Times
de Foot-Ball
Bons
Tempos ...
-
Na época do futebol romântico, Porto Alegre tinha muitos clubes de qualidade
como Grêmio, Fussball, Internacional,
São José, Força e Luz, Americano
entre outros.
"O futebol foi introduzido no
Brasil por Charles Müller, em 1894, em São Paulo"
Porto
Alegre
- Originalmente estas foram as principais forças do
Foot-Ball de Porto Alegre de setembro de 1903 até a metade do século XX:
Grêmio,
Internacional, Cruzeiro, Força e Luz, São José, Renner, Americano, Porto
Alegre, Ferroviário, Sokol e Villa Nova.
- Durante todo o início do século XX, o futebol no
Rio Grande do Sul se desenvolveu aos poucos e regionalmente: os gremistas foram
pentacampeões citadinos, o maior campeonato da época, entre 1911 e 1915 e já
eram uma das potências do Estado quando o Campeonato Gaúcho foi instaurado, em
1919.
- As duas edições inaugurais do campeonato foram
vencidas por clubes do interior – 1919 - Brasil de Pelotas, 1920 - Guarany de
Bagé, e em 1921 e 1922 - Grêmio, com os artilheiros Bruno, Lagarto e Ramón
comandando o ataque e já com aquele que seria um de seus maiores ídolos, o
goleiro Eurico Lara.
Clubes
Atuais:
- Cruzeiro • Grêmio • Internacional • Porto Alegre
(ex-Lami) • São José.
Extintos:
- 7 de Setembro • Americano • Bancário • Colombo •
Concórdia • Cruz de Malta • Força e Luz • Frisch Auf • Fussball Club • Lageado
• Marechal de Ferro • Militar • Municipal • Nacional AC • SC Nacional • Renner
• Ruy Barbosa • Sokol • Tabajara • Villa Nova • Ypiranga.
Estádios
Atuais:
- Arena Tricolor • Beira-Rio • Estrelão • Olímpico •
Parque Lami • Passo d'Areia • José Carlos Daudt • Universitário • Alim Pedro.
Inativos:
- Timbaúva.
Demolidos:
- Baixada • Chácara das Camélias • Chácara dos
Eucaliptos • Eucaliptos • Montanha • Tiradentes.
Para Saber:
- Campeonato Citatino de Porto Alegre
Ano Campeão Vice
1972 (Extra) Internacional -
1964 Grêmio -
1961 Internacional -
1960 Grêmio -
1959 Grêmio -
1958 Grêmio -
1957 Grêmio -
1956 Grêmio -
vice: Renner -
1955 Internacional - vice: Grêmio -
1954 Renner -
vice: Internacional -
1953 Internacional - vice: Grêmio e Renner -
1952 Internacional -
1951 Internacional -
1950 Internacional -
1949 Grêmio -
vice: Internacional -
1948 Internacional - vice: EC São José, Grêmio e
Corinthians -
1947 Internacional - vice: GE Fôrça e Luz e Cruzeiro
-
1946 Grêmio - vice: Internacional -
1945 Internacional -
1944 Internacional - vice: Grêmio -
1943 Internacional - vice: Grêmio -
1942 Internacional - vice: Cruzeiro -
1941 Internacional - vice: G.E. Força e Luz -
1940 Internacional -
1939 (Prof.) Grêmio -
1939 (Amador) -
1938 (Prof.) Grêmio -
1938 (Amador) Renner -
1937 (Prof.) Grêmio -
1937 (Amador) Grêmio -
1936 Internacional -
1935 Grêmio -
1934 Internacional -
1933 Grêmio -
1932 Grêmio -
1931 Grêmio -
1930 Grêmio -
1929 Cruzeiro -
1928 SC Americano -
1927 Internacional -
1926 Grêmio -
1925 Grêmio -
1924 SC Americano - vice: Cruzeiro -
1923 Grêmio -
1923 Fussball Club Porto Alegre -
1922 Internacional
1922 Grêmio -
1921 Cruzeiro -
1921 Grêmio -
1920 Grêmio -
1920 Internacional -
1919 Grêmio -
1918 Cruzeiro -
1917 Internacional -
1916 Internacional -
1915 LPAF Internacional
1915 AFPA Grêmio -
1914 LPAF Internacional -
1914 AFPA Grêmio -
1913 Internacional -
1913 Grêmio -
1912 Grêmio -
1911 Grêmio -
1910 Militar FC -
Observação:
- Os dados de 1918 a 1948 foram retirados do Livro "Relatório da Federação Rio Grandense
de Futebol", datado de 1948, a atual Federação Gaúcha de Futebol, com
a seguinte nota:
"Nos anos de 1920-1921 e 1922 figuram dois campeões em
vista de existirem duas ligas na Capital. Neste mesmo relatório não é citado o
título do Fussball Club Porto Alegre de 1923 e o título do Renner em 1938;
também não é citado a conquista do Fussball Club Porto Alegre, em 1923, e
Americano, em 1924 - o que consta é "não foi disputado".
Os anos do campeonato amador em 1937, 1938 e 1939 também não são citados.
O Antigo Formato dos Campeonatos
Campeonato de Porto Alegre 1911
(Liga Porto Alegrense de Foot-Ball)
Participantes:
FUSS-BALL Club Porto Alegre
GRÊMIO Foot-Ball Porto Alegrense
Sport Club INTERNACIONAL
Sport Club NACIONAL
Grêmio Foot-Ball 7 DE SETEMBRO
Desistências:
Militar, que desapareceu após a mudança da Escola
Militar para o Rio de Janeiro
Frisch-Auf, departamento de futebol da atual Sogipa,
que se desfiliou
21.5.11 Fussball 8-1 Nacional Voluntário da Pátria
28.5.11 Grêmio 10-1 7 de Setembro Moinhos de Ventos
04.6.11 Internacional 6-0 Nacional Redenção
11.6.11 Fussball 7-0 7 de Setembro Voluntários da
Pátria
19.6.11 Internacional 1-10 Grêmio Redenção
25.6.11 7 de Setembro 4-0 Nacional Redenção
02.7.11 Grêmio 7-0 Fussball Moinhos de Ventos
09.7.11 Internacional 4-1 7 de Setembro Redenção
21.7.11 Grêmio 4-1 Nacional Moinhos de Ventos
30.7.11 Fussball 3-3 Internacional Moinhos de Ventos
(1)
Classificação
PG J V E D GP GC SG
1º Grêmio
8 4 4 0 0
31 3 28
2º Fussball
5 4 2 1 1
18 11 7
3º Internacional
5 4 2 1 1
14 14 0
4º 7 de Setembro 2
4 1 0 3 6
21 -15
5º Nacional
0 4 0 0 4
2 22 -20
Grêmio Campeão
Nota:
- Fuss-Ball-Internacional, nos
Moinhos de Vento, ocorreu uma briga de bengaladas entre torcedores e troca de
socos entre um sócio do Internacional e um funcionário do Grêmio. O jogo foi
interrompido e o Fuss-Ball chegou a retirar-se do campo, mas retornou para
concluir a partida.
-
Encerrado o campeonato, o Internacional tentou anular a sua partida contra o
Fuss-Ball, pelo torneio de 2ºs quadros, devido a irregularidades na arbitragem.
A Liga rejeitou o protesto colorado, graças aos votos do Fuss-Ball, Nacional
(clube que cedera o juiz) e Grêmio.
-
O Internacional considerou que a decisão não era legítima e retirou-se da Liga.
Com isso o vice-presidente Henrique Desjardins tornou-se o principal mandatário
da entidade, mas logo renunciou, deixando a Liga acéfala.
-
A crise só diminuiu com a eleição de um novo presidente: Ernesto Geyer, do
Grêmio.
" texto de Raul Pons"
Segundo Quadro (Reservas/Aspirantes)
21.5.11 Fussball 7x1 Nacional Voluntário da Pátria
28.5.11 Grêmio 3x0 7 de Setembro Moinhos de Ventos
04.6.11 Internacional 3x1 Nacional Redenção
11.6.11 Fussball 5x2 7 de Setembro Voluntários da
Pátria
19.6.11 Internacional 1x1 Grêmio Redenção
25.6.11 7 de Setembro 1x0 Nacional Redenção
02.7.11 Grêmio 2x0 Fussball Moinhos de Ventos
09.7.11 Internacional 2x1 7 de Setembro Redenção
21.7.11 Grêmio 10x1 Nacional Moinhos de Ventos
30.7.11 Fussball 1x1 Internacional Moinhos de Ventos
Classificação
– Segundo quadro
PG
J V E D GP GC SG
1º Grêmio
7 4 3 1
0 16 2 14
2º Internacional
6 4 2 2
0 7 4
3
3º Fussball
5 4 2 1 1
13 6
7
4º 7 de Setembro 2
4 1 0 3
4 10 -6
5º Nacional
0 4 0 0
4 3 21 -18
Grêmio Campeão
Times
Os principais Times que compõem as glórias do esporte
na capital Porto Alegre:
1.
Gremio Foot-ball Portoalegrense - 1903,
2.
Fussball Club Porto Alegre - 1903,
3.
Sport Club Internacional - 1909,
4.
Sport Club Hispano-Americano - 1912
5.
Sport Clube Cruzeiro - 1913,
6.
Esporte Clube São José - 1913,
7.
Gremio Sportivo Força e Luz - 1921,
8.
Gremio Esportivo Renner - 1931,
9.
Nacional Atlético Clube - 1937,
10.
Porto Alegre Futebol Clube - 2006.
1. Gremio Foot-ball
Portoalegrense
- 1903
O Início
O Início em Porto Alegre
No dia 07 de setembro de 1903, o
Rio Grande, o primeiro clube de futebol fundado no país (19/07/1900), faz uma
exibição em Porto Alegre em um campo da várzea. Um amistoso de foot-ball enter
descendentes alemães e ingleses, em dado momento um chute de fora da área vai
de bico para o mato, a bola dos ingleses esvaziou-se, para desapontamento
geral.
Cândido
Dias,
mais do que depressa, emprestou a sua, garantindo o final da demonstração. Em
troca, ao final da partida, obteve dos jogadores as primeiras lições sobre
futebol e, principalmente, deles ficou sabendo como agir para fundar um clube.
Pois pouco antes, Cândido Dias, um paulista de Sorocaba que se instalara na capital
gaúcha com um negócio de fundição de couro, ganhara uma bola de presente,
seguida pelas regras do novo esporte que era sensação na Inglaterra, se
espalhava rapidamente pelo mundo e chegara ao Brasil apenas sete anos antes. A
exibição do Rio Grande é o que falta para ele tomar a decisão de fundar um
clube na cidade.
A bola deu origem à primeira "pelada" e este primeiro jogo rendeu uma reunião.
O paulista Cândido
Dias da Silva foi o responsável pela fundação do Grêmio.
Em 15 de setembro de 1903, que
trinta e dois rapazes se reuniram no Salão
Grau, restaurante de um hotel da rua 15 de Novembro, atual rua José
Montaury, localizado onde estão agora os fundos da Galeria Chaves.
***
Rua
XV de Novembro
...
Nasce o Grêmio Foot- Ball Porto Alegrense.
O primeiro presidente é Carlos Bohrer.
No mesmo dia, é fundado outro clube que tenta atrair
a crescente colônia alemã do município: o Fussbal
Club Porto Alegre.
As Cores
O Grêmio nasce com as cores havana (uma espécie de
alaranjado), branca e preta, como o Exeter
City inglês. Mas não se encontravam tecidos na cor havana na cidade.
Cândido Dias prefere o vermelho, o que lhe permitiria homenagear as cores de
seu estado natal. Mas é voto vencido. O azul é a cor escolhida. A cor foi
substituída pelo preto, com a incorporação posterior do branco.
O Escudo
No escudo atual do Grêmio pode-se notar um formato
de uma bola de futebol com o ano "1903"
(data de fundação do clube) em cima, o nome "Grêmio" (Grêmio significa união, grupo) no meio e as
palavras "FBPA"
(abreviação de Foot-Ball Porto Alegrense).
No escudo antigo, na parte superior aparecia um "G" que seria a abreviação de
Grêmio, no meio "Foot-Ball"
e em baixo as letras "P.A."
que é a abreviação de Porto Alegrense. Este foi trocado em 1963 pela versão
atual.
O
primeiro brasão, o atual, o mascote "Mosqueteiro"
A Bandeira
A primeira bandeira foi exibida pela primeira vez
pelo clube na inauguração da Baixada. Tratava-se de um estandarte listrado
horizontalmente em azul, preto e branco com o distintivo no canto superior
esquerdo.
A bandeira do Brasil serviu de modelo para o
estandarte do Tricolor de 1918 a 1944.
Em 1918, uma
torcedora homenageou o clube com uma bandeira tal como a brasileira, a qual
passou a ser utilizada. Suas cores, contudo, diferenciavam-se da nacional ao
substituir o fundo verde pelo azul, trocar o amarelo do losango pelo branco e
mudar o círculo azul pelo distintivo do clube.
Esse modelo foi utilizado até
1944, devido a uma lei que proibia imitações do símbolo nacional.
De 1944 a 1963, a
estandarte era semelhante à do Reino Unido, mas tinha o distintivo do clube,
localizado à esquerda.
A tradicional bandeira, também similar à do Reino
Unido, mas com cores distintas surgiu em 1963 e
é utilizada até hoje. Seu fundo é azul e duas listras diagonais, uma horizontal
e um vertical que se interseccionam no centro do estandarte, todas pretas com
bordas brancas a compõe, sendo completada pelo distintivo do Grêmio no meio.
Há uma estrela dourada também na bandeira do clube,
que representa o jogador Everaldo, eterno craque imortal dos anos 1970 que foi o primeiro atleta atuando por um
clube gaúcho a ser Campeão do Mundo pela Seleção Brasileira de Futebol.
Na época em que o futebol ainda era amador e as
bases ainda estavam sendo consolidadas, o Grêmio tratou de se fortalecer: em 1904 adquiriu um terreno – a Baixada dos
Moinhos de Vento – para receber treinos e jogos.
O Estádio da Baixada do Moinhos de Vento foi o
primeiro estádio do Grêmio.
Inaugurado em 1904, localizava-se
em uma área nobre de Porto Alegre, no bairro Moinhos de Vento. Foi feito para
agradar a crescente colônia de alemães da cidade, que se concentrava na região.
Ali o Tricolor jogou do ano
de 1904 até 1954, quando foi inaugurado o Estádio Olímpico. A compra do
estádio foi negociada pelo dirigente gremista Augusto Koch.
A inauguração ocorreu no dia 04 de agosto de 1904. Ficava entre as atuais ruas Mostardeiro e
Dona Laura. No cruzamento destas ruas ainda é possível ver um monumento com uma
placa em homenagem ao estádio.
O primeiro Gre-nal no Estádio da Baixada foi a
partida em que o Grêmio goleou o seu maior rival, Internacional, por 10-0.
O estádio da Baixada do Moinhos de Vento, ficou
conhecido como "Fortim",
dada a dificuldade dos adversários baterem seus times e seus redutos.
O campo junto a atual rua Mostardeiros
A tribuna ficava onde hoje é e avenida Goethe
Estádio
da Baixada
Estádio
da Baixada
Grenal de 26.06.1912
6x0 Grêmio
Jogo em 13.10.1909
***
O segundo Estádio - O Olímpico
Em 19 de setembro de 1954, o
clube trocou de casa. Saiu do "Fortim da Baixada" e se transferiu para o moderno Estádio Olímpico,
com capacidade para hoje 55000 torcedores.
O jogo inaugural foi realizado entre Grêmio e
Nacional de Montevideo, vitória gremista por 2 a 0. Os gols foram anotados pelo
atacante Vitor que entrou para a história por ter marcado o primeiro gol do
novo estádio gremista.
1954
Continuação
da obra, década de 1950
Estádio
Olímpico - década de 1980
Na metade do ano de 1980, o
Estádio Olímpico teve sua construção concluída com o fechamento da última parte
do anel superior. Desde então, a casa gremista passou a ser conhecida como "Olímpico Monumental". Uma
obra grandiosa erguida por uma torcida apaixonada.
No dia 21 de junho de 1980, uma
vitória de 1 a 0 sobre o Vasco da Gama em partida amistosa, marcou a inauguração
do Olímpico concluído.
Nome Oficial: Estádio Olímpico Monumental.
Planta baixa
1954/2009 - 50 anos do Olímpico
Nome Oficial: Estádio
Olímpico Monumental
Endereço: Largo Patrono Fernando Kroeff nº 1 - CEP
90880-440 - Bairro Azenha - Porto Alegre/RS - Fone: (51) 3218-2000.
Público Recorde: 98.421 (85.751 pagantes) - 26/04/81
Grêmio x Ponte Preta - Campeonato Brasileiro.
Camarotes: 40 camarotes com 10 lugares cada. Cinco
camarotes com 20 lugares cada.
Tribuna de Honra: 140 lugares especiais.
Setores para Deficientes Físicos: Lugar para 28
cadeiras de rodas e 22 acompanhantes.
Salão Nobre do Conselho Deliberativo: Auditório com
220 lugares.
Vestiários: Seis vestiários profissionais mais um
vestiário de arbitragem. Cinco com saídas para o campo.
Dimensões do gramado: 68 x 105m - Tamanho oficial
exigido pela Fifa.
Grama: Bermuda Green (o clube também utiliza a
Raygrass Americana no inverno).
Iluminação: Seis postes de iluminação. 20 refletores
de 1500 watts em cada poste.
Potência: 650 Lux.
Imprensa: 26 cabines duplas fixas mais 50 cabines
provisórias. Duas salas de imprensa. Duas salas para entrevistas coletivas.
Estacionamento: 700 vagas
O Hino
O primeiro hino do Grêmio foi composto em 1924 por Isolino
Leal.
Ele exultava a força do clube e ao amor a ele.
Posteriormente, em 1946,
foi realizado um concurso pela diretoria do clube para a escolha de um
novo hino. A composição escolhida foi a de Breno
Blauth, gravada por Alcides
Gonçalves.
O hino atual foi composto por Lupicínio Rodrigues, em 1953. Lupi, que era gremista, estava em
durante uma tarde no Restaurante Copacabana, no bairro Cidade Baixa, em Porto
Alegre, quando teve a ideia, em uma conversa com amigos.
Ao longo das estrofes, o hino cita a fé e o
fanatismo dos gremistas. Indica que até mesmo quando a equipe passa por maus
momentos, a torcida segue junto apoiando, não importando a situação na qual o
time se encontra. Eurico Lara, goleiro que atuou no Grêmio entre a década de 1920 e 1930, é referenciado como "craque
imortal". Outra referência histórica é o verso "Com o
Grêmio onde o Grêmio estiver", estampado em uma faixa feita por
Alfredo Obino durante uma greve de
bondes, em 1953.
O maestro Salvador
Campanella, um dos mais conceituados da área no estado, ficou a cargo de elaborar
a partitura da canção.
Os Craques
Nos anos 1930, surgiram
os primeiros grandes ídolos:
Eurico
Lara,
o goleiro que virou lenda; Luiz Carvalho,
o "rei
da virada" que viria a ser
tudo no clube, inclusive presidente nos anos 70; Oswaldo Rolla, o "Foguinho", que revolucionaria o
futebol gaúcho anos depois no cargo de treinador do próprio Grêmio, dando ênfase
ao futebol-força ou ainda Luiz Luz,
zagueiro com passagem pela seleção brasileira.
