Os Bons Tempos do Trem na
Zona Sul
A estrada de ferro municipal Riacho/Tristeza foi organizada em 1896 para transportar os despejos na Ponta do Dionísio. Com o desenvolvimento do bairro, começou a circular o trenzinho de passageiros como linha suburbana, a estrada contornava a orla natural do Guaíba até a Tristeza.
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Desenho de Hélio Ricardo Alves mostra como era feito o despejo na Ponta do Melo (atual Ponta do Estaleiro Só) - Foto: Reprodução
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Estação RIACHO***
Município de Porto Alegre, RS
Linha de Tristeza - km RS-2120
Inauguração: 14.01.1900
Uso atual: demolida sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1900 (já demolido)
A E. F. do Riacho foi aberta em 1899 para o transporte de cubos entre o bairro do Riacho e da Ponta do Asseio. Estes cubos eram feitos a partir de matéria excrementosa que deveria ser prensada e despejada no trapiche da Ponta do Mello.
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Estação Riacho, Cidade Baixa - 1910
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A partir de 1900, a ferrovia passou a transportar também passageiros, bagagens e mercadorias. A tração era animal, passando para trens a vapor aparentemente nos anos 1910.
Em 1912, a linha foi estendida até a praia de Pedra Redonda.
Em 1924, levou-se a linha até o cais do porto para transportar pedras para as obras desse cais.
Em 1926, foi aberto também um ramal para Vila Nova.
Em 1927, a linha foi levada até a recém-inaugurada estação de Ildefonso Pinto, que também se ligava com a estação central de Porto Alegre e de onde também saíam trens da VFRGS para o interior do Estado.
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A estação do Riacho foi inaugurada em 1900. Ficava onde hoje é o bairro Cidade Baixa, tendo o nome dado por haver um riacho, o Sabão (atual Dilúvio). Ali começava a E. F. do Riacho, que além de transportar cubos de matéria excrementosa, que deveria ser prensada e despejada no trapiche da Ponta do Mello, também carregava pessoas que iam para as praias de Tristeza e, a partir de 1912, para Pedra Redonda, mais à frente no ramal.
Estação da Tristeza, esta estação ficava onde é a atual praça Cmdor. Souza Gomes no centro da Tristeza - 1912
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Há historiadores que afirmam que a estação do Riacho foi a primeira a ser inaugurada, antes do terminal Tristeza, que vinha depois; era, aparentemente, chamada também de estação da Ponte de Pedra. Outros falam em Ponta do Dionisio, que seria onde hoje é a Vila Assunção. Ainda há que se elucidar esta nomenclatura. Em 1927, a linha foi levada do Riacho até a recém-inaugurada estação Ildefonso Pinto, que também se ligava com a estação central de Porto Alegre e de onde também saíam trens da VFRGS para o interior do Estado.Acima: A estação do Riacho é mostrada neste mapa publicado no Guia Levi de 1957, na esquina da rua Cel. Genoíno com a Avenida Guaíba, no alto à direita, às margens do Guaíba.
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Se a linha ainda existia em 1957 é um mistério, pois o mapa pode ser mais antigo; porém, por esse mapa, a linha terminava ali, já tendo sido aparentemente desativado o resto da ferrovia. De Ildefonso Pinto, estação não mostrada, mas sabidamente na esquina da av. Borges de Medeiros com a av. Mauá, no cais do Porto, até a estação do Riacho, a linha percorria toda a margem do rio até a estação do Riacho. (Guia Levi, janeiro de 1957).
