Bem Vindo

- Com esta série não é pretendido fazer história, mas sim é visado, ao lado das imagens, que poderão ser úteis aos leitores, a sintetizar em seus acontecimentos principais a vida da Cidade de Porto Alegre inserida na História.

Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

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- Em História, não podemos gerar Dogmas que gerem Heresias e Blasfêmias e nos façam Intransigentes.

- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

Poderá demorar um pouquinho para baixar, mas vale à pena. - Bom Passeio.

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Praças, Parques, Reservas de Porto Alegre


Praças, Parques e Reservas Biológicas
Imagens de todas as épocas da cidade

 Praças
Centro Histórico



Mapa de Localização das Praças do Centro Histórico

01. Largo Edgar Koetz,
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02. Praça Argentina,
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Junto a Escola de Engenharia
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Chamada de Ladeira do Oitavo e Ladeira do Portão, em 1858 recebeu a denominação de Praça da Independência alterado, em 1921, em homenagem à República Argentina, para o nome atual.
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A saída da cidade para o chamado Caminho da Azenha (atual João Pessoa) era composto por uma íngreme ladeira, com trânsito intenso de carretas e sujeito a constante erosão provocada pelas enxurradas.
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Em 1857 a Província, por solicitação da Câmara, urbaniza a área: correção da descida através de aterro, com muro de contenção na parte inferior, dotado de pilares e gradis ornamentais, escadaria em leque, esgoto pluvial subterrâneo e arborização.
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Em 1927, o Prefeito Otávio Rocha inicia uma reforma na praça, construindo muralhas de contenção na parte leste, em frente à Escola de Engenharia da UFRGS, jardim, escadarias e sanitários, concluída em 1929. Alberto Bins, prefeito na época descreve em seu relatório:
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“Foi Completada a Praça Argentina com o seu ajardinamento central com dois canteiros alargados que, em conjunto, apresentam a forma de uma elipse oval bipartida, deixando de permeio e lateralmente as faixas para o tráfego de veículos, disposição que, a par da estética, apresenta vantagens na regularização da circulação”.
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1912
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Recebeu, em 1935, um pequeno monumento oferecido pela Colônia Argentina em Porto Alegre.
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Conta, ainda, com os monumentos Apolinário Porto Alegre, Frade de Arenito, Homenagem ao 1º Centenário Farroupilha e frades de pedra, remanescentes dos antigos, que eram instalados diante das casas para amarrar cavalos e outros animais de montaria e tração.
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03. Praça Brigadeiro Sampaio,

Praça Brigadeiro Sampaio - 2010



- Nas proximidades do Museu do Trabalho na Volta do Gasômetro, no início da Rua da Praia (hoje Rua dos Andradas), existe uma praça com grandes árvores e uma estátua no centro.
A estátua é uma homenagem ao brigadeiro Antônio de Sampaio, cearense que lutou bravamente na Guerra do Paraguai. A praça tem hoje o seu nome: Praça Brigadeiro Sampaio, mas ela já teve outros nomes na sua longa história pontilhada de tristezas, alegrias, esplendor e abandono.

A antiga Praça da Harmonia, delimitada atualmente (2011) pela Rua dos Andradas, Siqueira Campos, General Portinho e Primeira Perimetral (Avenida Presidente João Goulart), fazia parte da Praia do Arsenal, que abrigava estaleiros da construção naval. Conhecida, nos início da colonização da vila, como Largo da Forca, caracterizava-se como um lugar ermo, de mau aspecto, onde ocorriam as execuções de condenados à morte.

Vista da Praça da Harmonia e do Centro da cidade - 1895

Por volta de 1752, quando os casais de açorianos aqui chegaram, o local foi o primeiro cemitério de Porto Alegre.
Era uma região deserta, afastada do centro da povoação que começava a nascer. As pessoas só se aventuravam a chegar até ali quando havia algum enterro, ou então no dia de finados. O local era evitado pelos mais supersticiosos. Diziam que as almas penadas rondavam entre as árvores pedindo orações.

E assim foi ao longo de 20 anos, até que em 1772 o Governador José Marcelino de Figueiredo mudou a capital da Villa de Viamão para a Villa de Porto Alegre.
A região do antigo cemitério foi reabilitada. Marcelino de Figueiredo ali instalou o Palácio do Governo, a Câmara de Vereadores e a cadeia.
E foi morar numa casa ao lado do Palácio, bem defronte ao matagal por onde andariam rondando as almas penadas.

O local foi se tornando cada vez mais movimentado. O Governador mandou então limpar o matagal, surgindo ali uma praça ainda sem nome. Uma espécie de ponto de descanso. As pessoas que iam tratar assuntos com o Governador ou com os vereadores encontravam abrigo à sombra das árvores num terreno limpo. Não havia mais notícias de almas penadas.
Mas isso foi por pouco tempo.
Uma nova legião de fantasmas logo estaria assombrando aquele local.

Segundo Pereira Coruja, não teria senão, de um lado, o estaleiro de Francisco Batista dos Anjos, e do outro, “uma carreira de casinhas de capim e de telha com fundos para o rio”.

Naquele tempo havia pena de morte no Brasil. Morte por “enforcamento”.
Então ocorreu em Porto Alegre a primeira condenação oficial à forca.
O chamado preto Luis, escravo de Antônio Francisco Pereira Jardim, seria executado.
Mas ainda não existia uma forca na vila. Assim, o juiz Vicente Ferreira Gomes enviou um ofício à Câmara de Vereadores solicitando que fosse providenciada uma forca para que se cumprisse à sentença com a maior brevidade.

Como era a primeira vez que aquilo acontecia, a Câmara decidiu enviar uma cópia do ofício ao Governador pedindo instruções. A Câmara não encontrava amparo legal no seu Regimento para a instalação da forca. O Governador então ordenou que a Câmara mandasse levantar a forca o quanto antes, no lugar que julgasse mais conveniente.

Após vistoriar alguns locais, os vereadores decidiram “erguer a forca” na Ponta das Pedras, onde hoje fica uma parte da Praça Brigadeiro Sampaio. O local ganhou então o nome de Largo da Forca. Foi seu primeiro nome.

Depois da execução do preto Luis, outros condenados foram ali enforcados.
Entre eles um negro chamado Lucas:
“Quando ele foi empurrado pelo carrasco, a corda arrebentou-se, aquilo foi interpretado como um sinal de inocência. E logo um irmão da Santa Casa cobriu o negro Lucas com a Bandeira da Misericórdia. De acordo com os costumes da época, ele deveria ser perdoado. A corda rebentada era um aviso da justiça divina à justiça dos homens. Mas o juiz que comandava a execução resolveu não respeitar o costume, nem ligar para a justiça divina. E ordenou o enforcamento.”

- A partir daí, os mais supersticiosos passaram a evitar aquele local, pois os fantasmas e as almas penadas estavam de volta, pedindo orações, ameaçando com vinganças ou então chorando e jurando inocência.
O terreno era coberto de vegetação rasteira, largado ao abandono. Nem mesmo a armação da forca se via naquele local. Ela era retirada depois de cada execução, para não chocar as pessoas de bem com a imagem ameaçadora.

O Largo da Forca só recebia cuidados da Câmara quando alguém estava prestes a ser executado. A praça era então capinada. Erguia-se a forca. Abriam-se os acessos para que o povo pudesse presenciar o suplício do condenado.
Terminada a execução, o local voltava a ser um terreno baldio, mal cuidado, temido e amaldiçoado.

Em 1832, a construção de uma cadeia pública é iniciada e abandonada nos alicerces.

Em 1856, uma parte do terreno foi ocupada pelo prédio do Arsenal da Marinha e o Largo da Forca foi aterrada, ajardinada e arborizada e passou a chamar-se, oficialmente, de Praça do Arsenal.
Um ano após os vereadores sugerem a construção de um Mercado.
Era uma forma de apagar a triste memória que rondava o local.

Em 1856, a área foi aterrada, ajardinada e arborizada, recebendo a denominação de Praça do Arsenal. Um ano após os vereadores sugerem a construção de um Mercado.

Em 1858, os estaleiros são removidos para o Caminho Novo e o presidente da Província Ângelo Muniz da Silva Ferraz planeja a urbanização da área, incluindo um cais junto ao Guaíba e um
“chafariz”, com água puxada mediante bomba manual, movimentada pelos presos da cadeia, já em ruínas após dois anos.

Praça da Harmonia – 1870
Chafariz foi instalado pela Hidráulica Porto-Alegrense
Este chafariz foi colocado no mesmo lugar onde anteriormente havia uma fonte pública que bombeava água diretamente do Guaíba. Este bombeamento era feito pelos presos da Casa de Correção que ficava ao lado.

Em 1860, com o final da Guerra do Paraguai, e a então Praça do Arsenal recebe o nome de Praça da Harmonia, comemorando a paz que deveria reinar entre os países da Bacia do Prata, a forca foi extinta em Porto Alegre, celebrando o fim da pena de morte.
Apesar de ter ganho um novo nome, o local continuou sendo um terreno baldio e mal cuidado onde pequenos casebres serviam de moradia às pessoas mais pobres da cidade.

Praça da Harmonia em 1865
Terragno foi o primeiro fotógrafo a obter imagens estereoscópicas da cidade
Ao centro o famoso coreto e a pista de patinação em pavimento liso

Em 1865, o vereador José Martins de Lima “seu fiel protetor” assumiu com o povo o compromisso de reabilitar a praça.
- Começou com uma nova arborização, mandando plantar 94 árvores.
Ao cabo de um ano a praça já apresentava novo aspecto.
O coreto do tempo do Governador Ângelo Ferraz foi reconstruído e uma novidade incorporou-se aos novos divertimentos.

- ACâmara concede licença para implantação de um Rinque de Patinação (skating rink), em área delimitada, sobre superfície lisa, pelo prazo de cinco anos, “formando para este efeito um grande circo”, que posteriormente foi coberto.