Danton
Andrade Araújo - 1946
A mudança para o Olímpico abriu uma era de
conquistas com os gremistas comemorando, a partir
de
1956, nada menos do que 12 títulos estaduais em 13 anos.
Foi a geração de craques com o zagueiro Aírton, o meia Gessi, o centroavante Juarez - o "tanque" ou o lateral Ortunho.
Os anos 1980, foram
os melhores vividos pela torcida. Eram os tempos de Renato Portalupi (Gaucho),
Mario Sergio, De Leon, Tita, o goleiro Mazzaropi e as conquistas do Brasileiro,
Libertadores de América, Mundial Intercontinental e de quebra a Copa do Brasil,
Estaduais e vários torneios nacionais e internacionais.
Hugo
de Leon - 1981
Renato
Portalupi
Alcindo,
ídolo do Grêmio, disputou a Copa do Mundo de 1966
O
atacante é o maior artilheiro da história do clube gaúcho e formou dupla com
Pelé no Santos.
CBF NEWS
Maior artilheiro da história do Grêmio, com 264
gols, o centroavante Alcindo passou pelas divisões de base do Internacional, no
final dos anos 1950, de onde foi dispensado
por um dirigente. Atacante de um estilo que combinava muita disposição e
técnica, Alcindo se tornou um ídolo
no Grêmio conquistando sete títulos estaduais, tendo feito 13 gols em Grenais.
Convocado pelo técnico Vicente Feola para a Copa do
Mundo de 1966, em uma época em que dificilmente jogadores fora do futebol
carioca e paulista eram chamados, Alcindo se destacou no período de preparação
da Seleção Brasileira formando uma grande dupla de ataque com Tostão. Foi titular nos dois primeiros jogos da
Copa da Inglaterra, contra Bulgária e Hungria, saindo do time na partida contra
Portugal, que eliminou o Brasil nas oitavas-de-final.
Jogou ainda no Santos, formando dupla com Pelé entre
1971 e 1973, transferindo-se em seguida para o futebol mexicano. Alcindo
ainda voltou ao Grêmio para ser novamente campeão gaúcho em 1976.
Alcindo Martha de Freitas
Nome: Alcindo
Martha de Freitas
Nascimento: 31/03/1945, Sapucaia do Sul (RS)
Clubes em que jogou: São Paulo (RS) (1963); Grêmio
(RS)(1964 - 1971 e 1976 - 1977); Santos (SP) (1971- 1973); Jalisco (MÉX)
(1973); América (MÉX)(1974 - 1976); Francana (SP) (1978).
***
Pela Seleção Brasileira:
7 jogos, 4 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 1 gol
Em Copas do Mundo:
2 jogos, 1 vitória, 1 derrota
COPAS DISPUTADAS:
Alcindo,
terceiro agachado, da esquerda para a direita, no time do Grêmio, que defendeu
de 1964 a 1971 e de 1976 a 1977
Na
vitória do Brasil por 1 a 0 sobre o Chile, em 1966, no Maracanã: Fidélis, Zito,
Gilmar, Brito, Fontana e Paulo Henrique; Mário Américo (massagista), Jairzinho,
Lima, Alcindo, Pelé e Amarildo
Alcindo
em lance de gol de Tostão contra a Hungria, na Copa de 1966
Edu,
Afonsinho, Alcindo, Pelé e Ferreira, no ataque do time do Santos de 1972
EURICO LARA - CRAQUE IMORTAL QUE VIROU
LETRA DO HINO
Talvez, não haja no país, a história de um atleta
tão identificado com o clube que seu nome tenha ido parar na letra do hino
oficial da instituição. Esse é o caso de Eurico
Lara (foto acima), um goleiro natural de
Uruguaiana que, na época do amadorismo, defendeu as cores do Grêmio em 16
temporadas (de 1920 a 1935).
Graças aos seus elevados dotes morais e técnicos, Lara, ainda hoje, é tido como símbolo
do jogador gaúcho e uma verdadeira lenda dentro destes mais de 100 anos de
história do Grêmio.
Linha do Tempo - 1903 ............ 2005
1903 Em 15 de setembro, é fundado outro clube que
tenta atrair a crescente colônia alemã do município: o Fussbal Club Porto
Alegre.
1903
1904 A 16 de março, Grêmio e Fussbal fazem seu
primeiro jogo e o Grêmio vence por 1 a 0. O bom público presente ao Parque da
Várzea convence os gremistas da necessidade de construir um estádio próprio.
Augusto Koch, um de seus fundadores, sugere a Baixada dos Moinhos de Vento e obtém, ele mesmo, um empréstimo dos 10 contos de réis necessários para a compra do terreno.
Em agosto, a Baixada é inaugurada.
1906 Campeão da Taça Wanderpreis.
1910 Com a fundação da Liga Porto-Alegrense, é criado o Campeonato da Cidade, que será disputado até 64.
1919 Por iniciativa gremista, é fundada a Federação Rio- Grandense de Desportos.
1920 Chega ao Grêmio o seu primeiro ídolo, o único imortalizado posteriormente no hino do clube: o goleiro Eurico Lara, vindo de Uruguaiana, na fronteira com a Argentina.
1921 O Grêmio conquista o seu primeiro título gaúcho.
1922 O time é bicampeão estadual.
1926 O Grêmio reconquista o título gaúcho.
1930 Três jogos antes de terminar o Campeonato Gaúcho, o Grêmio, com o título quase garantido, é proclamado campeão, pois estoura a revolução que levará à presidência da República o gaúcho Getúlio Vargas.
1932 O Grêmio é novamente campeão.
1933 Bicampeão.
1935 O Campeonato Metropolitano desse ano é batizado de Campeonato Farroupilha, para comemorar os 100 anos da Revolução Farroupilha, que tentara realizar o sonho de uma República no sul, independente. O Grêmio vence o Inter, nos minutos finais, por 2 a 0. Eufóricos, seus jogadores decidem comemorar anualmente a conquista com um jantar, pelos 100 anos seguintes. O Jantar Farroupilha é uma tradição cumprida fielmente pelos gremistas.
1941 O Grêmio acerta, com a Prefeitura, a troca do terreno da Baixada por um na Azenha, para a construção de um futuro estádio, mais condizente com o poderio do clube.
1946 Depois de um longo jejum, o time reconquista o título estadual.
É criado o mascote, "O Mosqueteiro".
***
1949 O título gaúcho é reconquistado. 1952 Pela primeira vez, um negro veste a camisa do Grêmio: o antigo ídolo do Inter Tesourinha.
1953 O compositor Lupicínio Rodrigues está com amigos num bar, antes de um jogo do Grêmio. Há uma greve de bondes, então o principal meio de condução de Porto Alegre. Mas os gremistas resolvem ir ao Estádio da Baixada assim mesmo. Logo surge o refrão “Até a pé nós iremos”. Lupicínio inspira-se no refrão e, nesse mesmo dia, compõe um dos mais bonitos hinos de clube do futebol brasileiro.
1954 Com capacidade para 38 mil pessoas, é inaugurado, a 19 de setembro, o Estádio Olímpico, com uma vitória sobre o Nacional de Montevidéu por 2 a 0, gols de Vítor.
1956 O time conquista novamente o Campeonato Gaúcho.
1957 Grêmio bicampeão.
1958 Pela primeira vez, tri.
1959 Tetra.
1960 Penta.
1962 Com a reconquista do Estadual, o time inicia a sua maior sequencia de títulos do Campeonato Gaúcho.
1963 Bicampeão.
1964 Tri.
1965 Tetra.
1966 Penta.
1967 Hexa.
1968 Hepta.
1972 O Ginásio David Gusmão, foi inaugurado em 17/11/1972, e até agosto de 1974, quando teve sua cobertura destruida por um vendaval, foi referencia esportiva, social e cultural da cidade, tanto nas atividades esportivas do clube quanto nos vários espetáculos que patrocinou como: Festival de Ginástica Olímpica, as olímpiadas militares, torneios de Tênis e shows de musica e patinação entre outros.
1977 O Grêmio rompe longa hegemonia do Inter e é, de novo, campeão gaúcho.
A Taça
1980 Ampliado, o Olímpico é reinaugurado, com capacidade para 75 mil torcedores. O time é bicampeão estadual.
1981 Em pleno Morumbi, o Grêmio é campeão brasileiro, ao bater o São Paulo por 1 a 0.
1983 O Grêmio vive o maior ano de sua história. Primeiramente, conquista a Taça Libertadores da América, diante do Peñarol. No fim do ano, bate o Hamburgo por 2 a 1, com o gol da vitória na prorrogação, em Tóquio, e é campeão mundial interclubes.
1983
1986 Bicampeão gaúcho.
1987 Tricampeão gaúcho.
1988 Tetracampeão gaúcho.
1989 Pentacampeão gaúcho. O Grêmio sagra-se o primeiro campeão
da Copa do Brasil, criada pela CBF para que seu campeão seja o segundo time do país na Taça Libertadores da América do ano seguinte. Disputada nos moldes da antiga Taça Brasil, reúne os campeões de todos os estados e os vices do estados principais. Futuramente, ela seria ampliada de forma a não deixar nenhum grande time de fora.
1990 Hexacampeão gaúcho.
1993 O Grêmio, tendo como um dos seus destaques Dener, com o passe emprestado pela Portuguesa, reconquista o título gaúcho.
1994 O Tricolor gaúcho volta a conquista a Copa do Brasil, na decisão diante do Ceará.
1995 O time é campeão gaúcho e, pela segunda vez, da Taça Libertadores da América, diante do Nacional de Medellín. Na decisão do Mundial Interclubes, em Tóquio, perde para o Ajax nos pênaltis, depois de 0 a 0 nos 90 minutos e na prorrogação.
O time e o técnico Luiz Felipe Scolari
1997 Pela terceira vez, o time é campeão da Copa do Brasil.
1999 O Grêmio reconquista o título estadual.
2001 Campeão da Copa do Brasil
Em 2001, foi realizado um concurso para a escolha de um novo desenho de mascote, que seguisse o padrão da figura de então. O escolhido foi o desenho de Hilton Edeniz Oliveira Ávila.
2005 Campeão da Série B do brasileiro
Loja
do Grêmio Mania
O Grêmio foi o primeiro clube do Brasil a criar "Calçada da
Fama" no seu estádio. Tal
homenagem é prestada a jogadores importantes na história do clube e capitães de
títulos do Tricolor.
A primeira escolha de jogadores para integrar a
Calçada foi realizada em 1996 com a
participação da diretoria, conselheiro deliberativo e jornalistas.
O terceiro Estádio - A Arena
Século
XXI a nova Arena do Grêmio
Curiosidades
» - Acima do escudo do clube, na camiseta, estão
três estrelas em cores diferentes. Uma significa os títulos Nacionais, outra
significa as conquistas da Libertadores da América e a terceira (dourada)
lembra o título Mundial no Japão.
» - Até os anos 1950 o
Grêmio nunca havia admitido um jogador negro. Tesourinha, ex-craque do
arqui-rival Internacional, quebrou o preconceito ao sair do Vasco para jogar no
Grêmio em 1953. Desde então não existe
qualquer tipo de preconceito.
» - O primeiro jogo de futebol disputado pelo Grêmio,
foi em 1903 contra o Fussball Club Porto
Alegre, o resultado até hoje permanece desconhecido.
» - O Grêmio também inaugurou o rival Internacional em 1909. Na primeira partida entre ambos (que
também era a primeira partida do recém fundado Internacional), o Grêmio,
aplicou a maior goleada entre os dois clubes, 10 a 0.
» - Alcindo é o maior artilheiro da história do
Grêmio com 261 gols no período de 1963 a 1971.
Em 07 de julho de 1903, após
uma exibição feita pelos primeiros e segundo quadros do Sport Club Rio Grande,
numa excursão em Porto Alegre, um grupo de amigos resolveu criar um clube de
futebol.
Em 15 de setembro de 1903, o
Fussball foi fundado, curiosamente na mesma data de criação do Grêmio FBPA. Os
dois clubes porto-alegrenses também possuem em comum a origem germânica.
Seus fundadores foram:
Leopoldo
Rosenfeld (presidente), J. Brenner (secretário), O. Becker (tesoureiro), Hugo
Brenner, Oscar Schaitza, Guilherme Trein, Rodolpho Schoeller, Eugênio Sattler,
Oscar Matte, Rodolpho Campani, Walter Heckmann, Ernesto Oswaldo Schmitt, Otto
Niemeyer, Reynaldo Schoeller, Hugo Gerdau, Alfredo Stumpf, Hugo Becker e Francisco Strattmann. Todos eles eram
ciclistas da Sociedade Radfahrer Verein Blitz.
A primeira sede do Fussball estava situada na Rua
Dr. Timóteo, ao lado do velódromo da Sociedade Blitz, em terreno doado pelo Dr. Luiz Englert.
Em 09 de novembro de 1903, o
campo foi inaugurado, com um jogo interno, e foi utilizado pelo clube até 1911.
Em 06 de março de 1904, o
Fussball marcou presença no primeiro jogo disputado entre equipes porto-alegrenses,
contra o Grêmio. O programa da partida, com escalações dos times e outros
detalhes, foi impresso em português e em alemão. O Grêmio venceu a partida, apitada
por Valdemar Bromberg, pelo placar
de 1 a 0.
Além disso, o Fussball disputou com o Grêmio a
primeira competição interclubes disputada em Porto Alegre: a Taça Wanderpreis.
Em 1908, o
clube atravessou uma crise: a diretoria pediu a renúncia do presidente Oscar Campani.
Em 17 de junho de 1908, foi
eleito para o cargo Carlos Foernges
Filho.
Em 1910, o Fussball
participou da fundação da Liga de Foot-Ball Porto Alegrense, disputando o
campeonato municipal.
Em 1914, juntamente
com Grêmio, Americano e Manschaft Frisch Auf, fundou a Associação de Foot-Ball
Porto Alegrense.
Em 1916, durante
a Primeira Guerra Mundial, o nome do clube foi mudado para Foot-Ball Club Porto
Alegre. As cores também mudaram, trocando o alvi-negro original pelo
alvi-verde.
Em 1923, inaugurou
o maior estádio de Porto Alegre na época: a Chácara das Camélias, que foi
depois utilizado pelo Nacional (um clube de ferroviários).
Em 1944, o
Foot-ball Club PortoAlegresense encerrou suas atividades.
O Estádio
Estádio
Chácara das Camélias
Em 1923, o
Estádio da Chácara das Camélias foi inaugurado, um dos principais estádios de
futebol da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
O estádio foi construído com madeira, e foi palco de
jogos importantes, entre eles diversos Grenais.
Em 1942, com a má situação do
financeira do clube, o local foi vendido para o Nacional Atlético Clube.
Logo a seguir, em 1944, o
Porto Alegre foi extinto.
Até 1958, o estádio da Chácara das
Camélias manteve-se como sede do Nacional, quando este também foi extinto.
Até a década de 1970, a área permaneceu relativamente
abandonada, quando foi vendida.
Hoje está estabelecido o supermercado Nacional da
av. José de Alencar.
Títulos
Troféu Wanderpreis: 3 vezes (1904, 1908 e 1909).
Torneios Estaduais:
Torneio Início: 1923 e 1928
Torneio Lemos Bastos: 1923
Torneio Ruy Barbosa: 1923
Taça 14 de Julho: 1927
Campeonato Citadino de 1923
Basquete
Campeonato Gaúcho de Basquete (Masculino): 5 vezes
(1927*, 1928*, 1939*, 1940** e 1941**).
* Liga
Atlética do Rio Grande do Sul - LARGS.
** Federação Atlética do Rio Grande do Sul - FARGS.
***
3. Sport Club Internacional - 1909 - Em construção
Evolução do brasão do Internacional
História
O time em 1909
Rolo Compressor "Rolinho" - 1940
Inter jogando no estádio da Timbaúva
O Estádio
Estádio dos Eucalípto durante a Copa do Mundo de 1950
Títulos
Craques e Ídolos
Lembrança Tesourinha
Figueroa e Falcão - década de 1970
Alexandre Pato - década de 2000
4. Sport Club Hispano-Americano - 1912
Em 04 de julho de 1912, foi
fundado o Americano, sob a denominação Sport Club Hispano-Americano.
Foram seus fundadores:
Jacinto
Losano, João Ray, Bernardo Serrano, Erwin Siegmann, João Siegmann, Paulo
Manchon, Manoel Manchon, André Ibañez, Reynaldo Preuss, Honório Ouriques e Napoleão Salatino.
***
Colégio Americano
Em 1913, o
nome do clube é alterado para Sport Club Americano.
Em 1914, ingressou
na Liga de Foot-Ball Porto Alegrense, a qual abandonaria em julho de 1914, para criar a Associação de
Foot-Ball Porto Alegrense, juntamente com Frisch Auf, Grêmio e Fussball Porto
Alegre.
Em 1916, com
a unificação do futebol de Porto Alegre, fundou-se a Federação Sportiva
Riograndense, e o Americano foi integrado à 2ª Divisão da capital gaúcha.
Em 1918, participou da
fundação da Federação Porto Alegrense de Foot-Ball.
Em 1924, o
Americano filiou-se à Associação Porto Alegrense de Desportos (APAD), pela qual
conquistaria os campeonatos de 1924 e 1928. Neste ano, o clube sagrou-se
campeão estadual, ao vencer o Bagé por 3 a 0, no dia 24 de outubro.
Em 1925, o
Americano adquiriu posse do terreno onde foi construído o seu campo, situado na
Rua Larga, próximo ao bairro da Azenha.
Escudo
Em 25 de abril de 1926, ocorreu
a inauguração oficial, derrota para o Internacional por 3 a 0.
No início de 1929, o
Americano desliga-se da APAD e, juntamente com Grêmio, Internacional e outros
clubes de Porto Alegre, cria a Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes
Atléticos (AMGEA). Neste mesmo ano, o clube é novamente campeão citadino.
Porém, ficou de fora do Campeonato Gaúcho, pois a
Federação Riograndense de Desportos indicou o campeão da APAD – o Cruzeiro –
para a disputa da competição estadual.
Em 1935, conquistou o
Torneio Início de Porto Alegre.
Em 1937, vários
clubes rompem com a AMGEA, criando a "AMGEA Especializada", numa
tentativa de profissionalizar o futebol gaúcho. O Americano, porém, mantém-se
fiel à AMGEA (agora conhecida como "AMGEA Cebedense"), sendo
vice-campeão do campeonato organizado pela entidade, em 1937. Aderiu à "AMGEA
Especializada" no ano seguinte.
No início da década de 1940, o
Americano passou por severas crises financeiras.
O clube tentou uma fusão com um grupo de estudantes,
passando a chamar-se Americano-Universitário. Porém, a fusão não progrediu e o
clube decretou a falência.
Flámula
Títulos
Campeonato Gaúcho: 1928.
Campeonato Citadino de Porto Alegre: 3 vezes (1924,
1928 e 1929).
Craques e Ídolos
Baptista
Hugo
Joãozinho
Luiz Luz
Nalério
Presidentes
Manoel Motta
José Caldas
Francisco Xavier da Costa
Pedro Cortez Campomar
Carlos Streb
Adauto Pereira
Delmar Araújo Ribeiro
Ruben Medeiros
***
5. Esporte Clube Cruzeiro -
1913
***
O
"Estrelado" de Porto Alegre
***
História
Em 14 de julho de 1913, o
Cruzeiro foi fundado. Uma agremiação que desbravou o mundo e originou as
categorias de base no Rio Grande do Sul. Inicialmente, fora sugerido o nome de "14 de Julho" para o novo clube, devido ao dia de sua fundação.