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Attila do Amaral afirma que a linha passou para a administração da VFRGS em 1938 e que nessa época a extensão total de suas linhas era de 13,770 km. Ele também afirma que essa linha foi erradicada somente em 1966. Vários historiadores, entretanto, dão como sendo o ano da extinção do transporte de passageiros na E. F. do Riacho como sendo 1932. Os guias de horários ainda acusam trens entre as estações de Riacho e de Pedra Redonda, passando pela Tristeza, em 1932, mas já não os acusam em 1938.No início do funcionamento do trem para a Zona Sul, a tração era animal. Mais tarde, foi substituída por trens a vapor. Assim nos dizia um anúncio de um jornal da época:
“Espera-se que até dezembro esteja aberta ao tráfego a estrada de ferro à Ponta do Dionysio, obra contratada pela Intendência Municipal com o Sr. Gaspar Guimarães e o Dr. Luiz Caetano Ferraz. O percurso total da linha é de dez quilômetros, já estando seis com o respectivo leito preparado e os ramais em adiantado preparo. As locomotivas já se acham nesta capital,e, segundo nos informam, denominar-se-ão Progresso e Rosa, nomes escolhidos pelo digno empreiteiro Dr. Luiz Ferraz. Os trilhos estão no Rio Grande, em viagem para aqui. A plataforma da estação do Riacho vai muito adiantada, devendo em pouco tempo estar pronta. Teremos, pois, brevemente, uma via-férrea contornando, em grande parte, a belíssima baía do Guaíba“.
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O “Trenzinho”, como era conhecido pela população, trafegava lentamente, passando por diversos bairros da Capital, entre eles, o Cristal, a Assunção, a Tristeza, a Vila Conceição e a Pedra Redonda. O início da linha podia ser na Estação da Ponte de Pedra, na Cidade Baixa, ou na Estação Ildefonso Pinto, perto do Mercado Público, nos fundos do Mercado Novo no Centro. Durante a semana, o trem tinha dois horários de saída: às 8h e às 16h30min.
Nos domingos, quando a procura era maior em função dos banhos no Guaíba e dos piqueniques na praia, saíam em mais horários, um às 10h e outro às 14h, e o preço da passagem era de aproximadamente 400 réis.
Além dos passageiros que viajavam com seus pacotes e maletas, o trem também transportava pedras da Ponta do Dionisyo (hoje, o Clube Veleiros do Sul), para a construção do Cais do Porto.
Em 1924, o então presidente do Estado do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, decidiu dar início a grande obra no cais. Sendo assim, muita pedra foi levada das pedreiras da Zona Sul ao Centro.
Quem utilizava o trenzinho, sentia que era uma viagem segura e tranquila pela baixa velocidade dos vagões. A Maria-Fumaça percorria caminhos diversos e apesar de ser chamado de “o Trem da Merda”, ainda assim, era divertido e bonito o passeio pelas ruas de Porto Alegre.
Nos primeiros anos de funcionamento, o trem vinha somente até a Ponta do Dionysio, hoje Vila Assunção.
Com o passar dos anos, a via foi estendida até o bairro Tristeza, e, em 1912, até a praia da Pedra Redonda.
Esse prolongamento da via só foi possível graças a um empreendimento particular, sendo mais tarde adquirida pelo Estado e incorporada à Via Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS).
Tal empreendimento resultou em um grande desenvolvimento à Zona Sul, transformando-a em área nobre da cidade com suas casas de veraneio, seus hotéis e restaurantes. O bairro Tristeza é um exemplo desse progresso, conforme nos conta Pellin em suas crônicas sobre o antigo arrabalde:
“Tristeza progredia, habitada agora pela elite porto-alegrense e por famílias estrangeiras, que vêem nascer a nova praia de frente para o sul, a Pedra Redonda”.
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Estação Pedra Redonda
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Escavação na rocha na Vila Conceição para chegar a Pedra Redonda - 1920
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Para o trem chegar até a Praia da Pedra Redonda, foi preciso um grande investimento e muitas obras foram feitas envolvendo escavações e explosões no morro onde hoje se encontra a Vila Conceição. Grande quantidade de pedra e parte da mata foi retirada da região para que a estrada de ferro pudesse ser construída. Um fosso de granito com 800 metros de comprimento por 10 metros de altura foi escavado desde o início da vila até a beira da praia, criando um grande paredão por onde passava o trenzinho. A obra no morro durou cerca de três anos.