Praça da Harmonia – 1865
Este panorama é na verdade a fusão eletrônica de duas fotografias tomadas por Luis Terragno
A praça cujas árvores foram recém plantadas.
Ao centro, o coreto e aparece o rinque de patinação que ali foi instalado para lazer dos portoalegrenses

- Um “Rinque de Patinação”, onde rapazes e moças deslizavam mostrando suas habilidades e, no dizer de um cronista da época “aproveitando” os tombos para iniciar um namoro. As quedas eram pretextos para pegar na mão das “mocinhas” e ajuda-las a levantar-se.

Ao lado do “Rinque de Patinação”, foi instalado um quiosque onde se bebia um chopp geladinho, acompanhado de saborosos petiscos.
Foi esta a “época de ouro” da Praça da Harmonia, reunindo ali, democraticamente, ricos, pobres e remediados.
Era o “ponto chique” de Porto Alegre, um local de encontros e bate-papos nos tranqüilos “fins-de-tarde”, apreciando o “pôr-do-sol” do Guaíba.


1878 - Falece, em Porto Alegre, José Martins de Lima, empresário do comércio e um dos mais destacados vereadores que teve a Capital, tendo criado diversas praças, a primeira delas a da Harmonia.
José Martins de Lima nasceu em Porto Alegre em 1823.

Em 1878, com a morte do vereador José Martins de Lima, a Câmara decidiu mudar o nome da Praça da Harmonia que passou então a chamar-se Praça Martins de Lima, em homenagem àquele que tinha conseguido dar ao local o tratamento que merecia.
O povo, entretanto, continuou chamando de Praça da Harmonia.

Praça da Harmonia - 1890
Fim da Rua Gal. Portinho

Vê-se o chafariz ao centro e o circo em madeira - 1894

Praça da Harmonia – 1910
Mostra os últimos anos da Praça da Harmonia antes de ser desfigurada e destruída pelo canteiro de obras do novo cais.
Imagem de Virgílio Calegari, mostra toda a beleza e a situação privilegiada da Praça em relação ao Guaíba
Em 1920, a praça é desfigurada pelo governo do Estado, visando à construção do porto, vira um grande depósito.

Praça da Harmonia - 1918
Início da construção do cais do porto

Em 1930, o major Alberto Bins altera novamente seu nome para Praça Três de Outubro, em homenagem à Revolução.
Mesmo com a conclusão das obras do porto de Porto Alegre, a área não fora devolvida ao município, encontrando-se ocupada por barracões de repartições militares e de depósito de material e pelo DAER - Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem.

Em julho de 1965, é promovida uma campanha para o restabelecimento da praça.
diante de tanta insistência com o antigo nome, levantou-se na imprensa e na Câmara de Vereadores, um forte movimento para que o nome dado espontaneamente pelo povo, fosse consagrado oficialmente. Assim, por uma lei votada, foi oficializado o nome de Praça da Harmonia.

- Primeiro o “Estado” e depois o “Exército” retiram os estabelecimentos mantidos naquele espaço que é re-urbanizado.

Em 1976, apesar dos apelos do povo e do reconhecimento dos vereadores, dez anos depois a praça mudou de nome mais uma vez.
Hoje ela é conhecida como Praça Brigadeiro Sampaio, em homenagem ao cearense Antônio Sampaio, que lutou bravamente na Guerra do Paraguai, patrono da infantaria brasileira.

Foto: Praça da Harmonia em 1894. Acervo Museu da UFRGS
Fonte: Terra, Eloy. As Ruas de Porto Alegre. AGE. 2001

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04. Praça Campos Sales,
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No fundo, junto a rua Annes Dias e avenida Salgado Filho
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05. Praça Conde de Porto Alegre,
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A estátua do Conde de Porto Alegre é transferida da praça da Matriz em 1912, para a praça do Portão atual Conde de Porto Alegre
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O Portão Colonial, marco da entrada da cidade, foi construído em 1773 quando José Marcelino de Figueiredo transferiu a capital da Capitania de São Pedro para a Vila de Porto de São Francisco dos Casais, que recebe o nome de Porto Alegre. A vida da pequena cidade murada acontecia a partir do Largo do Portão que, naquela época, tinha por hábito fechá-lo ao anoitecer, de forma a resguardar os cidadãos dos temidos invasores e saqueadores.
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Em 1829 o portão, portal ou vestíbulo da vila, já não existia, mas emprestava o nome à “Praça do Portão”, recanto entre o extinto quartel do Oitavo Batalhão e a Santa Casa de Misericórdia e, por extensão, ao largo existente diante do quartel.
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O cronista Aquiles Porto alegre, diz que ali “brasejavam três figueiras bravas de folha miúda, que davam uma nota pitiresca àquele recanto. Parecia uma ponta de mato à beira da estrada”. Segundo ele, teriam sido plnatadas pelo vendeiro José Canteiro, estabelecido na esquina da Rua Dr. Flores. “Grande parte dos fregueses eram moradores dos subúrbios e vinham efetuar as compras a cavalo. Para que os animais ficassem à sombra e não expostos ao rigor do sol, o Canteiro, previdente como era (...), tratou logo de plantar aquelas árvores abençoadas, que abriam as frondes nos ares como enormes pára-sóis”.
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Década de 1920
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Em 1869 foi aprovado pela Câmara um requerimento para arborizar, entre outras, a Praça do Portão, que já havia recebido um dos chafarizes da Cia Hidráulica Porto-Alegrense.
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Em 1873 a Praça do Portão passou a denominar-se Praça General Marques, em homenagem ao Tenente-General Conde de Porto Alegre. Em 1884 uma comissão é encarregada dos melhoramentos e arborização a praça, concluídos em 1886.
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Em 1912, a área de 2640m², tem seu nome alterando pelo Intendente José Montaury para Praça Conde de Porto Alegre, sendo determinada a transferência do monumento ao Conde de Porto Alegre, primeiro monumento erguido em praça pública em Porto Alegre, inaugurado pela Princesa Isabel em 1885, da Praça da Matriz. A estátua de mármore foi executada pelos escultores Adriano Pittanti e Carlos Fassati. De acordo com depoimento de Paschoal Fossati, filho do escultor Carlos Fossati, dado em 1956 para Athos Damasceno (1971, p.167):
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"... o autor da estátua foi seu pai e não Adriano Pittanti. Afirma o depoente que, sendo à época Carlos Fossati sócio de Pittanti, a ele fora confiada a difícil empreitada para a qual fez a maquete - hoje conservada pela família Câmara - o modelo de barro, e, em grande parte, a transferência para o mármore. Admite Paschoal que, nessa última fase da obra, haja seu pai recebido à colaboração de Domênico Pittanti, irmão de Adriano. Mas reitera que a autoria da obra é de Carlos Fossati, a cuja modéstia extrema atribui o silêncio que sempre manteve entorno do assunto”.
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Para diminuir a declividade do terreno, Montaury, em 1919, remodelou a Praça que, em 1933, foi novamente urbanizada.

Na década 1970, na administração do Prefeito Telmo Thompson Flores sofreu nova reformação, em função das modificações urbanas ocasionadas com a implantação do Viaduto Loureiro da Silva. Perdeu parte de sua área original e incorporou o leito da rua Riachuelo que, transformado em passagem de pedestres, é responsável pela manutenção da interligação da praça com as avenidas Salgado Filho e João Pessoa, além de atender o acesso aos edifícios fronteiros.
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Contida pelo viaduto perdeu a relação direta com a rua Duque de Caxias e com a zona leste da cidade, o contato visual com a avenida João Pessoa e a rua Duque de Caxias no acesso ao centro e sua localização, junto ao topo de morro. Além disso, a conformação do terreno foi alterada, acentuando sua declividade.
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O novo projeto alterou as características formais da praça, similares as da praça Dom Feliciano e Otávio Rocha, de estilo eclético, com passeios pavimentados em pedra portuguesa trabalhada e no centro, em destaque, o monumento do Conde Porto Alegre sobre uma plataforma com piso de ladrilho. Os limites, junto ao alinhamento da rua Riachuelo, eram definidos por balaustrada de alvenaria, típica do final do século XIX e início do XX, interrompida por uma escadaria de acesso direto à praça, que se desenvolvia quase que em um único nível, facilitando o acesso às vias do entorno.
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A nova praça desenvolve-se em três platôs, contidos por muros de arrimo de concreto armado aparente e rodeados por taludes gramados, cobertos por vegetação rasteira com coloração e forma variada, típica dos jardins modernistas. O projeto permitia o acesso somente pela Rua Doutor Flores gerando, com o passar do tempo, várias trilhas entre os canteiros, dificultando sua manutenção.
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A inexistência de cobertura vegetal nos canteiros que, além de adornar, tem como função principal auxiliar a fixação do solo, impedindo a erosão do terreno, e a baixa incidência de sol e luz, ocasionada pelo desenvolvimento espontâneo de vegetação, em quantidade e com porte desproporcional as dimensões da área, entremeados de trilhas, acabaram causando prejuízos na visualização e percepção do espaço e do monumento. A sensação de insegurança causada por esse aspecto de degradação resultou no abandono do espaço pela população transformado a praça em local de passagem e de descarga, com ocupação indesejada, apesar do seu entorno ser caracterizado, predominantemente, pela atividade residencial.
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Atual
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Em outubro de 2006, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) e o Conselho do Patrimônio Histórico Cultural (Compahc) formalizam uma parceria com a empresa Aracruz S.A, dentro do modelo de Governança Solidária Local, objetivando a revitalização da Praça Conde de Porto Alegre. As obras foram concluídas em junho de 2007.
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05A. Praça General Marques

Em 1912, o intendente José Montaury alterou a denominação do logradouro de Praça General Marques para Praça Conde de Porto Alegre, com a transferência do Monumento do Conde de Porto Alegre da Praça da Matriz.