Porém, um dos fundadores sugeriu que se chamasse Cruzeiro.
No ano de 1929, depois
de ter conquistado a cidade por duas vezes, 1918 e 1921, conquistou o Estado,
na sua primeira participação (participou, depois, dos campeonatos de 1961 a
1965, 1968 a 1973, 1976 a 1979).
O Cruzeiro teve na sua história altos e baixos.
Nos primeiros 50 anos de sua existência, foi um
clube que incomodava os grandes times, chegando a ser reconhecido como a
terceira força de Porto Alegre, atrás apenas de Grêmio e Internacional.
Outro período áureo foi o pioneirismo gaúcho em
excursões para a Europa, Ásia e o Oriente Médio, na virada do ano de 1953 para
1954.
Depois de 11 dias viajando de navio jogaram contra
times considerados grandes, como Real Madrid (segurou o empate em 0 a 0),
Lazio, Fenerbahçe, Besiktas e Galatasaray SK, além da Seleção de Israel (foi o
primeiro time brasileiro a jogar em Israel) e da Turquia. Tiveram resultados
positivos. Jogaram 15 partidas, venceram sete, empataram quatro e perderam
outros quatro, marcando 28 e sofrendo 20 gols. Voltando com um aproveitamento
de 55,55%.
A excursão foi tão capacitada que o clube voltou no
ano de 1960 à terra dos desbravadores. Nesta viagem, jogaram contra times como
Sevilla, Bayern Hof, Dínamo de Zagreb e outros, além de seleções como
Tchecoslováquia, Seleção Olímpica Dinamarca e Bulgária.
E voltaram com um aproveitamento parecido, 54,16%,
jogando 24 partidas, com 11 vitórias, seis empates e sete derrotas, marcando 39
gols e sofrendo 35. Com essa campanha, conseguiu um título, o Torneio de Páscoa
de Berlim, um campeonato importante para a época, o primeiro título
intercontinental de futebol de um clube gaúcho.
Para exemplificar como a segunda excursão foi
satisfatória, os dirigentes do Randers, um dos adversários na excursão,
enviaram uma carta ao Cruzeiro onde eles afirmavam que nunca iam esquecer do
time que tinham o derrotado.
O Estádio
O primeiro estádio do clube foi a Vila Cruzeiro, que
estava localizada na Estrada do Mato Grosso (atual Avenida Bento Gonçalves, no
Bairro Partenon).
Em 1920, o
Cruzeiro mudou-se para o Caminho do Meio, estádio onde ficou durante 18 anos.
Convite
No dia 07 de março de 1941, o
Cruzeiro inaugurou o Estádium da
Montanha (no bairro Medianeira), então o maior da cidade, o local do
estádio também era conhecido como "Colina
Melancólica" pela proximidade dos cemitérios de Porto Alegre.
Nome Oficial: Estádio da Montanha
Nome
Oficial: Estádio da Montanha
Proprietário:
Esporte Clube Cruzeiro de Porto Alegre
Capacidade:
20.000
Dimensões
do Gramado:
Endereço:
Bairro Medianeira, desde 1970 Cemitério João XXIII.
Inauguração:
16/03/1941
Primeiro
Jogo: Cruzeiro 1 x 0 São Paulo
Primeiro
Gol: Gervásio (Cruzeiro)
16.03.1941
Amistoso Nacional
Porto
Alegre (RS) Estádio da Montanha - Colina Melancólica
Esporte
Clube CRUZEIRO (RS) 1 X 0 SÃO PAULO Futebol Clube (SP)
King;
Fiorotti e Herculano Squarza; Lola, Válter e Orozimbo; Bazzoni, Remo (Jofre),
Hemédio, Teixeirinha e Carmine Novelli.
Técnico:
Vicente Feola.
Não
houve gol marcado pelo SPFC nessa partida.
Árbitro:
Álvaro Silveira.
Não
houve jogador do SPFC expulso nessa partida.
Renda:
30:000$000.
Público:
20.000 pessoas.
1941. Solenidade no centro do gramado, antes do jogo
E.C. Cruzeiro X São Paulo F.C., na inauguração do Estádium da Montanha
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
1941. Lances do jogo inaugural do Estádium da
Montanha, entre E.C. Cruzeiro X São Paulo F.C.
(Foto: Acervo do São Paulo F.C.)
No jogo inaugural o E. C. Cruzeiro derrota o São
Paulo F.C. por 1 a 0, gol de Gervásio, com mais de 20.000 pessoas presente.
Na década de 1970, o
clube construiu o Estádio Estrelão (na Avenida Protásio Alves, bairro Protásio
Alves), seu estádio atual, inaugurado em abril de
1977.
O
atual estádio 2010 - O Estrelão
A Grandeza
Na década de 1940, o
clube faz seu grande esforço de crescimento.
Em 1944, contratou
o técnico húngaro Emeric Hirchl, que
trouxe consigo a famosa dupla de atacantes italianos Flamini e Lombardini,
que já haviam atuado pela seleção nacional e haviam atuado na Argentina e na
Lazio, da Itália.
Antigos dirigentes do clube costumavam dizer que, se
o Internacional não estivesse em uma fase tão boa na primeira metade dos anos 1940, talvez hoje o Cruzeiro fosse um
terceiro time grande na cidade.
No velho estádio Joaquim Américo, antes de um jogo
contra o Atlético Paranaense.
Time do Cruzeiro, agachados, aparecem os italianos Flamini e Lombardini, que jogaram na Lazio, na Argentina e chegaram ao Cruzeiro em 1944 com o técnico húngaro Emeric Hirschl
(Acervo do E.C. Cruzeiro)
Além desses títulos, o Cruzeiro conta na sua galeria
com o primeiro Torneio Internacional de Páscoa de Mar del Plata, na Argentina, em 1961, e sagrou-se o primeiro Campeão da Taça
Governador do Estado em 1970.
A decadência do clube começou no final da década de 1960, quando o presidente Rafael Peres
Borges vendeu o Estádio da Montanha para a construção de um cemitério (batizado
com o nome do Papa João XXIII e localizado próximo ao Estádio Olímpico
Monumental, do Grêmio, no bairro Medianeira).
O último jogo do Cruzeiro na Montanha ocorreu no dia
08 de novembro de 1970, com vitória do
Cruzeiro por 3 X 2 sobre o Liverpool do Uruguai. Muitos torcedores deixaram o
local chorando.
Em 1979, o
futebol profissional do clube entrou em recesso, só voltando em 1991.
Em 2008, o
Cruzeiro disputou duas competições: a Segunda Divisão Gaúcha e a Copa FGF.
Na primeira, o Cruzeiro fez uma boa campanha na
primeira fase, com 15 pontos em 10 jogos.
Entretanto, na segunda fase, o time da Capital
decepcionou e não ganhou nenhum jogo dos 14 a serem disputados, ficando na
lanterna da chave e adiando por mais um ano a subida de divisão.
Time
2008
Neste mesmo ano, nas categorias de base, o clube
chegou à final do Campeonato Gaúcho de Juniores, sendo derrotado pelo
Internacional por 3-2 no placar agregado (2 X 0 e 0 X 3).
Na Copa Lupi Martins, o Cruzeiro conseguiu se
classificar à segunda fase, fazendo 20 pontos em 16 jogos e ficando em quinto
do grupo; nas oitavas de final, entretanto, foi eliminado pelo Novo Hamburgo,
com o placar agregado de 4 X 1 (1 X 1, 3 X 1).
Resumo
Na história de 95 anos do glorioso Esporte Clube
Cruzeiro, de Porto Alegre, único clube gaúcho a ser Campeão Estadual de
futebol, basquete, futsal e vôlei.
O Cruzeiro foi o primeiro time de futebol do Rio
Grande do Sul a ser CAMPEÃO INTERCONTINENTAL e o primeiro a jogar na Europa,
com 14 jogos na pioneira excursão de 1953/54.
Em 1960, retornou
ao velho mundo e conquistou o título do Torneio da Páscoa, em Berlim, na Alemanha,
contra o Bayern e o Dynamo
O Cruzeiro, neste giro, jogou 24 partidas e também
foi o primeiro time brasileiro a atuar em Israel.
Além da Europa e da Ásia,
esteve na América Central e em outros quatro países da América do Sul, com um
total de quase 100 jogos internacionais.
Foi Campeão Gaúcho em
1929 e Campeão de Porto Alegre em 1918, 1921, 1929, além do Extra de 43,
da Taça Cidade de Porto Alegre em 43 e 47 e várias vezes campeão do Torneio
Início.
O time Estrelado tem também um Tricampeonato
Estadual Amador (43-44-45), o título da Copa Governador do Estado em 1970 e o título de Campeão do Torneio Internacional
de Mar del Plata em 1961.
Títulos
Estaduais
Campeonato Gaúcho (1929);
Campeonato Citadino de Porto Alegre (1918, 1921 e
1929).
Outras Conquistas: Torneio Triangular de Porto
Alegre (1943); Taça Cidade de Porto Alegre (1947); Torneio Extra da Cidade de
Porto Alegre (1943); Torneio da Páscoa de Berlim - Alemanha (1960); Torneio
Internacional de Mar del Plata (1961); Torneio Início de Porto Alegre (1943,
1951 e 1962); Taça Governador do Estado (1970);
Basquete
São 12 títulos estaduais, marca não superada por
nenhum outro clube até hoje. O destaque é o hexacampeonato do início da década
de 50 e o bicampeonato de 1972/73.
Campeonato Gaúcho de Basquete (Masculino) (1945,
1948*, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1956, 1968, 1970, 1972 e 1973);
Futebol de Salão
No futsal, além de vários títulos metropolitanos, o
Cruzeiro foi Bicampeão Gaúcho em 1958/59.
Campeonato Gaúcho de Futebol de Salão (1958 e 1959).
No vôlei, laureou-se no estadual de 1971. Estes são alguns dos títulos estrelados,
contanto apenas as disputas nas categorias principais do naipe masculino.
Volei
No vôlei, laureou-se no estadual de 1971. Estes são alguns dos títulos estrelados,
contanto apenas as disputas nas categorias principais do naipe masculino.
Artilheiros
Campeonato Gaúcho
1.Nestor - 1929.
2.Paraguaio - 1969 (8 gols).
Revelações
O Cruzeiro desde a sua origem revelou grandes
craques e muitos atletas que passaram pelo Cruzeiro ao longo deste quase 100
anos chegaram à Seleção Brasileira, como:
Aníbal
Candiota, Moderato Wisintainer (primeiro gaúcho a jogar uma Copa do Mundo em
1930), Juvenal Amarijo, Luizinho, Irno, Claudio Danni, Alfredo Mostarda,
Picasso, Valdir de Morais, Airton Ferreira da Silva, Ortunho, Batista e tantos
outros grandes jogadores que já vestiram a camisa Estrelada como Espir Rivaldo,
Marne Demeneghi, Mario Andrade, Jorge Andrade, Hermes, Henrique, Arlem, Pio,
Vieira, Cacildo, Marino, Arceu, Miguel, Bido, Pio, Canavieira, Bezerra, Antunes
(irmão do Zico), Jarbas, Daizon e João Pontes, Laoni Luz, Julio César, Heraldo,
Paraguaio, Serginho, Nicola, Chico Spina, Lettieri, Itamar, Doraci, Claudio
Leite, Marcelo Rosa, Djair, Vergara, Paulo Santos, Pinga, Manú, Jair Gomes,
Elton Correia, Zé Luís, Michel Bastos, Diguinho, Rafael Sobis...e
muitos outros.
O Cruzeiro é o único time do planeta que
jogou uma partida de Copa do Mundo
Claro que não são só essas 19 pessoas que sabem da
história. Está nos jornais da época que o Esporte Clube Cruzeiro emprestou o
seu uniforme para o México em 1950.
A História Conta a Saga - Porto Alegre sediou duas
partidas do Mundial de 1950. As partidas
foram realizadas no Estádio Ildo Meneghetti, mais conhecido como Eucaliptos,
pertencente ao S. C. Internacional.
Jogaram Iuguslávia 4 X 1 México, em 28 de julho, e México 1 x 2 Suíça, em 2 de
julho.
Na época, o México não utilizava o verde e branco,
usava em vermelho grená muito parecido com o vermelho sangue da Suíça.
A Fifa determinou que haveria um sorteio, ganho pelo
México. Num gesto altruísta, a seleção mexicana cedeu à Suíça o direito de usar
a camisa vermelha. Então, os mexicanos resolveram homenagear um time de Porto
Alegre, porque foram bem recebidos na cidade, e pediram o uniforme de uma
equipe porto-alegrense.
A sede do Cruzeiro ficava na rua Porto Alegre, onde
está o Cemitério João XXIII, no bairro Azenha, portanto bem próximo ao
Eucaliptos, que fica na rua Silveiro, no bairro Menino Deus.
O Grêmio foi preterido porque era mais longe, lá na
Mostardeiro - a avenida Goethe cruza o que seria a goleira da direita das
tribunas.
O Inter não poderia ceder o fardamento por ser
vermelho tal qual o da Suíça.
O professor Eugênio Vasconcelos, de 55 anos, é
professor de história e presidente do clube avi-azul. \
Na época, o Cruzeiro detinha o maior patrimônio
entre os clubes da capital. Foi o primeiro clube gaúcho a ir para a Europa,
destaca o professor.
Jogo A manchete do Correio do Povo do dia 02 de
julho de 1950 estampava:
"Porto Alegre
conhecerá a equipe que empatou com o Brasil".
A expectativa em torno da equipe alpina era enorme.
Os ingressos foram colocados à venda por módicos Cr$
100,00 para as cadeiras, Cr$ 25,00 para as gerais e sócios, Cr$ 15,00 para os
familiares de sócio e Cr$ 10,00 para os colegiais. Para se ter uma idéia do
valor do dinheiro na época, o jornal custava Cr$ 0,80.
A partida entre Cruzeiro - ou melhor, México - e a
Suíça acabou com vitória dos helvéticos por 2 a 1, gols de Bader (11min) e
Tamini (45min). Casarin (88min) descontou para os estrelados mexicanos
Preparação
Porto Alegre se preparou para receber os dois jogos
da Copa do Mundo. O estádio do Internacional foi ampliado para poder acomodar
35 mil pessoas e a prefeitura doou Cr$ 500.000,00, numa bela manobra do
vereador Ildo Meneghetti, que depois
seria prefeito e se tornaria o patrono colorado. O clube do Menino Deus tentou
conseguir verbas através de sua torcida, que não correspondeu à emissão dos
bônus lançados pelo Colorado.
O gramado dos Eucaliptos teve suas dimensões
aumentadas para atender às especificações da Fifa. O relvado, como dizem os
portugueses, foi para 108m de comprimento por 72m de largura. Também foi
necessário cercar o campo de jogo com tela, um avanço na época. Construíram-se
dois túneis para acesso dos jogadores ao campo, colocaram postes para
iluminação e instalaram cabines para a imprensa.
Um Gre-Nal inaugurou o "novo estádio" colorado. Lotação máxima, que não se repetiu na
Copa.
Em 24 de junho, o
Grêmio venceu o dono do campo por 1 a 0, gol de Ariovaldo. A arbitragem era do renomado Mister Cyril John Barrick, o juiz inglês que apitava os jogos do
Campeonato Gaúcho.
O governador do Estado, senhor Valter Jobim, estava
presente na inauguração. Abelard Jacques
Noronha, ex-presidente colorado, esportista e playboy nas horas de folga,
recebeu as seleções na Cidade Sorriso.
A França não participou da Copa porque teria de
jogar em Porto Alegre e quatro dias depois estaria em campo em Recife,
Pernambuco, a mais de 3.000 quilômetros de distância. Por isso, a capital dos
gaúchos só teve dois jogos no Mundial de 1950.
Saiba Mais:
Estádio Eucaliptos lotava em dia de clássico.
Durante a Copa do Mundo de 1950 recebeu bom público. Foi uma grande festa para
a sociedade de Porto Alegre.
Equipes:
Suíça: Hug; Neury e Bocquet; Lusenti, Eggimann e Quinche;
Tamini, Antenen, Friedlaender, Bader e Fatton.
Técnico: Karl Rappan.
México: Carbajal; Gutierrez e Roca; Gómez, Ochoa e
Ortiz; Guevara, Flores Casarín, Borbolla e Velázquez.
Técnico: Octávio Vial
Gols: Bader (Suíça) - 11 min Tamini (Suíça) - 45 min
e Casarín (México) - 88 min – Arbitragem: Ivan Eklind, Suécia; Gunner Dahlner,
Suécia; Sérgio Bustamonte, Chile
Local: Estádio Eucaliptos - Horário: 15h - Renda:
Cr$ 94.700,00 - Público: 9.000 pagantes. Fonte: Nildo Júnior)
Imagens da Glória do E. C. Cruzeiro
Time de 2008
Formação do E.C. Cruzeiro, com Rafael Sóbis e
Diguinho
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Timaço do Cruzeiro no Gauchão de 1970
Em pé: Henrique - Miguel - Ortunho - Bido e Arceu.
Agachados: Arlém - Arnaldo - Joãozinho - Pio e Laoni. Este time foi Campeão da
Copa Governador de 1970 e quarto colocado no Gauchão daquele ano. (Foto: Acervo
do E.C. Cruzeiro)
Time de 1969
Em pé: Valdir de Morais - Ortunho - Bido - Claudio
Danni - Zico e Heraldo. Agachados: Arlém - Antunes (irmão de Zico) - Didi Pedalada
- Pio e Vieira. (Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Time de 1968
Em pé: Jarbas - Zico - Cláudio - Heraldo - Silveira
e Renato. Agachados: Arlem - Joãozinho - Didi Pedalada - Pio e Vieira (Foto:
Acervo do E.C. Cruzeiro)
Charge
com o time do Cruzeiro durante excursão à América Central em janeiro de 1962
No Monumental de Nuñez, Tonico é o sexto de pé da
esquerda para a direita
(Acervo do ex-jogador Tonico)
Cruzeiro de volta a Europa, em 1960
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Inicio de 1954, volta do Cruzeiro da excursão a Europa e Oriente Médio
Início de 1954
Retorno da delegação cruzeirista da Europa
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Recepção calorosa à delegação cruzeirista em plena Praça da Alfândega, na volta a Porto Alegre.