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Ponte de Pedra, Cidade Baixa - 1915
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Algumas pessoas aproveitavam para ir a pé até a praia, utilizando o caminho aberto. Porém, o passeio era muito perigoso, pois, quando o trem se aproximava, as pessoas se espremiam entre as paredes de pedra e a locomotiva, causando um grande desconforto. Era uma aventura e tanto, conforme diziam os jovens da época, que se arriscavam para curtir os banhos na praia mais famosa da época.
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A Ponta do AsseioRelato interessante sobre essa pequena estrada de ferro foi o de Augusto Meyer, escritor, jornalista e contemporâneo do trem. Em sua obra No Tempo da Flor, citado na Pequena Antologia do Trem, Meyer traz lembranças da ferrovia na década de 1920:
“A grande animação, no Largo da Tristeza, era o trenzinho das cinco. Ficava a estação ao lado da velha Ponte do Riacho, e parece que ainda estou no Beco do Império, picando o passo, ao ouvir o primeiro apito. Ladeira abaixo, somos alguns retardatários, em cima da hora. Mas o trenzinho, com mais apito e fumaça do que pressa, levará muito tempo a decidir-se, arrastando a sua sina pela Praia de Belas“.
Inicialmente, a linha do trem foi utilizada para transportar os cubos malcheirosos provenientes das casas dos arrabaldes que não tinham esgoto. Portanto, tinha uma função essencialmente sanitária. O trajeto percorrido por esse material ia até a chamada Ponta do Asseio ou Ponta do Melo, onde hoje se encontra o Estaleiro Só, no bairro Cristal. Em tempos mais remotos, esse material viajava até outra ponta do Dionísio, no bairro Assunção. Dentro dos vagões, iam grandes cilindros, com todo o conteúdo fedorento.
Esses cubos, fornecidos pela Intendência Municipal de Porto Alegre, eram colocados sob a tábua de assento dos banheiros da época para serem usados e, depois de cheios, eram encaminhados até a estação do trem mais próxima. Logo que chegava ao seu destino, o conteúdo dos cubos era prensado e descarregado diretamente no rio. Os mesmos cubos, ou cabungos, que levavam os dejetos, após serem descarregados e limpos com creolina, faziam a viagem de volta.
Conforme Sérgio da Costa Franco, “o asseio público deixou suas marcas nas tradições da cidade. Como Ponta do Asseio ficou popularmente conhecida a Ponta do Melo, como Lomba do Asseio a ladeira que ligava aquela ponta à Avenida Padre Cacique. Cabungos e cabungueiros são tristemente lembrados pelos mais velhos”.
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Ruínas da estrutura da ponte na Vila Nova
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Ramal da Vila Nova - km 4,200 (1926) RS-4334 Inauguração: 1926
Uso atual: demolida sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1926 (já demolido)
A Estação de Vila Nova, cujo nome real era Vicente Monteggia, foi inaugurada em 17/10/1926, como ponto terminal do ramal da Vila Nova da E. F. do Riacho, com 4,200 metros. Aparentemente, esse ramal funcionou por pouco tempo: o Guia Levi de fevereiro de 1932 já não acusava a sua existência, embora mostrasse o trecho Riacho-Tristeza-Pedra Redonda.
Transcrição da página do jornal que noticiou o fato da inauguração do ramal:
"No domingo, 17 de outubro, realizou-se a velha aspiração dos laboriosos moradores do próspero arrabalde de Vila Nova, com a inauguração de um ramal férreo, que partindo do Cristal alcança aquele povoado. Às 10 horas partiu do cais do porto o trem inaugural com dois carros repletos de autoridades, convidados e uma banda de música. Chegados ao ponto inicial, pouco além do Cristal, desceram todos os excursionistas e dirigiram-se junto à chave que dá entrada para o ramal de Vila Nova, cuja chave estava amarrada com fitas com as cores do Estado. O Sr. Major Alberto Bins, vice-intendente da Capital, representando o Sr. Dr. Octavio Rocha, digno intendente, cortou as fitas e pronunciou as seguintes palavras:
'Neste momento, em nome do Intendente Municipal, e como Vice-Intendente, cabe-me a honra de abrir a chave do desvio, que liga a estação do Cristal ao arraial de Villa Nova, eu o faço em nome do Intendente Municipal, que com isso, cumpre mais uma promessa dos grandes melhoramentos prometidos, para o embelezamento e para o progresso do município de Porto Alegre".