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06. Praça da Alfândega,
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Praça histórica do final do século XVIII surgiu com o núcleo inicial da cidade, sempre ligada ao lago e às atividades trazidas por ele. O antigo porto fluvial da cidade produzia uma grande movimentação no pequeno povoado, que contava, então, com uma pequena capela dedicada a São Francisco, provavelmente situada também na praça, com sua fachada voltada para as águas. Com o desenvolvimento do burgo, a capela perde o seu lugar, a sede religiosa foi deslocada para a praça situada no alto da colina, onde foi construída a matriz que lhe deu o nome.
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Praça da Quitanda
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Em 2 de julho de 1783 os vereadores determinaram que se construísse um cais de pedra junto ao rio para facilitar o desembarque de passageiros e mercadorias. Em 1804 o Governador da Província, Paulo da Gama, ordenou que se ampliasse o ancoradouro através da construção de uma ponte sobre o rio, com cais e trapiche, obra notável por suas dimensões, com 24 pilares de cantaria adentrando o leito fluvial que possibilitava o desembarque de sumacas e iates de grande porte. Já nesta época havia uma praça defronte ao trapiche, chamada de Praça da Quitanda junto ao prédio da primeira Alfândega da cidade (na Rua da Praia, esquina Rua General Câmara) onde se aglomeravam comerciantes e quitandeiros.
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Caís junto a Praça da Alfândega - 1892
O viajante Saint-Hilaire, em 1820, assim a descreveu:
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“É na Rua da Praia, próximo ao cais, que fica o mercado. Nele vendem-se laranjas, amendoim, carne seca, molho de lenha e de hortaliças, principalmente, couve. Como no Rio de Janeiro, os vendedores são negros. Muitos comerciam acocorados junto à mercadoria à venda, outros possuem barracas, dispostas desordenadamente”.
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Neste ano foi construído um prédio próprio para a alfândega no corpo da praça, no alinhamento da atual Rua Sete de Setembro. Os comerciantes foram transferidos para a Praça do Paraíso, hoje a Praça XV, mas, por resistência dos comerciantes, a Câmara acabou permitindo, de forma transitória, a utilização do lado oeste como local de mercado, passando a se chamar Praça da Alfândega – na época, muitos logradouros públicos recebiam o nome devido às atividades nelas desempenhadas.
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Na mesma época Silvestre de Souza Telles, com base em uma concessão recebida, reivindicou a posse de parte da área que fazia fundos com a Alfândega, o que comprometia os planos de expansão do logradouro por parte das autoridades. O reclamante teve sua concessão cassada, e a administração pública providenciou que o acesso ao trapiche e à Alfândega fosse desembaraçado de ambulantes e construções temporárias. Contudo, os esforços oficiais foram insuficientes para manter o local asseado e desimpedido, tornando-se um depósito de detritos.
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A situação melhorou entre 1856 e 1858 quando foi erguido um muro de pedra com uma escadaria junto ao rio, no alinhamento da atual Rua Sete de Setembro. Em 1866 a Cia Hidráulica Porto-alegrense instala um chafariz de ferro bronzeado e a arborização é iniciada, com o plantio de nove árvores por empreitada, mas logo a praça foi entregue aos moradores do entorno para que a adornassem e ajardinassem, seguindo a orientação da engenharia pública. Alguns anos após foram instalados bancos e um quiosque.
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Em 14 de março de 1883 seu nome foi alterado pela Câmara Municipal para Praça Senador Florêncio, em homenagem ao político e senador do Império, falecido em 1881, Florêncio Carlos de Abreu e Silva.
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O contínuo desenvolvimento comercial e as determinações da República se melhorarem os portos e de se sanearem as cidades, leva Porto Alegre a enfrentar de forma decisiva essa grande tarefa. A construção do porto passa a ser uma das grandes metas da “Política dos Transportes” do governo Borges de Medeiros, que previa a interligação de todo o estado por uma malha de vias de rodagem, férreas e fluviais. A construção de um porto modelo era uma prioridade dentro deste sistema. Os técnicos e políticos da época viam a localização de Porto Alegre a situação ideal para a construção de um entreposto comercial entre o interior do estado, dotado de importante rede fluvial, e o mar, através da Lagoa dos Patos.
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A Praça da Alfândega, sendo um forte ponto de referência e representando todo um passado histórico, era o local natural para localização do ponto de desembarque de passageiros. Desta maneira, a construção do cais começa ali, no eixo da qual é colocado o portão central. Seguindo o paradigma urbanístico da época, aquele do urbanismo francês, o eixo que chegava a esse portão deveria ser reforçado para valorizar a entrada e embelezar a cidade através de uma larga avenida, com duas pistas, canteiro central ornado de palmeiras e margeados por imponentes prédios – a Avenida Sepúlveda – uma intervenção intrigante, limitada à extensão de três quadras.
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Praça Barão do Rio Branco, década 1930
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Em 1912 a demolição do prédio da Alfândega e o aterro de 100 metros de largura sobre o rio foram decisivos para a conformação atual da praça, levando à reformulação geral e o ajardinamento deste novo espaço urbano. O projeto paisagístico, de inspiração francesa, é geométrico e seu eixo central possui uma forte marcação, delineada pela pavimentação e pela vegetação – palmeiras-da-Califórnia. Este eixo se desenvolve até o cais, cortando a pequena Praça Barão do Rio Branco, finalizando e focando o Portão do Cais, enquadrado pelos prédios do MARGS (antiga Delegacia Fiscal) e do Memorial do RS (antigo Correios e Telégrafos), através da Avenida Sepúlveda.
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Década 1960
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A vegetação utilizada para marcação do entorno da praça foi o jacarandá e, nas laterais da Avenida Sepúlveda o ligustro, espécies muito utilizadas nesta época na arborização urbana. O novo projeto possivelmente preservou boa parte da vegetação existente, o que justificaria a presença de árvores de grande porte como pinheiros, ciprestes e eucalipto.
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Em 1920 foram retiradas varias paineiras que prejudicavam as plantações vizinhas e o ajardinamento do local. Em 1923 foi instalada a estátua eqüestre do General Osório, em bronze, de autoria do escultor Leão Veloso, no centro do logradouro, com espelho d'água, chafariz e bancos. Em 1935 a estátua “A Samaritana”, colocada na Praça Montevidéo em 1925, é transferida para a Praça da Alfândega cedendo lugar à Fonte de Talavera.
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Athos Damasceno Ferreira escreveu, em 1940 a obra Imagens Sentimentais da cidade, contando histórias da cidade no século passado. Entre estas, as histórias da velha Praça da Quitanda:
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“(...) Era a praça dos kioskes, espécie de baú de turco, onde se compravam cigarros, charutos, alfinetes, água de cheiro, pregadores, colares de vidro, brochurinhas portuguesas – um mundo de quinquilharias". Praça dos jornais, pois que em duas das faces fronteiras a ela se instalaram diversos jornais da cidade – “O Sentinela do Sul”; “O Anunciante”; “O Imparcial”; “O Exemplo”; “Correio do Povo”; “A Federação” – ali a curiosidade incurável de portoalegrense ia devorar o artigo de fundo, ia pescar o boato político, ia ver o se o seu nome saíra publicado nas notas sociais.”
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“(...) Para ali se dirigiam, quase sem sentir e muitas vezes sem razão, todas as pernas infatigáveis do burgo. Gente que saía apressado das lojas da rRua da praia, gente que descia a rua da ladeira, gente que vinha do porto, gente que parecia cair, por milagre, dos própios galhos das arvores: - homens, mulheres, crianças, cavaleiros do fraque e chaéu alto, senhoras de saia balão, colegiais, moleques alarifes, pretos mulatos, a cidade inteira.”
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Nos anos seguintes, a Praça da Alfândega já se constituía num dos logradouros mais interessantes e bem localizados da cidade, sendo procurado por toda população. A presença dos bondes, primeiro puxados por burros, seguidos pelos elétricos, era responsável pela grande circulação de transeuntes. A construção de hotéis, clubes, cinemas, restaurantes, cafés, traziam para a praça uma animação permanente não só durante o dia, mas também à noite – O Grande Hotel, o Clube do Comércio, o Cinema Guarany, o Cinema Central...
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Desde 1955, sempre na segunda quinzena do mês de outubro, acontece na praça a tradicional Feira do Livro, um dos maiores eventos culturais do Rio Grande do Sul, que iniciou com 14 barracas de venda de livros, projeto idealizado pelo diretor do diário de Notícias, Say Marques e executado pelo representante da editora José Olympio, Maurício Rosemblatt. Atualmente é organizada pela Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), atraindo milhares de visitantes que buscam os novos lançamentos nacionais e internacionais ou as muitas ofertas de livros usados a baixíssimo custo, assistem aos shows de música, dança e teatro que acontecem diariamente.
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O início de sua decadência pode ser datado com a derrubada do antigo prédio da Caixa Econômica Federal e a construção do novo, na década de 70. Este fato coincide com a retirada dos bondes, dos veículos, dos cinemas, dos cafés tradicionais, dos moradores e com a substituição dos serviços, do comércio sofisticado pelo popular e o surgimento do comércio ambulante no seu entorno. As meretrizes, malandros e marginais que freqüentavam a praça acabam por tomar conta dela, criando um clima de insegurança na população em geral.
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Em 1979, uma lei aprovada pela Câmara Municipal unificou as Praças Senador Florêncio e Praça Barão do Rio Branco, incorporado o leito da Rua Sete de Setembro, transformando esta área em um grande calçadão (intervenção característica da década de 70), e denominou de Praça da Alfândega a área compreendida entre a Rua dos Andradas, Capitão Montanha, Siqueira Campos e Cassiano do Nascimento. Uma fração a oeste é cedida para a construção do edifício da Caixa Econômica Federal.
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No final da década de 80, a recuperação do Prédio da Delegacia Fiscal, transformado em Museu de Artes do Rio Grande do Sul, a implantação do primeiro McDonald’s da cidade e a transformação do Hotel Magestic na Casa de Cultura Mário Quintana começaram a trazer para o centro da cidade uma certa vitalidade que este havia perdido.
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Situação atual, durante a Feira do Livro
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Em 2007 foram realizadas obras de prospecção arqueológica, a fim de descobrir o local exato do antigo ancoradouro de pedra e outros remanescentes da conformação antiga da Praça.
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07. Praça Família Imigrante,
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Localizada na Rua Riachuelo, ao Lado do Edifício Tuyuty, próximo da esquina da Rua Caldas Júnior.
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É um recanto cercado, adotado, desde 1996, pelo Instituto Burnett de Comunicação Verbal.
No final de 2007, a praça recebeu novos bancos, luminárias, lixeira, flores, folhagens, instalação de um canteiro para que a comunidade plante ervas e um espaço para composteira.
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08. Praça Dom Feliciano,
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Originada por uma parte do terreno doado à Santa Casa de Misericórdia pelo Desembargador Luís Corrêa Teixeira de Bragança e sua esposa, teve diversos nomes ao longo de sua história: Praça da Alegria, Alto da Caridade, Alto da Misericórdia e Praça da Misericórdia, até ser adotado o atual.