(Foto: Acervo do ex-jogador Tonico)
Foto recente do ex-jogador Tonico
(De seu Acervo pessoal)
“Os brasileiros esperam por sol e campo seco no jogo de hoje, no
Estádio Grüne Au. A foto mostra quatro integrantes do E.C. Cruzeiro, de Porto
Alegre, depois da chegada na estação da cidade de Hof ” : Chagas,
Tonico, Cacique e Joel. (Foto:
Acervo do ex-jogador Tonico)
***
Em Limoges, na França, o Cruzeiro bateu a equipe de
mesmo nome por 2 X 1, segundo os jornais “sob chuva e grossa pancadaria”. A Folha
Esportiva anotava que a partida terminou em meio a uma confusão, quando o
zagueiro Henri Kowal, do time
francês disse ter sido atacado por vários brasileiros. “Foram só uns empurrões. Os repórteres
gostam de enfeitar”, minimizou Tonico. (Acervo do ex-jogador Tonico)
Foto 22 - O time do Cruzeiro posando com a seleção
de Israel no primeiro jogo de um time brasileiro no Estado de Israel em janeiro
de 1954. (Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Clássico Inter-Cruz em 1945 no estádio da Timbaúva
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Troca de gentilezas antes de um jogo
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Tesourinha II
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
1959. Estádio da Montanha, clássico Inter-Cruz. Goleiro Irno defende, em jogo finalizado 1 X 1
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
Clássico Inter-Cruz em 1945 no estádio dos
Eucaliptos
(Foto:
Acervo do E.C. Cruzeiro)
Time que enfrentou o Real Madrid
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
1953. Time do Cruzeiro que excursionou a Europa.
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
EXCURSÃO DO CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE À
EUROPA/ORIENTE MÉDIO EM 1953
Resultados
- 08.11.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 0 X 0 REAL
MADRID (ESPANHA), em Madri – Espanha
- 11.11.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 0 X 4
TOULOUSE (FRANÇA), em Toulouse – França
- 22.11.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 6 X 2 LAUSANNE
SPORTS (SUÍÇA), em Lausanne – Suíça
- 25.11.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 0 X 0 TORINO
(ITÁLIA), em Turim – Itália
- 02.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 0 X 0 LAZIO
(ITÁLIA), em Lazio – Itália
- 08.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 2 X 1 MACCABI
TEL-AVIV (ISRAEL), em Tel-Aviv – Israel
- 11.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 1 X 0
MACCABI PETACH-TIKVA (ISRAEL), em Petach – Israel
- 15.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 5 X 0 HAPOEL
HAIFA (ISRAEL), em Haifa – Israel
- 17.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 0 X 0
SELEÇÃO DE ISRAEL, em Tel-Aviv – Israel
- 19.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 0 x 2
BESIKTAS (TURQUIA), em Beskitas – Turquia
- 20.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 1 X 2
SELEÇÃO DA TURQUIA, em Istambul – Turquia
- 24.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 2 X 5
FENERBAHÇE (TURQUIA), em Ancara – Turquia
- 27.12.1953 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 3 X 2
GALATASARAY (TURQUIA), em Ancara – Turquia
- 03.01.1954 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 4 X 2
ESPANYOL (ESPANHA), em Barcelona – Espanha
- 06.01.1954 - CRUZEIRO DE PORTO ALEGRE 2 X 0
ESPANYOL (ESPANHA), em Barcelona – Espanha
Resumo
15 jogos
7 vitórias
4 empates
4 derrotas
26 gols marcados
20 gols sofridos
Saldo:
+ 6
Orcelli,
jogador do Cruzeiro em 1952
***
1952. Equipe do Cruzeiro: Em pé: Valdão - Laerte Terceiro - Dioli - Danton - Laerte Segundo e Leo. Agachados: Rubens Hoffmeister - Nardo - Orcelli - Casquinha e Jarico. (Foto: terceirotempo.ig.com)
Time de 1945
(Foto: Acervo do E.C. Cruzeiro)
A TEMPORADA DO SÃO PAULO F.C. EM PORTO
ALEGRE
Transcrição do artigo publicado na revista Esporte
Ilustrado, nº 158, de 17 de abril de 1941,
quando o São Paulo fora convidado à inaugurar o estádio do Cruzeiro de Porto
Alegre - então forte time gaúcho. E, como perceberão, não se podia dizer o
mesmo do SPFC...
Após as brilhantes exibições do Gymnasia y Esgrima
de Buenos Aires, foi dado a conhecer ao público desportivo portalegrense o
quadro do S. Paulo F. C. da Paulicéa.
Vencedores dos "mens-sana"
por larga contagem os sampaulinos eram tidos como grandes adversários
dos clubs gaúchos. Esperava-se, mesmo, empolgantes partidas.
Nada disso, porém, aconteceu. Porque? Digamo-lo
francamente: o São Paulo em suas duas exibições não apresentou bom futebol.
Foi derrotado em ambas as partidas pela diferença
mínima é bem verdade, mas convenhamos que, dos seus adversários, ao Cruzeiro
faltou o arremate e o Internacional cansou no início do 2º tempo. Não fossem
estes os defeitos dos clubes pôrto-alegrenses e os sampaulinos regressariam com
o amargor de duas graves derrotas. Vamos resumir as 2 partidas:
CRUZEIRO X S. PAULO
Para a inauguração de seu novo estádio o Cruzeiro
convidou o São Paulo F. C. Depois de uma imponente parada atlética houve
diversas cerimônias sendo por fim entoado o Hino Nacional por todos os
assistentes.
Com o pontapé inicial, dado pelo exmo. Secretário
das Obras Públicas, foi dado início à partida, tendo os dois quadros a seguinte
constituição:
São Paulo: King - Fiorotti - Squarza - Lola - Walter
- Orozimbo - Bazzoni - Teixeirinha - Emédio (sic) - Remo (Jofre) - Novelli.
Cruzeiro: Marne - Só - Coelho - Ferrari (Zezé) -
Wiezer - Canali - Saladura - Bruno - Louzada (Rico) - Rey - Gervásio.
A partida transcorreu algo movimentada,
destacando-se nos dois quadros os seguintes players: Só - o melhor dos 22 em
campo - Canali - Ferrari - Ruy [antes escrito Rey, n/t] - King - Fiorotti -
Orozimbo e Remo.
O único goal da tarde foi assinalado aos 36 minutos
do 2º tempo por Gervásio, que se aproveitou de uma defesa parcial de King.
Cruzeiro: 1 - S. Paulo: 0.
Público: Calculado em 20.000 pessoas.
Renda: 30:000$000.
INTERNACIONAL X S. PAULO
Este jogo foi realizado quarta-feira à noite. Os
colorados gaúchos iniciaram o jogo com um apetite de leão.
Permaneceram durante os primeiros dois minutos
bombardeando o arco de King. Aos 4 e aos 9 minutos Carlitos atingiu as redes do irmão de Teleco [King era irmão do famoso jogador do Corinthians].
Depois dêstes 13 minutos sufocantes os paulistas se
refazem e finalmente aos 20 minutos Teixeirinha
assinala bonito goal. Mas logo após Carlitos
- sempre Carlitos – marca em school
enviezado [nem idéia do que seria isso] o 3º ponto do Internacional, ponto êsse
que constituiu um verdadeiro "frango"
de King. Revezam-sem as cargas e finaliza o 1º tempo com 3 x 1 no
placard.
Na 2ª fase, Brandão,
que vinha sendo o grande esteio dos colorados, cansou e, ao que parece,
contagiou seus companheiros que nada mais fizeram. Só então a assistências
percebeu que além do Internacional havia outro quadro no campo... Sim, porque
aí começou a se locomover uma máquina acionada por Lola, agora como chave do quadro.
E esta máquina pressionava cada vez mais, a despeito
dos esforços de Alfeu e,
notadamente, de Pedrinho. Aos 25
minutos, por fim, Teixeirinha trouxe
a bola até as proximidades do arco, de onde, então, fulminou Rubens. 3 x 2 e
esperanças de um empate para os sampaulinos. A máquina que varava o centro do
campo era, porém, inofensiva dentro da área e o score manteve-se irredutível
até o fim.
1941. Cobertura jornalistica da festa inaugural do
Estádio da Montanha
(Foto: Acervo do São Paulo F.C.)
Valores
Remo foi a maior figura em campo, a despeito de seu
tamanho... Seguiram-lhe em ordem: Brandão, Orozimbo, Sílvio Pirillo, Carlitos,
Alfeu e Teixeirinha.
Juiz: Alvaro Silveira. Atuou regularmente ambas as
partidas do S. Paulo em P. Alegre.
Renda: Cerca de 19:000$000.
Quadros: Internacional: - Rubens; Alfeu e Risada;
Mascrinha (Nenê), Brandão (Nick), Pedrinho; Tesourinha, Russinho, Silvio
Pirillo, Rui (Castillos) e Carlitos.
S. Paulo: - King; Fiorotti e Squarza; Lola
(Zachlis), Walter (Lola - !!! Voltou ao jogo) e Orozimbo; Bazzoni, Teixeirinha,
Hemedio, Remo e Paulo (Novelli).
6. Sport Club São José - 1913
"O
Clube mais Simpático do Rio Grande do Sul"
O mundo vivia a terrível expectativa da primeira
guerra mundial, com a Europa em polvorosa, e em Porto Alegre - RS, surgia o "Sport Club São José",
fundado em 24 de maio de 1913, por ação de
um grupo de alunos do Colégio São José - daí derivou o nome do clube - na rua
São Raphael, atual Avenida Alberto Bins, no Estado do Rio Grande do Sul, cidade
de Porto Alegre.
Irmão
Constantino Emanuel, um ardoroso admirador do cálcio
italiano foi o mentor intelectual e incentivou o grupo que jogava futebol no
colégio a formar um clube de verdade.
***
Irmão
Constantino Emanuel
O Irmão
Ulrich, por sua vez, foi o primeiro chefe de torcida da nova instituição
esportiva.
Entre os jovens fundadores estavam:
José Edgar Vielitz, Osvaldo Endler, Florêncio
Wurding, Léo De La Rue, Antônio Pedro Netto (Netinho) e Arnaldo Peterlongo Ely.
Estes alunos faziam parte da Sociedade Juventude dos
Moços Católicos, cuja sede era nos altos da ex-capela São José, localizada na
rua São Raphael. A sociedade surgira para que os alunos pudessem praticar o
futebol dentro das dependências do colégio. Embora a sociedade crescesse, o
grupo não podia enfrentar equipes fortes e por isso surgiu a idéia de fundar um
clube de futebol.
Após celebrar a fundação, o aluno Léo De La Rue foi escolhido para ser o
primeiro Presidente do clube, ficando estabelecido que cada jogador compraria
seu uniforme e contribuiria com 500 réis de cota mensal, pois a participação
dos sócios ainda era reduzida.
Vale registrar que em 13
de abril de 1913, cerca de um mês antes da fundação do São José, morreu
em Porto Alegre - RS, aos 44 anos, Francisco
Antônio Caldas Junior, proprietário e fundador da Empresa Jornalística
Caldas Junior.
DA APAF À SÉRIE
"C" NACIONAL Filiado à associação Porto-Alegrense de Futebol em 1914 e mais tarde à Federação Gaúcha de Futebol
(antigamente Federação Rio-grandense de Desportos - FRGD) desde 1920, o São José só não disputou as
competições municipais e estaduais de 1952 a 1958,
quando houve a opção por se dedicar inteiramente à construção da atual sede
social, uma reivindicação dos associados.
Foram longos anos de dedicação e respeito aos
torcedores gaúchos, enfrentando o poder dos grandes clubes do Estado. O título
mais importante foi à conquista da Copa Governador em
1971.
No final dos anos 1960,
houve uma fusão do São José com o Clube de Regatas Almirante Barroso. A
agremiação chegou a ser apelidada "Zé
Barroso".
O uniforme apresentava camiseta com listras largas
azuis e brancas.
Nessa época o "Zequinha"
conquistou um dos maiores títulos da sua história, a Copa Governador do Estado em 1971.
Em 1981, treinado
por Vasques, o São José foi campeão da Segundona, conquistando o direito de
disputar a Divisão Especial em 1982. O time,
porém, enfrentou problemas e foi rebaixado no mesmo ano.
Voltou a primeira divisão em
1996, depois de uma parceria com o Renner. Durante esta parceria, o São
José usou um uniforme em vermelho e branco como o velho Renner.
Em 1998, num
lance de marketing ousado, o São José contratou o centroavante Careca, ex-São
Paulo e Napoli para atuar em alguns jogos do Gauchão.
O time da Zona Norte tem como principais façanhas
ter sido duas vezes vice-campeão do Citadino de Porto Alegre, em 1937 e em 1948, campeão da Copa Governador do
Estado, em 1971, campeão do torneio de
acesso em 1963, e campeão da Segunda Divisão
do Campeonato Gaúcho em 1981.
Está na elite do futebol gaúcho desde 1999. Sua melhor colocação na primeira
divisão foi um 6º lugar em 2001.
Em âmbito nacional o São José disputou o Campeonato
Brasileiro da Série C nos anos de 1997, 1998, 2001 e 2003 e da Série D em 2009.
Disputou também a Copa São Paulo de Futebol
Juniores, em 2007 e 2008.
No ano de 2006, fez
boa campanha no Campeonato Gaúcho, alcançando a classificação para a segunda
fase com uma rodada de antecedência.
No andamento do Campeonato Gaúcho de
2007, o
clube ousou e fez a contratação mais impactante de sua história, ao trazer o
experiente e renomado goleiro Danrlei, ex-Grêmio.
Para a temporada 2008, outro
grande nome do futebol estadual foi contratado, o atacante Fabiano, ex-jogador
do Inter, e isso somado à outros bons jogadores, rendeu ao São José novamente o
7º lugar, repetindo a boa campanha de 2006.
Danrlei
1ª DIVISÃO SÉRIE "B" 1996
Depois de conviver durante dezenas de anos entre os
grandes do futebol gaúcho, o E.C. São José passou por uma fase de transição na
2ª divisão do campeonato gaúcho de futebol.
Em 1981, treinado
por Vasques, foi campeão desta
categoria "C", com a
seguinte equipe: Alexandre Borini, Herbert, Ditão, Nicola e Flávio; Valter,
Rubenval, Giba; Rogério, Edson (Geraldo) e Miltinho.
O time, porém, enfrentou problemas e novamente foi
rebaixado. A volta à 1ª Divisão Série
"B", demorou 16 anos e só chegou em
1996 em parceria com a empresa Tintas Renner.
O time-base teve Alberto; Rogério, Giba, Da Silva e
Adriano; Paulo Roberto, Sandro (Senegal) e Julinho; João Pedro, João de Deus e
Marcinho. O técnico foi o competente e experiente ERNESTO GUEDES.
DIVISÃO ESPECIAL - 1999
O retorno à 1ª
Divisão Série "A", demorou muitos anos e só chegou em 1999, com 02 jogos de antecedência, e a
parceria era, continua sendo, com a empresa Multisom.
São José x Novo Hamburgo
Série
C
- Mesmo limitado pelas dificuldades financeiras e pelo fato de estar situado em
uma cidade onde existem dois dos maiores clubes do mundo (Grêmio e
Internacional), o São José pensa grande.
Desde 1996, o
clube planejou um crescimento técnico para chegar às primeiras categorias do
futebol brasileiro até o ano 2000.
Em 1977, disputou
a Série C e conseguiu passar para a
segunda fase, repetindo o desempenho em 1998, quando
só foi eliminado pelo forte São Caetano, em São Paulo. "Tivemos azar no sorteio das chaves,
pegamos o time mais forte, mas valeu como aprendizado",
ressaltou o Vice Presidente de Futebol, Francisco
Novelletto Neto.
O Estádio
A "VIA SACRA", DA MONTANHA AO PASSO
D'AREIA
O CLUBE UTILIZOU SEIS CAMPOS DE FUTEBOL ANTES DE TER
SEU ESTÁDIO DEFINITIVO NA ZONA NORTE
Ansiosos em participar do maior número de
compromissos, os fundadores do São José começaram logo a buscar um local para
treinamentos e jogos.
Antigo estádio Passo D'Areia
Em 1914, o
primeiro campo utilizado pela turma do Irmão Constantino foi na chácara do
Coronel Germano Petersen, denominado
"Montanha",
onde atualmente funciona o Hospital Militar, na subida da avenida Cristóvão
Colombo.
Hospital
Militar - década de 1920
O clube começou a conquistar a simpatia da população
e cresceu muito, exigindo mais espaço.
Por isso, no mesmo ano, a segunda sede foi instalada
na Rua São José, hoje denominada Frederico Mentz no Bairro Navegantes.
Uma enchente, que assolou a capital em setembro,
prejudicou o clube, destruiu "as modernas instalações para a prática do
futebol", principalmente o
gramado do São José. A única saída foi voltar para a "Montanha", na subida da avenida Cristóvão Colombo, até
conseguir outro local.
A Bacia - O novo estádio do São José, localizado atrás
da Igreja São Pedro e chamado carinhosamente de "Bacia", também durou
pouco.
A área foi loteada para construção de moradias e o
Clube foi obrigado a se mudar.
Para não ficar sem jogar e correr o risco de fechar
o departamento de futebol, o time passou a treinar e a jogar no Estádio da
Baixada, do Grêmio.
Depois de pesquisar muito, o clube conseguiu um
local no bairro Caminho do Meio, onde hoje se localiza o Hospital de Clínicas
de Porto Alegre.
Também ficou pouco tempo, mudando-se para o Bairro
São João.
E não foi daquela vez que encontrou o sossego de um
local definitivo.
Outra vez a questão habitacional obrigava o São José
a mudar de área, pois onde estava o campo havia planos de construir a Vila dos
Industriários.
Show
do Metálica no Zequinha
Como ressaltam os arquivos do Clube, a "Via
Sacra" só terminou na década
de 1940.
O Clube comprou o atual terreno de três hectares por
250 contos de réis e começou a construir o Estádio do Passo D´Areia em 1939, a inauguração ocorreu no dia 24 de maio de 1940, com uma grande festa: um jogo
contra o poderoso Grêmio, tricampeão da cidade.
A vitória tricolor foi difícil (3 X 2), diante de um
grande público, que proporcionou uma arrecadação de 7 contos e 900 mil réis.
Era presidente Eduardo Zottnann.
Enfim, com a construção de um estádio moderno, um
grande clube tinha terminado sua peregrinação e fincava raízes no coração da
Zona Norte.
Em reformas
O estádio alterou sua capacidade para 6.000 pessoas
bem acomodadas e é um orgulho da comunidades.
Estádio Passo d’Areia
Nome
Oficial: Estádio Passo d’Areia
Endereço:
-
Social - Rua Padre Hildebrando nº 1100
-
Geral - Av. Rio São Gonçalo nº 95 -
-
Bairro Passo d'Areia - Porto Alegre - RS
Capacidade:
10000
Camarotes:
06
Vestiários:
4 vestiários profissionais mais 1 vestiário de arbitragem.
Dimensões
do Gramado: 74m x 105m - Tamanho oficial exigido pela Fifa.
Grama:
Catarina
Iluminação:
Estão em construção devido a nova arquibancada geral
Imprensa:
-
8 cabines duplas fixas
-
1 sala de imprensa
-
1 sala para entrevistas coletivas.
Estacionamento:
Privativo para funcionários e autoridades com capacidade para 50 veículos.
Escolinha 2006
O Hino
Autor: Antônio Guaglianoni
Arranjo Musical: Os Zequianos
Cor
do céu clube alvi azul
São
José de tradição
Mais
simpático do sul
Resplendente
pavilhão
Quem
não sente o teu ardor
Como
um todo sempre unido
Frente
ao forte contendor
Luta
bravo e destemido
Nasceu
nacionalista
Sagrando
nobre história
Na
senda da conquista
Candente
busca a glória
Zequinha
traz um fado
Ardente
e varonil
De
honrar o seu passado
No
esporte do Brasil
O Mascote
Outro símbolo importante do São José é o mascote. Os
arquivos do clube não registram o autor do desenho, que mostra a imagem
simpática de um velho santo vestido com o uniforme do clube, entrando em campo
e tendo uma bola embaixo do braço direito.
Cores
As cores do São José é o Azul e Branco.
Uniforme Camisa com listras verticais azuis e brancas,
calção branco e meias azuis.
A Torcida
O time é conhecido carinhosamente como "Zequinha".
Os torcedores gaúchos já se acostumaram a presenciar
o nascimento e a morte de dezenas de clubes de futebol ao longo deste século.
