ciências do Colégio Americano
Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS
Museu do Comando Militar do Sul
Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa
Museu do Complexo Hospitalar Santa Casa
Museu da Cerveja
Espaço Cultural dos Correios
Museu da Eletricidade do Rio Grande do Sul
Museu Engenheiro Ruy Tedesco
Fundação Instituto Gaúcho do Trabalho e Folclore
Fundação Iberê Camargo
Museu de Geologia
Museu do Grêmio Futebol Porto Alegrense
Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul
Museu Itinerante Memória Carris
Museu Joaquim Felizardo
Museu Júlio de Castilhos
Museu Judaico de Porto Alegre
Memória RBS
Memórias das Telecomunicações
Memorial do Ministério Público
Memorial do Rio Grande do Sul
Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre
Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert
Museu Meridional
Memorial do Mercado
Memorial Sogipa
Memorial Acemista-ACM
Museu do Motor
Museu do Palácio do Piratini
Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto (UFRGS)
Museu Previdenciário Flores da Cunha
Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
Santander Cultural
Museu do Seguro do Rio Grande do Sul
Museu do Trabalho
Museu da UFRGS
Museu da Varig
Museu Vicente Rao
Museu do Vinho e Enoteca
Museu Wonderlamd de Miniaturas
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 Planetários em Porto Alegre

Planetário Professor José Batista Pereira
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Música
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Bandas

Banda Municipal de Porto Alegre
Banda da Brigada Militar do RS
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Música Popular
Muitas bandas de Porto Alegre já tiveram grande projeção nacional, como Engenheiros do Hawaii, Cachorro Grande, Fresno, Nenhum de Nós, Os Replicantes e Papas da Língua, entre outras.
Destaques individuais porto-alegrenses na música popular são Adriana Calcanhoto, Elis Regina, Lupicínio Rodrigues e Renato Borghetti, entre outros.
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Música Erudita
A grande quantidade de descendentes de imigrantes europeus no estado e o relativamente elevado nível da educação geral do povo gaúcho criaram em Porto Alegre um bom público para a música erudita, apreciador de vários gêneros e estilos, e que possibilita a existência na cidade de duas orquestras sinfônicas com coros sinfônicos associados - a OSPA, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, e a Orquestra da PUC - além de uma orquestra de câmara estável, a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, e diversos outros grupos vocais e instrumentais e músicos solistas.
Dentre esses se destacou o Conjunto de Câmara de Porto Alegre, dedicado à música medieval, de atuação marcante mas infelizmente há pouco dissolvido; mas o camerismo se mantém em alto nível através de outros grupos, como o Trio de Madeiras de Porto Alegre e o vanguardista Faskner.
Solistas como Olinda Alessandrini, Augusto Maurer, Luciane Cuervo e Cristina Caparelli, e as cantoras Lúcia Passos e Ângela Diehl são também justamente apreciados pela comunidade em aparições freqüentes.
A continuidade da vida musical erudita em Porto Alegre é garantida ainda pela atividade da Escola de Música do Instituto de Artes da UFRGS, da Escola de Música da OSPA, de diversos conservatórios e escolas privados e inúmeros professores independentes de mérito, sem contar os estabelecimentos de ensino particular que oferecem aulas de iniciação musical.
Especialmente a Escola de Música da UFRGS, com seus cursos de graduação e pós-graduação, tem sido historicamente um dos mais importantes centros de formação de ótimos instrumentistas e compositores que atuaram na cidade e mesmo desenvolveram carreiras internacionais.
Ali ensinaram ou ensinam, ou passaram por suas classes músicos importantes como Esther Scliar, Hubertus Hofmann, Radamés Gnatalli, Celso Loureiro Chaves, Bruno Kiefer, Armando Albuquerque e Tasso Corrêa.
Junto à PUC é notável a atuação do maestro e compositor Frederico Gerling Junior.