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Em 1809 a então Praça da Alegria foi designada logradouro público, objetivando organizar a chegada das carretas que transportavam gêneros alimentícios, transferidas, após algum tempo, para a Praça do Paraíso (atual Praça 15 de Novembro). A construção das escadarias da Santa Casa em 1865, destruídas em 1940, e a terraplenagem do terreno em frente definiram seu formato, que se mantém inalterado até hoje.
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A Praça da Alegria e a Praça da Matriz eram alvo de extração ilegal de barro e saibro até 1810, quando a Câmara estabelece pena de multa aos infratores. É possível que a área da praça pertencesse à Josefa de Azevedo, a “Brigadeira”, pois, em ata da Câmara de 1830, esta fez cessão “de todo o terreno que se achava cercado até a direção da rua da Praia, para praça pública fronteira ao edifício da Misericórdia”. Já o prolongamento da Rua da Praia no sentido da estrada dos Moinhos de Vento, que originou a Avenida Independência, só teve seu alinhamento fixado a partir de 1843, sendo que, em outubro de 1846, Rafaela Pinto Bandeira Freire, herdeira de Josefa, recebeu indenização pela desapropriação de terrenos fronteiros à via.
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Em 1857 o nome da praça é alterado para Praça da Misericórdia, mas as primitivas condições de urbanização não são alteradas, fato confirmado, um ano depois, quando o provedor da Santa Casa solicitava providências à Câmara quanto ao despejo de detritos no local. Em 1873, recebe a denominação de Praça Dom Feliciano, em homenagem a Dom Feliciano José Rodrigues Prates, primeiro bispo do Rio Grande do Sul.
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Na década de oitenta, um muro de arrimo é construído na face limítrofe da Santa Casa para amenizar a forte declividade, um nivelamento é executado, visando adequar o relevo ao novo ajardinamento e arborização e algumas árvores, plantadas a cerca de 35 anos, quando o primeiro jardim foi executado, são abatidas.
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Ornada pelo busto do poeta Eduardo Guimarães, do médico e escritor Mário Totta, pela herma do Brigadeiro Jerônimo Coelho e pela Placa do Bicentenário de Dom Feliciano, a praça é cercada, atualmente, por terminais ônibus.
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09. Praça dos Açorianos,
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É constituída por parte do aterro do Lago Guaíba. A ponte de pedra, parte integrante do conjunto, foi construída por escravos, a mando do Conde Caxias, entre 1842 e 1848, durante o período de pacificação da província riograndense. Um século mais tarde, com a canalização do riacho (atual Arroio Dilúvio), a obra perdeu sua funcionalidade - ligar o centro à zona sul-, mas foi preservada sobre um espelho de água, sendo tombada em 1979.
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O Monumento aos Açorianos, construído em 1973, homenageia a chegada dos 60 casais de açorianos a Porto Alegre (antigo Porto dos Casais), em 1752. A obra possui 17m de altura por 24m de comprimento. Feito em aço, em linhas futuristas, obra do escultor Carlos Tenius, lembra uma caravela, composta de corpos humanos entrelaçados, tendo à frente uma figura alada que lembra o mitológico Ícaro e representa a Vitória.
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10. Praça Doutor Pedro Borba,
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11. Praça Edgar Schneider, localizada no interior do Cais do Porto Mauá.
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Estátua das Ninfas 
12. Praça General Braga Pinheiro, a praça fica localizada no triângulo entre o prédio do Centro Adm. do Estado e o prédio do Procergs.
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13. Praça General Daltro Filho,
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Década de 1950
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14. Praça General Osório,
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Situada entre as ruas Duque de Caxias, Coronel Fernando Machado e General Portinho foi um largo até o início do século XX.
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Teve diversos nomes ao longo de sua história: Alto do Manoel Caetano, Alto do Senhor dos Passos, Alto da Conceição e Alto da Bronze. Este último, perpetuado na tradição de Porto Alegre, teve como origem uma prostituta que vivia em uma casa de porta e janela à direita da Praça que “... era conhecida, não sei quê de Bronze, e que por decência só era chamada Bronze (o Senador Mem de Sá, em suas memórias, refere que seria “Cu de Bronze” o apelido inteiro), nome que foi dado àquele lugar por ser ela a figura mais notável do bairro”. (Antigualhas, Coleção ERUS).
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Em 1865, o município resolve adquirir “um terreno aberto que existe no Alto da Bronze, com frente para as ruas da Igreja, Bela e Arvoredo, com 266 palmos de frente na Rua da Igreja e Arvoredo, a fim de formar-se ali uma praça” para instalação um dos chafarizes da Companhia Hidráulica Porto-alegrense, para abastecimento de água potável à população. O herdeiro dos terrenos, João Soares de Paiva, que residia no Rio de Janeiro, fez exigências consideradas excessivas em termos de preço. Em 1865, a Câmara pede auxilio a presidente da Província Visconde da Boa Vista que, em 1866, desapropria a área, declarando-a de utilidade pública.
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Em 1887, inicia-se o ajardinamento que, em 1920, passa por uma remodelação completa, visando corrigir o nivelamento do terreno “por obras d’arte”, a fim de minimizar a íngreme ladeira.
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Em 1926, no governo do Intendente Otávio Rocha, é inaugurado o 1º Jardim de Praça de Porto Alegre, embasado nas teorias de educação, esporte e lazer do professor Gaelzer, num trabalho pioneiro na América Latina. A escola de Educação Infantil é mantida pelo município até hoje, oferece ensino de qualidade para crianças de 4 a 6 anos.
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Por volta de 1930, o Prefeito Otávio Rocha promoveu a reforma da praça, transformando-a em praça de esportes. Ela já conquistara, então, a simpatia da vizinhança, sendo imortalizada num samba do sambista Paulo Coelho:
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“ Alto da Bronze, cabeça quebrada, praça querida sempre lembrada,
a Praça Onze da molecada
Praça sem banco, do rato branco e do futebol, da garotada endiabrada, das manhãs de sol.”
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E Athos Damasceno, lhe dedicou um sentido poema(Poemas da minha cidade,1936):
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“ De cima – as estrelas botavam reflexos vagos nos vidros dos graves sobrados
com largas portadas e muros cobertos de heras. Debaixo – os humildes e tristes casebres erguiam,medrosos,os olhos vazios das janelas até a nobreza dos altos beirais solarengos...”
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Uma reforma executada em 1970 deu-lhe o aspecto atual. Na praça existem as placas Alto da Bronze e General Osório.
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15. Praça Julio Mesquita, junto a av. João Goulart e Usina do Gasômetro
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16. Praça Marechal Deodoro da Fonseca, Praça da Matriz
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Recepção e desfile ao Imperador D. Pedro II e comitiva em visita a Porto Alegre - 1865
Retorno do campo de batalha em Uruguaiana - Guerra do Paraguai
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1875
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No dia 24 de abril de 1763, aproximadamente um ano após a tomada da Colônia de Sacramento, o exército espanhol invadiu o Rio Grande do Sul tomando sua capital, Rio Grande. A permanência dos espanhóis em território português fez com que o governador Ignácio Eloy de Madureira efetuasse a transferência da sede do governo para a cidade de Viamão. Anos após, a pequena vila de Porto de São Francisco dos Casais, entreposto obrigatório para quem pretendesse ir para o Norte do Continente de São Pedro e fixada no topo de uma colina, de onde era possível controlar todo o fluxo de embarcações pelo Guaíba, foi considerada mais apropriada para sediar o centro político e administrativo do estado.
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Chafariz e frente ao Theatro São Pedro - 1865
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Em 18 de janeiro de 1773, a localidade foi elevada à categoria de paróquia e recebendo o nome de Porto Alegre, o padroeiro São Francisco foi substituído pela Nossa Senhora de Madre de Deus. A transferência definitiva deu-se em 24 de julho de 1773. Uma missa festiva foi celebrada nas obras da Igreja da Matriz, cuja construção iniciara um ano antes, no mesmo local onde, em 1753, o carmelita Frei Faustino de Santo Alberto, vigário de Viamão, instalara um cemitério, sendo concluída em 1794.
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Vê-se o antigo chafariz ao centro, década de 1900
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Na década de 1770, a Praça da Matriz era conhecida como Alto da Praia. Poucas eram as edificações no seu entorno. Ao longo da Rua Duque de Caxias, então chamada Rua da Igreja havia plantações de trigo. Em 1789 é edificado o antigo Palácio da Presidência (Palácio de Barro) que possuía um mastro que com o pendão do Reino de Portugal. Em 1790 terminam as obras da Casa da Provedoria da Real Fazenda, ao lado do Palácio, que mais tarde passou a abrigar a Assembléia Legislativa e a Capela do Divino que foi construída e demolida mais de uma vez.
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Com a Independência do Brasil as bandeiras do País e da Província passaram a dominar os mastros da área. Em 1818 foi concluído o aristocrático Casarão dos Câmara, morada do primeiro Presidente da Província, o Visconde de São Leopoldo, também patrono da imigração alemã, cujas primeiras levas de colonizadores chegaram em 1824.
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Embora a Praça da Matriz reunisse as construções mais nobres da acanhada cidade à beira do rio, o logradouro não passava de um terreno com declive acentuado, sulcado pela erosão, sem arborização, iluminação ou calçamento. Junto às fachadas dos prédios públicos havia alguns candeeiros alimentados com óleo de peixe ou de baleia. A primeira calçada para pedestres surgiu em 1846. Partia da Rua do Ouvidor (General Câmara) e subia perpendicularmente em direção ao Palácio, no topo. Dois anos mais tarde, o lado leste ganhou igual passarela de pedra, conectando a antiga Rua do Cemitério (Espírito Santo) até a Rua da Ponte (Riachuelo).
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1872
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A vida cultural da Província convergiu para o centro cívico em 1858, com a inauguração do Theatro São Pedro. Mas o local apenas começou a ser urbanizado em 1865, quando recebeu o nome de Praça de Dom Pedro II, em homenagem à visita do monarca a Porto Alegre, que viera comandar a defesa do Rio Grande do Sul contra a invasão paraguaia. Em 1866 começa a funcionar na esquina da Praça com a Rua Duque de Caxias, no lado oeste, a Hidráulica Porto-alegrense, cujo projeto, executado em Paris em estilo neoclássico, é datado de 1864. É instalado, então, um chafariz com cinco estátuas de mármore de carrara, quatro delas simbolizando os rios da bacia do Guaíba – Jacuí, Caí, Sinos e Gravataí e uma, no alto, simbolizando o Lago Guaíba. Das cinco peças originais, quatro encontram-se descaracterizadas na atual Praça São Sebastião (do Rosário) e uma, a que representava o Guaíba foi perdida...
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Década de 1910
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Em 1874, com a inauguração do gasômetro, a Praça da Matriz recebeu postes de iluminação pública a gás no torno do chafariz central. Em 1871, concluiu-se a construção do “Forte Apache”, na esquina da atual Jerônimo Coelho, instalando-se ali a Estação Telegráfica, que fazia a conexão da Província com a Corte do Rio de Janeiro. Ao lado do Theatro São Pedro, foi erigido um edifício gêmeo, destinado inicialmente a abrigar a Câmara Municipal e, mais tarde, o Tribunal de Justiça, reforçando o eixo de acesso pela Rua da Ladeira (atual General Câmara). Do outro lado, o antigo prédio da Bailante (Hidráulica Porto-alegrense), onde hoje se eleva o edifício da Assembléia Legislativa, promovia festas, reuniões e conferências. Do lado leste, na esquina com a Rua Duque de Caxias, ficava o prédio da Intendência Municipal que, em 1901, deslocou-se para o Paço Municipal sede municipal atual. Foi também nos anos de 1870 que começaram a circular, pela Praça, os bondes puxados por jumentos. Chegavam esbaforidos ao topo do promontório, após vencer as ladeiras íngremes do entorno.