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Acima: O momento em que o Sr. Major Alberto Bins, vice-intendente, corta a fita simbólica e entrega ao tráfego o novo ramal férreo (Acervo Paulo N. de Carvalho).
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As última palavras foram recebidas com vivas e palmas. Em seguida pos-se o trem em movimento, em demanda da estação Vicente Monteggia, ponto terminal do ramal, no centro da Vila Nova. A linha que percorre a distância de 4.200 metros, entre plantações, parreiras e chácaras, oferece ao viandante uma visão exata da prodigiosa fertilidade da terra e da inteligente laboriosidade dos habitantes daquela zona. À chegada da comitiva em Vila Nova subiram ao ar inúmeros foguetes, os sinos repicaram e a população dava vivas que eram correspondidas pelos excursionistas. Em seguida foi inaugurada a estação Vicente Monteggia, perante as altas autoridades municipais, convidados e enorme multidão. Houve banquete, churrasco e a mais franca alegria, todos felicitando aos dignos moradores da Vila Nova pelo útil melhoramento que aos esforços do Dr. Octavio Rocha eles deviam. Durante todo o dia e pela noite adentro, grande foi aconcorrência ao belo arrabalde para participar dos festejos e regozijo popular" (O Ferroviário, Porto Alegre, 1/11/1926).
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Estação Ildefonso Pinto - década de 1960
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V. F. Rio Grande do Sul (1927-1975)RFFSA (1975-1972)
Estação ILDEFONSO PINTO
Município de Porto Alegre, RS
Linha Porto Alegre-Uruguaiana - km 0 RS-0549
Linha de Tristeza - km 0 Inauguração: 1927
Uso atual: demolida sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
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A linha Porto Alegre-Caxias foi aberta no trecho entre a Capital e São Leopoldo em 1874, como a primeira ferrovia do Estado. Em 1876 foi prolongada até a estação de Novo Hamburgo. Em 1905, a Cie. Auxiliaire assumiu a linha. Apenas em 1909 a linha teve continuação, partindo de Rio dos Sinos, 7 km antes de Novo Hamburgo e chegando até Carlos Barbosa, e, no ano seguinte, até Caxias (Caxias do Sul). Em 1920 a linha foi assumida pela VFRGS. Foi desativada nos anos 1980; o trecho até São Leopoldo foi retificado e serve hoje ao sistema Trensurb da Grande Porto Alegre (trens metropolitanos); entre Rio dos Sinos e Montenegro, a linha foi erradicada em 1963, substituída por uma variante; para a frente, existem trilhos ainda em alguns pedaços, mas oficialmente a ferrovia a partir de Montenegro foi extinta em 1994 pela RFFSA.
Estação Ildefonso Pinto, com o vagão locomotiva estacionado - década de 1950
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A estação de Ildefonso Pinto foi construída e inaugurada em 1927 para ser a estação inicial da ferrovia Riacho-Tristeza, que já existia desde o final do século 19 e que, a partir desse ano, passou a se iniciar na nova estação. Esta por sua vez foi interligada também à linha da VFRGS, de forma que alguns trens para o interior partiam desta estação e dali seguiam para a estação central de Porto Alegre. Pouco depois, nos anos 1930, a pequena ferrovia foi desativada, mas Ildefonso Pinto seguiu funcionando para a VFRGS. Ficava na esquina da avenida Borges de Medeiros com a avenida Mauá. Em 1972, foi demolida.
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Trem que fazia a linha na década de 1930
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Neste foto de 1960 ainda vê-se parte dos trilhos da estrada do Riacho no Cristal junto ao novo hipódromo
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(Fonte: Olyr Zavaschi, em artigo publicado no jornal Zero Hora em 15/05/2004, e Janete Carneiro - Blogueiros).Neste foto de 1960 ainda vê-se parte dos trilhos da estrada do Riacho no Cristal junto ao novo hipódromo
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estes relatos aumentaram meus conhecimentos sobre a história da tristeza e zona sul de porto alegre. Achei ótimo.