O mercado fonográfico começa a dar atenção ao movimento erudito local, incluindo a composição contemporâneas, e pelo menos uma gravadora sediada em Porto Alegre tem um apreciável catálogo de intérpretes e compositores locais, com repertório clássico bem como de produção inovadora.
Há um programa variado de concertos em diversos teatros e centros culturais da capital, apresentações de óperas e bailados não são raras, e concertos sinfônicos em logradouros públicos atraem considerável assistência.
Pelo Theatro São Pedro já passaram nomes como Arthur Rubinstein, Magda Tagliaferro, Heitor Villa Lobos e Bidu Sayão, com a OSPA já atuaram estrelas como Friedrich Gulda, Pierre Fournier, Kurt Redel, Montserrat Caballé, Luciano Pavarotti e Nelson Freire, e orquestras estrangeiras já incluem a cidade em suas excursões.
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Teatros e Auditórios

Theatro São Pedro
Auditório Araújo Viana
Anfiteatro Pôr-do-Sol
Teatro da OSPA
Centro Municipal de Cultura
Clube da Cultura
Sala Álvaro Moreira
Teatro Bruno Kiefer
Teatro de Câmara
Teatro de Arena
Teatro Carlos Carvalho
Teatro do Instituto Goethe
Teatro do IPE
Teatro Museu do Trabalho
Teatro Renascença
Teatro do SESC
Teatro do Sesi
Auditório Tasso Corrêa
Teatro do Bourbon Country
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Centros Culturais

Biblioteca Pública
Casa de Cultura Mario Quintana
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Fundação Iberê Camargo
Planetário de Porto Alegre
Santander Cultural
Solar dos Câmara
Solar Lopo Gonçalves
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Arquitetura
A cidade de Porto Alegre é um grande museu arquitetônico a céu aberto, onde encontramos exemplares dos diferentes estilos em voga dos últimos dois séculos, concentrados principalmente no centro da cidade.
Pelas ruas centrais podem ser vistos prédios históricos como a Catedral Metropolitana de Porto Alegre, a Cúria Metropolitana de Porto Alegre, o Palácio Piratini e o Theatro São Pedro, dividindo espaço com a arquitetura moderna do Palácio Farroupilha, onde funciona a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e o Tribunal de Justiça.
A influência da arquitetura alemã é muito expressiva na cidade, e pode ser constatada nas obras de José Lutzenberger, que imigrou para o Rio Grande do Sul em 1920, e é o autor dos projetos dos prédios do Instituto Pão dos Pobres, da Igreja São José e do Palácio do Comércio; e de Theodor Wiederspahn, que imigrou em 1908, e foi o responsável pelo prédio da Delegacia Fiscal (atual MARGS), dos Correios e Telégrafos (atual Memorial do Rio Grande do Sul), do Banco da Província (atual Santander Cultural), do Hotel Majestic (atual Casa de Cultura Mario Quintana), do Edifício Chaves, do Cine Guarany, da antiga Cervejaria Bopp (depois, Cervejaria Brahma), da Central Telefônica Ganzo, do Edifício Ely (atual Tumelero), da Faculdade de Medicina da UFRGS, do Bier e Ulmann, do Moinho Chaves e do Hospital Moinhos de Vento, entre e outros, todos localizados na zona central.
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Monumentos de Porto Alegre
Estátua do Laçador, símbolo da capital gaúcha, escolhida pelos porto-alegrenses, em 1991, como símbolo da capital gaúcha.

Fonte Talavera de La Reina
Monumento a Bento Gonçalves
Monumenro ao Gal. Osório
Monumento aos Açorianos
Monumento ao Expedicionário
Monumento a Júlio de Castilhos
Ponte de Pedra
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Prédios históricos de Porto Alegre

Cais Mauá
Casa Godoy
Catedral Metropolitana de Porto Alegre
Cervejaria Brahma
Chalé da Praça XV
Edifício Ely
Hidráulica Moinhos de Vento
Hotel Majestic
Igreja Nossa Senhora das Dores
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Palácio Piratini
Prédio dos Correios e Telégrafos
Santander Cultural, antigo Banco da Província
Sede da Prefeitura de Porto Alegre
Solar dos Câmara
Solar Lopo Gonçalves
Theatro São Pedro
Usina do Gasômetro
Casa Torely
Sede da Cruz Vermelha
Mercado Público
Prédio da Alfândega
Margs
Secretaria da Fazenda do RS
Colégio Militar
Complexo da URGRS no campus velho
Santa Casa de Misericórdia
Beneficiencia Portuguesa
Cine Guarany
Museu Hipolito Jose da Costa
Casa Rosada ( Cãmara Legislativa do RS)
Biblioteca Pública do RS
Galeria Chaves
Livraria do Globo
Arquivo Público do RS
Asilo Padre Cacique
Capela do Bom Fim
Capela do Divino
Catedral da Santíssima Trindade
Centro Cultural CEEE
Cine Teatro Capitólio
Clube do Comércio
Confeitaria Rocco
Correio do Povo
Cúria Metropolitana
Edificio Tuyuti
Riachuelo, nº 933
Hipódromo do Cristal
Igreja Metodista Central
Igreja N. Sra. Navegantes
Igreja São José
Igreja São Pedro
Instituto Pão dos Pobres
Museu Julio de Castilhos
Museu Comando Militar do Sul
Área histórica Militar
Palacinho
Palacio Farroupilha
Paço Municipal
Predio João Paz Moreira
Predio da Previdência do Sul
Travessa Venezianos
Viaduto Otávio Rocha, entre outros.
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Educação
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Colégios
Porto Alegre conta com 92 escolas públicas municipais , sendo 40 delas de ensino infantil, 47 de ensino fundamental (sendo quatro delas de educação especial), duas de ensino médio e uma de ensino básico; e 260 escolas públicas estaduais, além de escolas públicas federais.
Escola Técnica Parobé

