de 1772 à 2000
Porto Alegre e seus dados e suas estórias
OS PRIMITIVOS HABITANTES
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Os grupos silvícolas que habitaram a região onde surgiria Porto Alegre pertenciam ao grande grupo indígena guarani.
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Ao sul, pelas margens do Guaybe haviam grupos da tribo guarani. Ao norte, pelas margens do Gravataí (atual Passo da Areia) localizavam-se os Tapi-mirim (moradores da pequena aldeia), adversários dos Tapi-guaçú (moradores da grande aldeia), residentes outra margem do Rio Gravataí.
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A LENDA DE OBIRICI
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Obiricí
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O filho do cacique dos Tupi-mirim freqüentemente fazia visitas à tribo Tupi-guaçu. Jovem e de boa aparência, conquistou o amor de duas cunhãs (moças) tipi-mirins. A bela Obirici, filha do cacique, e outra moça, filha de um índio simples. Para decidir com quem ficaria, o jovem tupi-mirim fez um torneio entre as duas: a que acertasse maior número de flechaços em um alvo seria sua eleita. Obirici perdeu, e vencida pela tristeza, passou a chorar. Suas lágrimas, inundaram a região, formando um riacho que correu pelas areias até o Rio Gravataí. Nasceu o Ibicuiretã ... ou Passo da Areia.
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Estátua de Obirici, na Volta do Guerino
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Hoje na região localiza-se o próspero bairro Passo da Areia, onde foi construído um viaduto que foi batizado como Viaduto Obirici, homenagem à bela índia tupi-mirim.
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O PRIMEIRO POVOADO
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No século XXVII o Rio Grande do Sul era grande produtor de gado. Por isso, vinham de São Paulo, tropeiros, em busca dessa riqueza. Em suas andanças pelo Rio Grande usavam certas localidades para seus pousos, que paulatinamente transformavam-se em povoados. Porto Alegre nasceu dessa forma.
Um tropeiro, chamado Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos, originário da Ilha da Madeira, casado com Lucrécia Leme Barbosa, instalou-se, por volta de 1732, nos Campos de Viamão, às margens da Lagoa de Viamão (Guaybe dos indígenas). Assim o fazendo, Jerônimo conquistou direitos sobre essas terras. Em 1939 requereu a posse das terras, recebendo a carta de sesmaria em 5 de novembro de 1740. Jerônimo trouxe, assim, para cá seus parentes e agregados, firmando uma comunidade de aproximadamente 100 almas, construindo sua casa no alto do Morro Santana.
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AS TRÊS SESMARIAS QUE DERAM ORIGEM A PORTO ALEGRE
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Em 1732 Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos estabeleceu-se no Porto de Viamão, no Morro Santana. Em 5 de novembro de 1740 Jerônimo obteve a legalidade de sua posse. A Sesmaria de Santana foi destinada à criação de gado, e tinha uma área aproximada de 14.000 hectares. A Sesmaria foi vendida mais tarde a Inácio Francisco de Melo, e desapropriada, em abril de 1769, pelo governador do Rio Grande, José Marcelino de Figueiredo, para a fundação da cidade de Porto Alegre.
A Sesmaria de São José pertenceu a Sebastião Francisco Chaves, que em maio de 1733 requereu os direitos sobre as terras situadas logo ao sul do Arroio Jacareí, recebendo a concessão em 30.3.1736. A sede da sesmaria era próximo ao local onde hoje se situa a Gruta da Glória. Tinha duas léguas da frente a fundos. Estão compreendidos nessa extensão os atuais bairros Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, Santana, Partenon, Santo Antônio, Medianeira, Glória, Teresópolis, Nonoai, Santa Teresa e Cristal.
Dionísio Rodrigues Mendes era o dono da Sesmaria de São Gonçalo, com sede no local onde se formou Belém Velho. Tinha duas léguas de frente a fundos, e correspondia aos atuais bairros da Vila Assunção, Vila Conceição, Pedra Redonda, Camaquã, Cavalhada, Tristeza, Ipanema (parte), Vila Nova e Belém Velho.