ResponderExcluirRecentemente passando pela av.João Salomoni na Vila Nova deparei com as obras de um condomínio e para minha surpresa avistei um pontilhão de estrada férrea,não sabia eu que por ali já passou trem.fiquei encantado com aquela obra de arte e histórica,à fotografei bastante. O meu medo é que a especulação imobiliária seja maior e esta obra seja destruía. As fotos são as mesmas da matéria acima (Ramal da Vila Nova). Gilberto Spíndola,ferroviário aposentado.
ResponderExcluirQual parte da joao salomoni
ExcluirEM 1958,59 E 60 MORAVA NA VILA DUQUE DE CAXIAS, JÁ EM SÃO LEOPOLDO, AO LADO DA LINHA DE TREM, DE UM LADO UM GRANDE EUCALIPAL, DO OUTRO LADO DA LINHA UM ARROIO, ONDE NOS REFRESCÁVAMOS NOS VERÕES GAÚCHOS. FICAVA SEMPRE VENDO A MARIA FUMAÇA SUBIR SENTIDO A PORTO ALEGRE SOFRENDO COM OS VAGÕES QUE PUCHAVA, MAS A TARDE ELA DESCIA FACEIRA E FELIZ COM DESTINO A SÃO lEOPOLDO . ERA UMA ´EPOCA MUITO BACANA, MUITO ROMÃNTICA. NA SEGUNDA FOTO DE BAIXO PARA CIMA TEM UM TREM DE UM SÓ VAGÃO, E A GENTE CHAMAVA DE CARRO MOTOR, POIS ERA MOVIDO A DIESEL, OU TALVEZ GASOLINA, POIS NÃO ERA PUXADO POR NENHUMA LOCOMOTIVA. ERA MUITO ÁGIL, E MEU SONHO ERA ANDAR NUM DELES, MAS NUNCA ANDEI....SUA CÔR ME LEMBRO AINDA ERA VERDE CLARO...........EU NASCI EM 51, SOU PAULISTA DE NASCIMENTO, MAS MOREI EM SÃO LEOPOLDO NOS ANOS CINQUENTA.
ResponderExcluirEmbriagados pela tecnologia fantástica do petróleo de alguma forma emburrecemos a ponto de abandonar os trens pela cidade. Imagine hoje um trem de passageiros com velocidade bucólica a costear o Guaíba do Gasômetro, beira Rio, clubes Nativos até Ipanema e Ponta Grossa. Será que há um atrativo turístico em Porto Alegre maior do que este que não existe?
ResponderExcluirachei intrigante e pitoresca a bela materia...e saber onde ando sobre o que ja foi...parabéns
ResponderExcluirO vagão-locomotiva é, Provavelmente, uma litorina. Na época em que ainda era usada, chamava-se carro-motor e fazia a ligação Porto Alegre- Novo Hamburgo. Mais de uma vez, fiz esse trajeto, quando criança. Íamos passar o domingo com a familia Fuck, amigos de meus pais.
ResponderExcluirParabenizo, a rica coleta,pesquisa,organização, e apresentação, deste tema muito rico,na história da cidade de Porto Alegre.Afirmo como arquiteto e urbanista,pesquisador,e ex-professor,escritor,que nossa cidade,hoje,está descuidada,de seu presente, passado,e futuro.Acredito na memória, como fator de registro,e garantia de que,com planejamento,seja possível ver o futuro.Agradeço a todos pelo belo trabalho.Gostaria muito de receber por e-mail,esta matéria em especial. Att.Arq.Urb.William Cunha Pupe- CAURS A10912-6.
ResponderExcluirContam que minha tataravó (Magdalena, imigrante Austríaca de Trieste) tinha um restaurante próximo a estação Tristeza, onde almoçaram todas as autoridades da época. A casa dela era um sobrado, onde hoje fica o Zafari da Otto Niemeyer e parte da igreja do bairro.
ResponderExcluirMaravilha
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