Porto Alegre conta com algumas dezenas de escolas particulares, sendo que grande parte delas pertencem a congregações religiosas católicas.

Colégio Anchieta,
Colégio Farroupilha,
Colégio São Francisco,
Colégio Mãe de Deus,
Colégio Sevigne,
Colégio Rosário,
Colégio das Dores,
Colégio Bom Conselho,
Colégio Israelita,
Escola Pastor Dohms,
Instituto Vicente Palloti.
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Cursos pré-vestibular
Unificado,
Univesitário,
Objetivo,
Fleming,
Fenix

Freqüentados por grande parte dos alunos que participam de concursos vestibulares concorridos, como os das faculdades federais do estado, os cursos pré-vestibulares vêm sofrendo uma grande expansão na cidade ultimamente.
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Faculdades e Universidades
Porto Alegre conta com diversas faculdades e algumas universidades.
A cidade possui duas universidades federais, a UFCSPA e a UFRGS, e uma estadual, a UERGS.
A maior universidade privada de Porto Alegre é a PUCRS, que também é a maior universidade privada do Sul do país.
Faculdade Ritter dos Reis,
Faculdade Dom Bosco,
FAPA - Faculdade Porto Alegre,
IPA - Instituto Porto Alegre.
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Sociedade
A rua Padre Chagas e rua Fernando Gomes, também conhecidas como Calçada da Fama, estão localizadas no bairro Moinhos de Vento e possuem diversos bares, cafés, restaurantes e casas noturnas, sendo duas das mais famosas ruas da noite porto-alegrense.
Além delas, a rua Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa, também é conhecida por seus bares, restaurantes e casas noturnas, de estilo mais alternativo.
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Clubes
A cidade conta com muitos clubes em áreas para prática de esportes de competição, além da atividade social.

Os mais conhecidos são:
Sociedade Gondoleiros, futsal
Associação Leopoldina Juvenil – tênis, futsal, ginástica olímpica, hockey
Clube dos Jangadeiros – esportes de vela
Grêmio Náutico União – natação, ginástica olímpica, ginástica rítmica, judô, esgrima, remo, basquete, tênis, escotismo
Lindóia Tênis Clube – tênis, escotismo
Sociedade Libanesa de Porto Alegre – tênis
SOGIPA (Sociedade Ginástica Porto Alegre) – atletismo, basquete, ginástica olímpica, judô, tênis, patinação artística, vôlei, escotismo
Veleiros do Sul – esportes de vela
Clube do Comércio: Tênis, Futsal, Natação, Ginástica, Sinuca, Musculação,
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Restaurantes
Com uma rede de restaurantes de ótima qualidade, Porto Alegre oferece opções para todos os gostos e estilos: culinária brasileira, alemã, árabe, chinesa, espanhola, francesa, indiana, italiana, japonesa, mexicana, polonesa, portuguesa, tailandesa e vegetariana, entre outras, além da culinária típica gaúcha, as Churrascarias.
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Casas Noturnas
Entre as diversas casas noturnas de Porto Alegre, destacam-se a microcervejaria Dado Bier (localizada no interior do shopping Bourbon Country), o Opinião (casa de shows e espetáculos), o Manara (tradicional casa freqüentada por universitários) e o Strike 410 (casa que conta como diferencial suas pistas de boliche), a Boxx Brazil o maior pub do mundo entre outros mais alternativos como a NEO e o Bar Ocidente.
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Infra-estrutura
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Área de Saúde
A cidade tem 35 hospitais, 883 clínicas, 204 consultórios, 19 laboratórios de análises patológicas, 41 laboratórios de análises clínicas, num total de 1.182 estabelecimentos voltados aos serviços de saúde.
O total de leitos hospitalares em Porto Alegre é 7.906, sendo 5.816 ocupados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) do Governo Federal.