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A CHEGADA DOS AÇORIANOS
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Em 1745, devido à insistência do Brigadeiro José da Silva Paes, governador da Capitania de Santa Catarina, o Rei de Portugal autorizou a emigração dos primeiros casais oriundos das Ilhas dos Açores, naquela época com excesso de população. O Rio Grande do Sul, todavia, não foi beneficiado, pois aqui ainda ocorriam lutas entre lusos-brasileiros e espanhóis. Somente mais tarde, após a celebração do Tratado de Madrid, o Governo Metropolitano de Lisboa ordenou ao novo governador de Santa Catarina, Manoel Escudeiro de Souza, que enviasse ao povoado da Lagoa do Viamão alguns casais que estavam por chegar ao Brasil. Em vez disso, o Manoel Escudeiro mandou casais já radicados em Santa Catarina, no que foi censurado pelo rei.
Foi então que um grupo de açorianos deixou a Vila do Desterro (hoje Florianópolis) em meados de abril de 1751, chegando no porto do Rio Grande, expalhando-se pelo interior.
Somente um casal decidiu seguir até o Porto do Dorneles: Francisco Antônio da Silveira, o Chico da Azenha, que recebeu um lote de terras além do Arroio Dilúvio, construindo sua casa onde mais tarde seria construído o Cinema Castelo. Francisco também construiu uma azenha (moinho movido a água) para moagem do trigo (daí a origem do nome do bairro Azenha), no local onde está o Hospital Ernesto Dorneles, plantando toda a região, até a beira do morro onde atualmente se encontram os cemitérios.
No final de 1751 chegou ao Desterro novo grupo de açorianos. O Governador Manoel Escudeiro selecionou, então, sessenta casais, que com seus filhos formava um grupo de aproximadamente 300 pessoas, que no início do ano seguinte seguiram para o Rio Grande do Sul, na nau Nossa Senhora da Alminha. No final de janeiro desembarcavam todos no Porto do Dorneles indo instalar-se no Morro de Santana e adjacências.
O local, contudo, tinha pouca água. Em razão disso terminaram por se deslocar para as margens da Lagoa do Viamão, estabelecendo chácaras próximas ao povoado e estâncias um pouco mais longe.
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O PORTO DE SÃO FRANCISCO DOS CASAIS
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No início o Porto de Viamão constituía-se por um aglomerado de casas de palha ao longo de três ou quatro ruas, que tinham os nomes do principal morador ou do mais antigo. Entretanto, quando chegaram os casais açorianos passaram a construir olarias, surgindo então as primeiras casas de pedra, cobertas de telhas, que se foram localizando na Rua da Praia, próximo à atual ponta do Gasômetro, naquele tempo conhecida como Ponta de Pedra.
Começou a surgir a São Francisco dos Casais, com ruas e suas casinhas brancas com janelas e portas azuis.
O povoado localizava-se onde atualmente se encontram a Rua dos Andradas, a Washington Luiz, a Duque de Caxias e Riachuelo. Mais tarde surgiram chácaras ao longo da Estrada da Azenha, até a ponte de madeira construída por Chico da Azenha, ocupando um e o outro lado do atual Parque Farroupilha.
A primeira igrejinha do povoado foi construída onde atualmente está a Praça da Alfândega. Ali também ficava o porto.
Alguns casais instalaram suas casas nos altos da atual Avenida Independência, onde plantavam e moiam trigo. Os moinhos que construíram é que deram nome ao bairro Moinhos de Vento.
Na Praia de Belas, já no século XIX, estabeleceu-se com uma chácara Antônio Rodrigues de Belas, que deu nome ao lugar.
O Guaíba, então, ia até a Praça da Alfândega (hoje Senador Florêncio). Sua margem prosseguia por onde passa atualmente a Rua Siqueira Campos, prosseguindo até o Navegantes junto a Rua Voluntários da Pátria (antigo Caminho Novo).
Nos atuais bairros do Partenon, Medianeira, Glória, até Itapuã haviam estâncias, de onde vinha a carne e o leite para o povoado.
Assim, o primitivo Porto do Viamão deu lugar ao povoado do Porto do Dorneles, ao qual seguiu-se a Freguesia do Porto de São Francisco dos Casais.
