Bem Vindo

- Com esta série não é pretendido fazer história, mas sim é visado, ao lado das imagens, que poderão ser úteis aos leitores, a sintetizar em seus acontecimentos principais a vida da Cidade de Porto Alegre inserida na História.

Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

Dividir estas informações e aceitar as críticas é uma dádiva para o pesquisador.

- Este Blog esta sempre em crescimento entre o Jornalismo, Causos e a História.

Haverá provavelmente falhas e omissões, naturais num trabalho tão restrito.

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- Em História, não podemos gerar Dogmas que gerem Heresias e Blasfêmias e nos façam Intransigentes.

- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

Poderá demorar um pouquinho para baixar, mas vale à pena. - Bom Passeio.

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Chafarizes de Porto Alegre

Chafarizes, Fontes, Bicas
 Relíquias em ferro fundido 


José Francisco Alves, autor do livro “Fontes d’Art do Rio Grande do Sul”, acredita que os dois cães que guardam o Monumento a Júlio de Castilhos, na Praça da Matriz, em Porto Alegre, não sejam obras do artista carioca Décio Villares, criador do monumento, inaugurado em 1913. Os cães são em ferro fundido, enquanto as figuras do monumento são de bronze. Correspondem a  peças idênticas que aparecem em antigo catálogo da Fundição Val d’Osne.
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Praça Montevidéo
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Fonte "A Samaritana", junto ao Paço Municipal em 1925 
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Foi transferida para a Praça da Alfândega em 1926
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"Fonte Talavera de La Reina", cedida pelo governo Uruguaio pelo Centenário da Revolução Farroupilha, colocada no lugar da fonte "A Samaritana" - 1935
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Parque Farroupilha (antiga Redempção)
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Fonte Luminosa Parque Farroupilha - 1935
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Chafariz Lago Parque da Redenção
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Fonte no monumento a Beetoven, no espelho d'água em frente ao auditório Araujo Viana
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Praça Júlio de Castilhos
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Fonte e lago
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Hydráulica Guaybense
1885
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Hydráulica do Moinhos de Vento

Fonte
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Processo de Tratamento do Esgoto

O Dmae foi criado em 15 de dezembro de 1961, mas a história do abastecimento de água e do saneamento em Porto Alegre teve início no século XVIII.
Desde a fundação da Capital Gaúcha, os porto-alegrenses têm o Lago Guaíba como seu principal manancial. Naquela época, o lago já era também o destino dos dejetos da cidade, que não recebiam qualquer tratamento.
Aos poucos, com o aumento da população e a ocupação de áreas mais distantes do Guaíba, cresceu a necessidade de abastecimento de água na cidade.
Assim, em 1779 foram construídas as duas primeiras fontes públicas de Porto Alegre, de onde os "pipeiros"
retiravam a água para vender de porta em porta.
Outras fontes foram espalhadas pela Capital até a segunda metade do século seguinte.

1861

Entre 1861 e 1944, Porto Alegre contou com dois sistemas de fornecimento de água. A Hidráulica Porto-alegrense
(que explorou os serviços de água encanada entre
1866 a 1944) e a Companhia Hydraulica Guahybense, responsável pela coleta
e distribuição de água à população de 1861 a 1904,
ano em que foi estatizada como Secção de Abastecimento de Água (mais tarde rebatizada de Secção da Hydráulica Municipal). Até essa época, na área de saneamento, praticamente não havia avanços.

1912

O primeiro sistema de esgotos da cidade, com 51 mil metros, foi inaugurado somente em 1912. Os resíduos eram recolhidos nas moradias e estabelecimentos e despejados no Guaíba. Neste mesmo ano foi lançado o Regulamento do Serviço de Esgotos.

1928

Criada a Diretoria Geral de Saneamento (DGS). A água passa a ser tratada.

1956

A DGS transforma-se em Secretaria Municipal de Água e Saneamento.

1960

No início da década, o município fez empréstimo de US$ 3,15 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimento em saneamento básico. Por exigência da instituição internacional, a Secretaria Municipal de Água e Saneamento foi transformada em Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
1961
Em 15 de dezembro, o vice-prefeito Manoel Braga Gastal assina a Lei Nº 2.312 que cria o Departamento Municipal de Água e Esgotos. O primeiro administrador do Dmae, Eduardo Martins Gonçalves Netto, ficou no cargo até o fim do mandato do prefeito Loureiro da Silva, em 1963.

1970

Nos anos 70, registrou-se o maior desenvolvimento dos
sistemas de água e esgotos de Porto Alegre.

1980

Em 1981, o Dmae abastecia 98% da população porto-alegrense. A rede de coleta de esgoto cloacal atingia 50% dos usuários.
Da década de 80 para cá, o Dmae fez uma série de investimentos, com recursos próprios e financiamentos.