Porto Alegre conta com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que é o hospital de ensino da faculdade de medicina da UFRGS,
Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,
Grupo Hospitalar Conceição, formado por 4 hospitas,
Instituto do Coração,
Hospital Ernesto Dorneles,
Hospital de ensino da UFCSPA,
Hospital São Lucas, hospital de ensino da PUCRS.
HPS - Hospital de Pronto Socorro, referência no atendimento das urgências e emrgências traumatológicas
 Com os hospitais privados que são referência o Hospital Moinhos de Vento,  Hospital Mãe de Deus.
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Transporte
O porto de Porto Alegre na margem do lago Guaíba, no centro da capital, onde a cidade começo, conhecido como Cais Mauá, e o porto novo, conhecido como Cais Navegantes.
Porto Alegre não enfrenta muitos problemas com o transporte. Entretanto, o transporte nas ruas e avenidas da cidade vem demonstrando sinais de saturação durante a última década. Apesar das diversas mudanças de tráfego já realizadas, os engarrafamentos ainda são constantes nas principais avenidas da cidade durante os horários de pico. A EPTC (|Empresa Pública de Transporte e Circulação)é  a empresa que planeja e fiscaliza as atividades relacionadas ao trânsito e aos transportes de Porto Alegre.
A ponte do Guaíba, que liga a capital à região sul do Estado, é um dos cartões postais de Porto Alegre.
As principais vias arteriais do trânsito urbano da cidade são a Avenida Ipiranga, Avenida Farrapos, Avenida Protásio Alves, Avenida João Pessoa, Avenida Bento Gonçalves, Avenida Sertório, Avenida Independência, Avenida Assis Brasil, Avenida Loureiro da Silva (Primeira Perimetral), Segunda Perimetral, Terceira Perimetral, Avenida Borges de Medeiros, Avenida Juca Batista.
O transporte público de Porto Alegre é baseado em ônibus, metrô de superfície, táxis e lotações. A empresa Carris é a mais importante empresa de transporte coletivo de ônibus da cidade e a mais antiga do Brasil em atividade. A Estação Rodoviária de Porto Alegre recebe milhares de viajantes durante todos os dias da semana.
A Trensurb é a empresa que administra os trens urbanos, que ligam Porto Alegre às suas cidades vizinhas.
A cidade conta com o Aeroporto Internacional Salgado Filho, o maior e mais movimentado do Sul do país. Localizado na zona norte da capital gaúcha, recebe aviões de todo o país, e também recebe regularmente vôos interncacionais. O aeroporto recebe pessoas de várias partes do país em direção a Buenos Aires, Santiago, Rosário, Córdoba e Montevidéu.
Na margem oeste do lago Guaíba, está situado o porto de Porto Alegre. Sua posição geográfica possibilita um tráfego permanente entre Porto Alegre e Buenos Aires, transportando produtos siderúrgicos e principalmente produtos agrícolas.
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Serviços
O abastecimento de água na cidade é realizado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
O fornecimento de energia elétrica é realizado pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).
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Principais Eventos em Porto Alegre
Porto Alegre possui uma série de Eventos e Atividades Culturais. Além da programação tradicional, há grandes eventos que marcam a passagem do tempo com um calendário peculiar.
No verão, Porto Alegre oferece anualmente para seus habitantes o Porto Verão Alegre, um circuito de peças teatrais, dança, artes plásticas e música.
A Festa de Navegantes em Porto Alegre, que acontece no dia 2 de fevereiro, é a maior festa religiosa, e homenageia Nossa Senhora dos Navegantes, a padroeira da cidade.
No início de abril ocorre o Fórum da Liberdade, organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). É um dos maiores eventos de debate de idéias das Américas, onde convidados do mundo todo vem expor e debater sua idéias.
Em maio já ocorreu por duas vezes a Globaltech, a maior feira de ciências e tecnologia da América Latina. Lá se encontram as maiores universidades do estado e do país para discutir sobre o futuro.
Geralmente no 1º semestre ocorre o Fórum Internacional de Software Livre, um dos maiores eventos do mundo sobre software livre. O FISL reúne palestras, debates e os melhores profissionais da área.
Em setembro, ocorre na Estância da Harmonia, localizada no Parque Maurício Sirotski Sobrinho, o Acampamento Farroupilha, onde centenas de piquetes montam suas barracas e fazem os seus churrascos, para festejar a Revolução Farroupilha em 20 de setembro.
Na área cultural, setembro é marcado pelo Porto Alegre em Cena, festival de grandes proporções que reúne apresentações de teatro, dança e música de artistas e grupos convidados de todo o mundo.
Em outubro anualmente ocorre a Feira do Livro, a maior feira de livros a céu aberto da América . A primeira edição da Feira foi em 1955, a primeira do Brasil. Estima-se que quase dois milhões de pessoas visitem a Feira.
A cada dois anos, em geral no período que compreende outubro a dezembro, Porto Alegre sedia a Bienal do Mercosul, evento artístico-cultural de grande porte e de grande atração turística.
Na cidade a "Corrida para Vencer o Diabetes", promovida pelo Instituto da Criança com Diabetes. Trata-se de uma corrida solidária na qual se arrecadam fundos para o instituto, que promove tratamento e assistência a crianças e adolescentes com diabetes.
Nos verões de 2001, 2002, 2003, 2005 e 2010 a cidade foi sede do Fórum Social Mundial, reunindo em cada uma das duas últimas edições mais de 100 mil pessoas de mais de 100 países para discussões, debates e mobilização. Durante a última edição foi produzida a Consenso de Porto Alegre, onde os intelectuais de esquerda que comporam boa parte do evento entraram num consenso quanto a medidas globais a serem tomadas urgentemente.
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Principais buscas hoteleiras: Hotel Carnaval 2010, Hotel Fazenda, Hotel Ibis, Hotel São Paulo, Hotel Rio de Janeiro, Hotel Paris, Hotel Nova York, Hotel Brasília, Hotel Porto Alegre, Turismo GLS, Resorts
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Pousada: Pousada Salvador, Pousada Búzios, Pousada Fortaleza, Pousada Paraty, Pousada Gramado, Pousada Porto Seguro, Pousada Ubatuba, Pousada Porto de Galinhas, Albergue
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Passagens Aéreas: TAM, Gol, Azul, OceanAir, Trip, Webjet, American Airlines, Continental Airlines, Delta Airlines, United Airlines, Ponte Aérea Rio-São Paulo, Passagens Aéreas Promocionais.