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A NOVA CAPITAL
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Quando José Marcelino de Figueiredo tomou posse da Comandância da Capitania de São Pedro do Sul, em 23 de abril de 1769, não lhe agradou do local onde estava a capital. Foi então visitar o Porto dos Casais. Desde então passou a trabalhar para que ali se instalasse a capital. Em 1771 foi autorizado pelo então Vice-Rei para preparar a localidade para sediar a capital.
José Marcelino então determinou que seu substituto, o Ten. Cel. Antônio da Veiga de Andrada passasse a tratar da urbanização do Porto dos Casais. O Cap. Eng. Alexandre José Montanha ficou encarregado dessa tarefa.
Foi preciso desapropriar as terras de Inácio Francisco, localizadas na colina, o melhor ponto para a construção da Igreja Matriz, do Palácio e da casa da Real Fazenda. As obras passaram a ser realizadas, enquanto que José Marcelino, no Rio, procurava obter as leis necessárias à instalação da nova capital.
Finalmente foi assinada a Provisão Régia de 26 de março de 1772, desmembrando o Porto dos Casais de Viamão, criando a freguesia do Porto dos Casais e anexando Viamão à nova freguesia. No mesmo dia foi editada a Provisão Eclesiástica, sendo nomeado primeiro vigário da nova freguesia o padre José Gomes de Farias, que iniciou suas atividades no dia 29 de setembro do mesmo ano. Em 18 de janeiro de 1773 foi publicado o Edital Eclesiástico mudando o orago de São Francisco dos Casais para Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, que por alvará de 20 de outubro de 1795 passou a ser Paróquia Perpétua.
José Marcelino de Figueiredo renomeado em 5 de abril de 1773, retornou do Rio, realizando detalhada inspeção nas obras de transferência da capital, transferindo sua residência para o Porto dos Casais, no dia 25 de julho de 1773, data em que a localidade transformou-se em capital da província.
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A CRIAÇÃO DA VILA DE PORTO ALEGRE
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Porto Alegre transformou-se em capital da capitania quando ainda era mera freguesia. Isso perdurou até 1808. Foi o Governador Paulo José da Silva Gama quem, através de cartas dirigidas à Coroa, obteve uma Carta Régia, datada de 19 de agosto de 1806, autorizando-o a regulamentar as quatro vilas que integrariam a capitania: Rio Grande, Vila Príncipe (Rio Pardo), Vila Anádia (Santo Antônio de Patrulha) e Porto Alegre. Entretanto, antes da criação das quatro vilas, O Príncipe D. João elevou a capital da capitania à categoria de vila, pelo Alvará de 23 de agosto de 1808. Todavia, a instalação da nova vila só ocorreu em 11 de dezembro de 1810, quando a Câmara Municipal lavrou o “Auto de Criação desta Vila de Porto Alegre”. E no dia 13 do mesmo mês foi lavrado o “auto de Demarcação e Declaração dos limites que ficam pertencendo a esta Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre”.
No ato de instalação da vila, levantou-se um pelorinho. Tosco, de pedra bruta, não tinha mais do que um metro e meio. Ignora-se onde foi localizado.
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ORIGEM DO NOME PORTO ALEGRE
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Nossa cidade teve diversos nomes: Primeiramente, Porto do Viamão, depois Porto do Dorneles, em seguida Porto de São Francisco dos Casais, ou Porto dos Casais, e, ao ser criada a Freguesia, Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre.
Não se sabe ao certo como surgiu a expressão Porto Alegre na denominação da freguesia, de onde, por certo, veio o nome de nossa cidade.
Segundo o historiador Walter Spalding, Porto dos Casais passou a se denominar Porto Alegre “por inspiração patriótica portuguesa, e religiosa” escolhidos por D. Frei Antônio do Desterro, que assinou o ato de criação da Freguesia.
Na época, a cidade de Portoalegre, localizada no Alto Alantejo, em Portugal, se notabilizara pela luta entre portugueses e espanhóis pelas fronteiras dos dois países. Por isso teria seu nome sido lembrado para a nova freguesia.
Há historiadores que afirmam, entretanto, que a origem do nome está na bela localização à margem do Guaíba e no encantamento dos morros que cercam a cidade.