Quis o destino e a abnegação de milhares de torcedores, que o Esporte Clube São
José não tivesse esse mesmo triste fim.
Títulos
Com muito trabalho e dedicação, o "Zequinha" venceu desafios,
passou por fusões, crises e até licenciamento, mas também viveu grandes
momentos de glórias nestes 90 anos.
Conhecido como time mais simpático do Rio Grande do
Sul, respeitado por gremistas, colorados e cruzeiristas, o São José, abre a
porta do Novo Milênio como o Clube de Todos os Corações.
Suas torcidas os Guaipecas fundada em 2005 e o
mascote "Mutley", e os Farrapos fundada em 2007.
Hoje com mais de 2000 associados.
Títulos
VICE CITADINO EM 1937/1948
Na época do futebol romântico, Porto Alegre tinha
muitos clubes de qualidade como Grêmio, Inter, São José, Força e Luz, Americano
e outros. E foi neste contexto que o Zequinha, em
1937, viveu seu primeiro grande momento de glória. Com uma equipe de
alta qualidade, treinado por Nelinho, conquistou o vice-campeonato da cidade,
em dezembro, em uma decisão com o Grêmio, em três jogos.
No primeiro, vitória tricolor por 2x1 (19/12),
reação do Zequinha no 3x2 (23/12) e o título gremista no 2x0 final (26/12). O
São José teve como time-base a seguinte formação: Ruarão, Ruarinho, Harry,
Ireno, Berto, Mesquita, Bavú, Mabília , Ordovaz, Chinesinho e Elustondo.
Há quem considere o time do final da década de 40
como um dos melhores na história do São José.
Esse grupo, treinado por Otacílio Ricardo dos Santos, obteve o
vice-campeonato de Porto Alegre em 1948 garantindo
o título antecipado do Inter ao vencer o Grêmio por 3 a 1 no dia 9 de outubro.
No Gre-Nal "por laranjas" em 17 de outubro, o Grêmio usou um time reserva e
foi goleado por 7 a 0 pelo Inter.
O ex-presidente Humberto
Ruga lembra uma formação do São José em
1949/1950 com Clóvis (Vilson); Gaúcho, Pedro (Osvaldo Só), Aldeia e
Tibica; Gomes (Turra) e Ênio Andrade; Loureiro (Breno), Pedrinho, Sadi e Roni. "Um time
fantástico", diz.
COPA GOVERNADOR, A MAIOR CONQUISTA
MAIOR TÍTULO NO FUTEBOL DESDE A
FUNDAÇÃO
Em uma época de grande diferença econômica-esportiva
entre a dupla Gre-Nal e os demais clubes do Rio Grande do Sul, o E.C. São José
conseguiu a sua maior conquista:
Campeão da "Copa Governador do Estado - Euclides Triches em
1971"
O Inter vinha em grande fase com Valdomiro, Tovar e
Claudiomiro e o Grêmio do Técnico Oto
Glória, tinha Espinosa, Everaldo e Alcindo, mas o São José com garra foi
superior.
Carlos Miguel, Marcos, Adilson, Renato, Paulinho e
Frazão;
Carlos Castro, Celmar, João Alberto, Gilney e Cará
O E.C. São José tinha como Técnico Pedro Ário Figueiró e o time-base teve,
Marcos: Carlos Miguel, Vasques (Ney), Renato e Frazão; Paulinho, Celmar e
Gilney; Carlos Castro, João Alberto e Cará.
Artilheiros
Artilheiros do Campeonato Gaúcho
Chiquinho - 2001 (15 gols).
Artilheiros do Campeonato Gaúcho - Série B
Da Silva - 1986 (12 gols).
Ídolos
Beto Almeida
Ênio Andrade
Foguinho
Elustondo
Carlos Miguel da Silva - 1971
Carlos Miguel da Silva - 1971
Estaduais
Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão: 2 vezes — 1963 e
1981.
Vice-Campeonato Gaúcho 2ª Divisão: 1996.
Outras Conquistas
Torneios estaduais
Copa Governador do Estado: 1971*.
*Com o nome de Barroso-São José.
Futebol Society
Outros atletas que se destacaram:
Adilson (1971 - foi para o Grêmio)
Airton Caixão (ex-Grêmio - 1969)
Alexandre Borini (ex-Blumenau 1984)
Bodinho (ex-Inter - 1958)
Cará (1969 - foi para o Esportivo)
Careca (ex-Guarani, São Paulo, Napoli-ITA, Seleção
Brasileira - 2001)
Carlos Castro (ex-Inter - 1971/72)
Carlos Luis Medeiros Vasques (ex-Internacional)
Carlos Miguel Azevedo da Silva (1963/71 foi para o
Esportivo)
Cassiá (ex-Coritiba - 1981)
César Zanchi (foi para o Vasco - 1937)
Claudio Mineiro (ex-Inter - 1982)
Daniel (ex-Inter, Corinthians - 1998)
Djair de Almeida Machado (ex-Inter, Caxias - 1981)
Dorinho (ex-Inter - 1975)
Gilberto Tim (Preparador Físico do Inter e Sel.
Brasileira - 1959)
Gilnei (ex-Grêmio - 1971/72)
Ivo Amaral (ex-Grêmio)
Ivo Andrade (categorias de Base - Década de 50)
Ivo Winck (revelação da Década de 40, foi para o
Inter)
Jamir (1988 - transferiu-se para o Grêmio)
João Alberto (1968/74 - foi para o América-RJ)
Julio Cesar Gomes Moreira (ex-Cruzeiro - 1976)
Luiz Carlos Winck (ex-Inter, Grêmio, Sel. Brasileira
- 1998)
Luiz Eduardo (ex-Grêmio - 1999/2000)
Luiz Gustavo (ex-Internacional - 1999/2000)
Luiz Luz (Grêmio e Seleção Brasileira - Década de
20)
Moacir (1970 - foi para o Flamengo)
Nilo (Coritiba e Seleção Brasileira - 1971)
Paulo Souza (ex-Grêmio - 1976)
Pinga (ex-Internacional - 1990)
Pingo (ex-Cruzeiro - 1979)
Polaco (ex-Seleção Juniores - 1998)
Ricardo (ex-Inter, Caxias - 1998)
Roberto Fernando (1966 - foi para o Juventude)
Ruaro (foi para o Inter - Década de 20)
Sampaio (foi para o Vasco - 1937)
Selmar (1972 - foi para o Grêmio)
Sergio Vinck (1998)
Silveira (ex-Internacional)
Tarciso (ex-Grêmio)
Valdir (1971 - foi para o Inter)
Vicente (ex-Grêmio - 1981)
Vilson (ex-Grêmio - 1998)
Zica (1936 até 1942)
A FIFA REGISTRA A EXCURSÃO INÉDITA DO
SÃO JOSÉ A PELOTAS EM 1927, NUM HIDROAVIÃO
Em 1927, a
Varig não era uma empresa respeitada
como hoje. A viação Aérea Riograndense estava começando e possuía apenas um
hidroavião modelo Dornier Wal, chamado ATLÂNTICO, mas ajudou o também jovem
Esporte Clube São José, de Porto Alegre - RS, a entrar para a história como o
primeiro clube de futebol sul-americado a realizar uma excursão aérea. A viagem
até a cidade de Pelotas - RS ocorreu num domingo, dia 05 de junho, e dourou
02:30 horas.
A idéia de viajar de avião, conforme relatório de João Leal da Silva, Tesoureiro do São
José, na época, partiu do Diretor de Futebol Edgar Vielitz e do Secretário Moisés
Antunes da Cunha, quando o time voltava de bonde do bairro Menino Deus,
onde havia vencido o Futebol Club Porto Alegrense, por 3 X 1, pelo campeonato
da cidade, no dia 03 de maio.
***
***
Tudo estava acertado para a viagem, o E.C. Pelotas
aceitou pagar a hospedagem e as despesas com o avião. O São José ainda disputou
02 partidas pelo campeonato, perdendo para o Grêmio e Internacional. Dois dias
antes da viagem, o secretário Moisés
Antunes seguiu de vapor para acertar alguns detalhes faltantes.
Como o avião não podia levar todos os atletas,
Odorico Monteiro, Berlina e Benedito foram com o secretário e ficou combinado
que haveria troca na volta, para que todos tivessem a oportunidade de sentir a
sensação de voar.
Aconteceram dois problemas na semana que antecedeu a
viagem: 1º - tempo estava chuvoso e o 2º o controle do peso.
A Varig,
que tinha sua sede na Casa Bromberg,
solicitou o peso exato de todos os jogadores, para obter o melhor desempenho do
hidroavião - na sexta-feira o ATLÂNTICO viajou para o Rio de Janeiro,
retornando no sábado.
No domingo, pela manhã o avião levaria o E.C. São
José a cidade de Pelotas, retornando na segunda-feira.
Tudo pronto, o comandante Rodolfo Cramer verificou que havia peso em excesso, porque os
sobretudos não estavam incluídos. Ficou a pergunta, como resolver este impasse?
Houve alguns protestos, pois ninguém queria ficar
fora da viagem. O Presidente Waldemar
Zapp pede para tirarem uma foto de todo o grupo, pois queria uma lembrança,
em caso de acidente.
O comandante Cramer
então combinou que se o avião decolasse sem problemas, a viagem seguiria com
todos os passageiros. O motor ronca, dá solavancos, pulava como um sapo, fazia
um barulho infernal, mas decola e deixa as águas do Guaíba para trás.
O ATLÂNTICO, enfim, estava no ar e chegou no horário
pré-visto, depois de 02 horas e meia de viagem.
Depois desta epopéia, O E.C. São José voltou a
viajar de avião em 1959, para jogar contra o
time chamado de 14 de julho, na cidade de Passo Fundo - RS, onde venceu por 2 X
1, conforme relato do Conselheiro Manoel
Rubi da Silva, que era supervisor de futebol, na época.
Em 1998, já com um
avião moderno, com toda a segurança e conforto viajou para o Estado do Paraná,
para disputar uma partida de futebol pelo campeonato brasileiro Série "C".
OS PRIMEIROS VIAJANTES DE AVIÃO -
JOGADORES E DIRIGENTES:
Os nomes que ficaram na história do E.C. São José
foram os passageiros Carlos Albino
(chefe da delegação), João Leal da Silva
(tesoureiro) e os jogadores: Álvaro Kessler, Antônio Netto, Dirceu, Alfredo
Cezaro, César Cezaro (Pinho); Nicanor Leite (Nona), Clóvis Carneiro Cunha,
Walter Raabe e o goleiro Bagre (Alberto Moreira Haanzel).
A viagem transcorreu sem problemas, exceto por 2
jogadores, Antônio Netto e Bagre, que viajaram no porão do avião, porque só
havia 9 poltronas. Porém, garantiram lugar na volta porque os irmãos Cezaro enjoaram muito e prometeram jamais
viajar de avião. A promessa, no entanto, só durou durante o vôo.
Pela viagem à Pelotas - RS a Varig recebeu 2 contos e 500 mil réis, sendo que o preço
individual, de ida e volta de uma viagem, daquele tipo custava 350 mil réis.
Mesmo assim o preço, para a época, não foi considerado barato, porque o dólar
estava valendo 8 contos e 500 réis.
História
O clube foi oficialmente fundado por:
José
Macedo Jardim, Álvaro Britto, Honorino Passos, Salvador Crozitti, Rosendo Rosa,
Bruno Borde, Christph Walter Miller, Carlos De Lorenzi, Dr. Ernesto John
Aldsworth, entre outros, funcionários da Carris e da CEERG, em 08.09.1921.
O Grêmio Sportivo Força e Luz era originalmente
formado por trabalhadores da Carris: - motorneiros e cobradores de bonde, e
funcionários da CEERG (Cia. de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul).
Com a unificação do futebol gaúcho, em 1923, o Força e Luz ingressou na 2ª divisão da
APAD, ganhando o campeonato deste ano.
No ano seguinte, disputou a Série A da 2ª Divisão, sendo vice no 1º quadro e campeão nos 2º e
3º quadros. Com o fim da 2ª Divisão da APAD em 1925, e o surgimento da APAF, o
Força e Luz manteve-se fora das duas entidades, ausentando-se de competições
oficiais por alguns anos.
No ano seguinte abandonou a APAD e ingressou na
AMGEA, disputando a Série B e
conseguindo o acesso para a temporada seguinte.
Em 1932, contando
com onze filados, a AMGEA formou novamente duas séries, ficando o Força e Luz
na Série B. Com a desistência dos demais participantes desta série, o Força e
Luz foi proclamado campeão, e classificou-se para disputar com o São José,
último colocado da Série A, uma vaga no campeonato seguinte, mas perdeu a série
de melhor de três partidas.
Em 1934, o
Força e Luz voltou a disputar o campeonato, com a extinção da Série B.
Em 1947, é
obrigado a mudar de nome, durante a década de 1940,
chamou-se Rio Branco e Esporte Clube Corinthians PortoAlegrense.
No início de 1959, o
clube fechou as portas do departamento de futebol.
Em 1972, voltou
a jogar profissionalmente, disputando a 2ª divisão e a Copa Governador do
Estado.
Campeão citadino de aspirantes nos anos de 1934, 1935, 1936 e 1937, o Forcinha alcançou
suas maiores conquistas entre os profissionais em 1947 e 1948, com os
vice-campeonatos de Porto Alegre.
Sua última participação importante foi no campeonato
gaúcho da segunda divisão, em 1972. Depois,
passaria a disputar só campeonatos amadores.
O atual G.E. Força e Luz disputava torneios apenas
na categoria de veteranos.
O clube encaminhou o protocolo do fim de suas
atividades na Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
Para não deixar a mística do nome morrer no
esquecimento, a União Social dos Empregados da Carris (Use carris) batizou, em 2009, o time de "Carris Força e Luz".
O agora tricolor (azul, vermelho e branco) pretende
disputar o campeonato de futebol amador de Porto Alegre.
As Cores
As cores do Força e Luz, o branco e o vermelho.
O Estádio
Em 1921, nestes
primeiros tempos seu campo localizava-se na rua da Glória.
Logo, porém, o clube mudou-se para um campo na
avenida Teresópolis.
Em 1929, o
Força e Luz arrendou a Chácara das Camélias, campo do Porto Alegre.
Em 1931, além
de disputar a Série A, o clube mudou-se para o campo da rua Arlindo.
Em 14 de abril de 1935, inaugurou
o Estádio da Timbaúva, Rua Doutor Alcides Cruz, 125, bairro Santa Cecília,
Porto Alegre / RS.
O campo do "Forcinha"
era carinhosamente chamado de Timbaúva por causa de uma árvore que imperava
orgulhosa atrás da goleira.
O jogo inaugural com o Internacional perde por 5x1.
Na Timbaúva foi disputada a primeira partida de
campeonato brasileiro (de seleções) no Rio Grande do Sul.
Sem a propriedade do estádio da Timbaúva (no Bairro
Santa Cecília), vendido em 2006 para a Rede Zaffari, o clube encaminhou o
protocolo do fim de suas atividades na Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
Craques
Foi na Timbaúva que eu vi o meu segundo Rolo
Compressor, o de Florindo, Oreco, Paulinho, Salvador, Larry, Bodinho e
Chinesinho, na minha opinião um time colorado ainda melhor do que o célebre
Inter dos anos 1970.
Neste campo que dois craques do Força e Luz
despontaram:
O ponta-direita Dorval,
vendido depois para o Santos de Pelé,
onde se sagraria bicampeão do mundo em 1962 e 1963.
***
Dorval
ponta-direita do Força e Luz - 1955
"Dorval,
Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe".
Essa era a linha de frente do melhor time de futebol
de todos os tempos. Apesar de o sucesso da equipe ter sido sempre focado no
Rei, os outros jogadores também ganharam o reconhecimento dos torcedores. Um
desses atletas é Dorval, o ágil ponta-direita
daquela equipe que conquistou praticamente tudo o que disputou na década de 1960.
Em 26 de fevereiro de 1935, nascia
em Porto Alegre (RS) Dorval Rodrigues,
que desde pequeno demonstrou o interesse pelo esporte com a bola nos pés.
No entanto, ele só chegou a uma equipe profissional em 1955, quando deixou a profissão de engraxate e
foi contratado pelo Grêmio Esportivo Força e Luz, hoje extinto time da capital
gaúcha.
O tamanho da equipe não impediu Dorval de se destacar nos campeonatos regionais e, assim, ser
chamado para defender a seleção de seu Estado em um torneio no México. A
habilidade e a facilidade no drible despertaram o interesse de grandes clubes
do Brasil, resultando em sua contratação pelo Santos F.C., em 1956.
***
Airton
Ferreira da Silva zagueiro do Força e Luz
Airton
Ferreira da Silva, zagueiro, o Grêmio comprou do Força e
Luz por 50 mil cruzeiros e dez degraus de arquibancadas do antigo pavilhão do
estádio da Baixada. Um dos melhores jogadores do Grêmio de todos os tempos, o
zagueiro carregou para sempre no apelido de "Airton Pavilhão" a marca do insólito negócio.
Em 1921, nestes
primeiros tempos seu campo localizava-se na rua da Glória.
Logo, porém, o clube mudou-se para um campo na
avenida Teresópolis.
Em 1929, o
Força e Luz arrendou a Chácara das Camélias, campo do Porto Alegre.
Em 1931, além
de disputar a Série A, o clube mudou-se para o campo da rua Arlindo. Em
14.04.1935, inaugurou o Estádio da Timbaúva,
Rua Doutor Alcides Cruz, 125, bairro Santa Cecília, Porto Alegre / RS, que
pertenceu inicialmente a Cia. Carris. O jogo inaugural com o Internacional
perde por 5x1.
No dia 18 de novembro de 1945, o
Internacional, jogando no Estádio da Timbaúva, em Porto Alegre, venceu o
Pelotas por 3 x l, marcando Carlitos
e Tesourinha (2) para o colorado e Pepito para o auri-cerúleo. Com público
de 8500 pessoas e arbitragem de Paulo
Cortelari.
Alguns título do Força e Luz
Campeão da 2ª divisão porto-alegrense em 1923 e 1932
Campeão da Série A da 2ª divisão porto-alegrense (2º
Quadro) em 1924
Campeão da Série A da 2ª divisão porto-alegrense (3º
Quadro) em 1924Campeão do Torneio Início em 1933Campeão porto-alegrense (2º Quadro)
em 1934, 1935, 1936 e 1937
Inauguração do Estádio da Timbaúva
Força e Luz 1x5 Internacional
Data: 14/04/1935
Juiz: Wlater Leal
Gols: Mancuso 19′ do 1º tempo; Negrito 5′, Prestes
17′, Tupan (pênalti) 28′,Prestes 30′ e Andrade 37′ do 2º
FL: Lucindo; Armando e Álvaro (Miro); Elesbão,
Gradim e Índio; Ferreira,Negrito, Zanine, Dinga e Javel
IN: Penha; Poroto (Natal) e Risada; Garnisé, Andrade
e Lewis; Marreco,Tupan, Mancuso, Darci Encarnação e Prestes.
Observação:
- A partida preliminar seria entre Grêmio e Cruzeiro,
mas como este último não compareceu, a disputa foi cancelada.