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Década de 1910
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Na década de 1880 são executas obras de ajardinamento, arborização e calçamento. O ajardinamento só foi empreendido de fato entre 1881 e 1883, incluindo 20 oliveiras vindas de Portugal. Em 1885, a Praça ganha o primeiro monumento público da capital, executado em mármore pelos escultores A. Pitente e Carlos Fossati e inaugurado pela Princesa Isabel em homenagem ao Conde de Porto Alegre, que foi transferido, em 1912, para a Praça do Portão, atual Conde de Porto Alegre. Nesta época, recebeu um cercamento de ferro.
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Década de 1920
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Em 1887 a usina elétrica começa a operar e o Palácio do Governo foi o primeiro prédio público a usufruí-la. Na mesma época, a Companhia Telefônica iniciou suas atividades, inaugurando uma agência com 72 aparelhos na esquina das ruas Riachuelo e General Câmara (local onde atualmente encontra-se a Biblioteca Pública).
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Década de 1930
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Com a Proclamação da República, a Praça passou a chamar-se Marechal Deodoro, denominação oficial que permanece até hoje. Em 1896 foi lançada a pedra fundamental do novo Palácio do Governo, no mesmo lugar do antigo. A sede do poder transfere-se para o “Forte Apache” até 1921, quando ocupa, parcialmente, o Palácio Piratini. Neste mesmo ano foi lançada a pedra fundamental da nova Catedral Metropolitana. A antiga Catedral e a pequena Capela do Divino Espírito Santo foram demolidas em 1929. Com isso, a Praça deixou de sediar a grande festa popular-religiosa de origem açoriana - Os Fogos do Espírito Santo - extremamente abrangente, contava com a presença de todas as classes sociais. Preparava-se a praça para a quermesse que se incumbia de animar o povo com procissões, música, dança, feiras e até cinema ao ar livre. O novo templo foi concluído apenas em 1986, ao passo que as obras do Palácio foram definitivamente encerradas somente em 1971.
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Archymedes Fortini escreveu: “As três horas da tarde, espoucava uma girandola de foguetes e, o sino da Capela do Divino, num respique alegre de fests de festa que anunciava a saída do peditório. Via-se o cortejo das ‘bandeiras’ descendo as escadas do império. (...)” 
“(...) Sua realização data dos primeiros anos de existência de Porto Alegre”.
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Um amplo projeto de urbanização começou a ser pensado para a área a partir de 1906. Previa-se o alargamento da Praça sobre o terreno ocupado pela Bailante, o que daria mais equilíbrio ao conjunto, pois o novo Palácio ficaria no centro da Praça, dominando a área cívica. Dois boulevares paralelos desceriam em direção ao Rio, desdobrando-se um na atual Rua General Câmara e o outro entre o Arquivo Público e o Solar dos Câmara. Conforme o projeto original, confluíam na Praça da Alfândega numa rótula que teria ao centro o monumento a Júlio de Castilhos. O trânsito subiria por um lado e desceria pelo outro, sendo desviado ao largo da Praça, sem passar em frente ao Palácio Piratini. A Praça seria o jardim frontal do Palácio. Ao fundo, jardins escalonados com acesso público conectariam o Palácio à Rua Fernando Machado. Desta concepção urbanística, restou apenas um prédio residencial feito construir com alinhamento enviesado na Riachuelo por causa do traçado imaginário da avenida.
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1900
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O estado passava por uma fase de euforia econômica, a qual se materializava num processo de transformação da fisionomia arquitetônica e paisagística da capital. Na Praça da Alfândega, a principal porta de entrada da cidade, dezenas de prédios eram erguidos -edificações suntuosas, profusamente ornadas com obras de arte, expressão material da prosperidade econômica. A ligação entre a Praça da Alfândega com a Praça Marechal Deodoro, sede do Palácio do Governo e Catedral Metropolitana dava-se pela Rua General Câmara. Foi neste contexto que se decidiu erguer, no centro da praça, onde anteriormente existia um chafariz, e posteriormente fora colocada à estátua de Conde de Porto Alegre um monumento em homenagem àquele que foi o maior vulto do republicanismo riograndense – Júlio de Castilhos.
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A praça foi totalmente remodelada com desenho marcadamente geométrico e simétrico, ressaltado pela criação do platô onde convergem todos os caminhos e visuais, marcando a perspectiva desde a subida da rua da Praia para destacar o monumento, tendo como pano de fundo o Palácio e a Igreja da Matriz. Este traçado e pavimentação em pedra portuguesa se mantêm até os dias de hoje, com exceção do platô, que era pavimentado com ladrilho hidráulico na cor rosa e branca e foi substituído por basalto regular polido e mármore regular branco. A única alteração ocorreu no canteiro central que teve seu gramado substituído por areia e abriga a área de recreação infantil. A vegetação predominante e provavelmente original é o jacarandá.
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O monumento foi concebido por Décio Villares, pintor e escultor carioca, simpatizante e razoável conhecedor da doutrina positivista de Augusto Comte, fonte de inspiração dos políticos que proclamaram a República. No estado a Proclamação da República desencadeou uma sucessão de crises que culminaram com a Revolução Federalista de 1893-95, entre castilhistas (chimangos) e gasparistas (maragatos), com a vitória dos primeiros. Extremamente violenta essa revolução deixou um legado de rancor e ódio entre as duas facções, o que fez com que o processo de consolidação do regime fosse marcado por um clima de forte radicalismo e exacerbada luta política. A construção do monumento em homenagem a Júlio de Castilhos, o primeiro presidente republicano do estado serviu, entre outras coisas, para reforçar essa afirmação do poder político dos republicanos positivistas.
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Os trabalhos de modelagem e fundição, em bronze, foram feitos na França, de onde vieram os principais conceitos para o significado dos monumentos no espaço urbano. Depois de concluídas as reformas urbanas de Paris, de Luis Napoleão e do Barão de Hausmann, com a III República, o sistema republicano passou a ser bastante exaltado em monumentos públicos, passando a servir de símbolo de prosperidade material e pacificação social. Abandonaram seus primitivos símbolos de guerra (escudos, lanças, espadas...) para ganharem atributos de iluminação (archote de luz), ordenação jurídica (constituição) e da prosperidade (cornucópias e ramos de louro).
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O Monumento a Júlio de Castilhos foi projetado em forma de uma pirâmide, em cujas faces foram alinhadas diversas figuras alegóricas para representar a biografia do homenageado, suas virtudes e influências recebidas.
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É dominado por uma alegoria feminina da República, portando um archote de luz e um diploma constitucional. A figura está colocada sobre uma meia esfera, simbolizando o globo terrestre, na qual aparece uma faixa com a frase Ordem e Progresso, o mesmo lema positivista da bandeira nacional. As datas de 14 de julho de 1789 (Revolução Francesa) e 15 de novembro de 1889 (Proclamação da República), dispostas na parte superior da pirâmide, assim como as cartelas com as frases “Libertas Quae Sera Tamem” (Inconfidência Mineira) e “A sã política é filha da moral e da razão” (Independência do Brasil) são para lembrar a historicidade dos ideais republicanos.
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Nas laterais, representa três fases da vida de Júlio de Castilhos:
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Na primeira face, do lado oeste, a juventude, ou fase da propaganda republicana, através de um jovem distribuindo exemplares do jornal “a Federação”, que era o jornal oficial do Partido Republicano Riograndense;
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Na segunda face, do lado norte, a maturidade, ou fase de institucionalização do regime, através de um herói letrado, de livro na mão, como que se erguendo da poltrona para colocar em prática seu programa de governo. O estadista está cercado de figuras que representam suas virtudes: a Coragem, que trás os louros da vitória e um dos olhos vendados, a Prudência, que procura conter a Coragem e aponta para a Oposição, representada na figura de um dragão que rasteja pelas escadarias, ameaça da restauração monárquica e a oposição ao regime ditatorial de Castilhos e Borges de Medeiros, a Firmeza, que segura na mão as chaves dos três poderes e o Civismo, através de uma figura envolta na bandeira nacional;
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Na terceira face, do lado leste, a velhice, quando o chamado Patriarca converte-se no profeta dos republicanos gaúchos, através da figura de um velho, longas barbas, a cabeça apoiada no braço, tem um livro aberto no colo, representando a Sabedoria Política e Transparência.
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A última face, do lado sul, representa a Popularidade, na figura de um gaúcho saudando o homenageado com o cavalo empinado. No solo, uma caveira bovina e um arado completam o conjunto de signos que servem para representar o povo gaúcho como os positivistas o idealizaram, ou seja, um povo gentil, pacífico e trabalhador, que já tinha superado, na sua evolução, seu estagio de beligerância e de revoluções e ingressado definitivamente no seu “estágio positivo”. No lugar de mosquetes e canhões, uma simples pistola na cintura. No lugar de espadas e de lanças seus referenciais relativos o arado e a caveira bovina.
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Em linhas gerais, o monumento apresenta um repertório de soluções plásticas e formais acadêmico-tradicionais. Em alguns de seus elementos, entretanto, evidencia-se uma aproximação com obras de escultores que buscavam inovar, como Rodin. Outro aspecto relativamente “moderno” do conjunto é sua concepção de monumento arquitetônico, onde a parte escultural está inserida num projeto paisagístico maior, no qual se procurou estabelecer uma integração da escultura com grandes planos arquitetônicos: a escadaria de acesso, o amplo pátio que circunda o pedestal, o próprio pedestal em degraus, entremeado por um canteiro de grama e flores.
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No aniversário da morte de Castilhos, 24 de outubro, eram celebradas exéquias cívicas junto ao monumento. A prática foi abolida com a Revolução de 3 de outubro de 1930.
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O prédio da Biblioteca Pública foi inaugurado em 1922. Os bustos na fachada representam personagens do calendário positivista, ideologia professada pelo regime castilhista e borgista.
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Em 1927, o Intendente Otávio Rocha construiu no local da antiga Bailante da Hidráulica o Auditório Araújo Vianna para os concertos e apresentações de banda municipal, com concha acústica e uma platéia ao ar livre com 400 bancos que se estendiam ao longo de quatro terraços, emoldurados por pérgula ornada de roseiras. O Auditório foi demolido em 1955, para dar lugar ao Palácio Farroupilha, sede da Assembléia Legislativa, inaugurada em 1967. Como contrapartida um novo auditório foi construído no Parque Farroupilha (Redenção).
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Corrida de automobilismo - 1948
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Na noite de 19 de novembro de 1949, um misterioso incêndio destruiu o Tribunal de Justiça, ao lado do Theatro São Pedro. No lugar dos escombros foi erigido o atual Palácio da Justiça. Em frente ao edifício modernista é instalada uma herma que homenageia o Dr. Oswaldo Vergara. Mas nem só de prédios públicos anima-se a vida no entorno da Praça. No lado leste manteve algumas elegantes residências, construídas na virada do século XIX para o XX, como o Solar dos Palmeira. Além disso, o final dos anos 1960 e a década de 1970 testemunharam a chegada de alguns modernos espigões, destinados tanto para ocupação residencial quanto comercial.