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PORTO ALEGRE SE TORNA CIDADE
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Pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1822, o Imperador D. Pedro I elevou a Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre à categoria de cidade.
Apesar da importância do evento para a cidade não houve qualquer solenidade, como também não foi lavrada nenhuma ata de elevação da vila à categoria de cidade.
Nessa época Porto Alegre ainda era uma vila colonial, com cerca de 12.000 habitantes. Ainda existiam os muros da cidade, mandados construir por José Marcelino de Figueiredo, para defesa contra as incursões espanholas. Já o portão colonial, localizado onde atualmente situa-se o Viaduto José Loureiro da Silva encontrava-se parcialmente destruído. Além dos muros, chácaras, pelas estradas da Azenha, da Aldeia, Praia de Belas e Moinhos de Vento. A vida social se resumia a bailes e teatro amador.
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A REVOLUÇÃO FARROUPILHA EM PORTO ALEGRE
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Na madrugada de 20 de setembro de 1835 travou-se o primeiro combate, na Ponte do Chico da Azenha. A resistência dos legalistas todavia foi de pouca monta. Assim, no dia seguinte os farrapos entravam na cidade, chefiados pelos coronéis José Gomes de Vasconcelos Jardim e Onofre Pires da Silveira.
Ao se aproximarem da entrada da cidade, os insurrentos tiveram uma surpresa: O 8º BC a eles se uniu em lugar de combatê-los. Com isso, o Presidente Rodrigues Braga e todos os seus auxiliares, entre os quais o Comandante de Armas e o Chefe de Polícia, meteram-se em debandada, seguindo para o Rio de Janeiro.
No dia 25 de setembro de 1835 entrou solenemente em Porto Alegre o General Bento Gonçalves da Silva, sendo então empossado o novo presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, que foi empossado pela Câmara Municipal e a Assembléia Provincial Legislativa. Somente em 15 de junho de 1836 a cidade foi definitivamente retomada pelos legalistas.
No período da invasão ocorreu uma insurreição de escravos, que passaram a fugir de seus donos para incorporar-se a unidades militares negras criadas pelos farroupilhas, que prometiam liberdade em troca do serviço militar.
Pequena História de Porto Alegre, de Walter Spalding.
Porto Alegre, A Cidade e sua Formação, de Clóvis Silveira de Oliveira
Porto Alegre e seus dados e suas estórias
OS PRIMITIVOS HABITANTES
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Os grupos silvícolas que habitaram a região onde surgiria Porto Alegre pertenciam ao grande grupo indígena guarani.
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Ao sul, pelas margens do Guaybe haviam grupos da tribo guarani. Ao norte, pelas margens do Gravataí (atual Passo da Areia) localizavam-se os Tapi-mirim (moradores da pequena aldeia), adversários dos Tapi-guaçú (moradores da grande aldeia), residentes outra margem do Rio Gravataí.
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A LENDA DE OBIRICI
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Obiricí
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O filho do cacique dos Tupi-mirim freqüentemente fazia visitas à tribo Tupi-guaçu. Jovem e de boa aparência, conquistou o amor de duas cunhãs (moças) tipi-mirins. A bela Obirici, filha do cacique, e outra moça, filha de um índio simples. Para decidir com quem ficaria, o jovem tupi-mirim fez um torneio entre as duas: a que acertasse maior número de flechaços em um alvo seria sua eleita. Obirici perdeu, e vencida pela tristeza, passou a chorar. Suas lágrimas, inundaram a região, formando um riacho que correu pelas areias até o Rio Gravataí. Nasceu o Ibicuiretã ... ou Passo da Areia.
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Estátua de Obirici, na Volta do Guerino
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Hoje na região localiza-se o próspero bairro Passo da Areia, onde foi construído um viaduto que foi batizado como Viaduto Obirici, homenagem à bela índia tupi-mirim.
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O PRIMEIRO POVOADO
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No século XXVII o Rio Grande do Sul era grande produtor de gado. Por isso, vinham de São Paulo, tropeiros, em busca dessa riqueza. Em suas andanças pelo Rio Grande usavam certas localidades para seus pousos, que paulatinamente transformavam-se em povoados. Porto Alegre nasceu dessa forma.