Outros Campeonatos
Legenda:
Nº DATA
PLACAR
CIDADE COMPETIÇÃO
1)
04/12/1938
Flamengo 2x8 Força e Luz
Caxias do Sul
Amistoso
2)
30/05/1954
Flamengo 3x1 Força e Luz
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1954
3)
11/09/1954
Força e Luz 1x6 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1954
4)
26/12/1954
Flamengo 4x0 Força e Luz
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1954
5)
09/08/1955
Flamengo 0x4 Força e Luz
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1955
6)
23/10/1955
Força e Luz 0x0 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1955
-)
27/05/1956
Força e Luz 2x0 Flamengo
Porto Alegre
Torneio Ínicio 1956
-)
07/09/1956
Flamengo 1x2 Força e Luz
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1956
8)
07/11/1956
Força e Luz 1x1 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1956
9)
06/07/1957
Força e Luz 2x1 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1957
10)
20/10/1957
Flamengo 2x1 Força e Luz
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1957
11)
13/07/1958
Flamengo 2x1 Força e Luz
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1958
12)
22/11/1958
Força e Luz 1x1 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1958
AMISTOSO
JG
VT EM DE GF GS SG
MANDANTE
01 00 00 01 02
08 -06
VISITANTE 00 00 00
00 00 00 +00
C. ESTADUAL
01 00 00 01 02
08 -06
CAMPEONATO GAÚCHO
JG VT EM DE GF GS SG
MANDANTE
06 04 00 02
12 09 +03
VISITANTE 05 01 03
01 09 05 +04
C. ESTADUAL
11 05 03 03
21 14 +07
GERAL
JG VT EM DE GF GS SG
MANDANTE
07 04 00 03
14 17 - 03
VISITANTE
05 01 03 01
09 05 +04
GERAL
12 05 03
04 23 22 +01
MAIOR ESCORE PRÓ-FORÇA E LUZ COMO
MANDANTE
Força e Luz 2x0 Flamengo (27/05/1956)
--------------------------------------------
MAIOR ESCORE PRÓ-FORÇA E LUZ COMO
VISITANTE
Flamengo 2x8 Força e Luz (04/12/1938)
--------------------------------------------
MAIOR ESCORE PRÓ-CAXIAS COMO MANDANTE
Flamengo 4x0 Força e Luz (29/10/1972)
--------------------------------------------
MAIOR ESCORE PRÓ-CAXIAS COMO VISITANTE
Força e Luz 1x6 Flamengo (11/09/1954)
--------------------------------------------
MAIOR ESCORE DE EMPATE
Força e Luz 1x1 Flamengo (07/11/1956)
Força e Luz 1x1 Flamengo (22/11/1956)
O Renner foi fundado no dia 27
de julho de 1931, por: Victor
Gottschold, Avelino Amaral e Apolinário Corrêa, entre outros, todos
funcionários da A.J. Renner e Cia.
O clube realizou seus primeiros jogos na rua
Frederico Mentz.
Em 1936, o
clube participou da fundação da Liga Atlética Porto Alegrense (LAPA), ao lado
do Portuário, Rio Guahyba, Gloriense e Arrozeira Brasileira.
Em 1937, com
a divisão da principal liga portoalegrense, o Renner abandonou a LAPA e
ingressou na facção da Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Atléticos
que manteve-se fiel à CBD (AMGEA cebedense).
Em 1938, o
clube venceu o Torneio Início e o Campeonato Municipal, disputando o campeonato
gaúcho.
Com a unificação do futebol portoalegrense,
realizou-se, no primeiro semestre de 1939, o Torneio Relâmpago, com onze
equipes e que classificaria os cinco primeiros para a Primeira Divisão do
Futebol, ficando os restantes na Segunda Divisão. Renner, Cruzeiro e Americano
terminaram o torneio empatados em 4º lugar.
No "Torneio
Desempate", o Renner ficou em último, perdendo a vaga na elite gaúcha.
Em 1940, o
Renner analisou a possibilidade de alterar seu nome para Industrial ou
Navegantes, para adequar-se aos estatutos da AMGEA. Nesta temporada, com uma
grande campanha na Segunda Divisão gaúcha, o clube teve seu atacante Caburé
(artilheiro da competição) convocado para a Seleção Brasileira que disputaria o
Campeonato Sul-Americano, na Bolívia (os clubes gaúchos recusaram-se a ceder
seus atletas e Caburé jamais jogou pela Seleção).
Precisando apenas de um empate para ganhar o
campeonato da Segunda Divisão, o clube perdeu para o Porto Alegre,
desperdiçando a chance de subir à Primeira Divisão. No ano seguinte, o Renner
resolveu não inscrever-se para disputar o campeonato da Segunda Divisão.
Em 1942, o
Renner venceu o campeonato da Segunda Divisão gaúcha, mas não conseguiu o
acesso.
Em 1944, novamente
consegue o título, conquistando o direito de ascender à série principal.
Em 1951, o
Renner foi vice-campeão juvenil, repetindo o feito em
1953 e 1957.
Mas o grande momento do Renner foi na temporada de 1954. O clube sagrou-se campeão citadino com
três rodadas de antecipação, ao vencer o Juventude por 9x2, no dia 08 de janeiro de 1955.
Em seguida, conquistou o Campeonato Gaúcho de 1954, em um quadrangular com Brasil de Pelotas,
Ferro Carril de Uruguaiana e Gabrielense de São Gabriel.
O título foi conquistado no dia 03 de abril de 1955, com a vitória do Renner sobre
o Brasil de Pelotas por 3 a 0, no Estádio Tiradentes, gols de Breno (2) e
Pedrinho.
O time campeão entrou em campo com a seguinte
escalação: Valdir de Moraes, Bonzo, Ênio Rodrigues, Orlando (Olavo) e
Paulistinha; Leo e Ênio Andrade; Pedrinho, Breno Melo, Juarez e Joelcy.
A campanha desse ano foi tão arrasadora que o time
recebeu o apelido de Papão de 1954.
Em 1957, disputou
o Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro, contra Bangu, Vasco e Fluminense. O
final da década de 1950 marcou um período de
crise do clube. Como no final de cada temporada a empresa A.J. Renner tinha de
cobrir o rombo financeiro, após o campeonato de
1957, decidiu-se extinguir o clube.
Em pé: Valdir. Enio Rodrigues. Oby. Valdo. Ivo e
Orlando.
Agachados: Carlito. Breno. Pedrinho. Enio Rodrigues
e Orcely.
Esquadrão
do Renner de Porto Alegre no primeiro jogo contra a seleção alagoana em excursão
a Alagoas
Em 1953, o Renner de Porto Alegre jogou duas
partidas em Maceió. Era o primeiro clube gaúcho a nos visitar. Tinha
conquistado o campeonato gaúcho da temporada e veio com muito cartaz. Possuía
grandes jogadores e, alguns deles terminaram jogando na seleção brasileira.
O primeiro jogo aconteceu no dia 27 de dezembro. O
Renner perdeu para a seleção alagoana por 3x2. Um resultado que foi contestado
pelos gaúchos que não aceitaram o segundo pênalti marcado pelo árbitro
alagoano, Adalberto Silva. O goleiro Valdir de Moraes não quis ficar no gol
para a cobrança.
O juiz mandou cobrar com o meta gaúcha vazia. Era o gol da
vitória alagoana. Orizon fez os dois de pênalti e Géo completou os gols do
locais. Joeci e Enio Andrade marcaram para o Renner.
O jogo foi bom até o momento em que o juiz assinalou
o segundo pênalti contra os visitantes. O marcador era de 2x2 e demonstrava o
equilíbrio entre as duas equipes. Depois de muita conversa os dirigentes
azulinos conseguiram convencer os gaúchos a retornarem ao campo e terminarem o
jogo.
Foram os piores momentos da partida. O Renner fazendo o tempo passar. A
seleção perdeu o interesse pelo jogo e a própria torcida não sentiu mais
nenhuma emoção pela vitória. A seleção venceu com Epaminondas. Dirson e Orizon.
Piolho. Zanélio e Mourão. Cão (Helio Miranda). Dida. Cécé. Bequinho (Tonheiro)
e Géo.
Três dias depois, no mesmo campo do mutange, o
Renner voltou para enfrentar o CSA. Os gaúchos exigiram que o juiz fosse
Aparicio Viana que acompanhava a delegação na temporada pelo Nordeste. O
resultado final foi de 1xl. O CSA com um time bem entrosado realizou uma grande
exibição. O
Renner, esquecendo os problemas do domingo, também fez por merecer
os elogios.
O público assistiu um grande espetáculo. Um futebol
de alto nível. Os alagoanos começaram de forma arrasadora. Assinalaram seu gol
através do ponteiro Géo e realizaram
um jogo de boa técnica e rapidez nas jogadas.
No segundo tempo, os alagoanos cansaram e os gaúchos
continuaram com a mesma regularidade. E mantendo o ritmo, chegaram ao empate
através de Juarez. Foi um grande jogo e que apagou a má impressão deixada na
partida anterior quando os lamentáveis acontecimentos envolveram os jogadores
do Renner e o juiz Adalberto Silva.
O CSA jogou com Almir. Paulo Mendes e Orizon.
Piolho. Zanelio e Napoleão. Italo (Deda). Dida. Sued. Netinho e Géo.
O Renner com Valdir (Albertino). Enio Rodrigues. Léo
(Ody). Ivo Medeiros (Gago). Bonzo (Valdo) e Orlando. Carlito. Breno. Pedrinho
(Juarez). Enio Andrade e Joeci (Orely).
O Estádio
Estádio
Tiradentes
***
O estádio Tiradentes foi construído em um terreno
doado por Antônio Jacob Renner.
O estádio Tiradentes, construído em 15 de novembro de 1935, na Av. Sertório, era
chamado de Waterloo. Pois em seu estádio o Renner era imbatível.
Tinha capacidade para 6000 torcedores.
O Renner inaugurou seu estádio na rua Sertório
esquina com a avenida Eduardo (atual av. Pres. Roosevelt), vencendo o
Taquarense por 5 a 4.
A Exceção Gaúcha
Há semelhanças entre a história do Cosmos de Nova
York e o Renner de Porto Alegre. Até mesmo o título original do documentário
sobre o time americano, "Uma Vez na Vida" (Once in a
Lifetime), caberia para o clube portoalegrense. Afinal, na lista de campeões
gaúchos de todos os tempos, em meio a incontáveis citações de Grêmio e
Internacional, aparece o Renner em 1954.
A Estação Elétrica Filme e Vídeo realizou um filme
sobre esse episódio histórico: chamou-se "O Papão de 54".
Papão
de 54 (2005)
Documentário
65 minutos
Diretor: Alexandre Derlam
Infelizmente, não há imagens em movimento do Renner
jogando. Mas existem fotos e também os jogadores, que contam, emocionados,
sobre os bons tempos do saudoso clube.
Para homenagear este time gaúcho, vamos relembrar a
campanha de 1954, quando o “Papão” Renner
conseguiu superar o forte time do Internacional, e quebrar o monopólio de Grêmio
e Inter.
Logo na largada do campeonato, Internacional e
Grêmio marcaram passo, ao empatarem, respectivamente, com Flamengo (1x1) e
Cruzeiro (1x1). Enquanto isso, o Renner vencia o Aimoré, em Passo Fundo, por
3x1. Seus adversários, neste início de campeonato, pareciam ser o Juventude e
Floriano, que tendo jogado já duas partidas, tinham 100% de aproveitamento. Mas
no jogo seguinte o Floriano vencia o Juventude, em Caxias, e o time da Serra já
começava a ficar pelo caminho. Na rodada seria o Floriano que seria derrotado
em casa, pelo próprio Renner.
Na 5ª rodada, um jogo decisivo: o Renner bate o
Internacional por 3x1, acabando com a invencibilidade colorada. Na 6ª rodada o
Renner perde os 100% de aproveitamento, ao empatar em Caxias do Sul com o
Juventude (2x2).
O 1º turno encerrou-se com o Renner liderando, com
17 pontos, tendo o Internacional em 2º, com 14, e o Juventude em 3º, com 13. O
Grêmio ocupava as últimas colocações, com apenas 6 pontos.
No returno, o Grêmio ensaia uma recuperação, e o
Internacional tenta aproximar-se do Renner, mas o time do estádio Tiradentes
(conhecido como Waterloo, porque lá os grandes eram derrotados), no bairro
Navegantes, não deu chances para ninguém. Apenas Nacional e Floriano
conseguiram arrancar pontos do Renner, com empates.
No dia 08 de janeiro de 1955, com
uma goleada de 9x2 sobre o Juventude, o Renner conquistou o título
metropolitano, de forma invicta. Depois, bastou bater o Ferrocarril de
Uruguaiana e o Brasil de Pelotas, para conquistar o título gaúcho.
Jogos do Renner no campeonato de 1954:
1º Turno:
Flamengo 1x1 Internacional
Grêmio 1x1 Cruzeiro
Aimoré 1x3 Renner
Aimoré 2x1 Grêmio
Internacional 5x1 Cruzeiro
Renner 2x0 Flamengo
Aimoré 0x4 Internacional
Grêmio 1x1 Força e Luz
Floriano 0x2 Renner
Renner 6x0 Força e Luz
Internacional 2x1 Floriano
Juventude 3x1 Grêmio
Internacional 1x3 Renner
Internacional 6x0 Nacional
Juventude 2x2 Renner
Floriano 2x3 Grêmio
Internacional 8x0 Força e Luz
Grêmio 0x1 Renner
Renner 2x1 Nacional
Nacional 4x2 Grêmio
Grêmio 1x1 Internacional
Renner 4x1 Cruzeiro
Grêmio 1x1 Flamengo
Juventude 1x4 Internacional
2º Turno:
Flamengo 0x1 Renner
Força e Luz 0x5 Internacional
Grêmio 4x2 Aimoré
Grêmio 1x1 Nacional
Cruzeiro 4x5 Renner
Internacional 5x1 Flamengo
Grêmio 4x1 Juventude
Internacional 4x0 Aimoré
Força e Luz 0x5 Renner
Nacional 1x1 Internacional
Cruzeiro 1x2 Internacional
Renner 3x0 Grêmio
Renner 6x1 Aimoré
Cruzeiro 2x6 Grêmio
Floriano 3x2 Internacional
Grêmio 2x1 Floriano
Nacional 3x3 Renner
Renner 9x2 Juventude
Internacional 2x1 Grêmio
Internacional 3x2 Juventude
Flamengo 0x2 Grêmio
Renner 0x0 Floriano
Renner 2x0 Internacional
O time foi crescendo até que, em 1954, não teve pra
ninguém.
Sagrou-se campeão invicto com uma vitória de 9 a 2
sobre o Juventude.
O Clássico
Mesmo com a hegemonia de Grêmio e Inter na capital
gaúcha, o Renner tinha a simpatia dos moradores do bairro Navegantes e
arredores. Não faltou torcida para comemorar o título.
O time foi crescendo até que, em 1954, não teve pra ninguém.
Sagrou-se campeão invicto com uma vitória de 9 a 2 sobre o Juventude.
O Clássico
Craques
Entre os jogadores do clube, destacaram-se o goleiro
Valdir de Morais (titular por vários
anos no Palmeiras e avô de Danny Morais),
o lateral-direito Bonzo, o
lateral-esquerdo Olavo, o volante Badanha, o ponteiro-direito Sabiá, o meia Breno Melo (que foi para o Fluminense e fez fama no cinema, com o
papel principal no premiadíssimo Orfeu Negro), os atacantes Caburé, Saladuro, Cabano e Medina, e os ex-colorados Joane, Hormar, Rui Motorzinho e
Ênio Andrade.
Breno
Melo
Nota:
- Apesar de não ter tido muito
destaque a notícia, morreu na sexta-feira, dia
11.07.2008, em Porto Alegre, Breno
Melo, jogador gaúcho que fez nome no futebol e no cinema. Breno Melo começou a carreira no São
José, mas em 1953 já estava no Renner, onde
seria um dos principais nomes do time que foi campeão metropolitano e gaúcho em 1954, único título que fugiu da dupla Gre-Nal entre 1940 e 1997.
Em 1957, com
o Renner já apresentando os graves problemas financeiros que levariam ao seu
fechamento, no ano seguinte, Breno Melo
foi negociado com o Fluminense.
Na equipe carioca, jogou de
1957 a 1959.
Em 1959, foi descoberto
pelo diretor francês Marcel Camus, que o convidou para representar o papel
principal no filme "Orfeu
Negro", baseado na peça de Vinícius
de Moraes, que transferia para uma favela carioca o drama da mitologia
grega. O filme não foi muito bem recebido no Brasil, mas fez sucesso na crítica
internacional. Venceu a Palma de Ouro de Cannes, em
1959, e o Globo de Ouro e o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1960.
Breno
Melo como Orpheu
Recentemente, em sua autobiografia, Barack Obama elogiou o filme, um dos
preferidos de sua mãe, Stanley Ann
Dunham. Depois do filme, Breno Melo
saiu do Fluminense para ter uma rápida passagem pelo Santos de Pelé (algumas fontes citam que também
teria jogado no Corinthians). Mas logo a seguir, com 30 anos, Breno Melo abandonou o futebol para
dedicar-se ao cinema.
Breno
Melo com Pelé no Santos
Ênio
Andrade
Um dos grandes jogadores da história do clube foi Ênio Andrade, que mais tarde como treinador se sagraria campeão brasileiro por três clubes diferentes, o Grêmio, o Internacional e o Coritiba.
Da
esq. a dir. Luizinho, Bodinho, Larry, Enio Andrade e Chinezinho na seleção
Presidente
JK cumprimenta a selação campeã dos Jogos Panamericanos 1956 no México, no
Palácio do Catete no RJ, o segundo Enio Andrade do Renner
Valdir
de Moraes
Valdir de Moraes com a camisa do Renner, com a qual foi campeão gaúcho em 1954.
Valdir Joaquim de Moraes foi um dos maiores goleiros da história do Palmeiras. Vestiu a camisa do Verdão entre 1958 e 1968 em 482 jogos, segundo o Almanaque do Palmeiras, com 290 vitórias, 97 empates e 95 derrotas.
Começou a carreira no Renner, de Porto Alegre, em 1947.
A encerrou no Cruzeiro em 1969, passando em seguida a treinar goleiros.