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A Praça da Matriz, consolidada como o centro cívico, cultural e religioso dos gaúchos foi palco de inúmeros acontecimentos de relevância histórica, como o pronunciamento militar dos Menna Barreto em 19 de junho de 1823, em solidariedade a Dom Pedro I; a recepção ao Imperador Dom Pedro II, em 1865; a aclamação da República, em 1889; a deposição de Júlio de Castilhos, em 11 de novembro de 1891 e a sua posterior recondução ao governo em 17 de junho de 1892; as manifestações populares dos grevistas de 1917, que paralisaram completamente a cidade por dias; as célebres sessões na Assembléia Legislativa que reconheceram a reeleição de Borges em 1922, estopim da Revolução de 1923; a imemorável Constituinte Estadual de 1947; a Campanha da Legalidade, em 1961; também nos anos 1960, a catedral recepcionou Dom Vicente Scherer, primeiro gaúcho sagrado Cardeal em Roma; em 1989, o Palácio Farroupilha efervesceu com as sessões da Constituinte cidadã.
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A Praça da Matriz tem sido há décadas o destino de passeatas e manifestações populares, com destino aos palácios do Governo, da Assembléia ou da Justiça. Da mesma forma, para lá tem convergido a quase um século e meio a vida artística, cultural e religiosa de Porto Alegre. Em seu entorno existem diversos prédios de importância histórica ou social para a cidade. Ali estão a Catedral Metropolitana de Porto Alegre; o Palácio Piratini, sede do Poder Executivo Estadual; o edifício da Assembléia Legislativa, o Palácio do Ministério Público e o Palácio da Justiça. Também estão localizados na praça o Theatro São Pedro e alguns outros casarões antigos. Nas suas vizinhanças imediatas encontramos ainda o Solar dos Câmara, o Museu Júlio de Castilhos, a Biblioteca Pública do Estado e a antiga Casa da Junta, hoje o prédio da Casa Civil, todos edificações históricas.
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17. Praça Marquesa de Sévigné,
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Largo triangular situado na confluência das ruas Coronel Genuíno, Coronel Fernando Machado e General Lima e Silva.
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Em 1887, o Vereador Leopoldo Masson propõe à Câmara Municipal destinar verba para o ajardinamento de uma pequena praça existente em frente à Rua da Figueira (hoje Coronel Genuíno), sendo que os moradores deveriam se responsabilizar pela instalação de um chafariz.
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Em 1889, um abaixo-assinado é remetido à Câmara solicitando a designação de um nome para a praça e o calçamento da face da Rua Coronel Fernando Machado. Entretanto, o pequeno logradouro permaneceu sem nome por muitos decênios: uma planta da cidade de 1949, ainda lhe dá, arbitrariamente, o nome de “Praça Triângulo”, nunca oficializado.
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Em 1966, passa a ser denominada Praça Marquesa de Sévigné, em homenagem à Marie de Rabutin-Chantal, Marquesa de Sévigné (1626-1696), um dos espíritos mais brilhantes do século XVII, contemporânea de Racine, Pascal e Moliére que se destacou na literatura francesa como escritora, e, indiretamente, ao Colégio Sévigné, tradicional instituição localizada nos fundos para a praça.
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Em 2005, a Secretaria de Captação de Recursos, Investimentos e Relações Internacionais (Captare), em parceria com as secretaria municipais do Meio Ambiente e do Planejamento, viabilizou a restauração da fonte, através do patrocínio da empresa Carlos Gomes Center.
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18. Praça Montevidéo,
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Década 1930
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Localizada defronte ao Paço Municipal, é delimitada pelas ruas Sete de Setembro, Uruguai e Avenida Borges de Medeiros.
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O grande logradouro público entre as ruas Marechal Floriano e Uruguai, que atualmente ostenta o nome de Praça XV, Largo Jornalista Glênio Peres e Praça Montevidéu, foi conhecido como Praça dos Ferreiros no fim do século XVIII e nos primeiros anos do século XIX.
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É um dos logradouros públicos de história mais obscura, seja por se confundir, em antigos documentos, com a área da atual Praça 15 de Novembro, seja porque pertenceu, em parte, a particulares, que nela tiveram construções que só foram desapropriadas pelo município em 1855, quando a Rua Sete de Setembro foi regularizada e prolongada.
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Em 1810, o Governador Dom Diogo de Souza já planejava implantar uma praça naquele local, que não nasceu “praça quadrada, com a Rua dos Ferreiros no meio”, mas a Municipalidade considerou que, na doação de terrenos devolutos que lhe fez em 1824 o Visconde de São Leopoldo, estava incluindo o Porto dos Ferreiros.
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Em 1830, foi cogitada a construção de uma banca do peixe: “... sobre a banca do peixe na desembocadura do beco denominado o Porto dos Ferreiros, concedida a esta Câmara, assentou-se que se ordenasse ao referido Procurador, que a fizesse medir e desmarcar judicialmente, e tombar na forma do parecer da mesma Comissão”, (...) “para, ao depois de assim cumprido, se deliberar sobre a fatura da casa do peixe e barracas”.
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Em 1846, Caxias, governador da Província pretendeu construir ali o prédio do Liceu, “Inteirada a Câmara, resolveu se represente a Senhora Excelentíssima que o lugar em que se pretende edificar o dito Liceu, é praça pública”. Por ofício, o presidente suspendeu a obra embargada.
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A concretização da Praça só ocorreu depois de 1855, quando a presidência da Província autorizou as desapropriações necessárias “para se levar a efeito a continuação da Rua Nova da Praia e a praça que lhe tem de ficar imediata”, (“Nova da Praia” foi o primeiro nome dado à Rua Sete de Setembro), concluídas somente em 1858.
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Uma informação dada pela Câmara Municipal ao Presidente da Província elucida a origem da área “da Rua da Alfândega, entre o Beco da Ópera e a Doca da Praça do Mercado” (Rua da Alfândega foi o segundo nome da Rua 7 de Setembro), que permaneceu aberta e sem urbanização, por muitos anos:
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Sobras da antiga Praça dos Ferreiros;
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Terreno desapropriado ao Dr. Manoel Gomes Coelho do Valle, herdeiros de Manoel José de Freitas Travassos e vários outros;
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Fonte a Samaritana
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Parte de um terreno que o Presidente Sinimbu mandou dar a Câmara para logradouro público;
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Terreno dentro d’água que a Presidência doou para implantar a doca.
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Com a construção do Paço Municipal, inaugurado em maio de 1901, a área passou a ser chamada de Praça Municipal. Em 1916, o Intendente José Montaury solicitou à República Oriental do Uruguai autorização para dar ao largo o nome de Praça Montevideo.
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Fonte La Talavera, década 1950
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A construção e o ajardinamento de uma elipse verde foi obra do Intendente Otávio Rocha, em 1927. Posteriormente, no Centenário da Revolução Farroupilha, foi instada uma fonte de azulejos, proveniente de Talavera, Espanha, oferecida à cidade pela colônia espanhola.
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Na praça Montevideo, além da Fonte Talavera, encontram-se a instalados a placa de Guilherme Villela e o Marco Zero da cidade.
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19. Praça Osvaldo Cruz, É delimitada pelas ruas Voluntários da Pátria, Pinto Bandeira, Chaves Barcelos e Comendador Manoel Pereira.
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Vê-se a praça em frente ao antigo Coliseu
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No século passado, não passava de um largo às margens do Guaíba que servia de depósito de madeira e de lixo, ponto de lavadeiras e barqueiros. Em 1880, foram gastas 620 carroçadas de terra “na praça em frente à desembocadura da Rua Pinto Bandeira”, para cobrir o lixo ali depositado. Em 1889, foi ordenada a limpeza rigorosa da área “no ponto fronteiro à Rua Pinto Bandeira”, na margem do rio.
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Em 1898, surgiam sinais de melhoria na área com a inauguração do “chalet de recreio público, construído à Praça Pinto Bandeira pelo Senhor Pedro Bergmann”, coincidindo com a urbanização da Rua Triunfo (hoje, Comendador Manoel Pereira). Nessa época, a prolongada questão entre o município e os herdeiros do Coronel Vicente Ferrer da Silva Freire, pelo domínio dos terrenos de beira-rio entre a Rua Pinto Bandeira e a Rua Conceição tem seu desfecho.
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Em 1927 a praça recebeu o nome de Osvaldo Cruz e o ajardinamento é executado - apenas um canteiro com formato elíptico e um busto em homenagem a Osvaldo Cruz, doado pelos doutores Manoel José Pereira Filho e Oscar Bernardo Pereira, em nome do Instituto Pereira Filho de pesquisas clínicas.
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20. Praça Otávio Rocha,
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Na administração de Otávio Rocha (1924-1928) são iniciadas intervenções urbanísticas com o objetivo de viabilizar a conexão da Avenida Cristóvão Colombo com a Praça XV de Novembro através da abertura da atual Avenida Alberto Bins (antiga São Rafael) e da Avenida Otávio Rocha (antigo Beco 24 de Maio). As obras, concluídas por Alberto Bins (1928-1937), resultaram em um largo de forma triangular no encontro entre as duas Avenidas.
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Em 1939, teve seu ângulo inferior modificado para receber o monumento de seu patrono, o Intendente Otávio Rocha.
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O projeto possui estilo eclético, com passeios pavimentados em pedra portuguesa trabalhada, tendo seu alinhamento definido por balaustrada de alvenaria, típica da urbanização do final do século XIX e início do XX. Na década de 1970 muitas praças sofrem reformulação como, por exemplo, a Conde de Porto Alegre, a Argentina, a General Osório (antiga Alto da Bronze) e a Padre Gregório de Nadal (antigo Jardim da Fernando Machado), entretanto, a Praça Otávio Rocha e a Praça Dom Feliciano, mantiveram suas características formais originais.
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Com sua implantação em forma de cunha, complementada pelo entorno composto por algumas edificações que datam da época de sua urbanização (o restante da volumetria se consolidou na década de 50), confere à paisagem urbana uma imagem incomum.
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Localizada em Área de Especial Interesse Cultural, conforme o PDDUA (Plano diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - L.C.N.º 434/ 99), integra os bens inventariados da cidade.
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21. Praça Padre Gregório de Nadal,
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Ao lado da Cúria Metropolitana na rua Fernando Machado
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Praça Pereira Parobé
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1895
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Década de 1940
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Década de 1950
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Como terminal de ônibus - década de 1990
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22. Praça Raul Pilla,
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Paralela a praça Argentina
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23. Praça Revolução Farroupilha,
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2006
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2008
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Obras de atualização em 2008
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Inauguração em 18.12.2009
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24. Praça Salvador Allende,
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A praça fica no triângulo em frente
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25. Praça XV de Novembro,
Antiga Praça Paraizo, Praça Conde D'Eu, é uma das mais antigas e tradicionais praças de Porto Alegre. O primeiro projeto de implantação do logradouro surgiu no início do século XIX, quando foi delimitado um largo com 1199 braças quadradas (5.755,20 m²), não urbanizado, à beira do Guaíba.