A Samaritana

Em fevereiro de 1919, a revista Kodak, considerando tal realização como fato inédito na capital gaúcha. O jornalista saiu empolgadíssimo do atelier porque pôde contemplar bem de pertinho uma moça, de seios de fora, posando para os olhos discretos do artista.
Consta que a obra foi modelada por Alfred Adloff, um dos nomes mais respeitados na estatuária local daquele tempo.

Em 1925, a Samaritana fora instalada no Largo dos Açorianos à beira de uma “bacia de granito”, Foi um trabalho feito em galvanoplastia nas oficinas de João Vicente Friederichs, A Samaritana parece ter sido moldada com base em modelo vivo, do que dá a notícia.

A Samaritana teve que deixar um ponto nobre, um lugar privilegiado, em frente ao Palácio Municipal, na Praça Montevidéu, assim denominada desde 25 de setembro de 1916.

Foi levada, em 1935, para a Praça da Alfândega, junto com a bacia de granito que a acompanharia na transferência forçada de local, cujo futuro ninguém seria capaz de imaginar. Essa mudança de endereço decorreu da imposição das circunstâncias que marcaram as comemorações do Centenário Farroupilha.

Fonte Talavera

- Vistosa, muitíssimo bonita, instalada na antiga Praça Municipal (Paço Municipal), em frente ao prédio da Prefeitura, na atual Praça Montevidéo número 10.
Foi presente da colônia espanhola em 1935, por ocasião da comemoração do centenário da Revolução Farroupilha.
Este monumento sinaliza o marco zero da cidade de Porto Alegre.

A idéia de fazer uma homenagem com um chafariz, foi do povo espanhol para Porto Alegre, partiu do professor e escultor Fernando Corona (Espanha, 1895 – Porto Alegre, 1979).
A intenção era ornamentar a cidade com algo que traduzisse o espírito clássico da Espanha.
Desenhada por Fernando Corona, a obra foi executada pelo mais afamado ceramista talaverano (Talavera de La Reina – Espanha), Juan Ruiz de Luna.

Para trazer o material da Espanha, o embaixador espanhol no Brasil, D. Vicente Salles, conseguiu transporte gratuito.
O presidente da República Getúlio Vargas concedeu isenção de impostos de importação, enquanto que o governador do Rio Grande do Sul, Flores da Cunha, facilitou o transporte das peças pelo interior do estado.
O local de construção foi concedido pelo intendente municipal (prefeito) Alberto Bins.

A fonte é recoberta de azulejos espanhóis nas cores azul-cobalto e amarelo-ocre e originalmente apresentava uma grande bacia dupla inferior em dodecágono e uma bacia redonda também dupla ao centro, redonda, esta sobre um pedestal com quatro golfinhos. Ali também existe um painel que traz a inscrição:

LA COLONIA ESPAÑOLA
AL GLORIOSO PUEBLO
RIOGRANDENSE
EN SU CENTENARIO
FARROUPILHA
1835 1935

Em 2000, ocorreu a primeira restauração da fonte. Nesta restauração foram recuperadas as pinturas de toda a fonte e os quatro peixes-vertentes, que encontravam-se quebrados.

Em julho de 2005, após um movimento de protesto de carroceiros, a cuba superior do chafariz foi danificada. Além disso, uma das vertentes já estava desaparecida.

Em outubro de 2007, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou que a Fonte Talavera espera para ser reformada, após quase 2 anos funcionando quebrada e sem a parte superior.

Em 2008, as novas peças vieram da Espanha e a substituição completa da cuba superior da fonte, mas as tonalidades causaram polêmica.
A cuba da fonte original, quebrada, encontra-se atualmente em exposição no subsolo da Prefeitura Municipal.

3 comentários:

  1. Olá James! Gostei muitíssimo do seu trabalho! Parabéns. Por gentileza, gostaria de um contato direto seu para falarmos a respeito das fotos que postou, onde eu também poderia encontrá-las ou o contato do autor para que eu possa pedir autorização de uso. Meu nome é Ana Paula e e-mail é pah.oli.adv@gmail.com.
    Agradeço e fico no aguardo de um retorno. Abraços.

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  2. Oi, James,

    Tens algum material virtual que fale sobre os chafarizes da cidade do Rio Grande? Constatei muita semelhança na arte do chafariz da Praça Xavier Ferreira em Rio Grande, como chafariz do Parque Farroupilha. Se quiser ver as fotos, estão no meu facebook http://www.facebook.com/photo.php?fbid=454355221255428&set=a.344897325534552.86276.100000428615976&type=1&theater . Por favor, responder para o e-mail regyslm@yahoo.com.br Abraços!

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  3. Excelente material de pesquisa. Gostaria de saber se há algo sobre local de desembarque dos imigrantes italianos, hospedagem, os primeiros dias em POA antes de tomarem suas embarcações subir o Caí acima? Grato!

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