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GRÊMIO ESPORTIVO RENNER
Legenda:
Nº DATA
PLACAR
CIDADE
COMPETIÇÃO
FT
1) 23/04/1939
Flamengo x Renner
Caxias do Sul
Amistoso
-
07/11/1948
Flamengo 3x1 Renner
Caxias do Sul
Primeira Divisão de Aspirantes 1948
2) 23/03/1952
Flamengo 1x2 Renner
Caxias do Sul
Amistoso
3) 28/03/1954
Renner 2x0 Flamengo
Porto Alegre
Amistoso
4) 06/06/1954
Renner 3x2 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1954
5) 14/07/1954
Flamengo 1x0 Renner
Caxias do Sul
Amistoso
6) 08/08/1954
Renner 2x0 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1954
7) 21/11/1954
Flamengo 0x1 Renner
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1954
8) 08/05/1955
Flamengo 1x3 Renner
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1955
9) 19/11/1955
Renner 2x0 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1955
10) 15/04/1956
Flamengo 1x1 Renner
Caxias do Sul
Amistoso
11) 16/09/1956
Flamengo 1x2 Renner
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1956
12) 17/10/1956
Renner 6x2 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1956
13) 08/06/1957
Renner 6x1 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1957
14) 24/11/1957
Flamengo 0x1 Renner
Caxias do Sul
Campeonato Gaúcho 1957
15) 23/03/1958
Flamengo 0x3 Renner
Caxias do Sul
Amistoso
16) 21/04/1958
Flamengo 1x3 Renner
Caxias do Sul
Amistoso
17) 20/07/1958
Renner 1x0 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1958
18) 30/10/1958
Renner 2x0 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1958
19) 12/01/1959
Renner 0x1 Flamengo
Porto Alegre
Campeonato Gaúcho 1958
Amistoso
JG VT
EM DE GF GS SG
MANDANTE 05 01
01 03 04 09 -05
VISITANTE 01 00 00 01
00 02 -02
AMISTOSO 06 01
01 04 04 11 -07
Campeonato Gaúcho
JG VT
EM DE GF GS SG
MANDANTE
04 00 00 04
02 07 -05
VISITANTE
08 01 00 07
06 22 -16
C. GAÚCHO 12 01
00 11 08 29
-21
Geral
JG VT
EM DE GF GS SG
MANDANTE
09 01 01 07
06 16 -10
VISITANTE
09 01 00 08
06 24 -18
GERAL
18 02 01 15
12 40 -28
MAIOR ESCORE PRÓ-RENNER COMO MANDANTE
Renner 6x1 Flamengo (08/06/1957)
------------------------------------------------------------
MAIOR ESCORE PRÓ-RENNER COMO VISITANTE
Flamengo 0x3 Renner (23/03/1958)
------------------------------------------------------------
MAIOR ESCORE PRÓ-CAXIAS COMO MANDANTE
Flamengo 3x1 Renner (07/11/1948)
------------------------------------------------------------
MAIOR ESCORE PRÓ-CAXIAS COMO VISITANTE
Renner 0x1 Flamengo (12/01/1959)
------------------------------------------------------------
MAIOR ESCORE DE EMPATE
Flamengo 1x1 Renner (15/04/1956)
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9. Nacional Atlético Clube - 1937
O Nacional foi fundado no dia 19 de setembro de 1937, como Departamento
Desportivo da Viação Ferrea, por funcionários da Rede Ferroviária de Porto
Alegre. Passou a se chamar Nacional Atlético Clube a
partir de 1940.
O Nacional era o clube dos Ferroviários e durante
muitos anos competiu com a dupla Gre-Nal e os demais co-irmãos pelos
campeonatos da Cidade e, depois, o Campeonato Gaúcho.
A história do "Ferrinho",
assim era conhecido por sua torcida.
As Cores
As cores do Nacional eram vermelho e preto.
O Estádio
Seu primeiro estádio foi o campo da Rua Arlindo; com
a má situação financeira do Fussball Club Porto Alegre, o Nacional adquiriu o
Estádio da Chácara das Camélias por 178 mil cruzeiros, em
1942.
No bairro Menino Deus, onde está o Supermercado
Nacional, na av. José de Alencar, pouco antes da av. Getúlio Vargas, neste
local era a "Chácara das
Camélias", o Estádio do Nacional Atlético Clube.
Estádio Chácara das Camélias
Nome
Oficial: Estádio Chácara das Camélias
Capacidade:
Endereço:
Porto Alegre (RS)
Inauguração:
1923
Primeiro
Jogo:
Primeiro
Gol:
Recorde
de Público:
Dimensões
do Gramado:
Proprietário:
Nacional Atlético Clube
Títulos
Campeonato da 2ª Divisão de Porto Alegre: 1941.
Torneio Início: 1950.
Craques e Ídolos
Tesourinha
Tesourinha
no Vasco da Gama - RJ
O Nacional, foi seu primeiro clube que lhe acenou
com um emprego e jogar de vez em quando. Tesourinha
aceitou.
No final de 1954, Tesourinha
foi dispensado pelo Grêmio e transferiu-se para o pequeno Nacional, onde jogou
até setembro de 1957.
Osmar
Fortes Barcelos era o nome deste gaúcho bom de bola que
tinha o apelido de Tesourinha.
Nasceu em Porto Alegre no dia 12 de março de 1921. Foi um dos jogadores gaúchos
mais laureados da história do futebol brasileiro.
Era um ponta direita extremamente hábil e técnico,
que além de driblar com incrível facilidade e ainda chutava com precisão, o que
lhe permitia ser mais do que um preparador de jogadas para ser também um
artilheiro. Já foi eleito o melhor jogador do Internacional de Porto Alegre de
todos os tempos. Pelo clube colorado conquistou oito títulos de campeão: 1940/41/42/43/44/45. 1947/48.
O
Rolo Compressor, o "Rolinho"
Tesourinha,
Ávila e Adãozinho, no Inter em 12.07.1945
Pelo Vasco da Gama foi campeão carioca nos anos de 1949/50 e 1952. Pela seleção brasileira
conquistou os título de campeão da Copa Rocca em
1945, Copa Rio Branco em 1947 e o
sul-americano de 1949.
No campeonato sul-americano de
1945 foi considerado pela crônica como o melhor jogador das Américas.
Ainda na seleção brasileira, seria o ponta direita titular da equipe que
disputou a Copa do Mundo de 1950.
Infelizmente, para os brasileiros, Tesourinha
se contundiu e ficou de fora da Copa. Jogou pelo Brasil 23 vezes e marcou 10
gols.
O Grêmio fez sua festa de despedida em 1957. No jogo Grêmio e Corinthians, no estádio
Olímpico, pouco antes de começar a partida, Tesourinha entrou em campo vestindo a camisa do Nacional e
acompanhando de seis garotos vestidos com as camisas dos clubes que ele
defendeu.
Era o dia do Cronista. O craque respirou fundo tirou
a camisa, as chuteiras e as meias, entregou tudo aos garotos e se encaminhou
para o túnel chorando. Tesourinha
saiu debaixo de aplausos e se transformava em uma das mais belas realidades do
futebol brasileiro.
Lembrança
Lembrança
Bodinho
Nílton
Coelho da Costa, o Bodinho (Recife, 16 de julho de 1928
— Porto Alegre, 22 de setembro de 2007) foi um jogador de futebol brasileiro.
***
Bodinho
no Internacional - déc. 1950
***
O ano de 1950, marca
a chegada de Bodinho no Rio Grande
do Sul. Inicialmente, o jogador defendeu o Nacional de Porto Alegre
Seu apelido vem da força da sua cabeceada, na
maioria das vezes indenfensáveis para os goleiros adversários. Atacante,
começou a carreira no Íbis-PE em 1943,
transferindo-se para o Sampaio Corrêa-MA no ano seguinte.
Em 1945, Bodinho
transferiu-se para o Flamengo-RJ, onde permaneceu até
1949.
No Colorado, Bodinho
passaria por um dos melhores momentos de sua carreira. Conquistou 5
Campeonatos Gaúchos, sendo que em 1955 conseguiu
a maior média de gols por partida do Campeonato Gaúcho: marcou 25 gols em 18
jogos (média de 1,4 gols por partida). Ao lado de Larry, formou uma das maiores
duplas de atacantes do futebol gaúcho.
Bodinho
ainda
teve existosa passagem pela Seleção Brasileira, onde conquistou o Campeonato
Pan-Americano de futebol, na Cidade do México, em
1955. Marcou 3 gols em cinco partidas.
Bodinho
faleceu em 2007, aos 79 anos, vítima de
hepatite.
10. Porto Alegre Futebol Clube - 2006
O Porto Alegre Futebol Clube, mais conhecido como
Porto Alegre, é o mais novo clube de futebol da cidade de Porto Alegre.
Foi fundado em 10 de
junho de 2006.
No ano de 2009, o
clube sagrou-se campeão da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho, ganhando o
direito de disputar a Primeira Divisão do Gauchão de
2010.
Time
do Porto Alegre - 2008
História
O Porto Alegre foi fundado no dia 10 de junho de 2003, na zona sul de Porto Alegre,
com o nome de Lami Futebol Clube.
Seu primeiro presidente foi Antônio Raul Gonçalves Fraga (que empresta o nome ao estádio do Porto
Alegre).
Em seu primeiro ano de existência, o Lami participou
do Campeonato Gaúcho da Terceira Divisão, sagrando-se campeão com uma rodada de
antecedência.
A partida do título ocorreu no dia 22 de outubro de 2003, na goleada do Lami por 5 a
0 sobre o Cruzeiro de Porto Alegre, com gols de Fabinho (duas vezes, terminando
como artilheiro da competição), Claudemir, Cassius e Antônio. Treinada por
Vacaria, a equipe marcou 32 gols e sofreu nove em dez jogos.
Foram sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota,
justamente na última rodada, quando o Lami já havia assegurado o título.
Na campanha em que o Lami subiu para segundona gaúcha,
o clube da zona sul da capital ficou o campeonato inteiro invicto jogando em
seus domínios, o clube mostrava grande força jogando em sua casa, o que rendeu
o apelido de "matador",
dado pelos próprios torcedores.
Cores
O qual possuía as mesmas cores da bandeira
brasileira: verde, amarelo, azul e branco.
A partir de 2006, o
clube trocou de nome para Porto Alegre Futebol Clube e também alterou as cores,
adotando o branco, o azul e o grená.
Clube
É atualmente administrado pelo ex-jogador Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho.
Em 2009, o
clube conseguiu sua maior façanha: foi campeão da Segunda Divisão do Campeonato
Gaúcho, garantindo vaga na elite do futebol gaúcho em
2010.
Em 2009, o
Porto Alegre disputou sua primeira competição interestadual. Foi a Recopa Sul
Brasileira, convidado pela FGF. O tricolor do Lami acabou eliminado ainda na
primeira fase pelo Joinville Esporte Clube.
Em sua estréia na elite, o Porto Alegre enfrentou as
dificuldades que se eram esperadas. Fez uma campanha muito abaixo das
espectativas de seus torcedores e terminou o campeonato com 11 pontos na 14º
posição entre 16 clubes, se salvando na última rodada do rebaixamento, quando
ao lado de sua torcida conseguiu vencer o Esporte Clube Avenida por 3 x 2 com
gol do artilheito Hyantoni aos 40
minutos do 2º tempo.
Títulos
Campeonato Gaúcho - 2ª Divisão: 2009
Campeão
Campeonato Gaúcho - 3ª Divisão: 2003 - como Lami FC
Campeão
Ranking do Campeonato Gaúcho
Posição: 50º
Pontuação: 11 pontos
O Estádio - Parque Lami
Contam que o campo não tinha indício algum do
moderno pavilhão que se ergue atualmente em 2010,
que as partidas eram vistas em pé, agarrados aos alambrados, e não havia
separação entre os torcedores da casa e os de fora.
Antigo estádio Parque Lami, capacidade 1500 pessoas
O antigo estádio Parque Lami, tem a homenagem ao ex-presidente do Lami Antonio Raul Gonçalves Fraga.
Antigo estádio Parque Lami
Estádio do Porto Alegre
O novo estádio do Lami tem capacidade para 2800
torcedores.
Estádio do Porto Alegre
Atual Parque Lami
Reformas
O Centro de Treinamentos do Lami possui três campos
de treino, academia, vestiários, departamento médico, além de acomodações para
40 atletas com refeitório, auditório e sala de jogos. O CT está localizado na
Estrada Edgar Pires de Castro, nº 11.100, onde o Porto Alegre disputa seus
jogos com mando de campo no recém reformado estádio João da Silva Moreira.
Além das reformas no estádio João da Silva Moreira
(novo gramado, arquibancada coberta, tribunas, cabines de imprensa, ambulatório
médico, seis novos vestiários, bares, banheiros, enfim, todas as novas
dependências), os dois prédios, vestiários de treinamento, rouparia,
departamento médico, fisioterapia, academia, sala de palestras e dormitórios
passaram por reformas. Os quartos ganharam novas camas - com colchões tipo box
-, cortinas e foram pintados.
Contradições
O PORTO ALEGRE - Do Centro da capital gaúcha até
Lami, bem ao sul, são quase trinta quilômetros. Cruzam-se morros, vê-se os
prédios minguarem até a inexistência. As características de um BURGO de mais de
1 milhão de habitantes somem e deixam o horizonte livre para ganhar um aspecto
COLONIAL.
Talvez não suficientemente interiorano, mas o
contraste com a maior aglomeração urbana faz com que seu estádio esteja no fim
de mundo. Nos tempos de Lami Futebol Clube, o estádio deveria compactuar com a
situação. Mas hoje há dinheiro.
Acesso Estrada Edgar Pires de Castro
Assis e Ronaldinho
Gaucho emergiram investimentos e cambiaram o time. Primeiro, o nome, para
Porto Alegre Futebol Clube. No escudo, como que para dizer que ali começava uma
nova história, o ano escrito não é o 2003 de
fundação do Lami, mas o 2006 que marcou
todas as alterações.
Depois, as verbas se destinaram à estruturação do
clube, objetivando formar e vender promessas. O Parque Lami, separado da URBE
por estradas SINUOSAS, nem está concluído e já tem condições de ser um dos
melhores estádios da Segundona. Organizado, bem pintado e confortável, com
raridades extremas como banheiros limpos.
Para se chegar lá, Muitos porto-alegrenses jamais se
dignaram a ir para o Lami.
O Lami: na área rural, cisma em contrariar certos
professores de geografia, que dizem que Porto Alegre é completamente
urbanizada. O Lami: na maior parte do tempo, nada mais é, do que um nome numa
placa.
Como o seu bom estádio, não aparece no horizonte.
Situado ao largo da interminável Rua Edgar Pires de Castro, o campo é distante
mesmo para os que trabalham nos seus arredores:
– Ah, é bastante longe. Tem dois quebra-molas e mais
um pouquinho pra frente – diz o frentista de um posto localizado na própria
rua.
O OÁSIS, mais do que metáfora, o estádio fica ao
lado de um parque aquático, o que talvez explique o emblema com jeito de logo
de resort que o Lami F.C. possuía. Para zelar pelo patrimônio, seguranças
engravatados circulam por todo o complexo. O Porto Alegre F.C. sequer cobra
ingressos, a entrada no jogo é franca, mas para acessar o estádio é preciso
dizer, no pórtico, o nome e a equipe para que se torce. Os visitantes são
encaminhados para o seu lugar, num canto de visão prejudicada atrás do gol.
Parque Aquático
Antigo Parque Lami
Quem segue o Porto Alegre vive no Lami, pelo que o
nome antigo do clube fazia muito mais sentido. Isolados no recanto mais sulino
da capital, aceitaram bem a idéia de ter um time oficial perto para apoiar. E
justamente pelo isolamento o Porto Alegre conseguiu que os públicos do Lami
fossem invejáveis pelos bem mais tradicionais Cruzeiro e Zequinha.
O Lami na Terceirona
O Lami na Terceirona
Pelas arquibancadas, além de detectar duas redes de
internet sem fio dentro do estádio (uma delas exclusiva para os vestiários, na
mais perfeita SÍNTESE da diferença da estrutura do Porto Alegre para a maioria
das equipes do Estado), é possível ouvir histórias de quem acompanha o time
desde o princípio. Recordam, que o Lami
F.C. possuía uma animada charanga, que se desfez quando das mudanças de 2006.
O Limite
O Limite
Uma espécie de “síndrome
de Chelsea”. Assim como alguns dos velhos fãs do clube inglês se distanciaram
da equipe quando as libras do russo Abramovich
transfiguraram a sua alma (apesar de transformá-lo numa potência), parte
dos que seguiam o Lami se desmobilizou com os investimentos de Assis.
Os que restaram sentam-se no seu estádio moderno,
veem seus jogadores razoáveis-para-bons no campo, e encaram as provocações que
o dinheiro abundante causa – e que os visitantes nunca esquecem de fazer.
Nesta quinta-feira, a torcida do Pelotas fazia
ecoar: “vocês
deram a bunda pro Ronaldinho!”
Mas vamos em frente!
Praia do Lami - zona Sul de Porto Alegre
Os Primeiros tempos do
Futebol de Porto Alegre
O futebol porto-alegrense acompanha o
desenvolvimento natural do nobre esporte bretão em toda a extensão do Rio
Grande do Sul. A forte base germânica advindos colonizadores alemães,
praticantes de diversos esportes, alicerçou a modalidade do futebol no Estado.
Os colonos que se estabeleceram na região sul
fundaram os primeiros clubes esportivos e sociais, adotando a prática do
futebol e difundindo o esporte através dos pampas. A propagação futebolística
se estendeu até a capital gaúcha, onde os alemães são considerados precursores
da modalidade.
Houve, também, intensa influência platina, quando do
estreitamento de laços entre brasileiros e uruguaios.
Este influxo platino é percebido ainda nos dias de
hoje, incorporado à marcação forte, a uma vontade ímpar de ganhar e ao estilo
que prima pelo conjunto em detrimento da técnica individual dos times
porto-alegrenses.
Por influência dessas escolas futebolísticas, o
futebol aqui praticado correntemente é tachado de violento, por sua fibra e
virilidade.
Linha de Tempo 1903 ..........2006
1903
O marco inicial da história do futebol porto-alegrense se deu quando, a 7 de
setembro de 1903, o Sport Club Rio Grande visitou a capital dos pampas (Porto
Alegre) em excursão. Por influência de tal acontecimento, oito dias depois
ocorreu o surgimento dos dois primeiros clubes de futebol porto-alegrenses. Em
15 de setembro, fundou-se o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e o Fuss-Ball Club
de Porto Alegre, ambos de origem alemã. O Fuss-Ball encerraria suas atividades
na década de 1940.
1904
Disputou-se a primeira partida de futebol entre clubes em Porto Alegre, no
embate entre o Grêmio e o Fuss-Ball, em 6 de março. Foi fundado um torneio citadino
de nome Wanderpreis (do alemão, “troféu móvel”), patrocinado pelo Banco
Alemão.
Disputado em jogos que ocorriam a cada seis meses,
se sagrava campeão aquele que vencesse umasérie de três jogos consecutivos.
1907
O torneio Wanderpreis passa a ser disputado através de partidas realizadas
anualmente.
1909
Em 31 de maio, o ex-jogador do Grêmio, Georg Black fundou o Fuss-Ball
Mannschaft Frisch Auf, time de futebol da Sociedade Ginástica de Porto Alegre -
SOGIPA. Dias depois, em 4 de abril, os irmãos paulistas Henrique, José e Luís
Poppe fundaram o Sport Club Internacional.
Em
18 de julho deste mesmo ano aconteceria o primeiro
embate da mais célebre rivalidade entre equipes gaúchas: o GRE-NAL.
Vitória do Grêmio sobre o Internacional por 10 a 0.
O Militar Foot-Ball Club, formado por alunos da
Escola de Guerra começou a figurar entre as equipes praticantes do futebol;
poucos anos depois, deixou de existir.
1912
Ano em que foi fundado o Sport Club Americano, no dia 4 de julho, mas deixaria
de existir na década de 1940.
1913
Um grupo de jovens estudantes do Colégio São José, pertencentes à Sociedade
Juventude dos Moços Católicos, fundouo Esporte Clube São José em 24 de maio. Em
14 de julho do mesmo ano foi fundado o Esporte Clube Cruzeiro.
1915
No primeiro dia do ano deu-se a fundação do Concórdia Foot-Ball Club. No dia 21
de outubro, foi fundado o Sport Club Ruy Barbosa. Criou-se a Liga da Canela
Preta, formada exclusivamente por jogadores negros, que não eram aceitos nos grandes
clubes de Porto Alegre.
1917
Fundação do Ypiranga Foot-Ball Club, no dia 15 de março. O Frisch Auf deixa de
existir.