Em 06 de abril de 181, a chamado informalmente de Praça do Paraíso, teve a primeira referência oficial em Atas da Câmara Municipal, tornou-se, com o tempo, ponto de comércio ambulante, com quitandas, bancas de peixe entre outros.

Em 1820, João Batista Alves Porto, engenheiro encarregado do Plano da Vila e da obra da nova alfândega, solicita a transferência das quitandas e demais mercados da Praça da Alfândega para a Praça do Paraíso, destinada ao mercado do Peixe.

Por volta de 1829 foi designado como um dos locais de depósito de lixo da cidade.
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Praça Paraízo - 1875
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A construção do primeiro Mercado Público de Porto Alegre, inaugurado em 1844, marca a ocupação formal da praça, sendo que o lado da antiga Rua de Bragança (atual Marechal Floriano) foi aterrado ainda em 1843, e os demais em 1844. O entorno, que era caracterizado pelo lodaçal, recebeu obras de urbanização, incluindo o calçamento. Entretanto essas melhorias não alteraram significativamente suas condições, pois nas imediações havia alguns ranchos para parada de carretas.

Em 1869, seu nome foi alterado de Praça do Paraízo para Praça Conde D’Eu (esposo da Princesa Regente Isabel).

Após 1869, quando o primeiro Mercado foi demolido e transferido para o local atual, possibilitando sua urbanização.

Em 1870, o vereador José Antônio Rodrigues Ferreira apresentou uma proposta de ajardinamento e calçamento incluindo a construção de um chalé para venda de refrescos e um coreto para apresentações da Banda Municipal. Como o projeto não foi executado imediatamente a Praça foi usada por circos, sendo que o Circo Universal possuía um barracão de madeira até 1878.
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Famoso bonde "Chopp Duplo", década 1910
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Em 13 de junho de 1879 a Câmara aprovou orçamento para construção de um jardim arborizado, cercado com um gradil de ferro com quatro portões. A comissão formada para organizar as obras angariou cinco contos de réis.

Em 1880, os carreteiros são deslocados para a atual Praça Rui Barbosa e as árvores são plantadas.
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Década 1920
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Em 1881 o calçamento é ampliado e o projeto do primeiro chalé é aprovado. Em 1882 são instalados lampiões a gás e a Praça é inaugurada em 2 de dezembro. Dois anos após, foi colocado um "elegante chafariz Imperial" de ferro bronzeado que foi transferido da Praça da Alfândega, que atualmente encontra-se no Parque Farroupilha.

Em 1885 foi erguido o primeiro chalé para venda de sorvetes.

Em 11 de dezembro de 1889, sua denominação foi alterada para Praça XV de Novembro, em virtude da Proclamação da República do Brasil.
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Década 1960
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O antigo chalé foi substituído em 1911 pelo tradicional Chalé da Praça XV.

Em 1928, a praça sofreu redução de tamanho para possibilitar a ampliação das ruas laterais.

Em 1929 foi construído o primeiro abrigo coberto para bondes, no lado da rua Dr. José Montaury.

Ampliado em 1935, devido à mudança no tráfego das linhas e a qualificação do atendimento à população, atualmente possui uso comercial, basicamente composto por lanchonetes. Uma grande parte da Praça ainda é ocupada pelo comércio ambulante, reunido no chamado Camelódromo.
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Atual


Área Verdes da Cidade de Porto Alegre
Praças principais


Praça do Portão atual Praça Conde de Porto Alegre
Abriga o primeiro monumento de Porto Alegre, dedicada ao Conde de Porto Alegre, localizada junto ao antigo portão da cidade.
Localização: entre as ruas Dr. Flores e Rua Annes Dias.
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Praça Paraíso atual Praça XV de Novembro
Abriga o Chalé da Praça XV e o antigo terminal dos bondes.
Localização: entre o Mercado Público e a Rua José Montaury.
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Praça Senador Florêncio atual Praça da Alfândega
Abriga os monumentos Carta Testamento de Getúlio Vargas e a Estátua Eqüestre do General Osório. Nela acontece habitualmente a Feira de Artesanato e anualmente a Feira do Livro.
Localização: Entre a Rua dos Andradas e a Rua 7 de Setembro.
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Praça da Matriz atual Praça Marechal Deodoro:
Abriga o Monumento a Júlio de Castilhos e ao seu entorno encontram-se o Palácio do Governo, a Catedral Metropolitana, a Assembléia Legislativa, o Tribunal de Justiça e o Theatro São Pedro.
Localização: Rua Duque de Caxias.
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Praça Montevidéu:
Abriga a Prefeitura e a Fonte Talavera de La Reina.
Localização: Entre Av. Borges de Medeiros, Rua 7 de Setembro e Rua Uruguai.
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Praça Província de Shiga:
Construção de 1983, financiada pelo Governo Japonês, é o símbolo da amizade entre Porto Alegre e o Japão. Assemelha-se a um dos jardins de meditação comuns no Japão feudal do século XIV, com cascata, ponte e quiosque em madeira e flora, escultura e lanternas japonesas.
Localização: Entre as Avenidas Plínio Brasil Milano e Cristóvão Colombo, Higienópolis.
Funcionamento: Diariamente das 8:00h às 12:00h e das 14:00h às 18:00h.  
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Praça Rui Barbosa
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Bebedouro de cavalos
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Praça da Concórdia atual Praça Garibaldi
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Praça da Concórdia, junto ao Riacho (Arroio Dilúvio)
As ruas circundantes são: Rua da Imperatriz (Venâncio Aires), Rua da Concórdia (Érico Veríssimo, José do Patrocínio), Rua Lobo da Costa (Olavo Bilac).