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 Vista Aérea de Porto Alegre
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Centro - 1938
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Década de 30
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Av. Borges de Medeiros, viaduto Otávio Rocha, Cúria, fundos do Palácio Piratini - 1940
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Mercado Público, Mercado Livre, construção do prédio do INPS - 1950
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Praça XV de Novembro - 1950
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Cias do Porto Mauá - 1950
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Centro -1950
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Centro, Cais do Porto Mauá - 1950
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Centro -  1950
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Centro e parte da zona sul - 1950
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1950
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Vista do Rio Guaíba, com o inicio do aterro na zona sul - 1950
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Centro - 1950
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Centro - 1953
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Praça XV, Praça Parobé - 1954
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Centro, UFRGS, praça Argentina - 1960
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Cais do Porto - 1960
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 Av. João Pessoa, Praça Argentina, UFRGS - 1960
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Centro, Cais do Porto - 1963
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Centro, praça Argentina, Santa Casa - 1965
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Bairro Bonfim - 1967
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Independência - 1967
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Centro, com destaque para o Mercado Livre, Mercado Público, Junta Comercial e o famoso esqueleto de prédio inacabado que continua assim, hoje 2009 - 1970
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Borges de Medeiros, com Largo dos Açorianos - 1970
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1975
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Lembrança do Passado
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Rádio Patrulha - 12.03.1965
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Comício das Diretas , junto ao Paço Municipal - 1983
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Tudo isto é Porto Alegre!
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Bibliografia e Agradecimentos:

Correio do Povo
Zero Hora
Jornal do Comércio
Museu Hipólito José da Costa
Acervo da UFRGS
Acervo Ministério Público
Acervo Assembléia Legislativa do RS
Coleções Particulares
Sites
Blogs