1918
A Federação Rio Grandense de Futebol - FRGF foi fundadano dia 18 de maio, numa
casa situada na rua General Câmara, no centro da capital. Resultante de
divergências desporto da capital, a entidade assumia a incumbência de controlar
e dirigir o futebol no Estado.
1922
No dia 8 de setembro, funcionários da Companhia de Força e Luz da cidade
fundaram o Grêmio Sportivo Força e Luz. Na década de 40, o clube receberia
outras duas denominações: Rio Futebol de Campo em Porto Alegre-RS e Esporte
Clube Corinthians Porto Alegrense.
1927
Foi fundado, no dia 29 de agosto, o Club Athletico Bancário.
1928
Americano, Cruzeiro e Internacional foram os pioneiros na quebra da segregação
racial, ao incorporarem jogadores negros ao seu plantel. O futebol
porto-alegrense passa a perder um pouco de seu caráter elitista.
1929
A
Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Athleticos - AMGEA passa a promover
o certame da Cidade de Porto Alegre.
1931
Aos vinte e sete dias do mês de julho, é fundado o Grêmio Esportivo Renner,
nascido em meio ao modesto círculo esportivo de operários pertencentes à firma
que emprestou ao clube o nome.
1937
Criação do Nacional Atlético Clube, formado e administrado pela classe
ferroviária, no dia 16 de abril. A partir deste ano, foram realizados os
primeiros campeonatos profissionais da cidade.
1941
A Federação Rio Grandense de Futebol assume a organização e realização do campeonato
citadino de Porto Alegre.
1952
Em fevereiro deste ano, por um ato do presidente do clube Saturnino Vanzelotti,
o Grêmio acabou com um preconceito que já durava quarenta e nove anos: o de não
aceitar jogadores negros em sua equipe. Osmar Fortes Barcellos, o “Tesourinha”, quebrou esta tradição ao
ser contratado.
1954
Inauguração do estádio do Grêmio, o Olímpico (que mais tarde passaria a ser
chamado de Olímpico Monumental), na época o maior estádio privado do país.
1956
A Seleção Brasileira “Gaúcha”, que
disputou o 2ºCampeonato Pan-Americano de Futebol na Cidade do México, contou
com dezenove atletas que atuavam em clubes de Porto Alegre: oito jogadores do
Internacional, oito do Grêmio, dois do Renner e um do Nacional. O título ficou
de posse do selecionado gaúcho, ao empatar com a Seleção Argentina na final.
1959
Ano
das falências para o futebol porto-alegrense: Força e Luz, Renner e Nacional
encerraram suas atividade esportivas.
1969
Inauguração do estádio do Internacional, o José Pinheiro Borda (popularmente
conhecido como “Gigante da Beira-Rio”), no domingo de 6 de abril. Em 12 de
outubro surgiu a primeira torcida organizada de Porto Alegre, a Torcida
Organizada Camisa 12, que tinha o objetivo de representar o “décimo segundo
jogador” junto ao Sport Club Internacional.
1972
Retorno do Força e Luz na Copa Governador do Estado.
1975
O Internacional vence o campeonato brasileiro pela primeira vez em sua
história, ao derrotar, em 14 de dezembro, o Cruzeiro-MG por 1 a 0, gol marcado
pelo chileno Elias Ricardo Figueroa Brander.
1976
O
Internacional obtém seu bicampeonato brasileiro, vencendoo Corinthians-SP por 2
a 0. 1979 Ano do tricampeonato do Internacional, alcançado de forma invicta,
numa vitória sobre 2 a 1 diante do Vasco da Gama-RJ. Tal feito jamais foi
igualado.
1981
O
Campeonato Brasileiro deste ano foi conquistado pelo Grêmio, numa vitória sobre
o São Paulo, com um único gol de Baltazar.
1983
O Grêmio se sagra campeão da Taça Libertadores da América, com uma vitória de 2
a 1 sobre o Peñarol do Uruguai, em 28 de julho. No mesmo ano, o Grêmio vence o
Mundial Interclubes ao derrotar, por 2 a 1, o Hamburgo SV da Alemanha, no Estádio
Nacional de Tóquio, Japão.
1984
A
Confederação Brasileira de Futebol - CBF convocou o time inteiro do
Internacional para representar a Seleção Brasileira na disputa dos Jogos
Olímpicos de Los Angeles. O selecionado, que ficou conhecido como “Sele/Inter”,
conquistou a medalha de prata, ao ser derrotado por 2 a 0 na final contra a
França.
1989
No primeiro ano da realização da Copa do Brasil, o Grêmio se tornou campeão da
competição: 2 a 1 contra o Sport Recife-PE, no Estádio Olímpico.
1992
O
Internacional conquista o título da Copa do Brasil, sobre o Fluminense-RJ, por
1 a 0. O gol foi de pênalti, convertido pelo zagueiro Célio Silva.
1994
Neste ano, o Grêmio obteve o bicampeonato da Copa do Brasil. A equipe comandada
por Luiz Felipe Scolari venceu o Ceará por 1 a 0, gol de Nildo.
1995
O Grêmio venceu sua segunda Taça Libertadores da América, batendo o Atlético
Nacional de Medellín, e, meses mais tarde, conquistou a Recopa Sul-Americana no
Japão.
1996
O
G. E. Renner ressurge como Renner São José, parceria com duração até o ano
2000. O Grêmio conquista seu bicampeonato brasileiro, ao derrotar a Portuguesa
de Desportos-SP, por 2 a 0.
1997
O Grêmio foi até o Estádio do Maracanã-RJ para conquistarn o tricampeonato da
Copa do Brasil ao empatar com o Flamengo-RJ em 2 a 2.
2001
Tetracampeonato da Copa do Brasil, conquistado pelo Grêmio sobre a equipe do
Corinthians-SP.
2003
Fundou-se o Lami Futebol Clube, mais recente equipe porto- alegrense, em 10 de
junho.
2005
Neste ano, os números da clássica competição Grêmio – Internacional (Gre-Nal)
totalizavam 116 vitórias / 487 gols para o Grêmio e 136 vitórias / 522 gols
para o Internacional, com 111 empates, considerando-se um total de 363 jogos.
2006
Fundação do Porto Alegre Futebol Clube, na zona sul.
As Forças do Futebol na Capital
Situação atual Porto Alegre, no século passado, foi
o berço de diversas equipes de futebol, muitas delas hoje já extintas.
Mas a paixão que o gaúcho, sobretudo o
porto-alegrense, sente pelo futebol perdura e é muito bem representada pelos
atuais grandes da capital do RS: - Grêmio e Internacional. Estes ícones do
futebol nacional mantêm as tradições gaúchas desta modalidade: - a raça, a
força e a coletividade.
O Grêmio
é o clube da capital que conta com a maior torcida, 4 milhões de torcedores por
todo o território brasileiro.
O Internacional
ocupa a segunda colocação, totalizando cerca de 3 milhões de torcedores no
Brasil inteiro.
Atualmente, o São
José é a terceira maior força da capital, sendo estimado até por torcedores
de outras equipes.
Curiosidades do Futebol
Luiz Carvalho, um dos maiores atacantes da história
gremista, se despediu duas vezes do GRENAL. A primeira foi em 1934, com derrota
de 2 a 1. Voltou em maio de 1938 e jogou mais quatro GRENAIS, até a despedida
final em primeiro de novembro do mesmo ano. Luiz Carvalho jogou 29 clássicos e
marcou 17 gols.
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O goleiro Manga, o “Manguita Fenômeno”, jogou o
GRENAL pelos dois lados. Na fase colorada, entre 1974 e 1977, Manga jogou 19
clássicos, com dez vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Levou 16 gols. Na
sua passagem pelo Grêmio, na temporada de 1979, “Manguita” disputou 4 clássicos, com dois empates, uma
vitória e uma derrota. Sofreu quatro gols.
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O Dr. Luiz Pinto Chaves Barcellos, foi o presidente
mais jovem a assumir a presidência do Grêmio. Quando foi eleito em 1924, tinha
apenas 24 anos.
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O saci, figura símbolo do Inter, foi criado na
década de 50. Quando surgiu era chamado de negrinho. O símbolo saiu das páginas
esportivas da antiga Folha Desportiva e do jornal A Hora.
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A antiga
denominação do estádio Alfredo Jaconi, antes de 1954, era Quinta dos Pinheiros.
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A maior bandeira do mundo está no Rio Grande do Sul.
Ela é do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e foi confeccionada por integrantes
do consulado gremista em Antônio Prado a partir de janeiro de 99. A bandeira
aberta cobre 33.300 pessoas. Seu peso é superior a 1,2 automóveis Celta. Foram
utilizados mais de 23 quilômetros de linha para costurar a bandeira. Seu
tamanho é 111 metros de comprimento por 60 metros de largura. Seu peso é de
1.030 kg. O custo total foi de R$ 30.000,00.
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O Grêmio conquistou a 1ª vitória do futebol gaúcho
sobre o futebol paulista. A partida foi realizada em 19 de maio de 1935 no
Estádio da Baixada. O tricolor venceu o Santos por 3 a 2. Os gols do Grêmio
foram marcados por Castillo, Veroneze e Dario, os santistas marcaram com Fried
e Mario Seixas.
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Nos anos 50, o Inter possuia um animal que servia de
amuleto e dava sorte: Chica, uma cabrita malhada que era levada em quase todos
os jogos do colorado em Porto Alegre. Na casa do adversário era comprado um
ingresso para Chica e ela era instalada em uma cadeira numerada.
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A DPC – Departamento de Propaganda e Cooperação foi
a primeira torcida organizada a surgir no Rio Grande do Sul e pertencia ao
Inter. A DPC era ligada à diretoria e seus integrantes que iam a campo com uma
blusa vermelha.
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O Estádio Colosso da Lagoa do Ypiranga de Erechim é
o maior estádio do interior gaúcho. Tem capacidade para 35 mil espectadores. Na
partida inaugural o Santos F.C. venceu o Grêmio por 2 a 0. Este jogo contou com
a presença do maior atleta do século, Pelé, que foi autor de um dos gols, o
outro foi anotado por Léo. O gol de Pelé foi o de número 1040, motivo pelo qual
a Rádio Tupy, do RJ, cujo prefixo é 1040, prestou uma homenagem especial ao Rei
do Futebol. Naquela noite o Colosso da Lagoa ganhou um padrinho: Pelé.
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Em 15 de março de 1931, foi inaugurado o Estádio dos
Eucaliptos de propriedade do Sport Club Internacional. O estádio com
arquibancadas de madeira recebeu o nome de Eucaliptos em função da iniciativa
de Oscar Borba, que cercou a área com mudas de eucaliptos trazidos de Viamão. A
primeira partida foi diante do arqui-rival, o Grêmio Porto Alegrense, e a
vitória foi colorada, 3 a 0, com gols de Jawell.
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O Inter foi o primeiro clube gaúcho a vencer um
clube paulista no Pacaembu, São Paulo. A partida aconteceu em 28 de maio de
1967 e valia pela fase final do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. O Inter bateu o
Corinthians por 1 a 0, gol de Lambari, que acabou sendo homenageado com a
exposição de suas chuteiras numa vitrine da Rua da Praia em Porto Alegre.
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O lendário ponta direita colorado, Osmar Fortes
Barcellos, o Tesourinha, que atuou no clube entre 1939 e 1949, não recebia
salários pelo seu trabalho. Tesourinha jogava em troca de 1 litro de leite por
dia.
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Lara, lendário goleiro gremista, que defendeu o
clube de 1920 a 1935, ano em que morreu, tornou-se atleta símbolo do Grêmio por
seu brio, sua coragem e sua paixão pelo tricolor. Seu nome faz parte do hino do
clube, composto por Lupicínio Rodrigues. Diz o trecho: “Lara o craque imortal soube o teu nome
elevar hoje com o mesmo ideal nós saberemos te honrar”.
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O 1º estatuto do Grêmio possuia uma cláusula muito
especial. Era dever de todo gremista comunicar o clube quando esse se
ausentasse da capital gaúcha, informando para onde iria, o tempo de permanência
e a data do retorno.
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Em 26 de julho de 1931 foi realizado o primeiro jogo
noturno no Rio Grande do Sul. O Grêmio jogando no Estádio da Baixada venceu o
Inter por 2 a 0. A garotinha Ruth Antunes, filha do ex-presidente gremista
Álvaro Antunes foi quem acendeu as luzes do estádio. Os gols foram marcados por
Luiz Carvalho e Foguinho.
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A primeira divergência entre gremistas e colorados
aconteceu na organização do primeiro GRENAL. O Internacional, desafiante,
queria pagar as despesas da festa de confraternização. O Grêmio insistiu em
bancar os gastos e só convenceu o rival depois de ameaçar cancelar o jogo.
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Diego Armando
Maradona, maior jogador argentino da história e um dos melhores do século 20,
atuou uma única vez em gramados gaúchos. No dia 27 de junho de 1980, Maradona
que na época atuava pelo Argentino Juniors esteve pela primeira e única vez, em
Porto Alegre. O jogo amistoso foi disputado contra o Grêmio que venceu a
partida por 1 a 0 gol de Leandro.
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A primeira transmissão esportiva feita do estádio da
Taba Índia do Guarany de Cruz Alta aconteceu em 9 de março de 1947, realizada
pela Rádio Cruz Alta.
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O Estádio Alfredo Jaconi do Juventude foi construído
entre 1972 e 1975. Seu nome é uma homenagem a um de seus jogadores símbolos,
que também exerceu as funções de técnico e diretor do clube.
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O falecido presidente da república João Batista
Figueiredo era um assumido torcedor do Grêmio. Sua paixão pelo tricolor chegou
ao ponto de assistir a um GRENAL que terminou empatado em 1 a 1. Sua foto com a
camisa do clube ornamenta uma das salas do estádio Olímpico.
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Larry Pinto de Faria, ídolo colorado dos anos 50,
foi o primeiro jogador do Inter a exercer um mandato político. Larry elegeu-se
deputado estadual pela UDN em 1962.
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A Chácara dos Eucaliptos, inaugurado em 1912 foi o
primeiro campo oficial do Inter.
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O mosqueteiro, mascote do Grêmio foi criado em 1946
pelo chargista Pompeo.
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A maior goleada que o Grêmio aplicou em sua história
aconteceu em 25 de agosto de 1912, 23 x 0 no Sport Clube Nacional de Porto
Alegre. O jogador Sisson marcou 14 gols.
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Ao vencer o Flamengo por 3 a 1 em 15 de novembro de
1950, o Grêmio tornou-se o primeiro clube não carioca a atuar no estádio
Maracanã, conseqüentemente, o primeiro clube gaúcho a jogar neste templo do
futebol mundial. Os gols gremistas foram marcados por Geada, Clori e Balejo,
Washington descontou para os cariocas.
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O torcedor símbolo do Inter nos anos 40 chamava-se
Charuto. Ele entrava no estádio e bebia de graça.
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O primeiro jogador negro a atuar pelo Inter foi
Dirceu Alves, que era zagueiro, no ano de 1925.
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Na era Beira-Rio, o técnico Rubens Minelli é o
detentor do recorde de permanência no cargo: 3 anos, 11 meses e 10 dias.
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A maior goleada aplicada pelo Inter em clássicos
GRENAIS aconteceu em 17 de setembro de 1948, Inter 7x0.
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O Estádio Olímpico foi inaugurado em 19 de setembro
de 1954 no jogo Grêmio 2x0 Nacional de Montevidéu. Vitor marcou os gols do
tricolor.
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Nos 10 primeiros Campeonatos Nacionais de 1971 a
1980 em apenas um ano o Inter não ficou entre os primeiros 5 colocados, foi em
1977 quando a equipe colorada acabou na 25ª posição.
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A maior invencibilidade do Inter na sua história
ocorreu no ano de 1984, sob o comando do técnico Otacílio Gonçalves da Silva
Jr., o colorado chegou a incrível marca de 39 partidas sem perder. Foram 26
vitórias e 13 empates. A seqüência foi quebrada em 21/10/1984 pelo Santa Cruz
que bateu o Inter por 2 a 1 em Santa Cruz do Sul pelo Gauchão daquele ano.
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O Esporte Clube São José de Porto Alegre, foi o
primeiro time Sul Americano a viajar de avião. A FIFA registra a excursão
inédita do Zequinha à Pelotas em 1927, num hidroavião. A viagem ocorreu no
domingo, 05 de junho, e durou 2 horas. A VARIG que possuía apenas 1 hidroavião
modelo Dornier Wal, solicitou na semana que antecedeu a viagem o peso exato dos
jogadores para obter o melhor desempenho do hidroavião. O vôo teve como
comandante Rodolfo Cramer. Depois desta epopéia, o São José só voltou a viajar
de avião em 1959 para jogar contra o 14 de Julho em Passo fundo.
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O Grêmio Esportivo Renner, campeão gaúcho de 1954,
era conhecido também como o time dos “Industriários”. Seu estádio o “Tiradentes” ficou conhecido como “Waterloo”, porque ali o time da
casa era quase imbatível. O grande time campeão conquistou o título daquele ano
por antecipação ao derrotar o estreante Juventude de Caxias do Sul por 9 a 2. O
Renner foi fechado em 1958.
Fontes:
Pesquisas realizadas por Sidney Barbosa da Silva
Fontes: Relatório da Federação "Rio Grandense" do ano de 1948; Esporte Ilustrado, de 26 de
fevereiro de 1942; Almanaque Esportivo do Rio Grande do Sul dos anos 1944,
1945, 1947, 1948, 1954, 1955, 1956, 1957; e Arquivo Campeões do Futebol
Página adicionada em junho/2007; atualizada e
revisada em Janeiro/2010
Acervo do jornal Zero Hora (2005). Porto Alegre.
Acervo do Museu de Comunicação Social Hipólito José
da Costa (2005). Porto Alegre.
Almanaque do Correio do Povo (1916). Porto Alegre.
Boletim da FRGF (jan./fev. 1956). Deliberações da
diretoria e dapresidência. Porto Alegre.
Memorial Hermínio Bittencourt (2005). Porto Alegre.
Revista Placar (1994). 80 Anos de Seleção
Brasileira.
Coimbra, David Cia; Noronha, Nico (1994). A História
dos Grenais.
Porto Alegre. Artes e Ofícios Editora.
Filho, Mario (2003). O Negro no Futebol Brasileiro.
Mauad.
Freitas, César (2004). Revista Goool. Porto Alegre.
Editora Cycnus.
Helal, Ronaldo; Soares, Antonio & Salles,
José (2004). Futebol.
Atlas do Esporte Brasileiro.
Amaro Jr., J. (1946). Almanaque Esportivo. Porto
Alegre. Gráfica
Thurmann.
Mascarenhas de Jesus, Gilmar (2001). A bola nas
redes e o enredo
do lugar: uma geografia do futebol e de seu vento no
Rio Grande do
Sul. Tese de Doutorado em Geografia, Programa de pós-graduação
Fonte das Informações: www.gremio.net e Arquivo
Campeões do Futebol
Pesquisas realizadas
por Sidney Barbo
Muito legal a página, leio e pesquiso sobre o futebol portoalegrense a bastante tempo e encontrei muitas coisas novas. Parabéns pela pesquisa. E ficou faltando completar a págna do Gigante Colorado.
ResponderExcluirGostaria de saber tudo na biografia de Alfredo Constantino Mostardeiro ex jogador do grêmio Ótima reportagem.Belíssima reportagem
ResponderExcluirGrande trabalho! Sobre o Força e Luz....Juca, Pipoca e Waldemar...o resto não lembro...(início década de 60)...cumprimentos..
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