Em 11 de junho de 1873, conforme Decreto nº 2.289, o total da grande área, conhecida como Potreiro da Várzea, foi adquirida pelo Município do Governo Imperial, por permuta.
Esta grande área ia até o Caminho da Azenha (Avenida João Pessoa).

Em 1874, foi loteado pela Câmara reservando o local da Praça, logradouro público ainda não urbanizado e, excessivamente entremeado por alagamento pelo Riacho (Arroio Dilúvio).

Havia solicitações sobre a construção de um mercado na Praça Concórdia.

Em 1903, o Intendente José Montaury iniciou o ajardinamento urbano para a realização da obra.

Nessa ocasião, foi iniciada escavação com o objetivo de canalizar os múltiplos alagamentos do Riacho, em direção a ponte que separava as Avenidas Venâncio Aires (Rua da Imperatriz) e Getulio Vargas (13 de maio) e, junto desta ponte, na Praça da Concórdia.
Foi então construído um pequeno mercado.
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Em 04 e julho de 1907, A PRAÇA CONCÓRDIA teve seu nome mudado para PRAÇA GARIBALDI, na administração do Intendente José Montaury, em homenagem ao centenário do político/militar GIUSEPPE GARIBALDI - herói de dois mundos: América e Europa.
Garibaldi (nascido em Nice/ França, na época, Itália) veio para o Rio de Janeiro em 1835 e, sabendo do Movimento Farroupilha desceu para Santa Catarina, ampliando os limites da República Riograndense.
Casou-se com Ana Ribeiro da Silva (Anita), depois lutou no Uruguai contra a Argentina.
Mais tarde voltou para Itália com Anita.
Em 1882, Garibaldi faleceu.

Em 1931, o Prefeito Alberto Bins reformou e ampliou a Praça (12,350m2) fazendo novas drenagens e aterros para evitar enchentes.

Na década de 1960 o Prefeito Célio Marques Fernandes realizou novas transformações principalmente, quanto ao leito do riacho e novo prédio para o mercado, que pouco durou, sendo demolido na execução do Projeto Renascença/Urbanização da Ilhota e abertura da Avenida Érico Veríssimo.

Nesta ocasião, a área da Praça foi reduzida, e muitas belas palmeiras removidas.

 Praça Itália
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Junto ao Shopping Praia de Belas
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Praça Maurício Cardoso

O Puma
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Praça Júlio de Castilhos
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Parques

Calçadão de Ipanema:
Inspirado na calçada do bairro carioca, possuí 1.200 m de praia de água doce, ciclovias, churrasqueiras, chuveiros, bancos e aparelhos de ginástica ao ar livre.
Localização: Av. Guaíba.
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Parque Chico Mendes:
Área de 25 ha, inaugurado em 1991, possui um bosque de eucaliptos e uma reserva ecológica.
Localização: Rua José Pereira de Borba esquina Rua Sargento Silvio Gelmar Hollembach - Bairro Jardim Leopoldina, Norte da Cidade.
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Parque Marinha do Brasil:
Área de 715 mil m², sobre área de aterro da orla do Guaíba, criado em 1978, homenageia à Marinha do Brasil. Liga o Centro da Cidade com a zona sul. Possui equipamentos esportivos, pistas para ciclismos, skate e patinação, campos de futebol, quadras de volei, tênis e basquete, além de outras áreas de lazer e recreação e um centro cívico para eventos militares.
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Década 1980
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Inicialmente, a área do atual Parque Marinha do Brasil (aterrada do Lago Guaíba) estava prevista para ter função residencial. Com esta idéia, foi criada, em 27/12/1963, a Av. Beira-Rio; todavia, outra lei, promulgada em 24/11/1967, mudou o destino da área, para a criação de um Parque, que veio a se chamar "Marinha do Brasil". Seu projeto, vencido em concurso, foi de autoria dos arquitetos Rogério Malinsky e Ivan Mizoguchi. A urbanização da área foi feita dentro do âmbito do projeto Renascença, que destinou, dentre outros, recursos para construção e reforma de diversas áreas no bairro Menino Deus e adjacências. O Parque, com 715 mil m2, foi inaugurado em 1978, tendo, como principais características, a quantidade e variedade de equipamentos esportivos disponíveis para uso público, inclusive inovadoras pistas de skate e patinação, que se tornaram "coqueluche" anos mais tarde em outras cidades do país. O Parque também possui um minizôo e um amplo passeio interno para caminhadas.
Localização: Av. Borges de Medeiros e Ipiranga, às margens do Guaíba, ao lado do Parque da Harmonia, Praia de Belas - Tel: 3231-0168.
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2000
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Parque Moinhos de Vento / Parcão:
Parque com área de 115 mil m², possui pista de patinação, quadras esportivas, pista de cooper, biblioteca infantil ecológica, lago e uma réplica de um moinho de vento açoriano. Situa-se numa das regiões mais nobres da Cidade.
O nome do Parque origina-se de um moinho de vento, que existia nas imediações da atual confluência da av. Independência com a rua Ramiro Barcelos. Anteriormente, constituía um hipódromo, que se tornou pequeno em meados do século passado, obrigando o Jockey Club a procurar outro local (no bairro Cristal); ocorreu, então, grande empenho da imprensa e da Câmara Municipal, por meio do jornalista Alberto André e dos vereadores Germano Petersen Filho e Marino dos Santos, para transformar o local em área verde pública. Em 10 de setembro de 1962, o prefeito Loureiro da Silva assinou o decreto de desapropriação. Em 09 de novembro de 1972, o Parque de 115 mil m2 foi inaugurado, com o nome de Parque Moinhos de Vento. O Parque está dividido em dois setores pela 2ª Avenida Perimetral (inaugurado conjuntamente com o Parque), tendo o primeiro predominância de equipamentos esportivos; e o segundo, mais utilizado para caminhadas, caracterizando-se pelas funções de recreação e lazer contemplativo.
Localização: Av. Goethe, Moinhos de Vento - Tel: 3346-8514.
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Parque Maurício Sirotsky / Parque da Harmonia:
Parque com área de 55 ha, inaugurado em 1982, com característica de parque temático, abriga uma réplica de estância gaúcha, a Estância da Harmonia, destinada à manutenção e prática da cultura tradicionalista, galpão crioulo, galpão fogo-de-chão, galpão de serviço, casa de zeladoria, três potreiros, hípica e churrascaria.
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Localização: Av. Perimetral, s/nº, entre as Av. Loureiro da Silva e Edvaldo Pereira Paiva, Praia de Belas, às margens do Guaíba.
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Acampamento Farroupilha
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Parque Mascarenhas de Moraes:
Parque com área de 35 ha, inaugurado em 1972, com características de região pantanosa, abriga diversas espécies da fauna e da flora.
Localização: Av. José Aloísio Filho, Humaitá, zona oeste da Cidade.
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Parque dos Açorianos:
Parque que abriga a Ponte de Pedra, o Monumento dos Açorianos, de 17 m de altura por 24 m de comprimento, e o Centro Administrativo do Estado do Rio Grande do Sul.
Localização: Centro.
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Parque da Redenção, atual Parque Farroupilha:
Parque com 37 ha arborizados e ajardinados, é o mais antigo e popular parque da Cidade e um dos maiores parques urbanos da América do Sul. Era um campo para descanso de viajantes e conservação de gado para abate no séc. XIX. Abriga 45 monumentos presenteados por vários países, entre eles a Fonte Luminosa, produzida em Nova Iorque, e o Monumento ao Expedicionário. Possuí um orquidário, o minizôo, aparelhos de ginástica e pista de atletismo. Abriga uma feira de artesanato, mercado de antiguidades e o Mercado Público do Bom Fim, com bares. Oferece área para ciclistas, playgrounds e pedalinhos num lago. É palco de diversos shows nos finais de semana.
Localização: Entre as Av. Osvaldo Aranha e João Pessoa, Farroupilha - Tel: 3286-4458.
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Parque Germania
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Reservas Biológicas
Áreas de Preservação

Zona Sul, início de século XX
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Reserva Biológica do Lami:
Área de preservação, com 179,78 ha, criada, em 1975, para preservar e oferecer subsídios à pesquisa.  Abriga algumas espécies animais, como capivaras, ratões do banhado, graxains e ouriços-cacheiros, lontra e jacaré-de-papo-amarelo.
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Parque Estadual Delta do Jacuí:
Área de preservação criada, em 1976, com área de 17.245 ha, abrangendo as terras dos Municípios de Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul e Triunfo. É um santuário ecológico que abrange a foz do Rio Jacuí e suas ilhas. Pode-se fazer passeio de barco pelo Parque.
Informações: Fundação Zoobotânica - Tel: 3336-3281.
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Jardim Botânico:
Área de preservação, com 43 ha, abriga diversas espécies vegetais. Possui, viveiro para aquisição de mudas, com acervo de cerca de 1.100 espécies diferentes e o Museu de Ciências Naturais.
Localização: Rua Salvador França, 1.427, Jardim Botânico - Tel: 3336-1511.
Funcionamento: 3ª feira a domingo das 8:00h às 17:00h.
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Reserva Particular de Patrimônio Natural da Reserva Jardim da Paz:
Área de preservação com 1,75 ha, criada em 2001.
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Reserva Particular de Patrimônio Natural da Costa do Cerro:
Área de preservação com 8 ha, criada em 2000, Estrada da Taquara, Lami.
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Parque Municipal Saint Hilaire:
Área de preservação com 1.180 ha, criada em 1947, dividido entre os municípios de Porto Alegre e Viamão. 
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Nascente
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Parque do Morro do Osso:

Área de preservação com 127 ha, possuí floresta típica da região, situada na zona sul de Porto Alegre.
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