Um tropeiro, chamado Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos, originário da Ilha da Madeira, casado com Lucrécia Leme Barbosa, instalou-se, por volta de 1732, nos Campos de Viamão, às margens da Lagoa de Viamão (Guaybe dos indígenas). Assim o fazendo, Jerônimo conquistou direitos sobre essas terras. Em 1939 requereu a posse das terras, recebendo a carta de sesmaria em 5 de novembro de 1740. Jerônimo trouxe, assim, para cá seus parentes e agregados, firmando uma comunidade de aproximadamente 100 almas, construindo sua casa no alto do Morro Santana.
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AS TRÊS SESMARIAS QUE DERAM ORIGEM A PORTO ALEGRE
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Em 1732 Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos estabeleceu-se no Porto de Viamão, no Morro Santana. Em 5 de novembro de 1740 Jerônimo obteve a legalidade de sua posse. A Sesmaria de Santana foi destinada à criação de gado, e tinha uma área aproximada de 14.000 hectares. A Sesmaria foi vendida mais tarde a Inácio Francisco de Melo, e desapropriada, em abril de 1769, pelo governador do Rio Grande, José Marcelino de Figueiredo, para a fundação da cidade de Porto Alegre.
A Sesmaria de São José pertenceu a Sebastião Francisco Chaves, que em maio de 1733 requereu os direitos sobre as terras situadas logo ao sul do Arroio Jacareí, recebendo a concessão em 30.3.1736. A sede da sesmaria era próximo ao local onde hoje se situa a Gruta da Glória. Tinha duas léguas da frente a fundos. Estão compreendidos nessa extensão os atuais bairros Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, Santana, Partenon, Santo Antônio, Medianeira, Glória, Teresópolis, Nonoai, Santa Teresa e Cristal.
Dionísio Rodrigues Mendes era o dono da Sesmaria de São Gonçalo, com sede no local onde se formou Belém Velho. Tinha duas léguas de frente a fundos, e correspondia aos atuais bairros da Vila Assunção, Vila Conceição, Pedra Redonda, Camaquã, Cavalhada, Tristeza, Ipanema (parte), Vila Nova e Belém Velho.
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A CHEGADA DOS AÇORIANOS
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Em 1745, devido à insistência do Brigadeiro José da Silva Paes, governador da Capitania de Santa Catarina, o Rei de Portugal autorizou a emigração dos primeiros casais oriundos das Ilhas dos Açores, naquela época com excesso de população. O Rio Grande do Sul, todavia, não foi beneficiado, pois aqui ainda ocorriam lutas entre lusos-brasileiros e espanhóis. Somente mais tarde, após a celebração do Tratado de Madrid, o Governo Metropolitano de Lisboa ordenou ao novo governador de Santa Catarina, Manoel Escudeiro de Souza, que enviasse ao povoado da Lagoa do Viamão alguns casais que estavam por chegar ao Brasil. Em vez disso, o Manoel Escudeiro mandou casais já radicados em Santa Catarina, no que foi censurado pelo rei.
Foi então que um grupo de açorianos deixou a Vila do Desterro (hoje Florianópolis) em meados de abril de 1751, chegando no porto do Rio Grande, expalhando-se pelo interior.
Somente um casal decidiu seguir até o Porto do Dorneles: Francisco Antônio da Silveira, o Chico da Azenha, que recebeu um lote de terras além do Arroio Dilúvio, construindo sua casa onde mais tarde seria construído o Cinema Castelo. Francisco também construiu uma azenha (moinho movido a água) para moagem do trigo (daí a origem do nome do bairro Azenha), no local onde está o Hospital Ernesto Dorneles, plantando toda a região, até a beira do morro onde atualmente se encontram os cemitérios.
No final de 1751 chegou ao Desterro novo grupo de açorianos. O Governador Manoel Escudeiro selecionou, então, sessenta casais, que com seus filhos formava um grupo de aproximadamente 300 pessoas, que no início do ano seguinte seguiram para o Rio Grande do Sul, na nau Nossa Senhora da Alminha. No final de janeiro desembarcavam todos no Porto do Dorneles indo instalar-se no Morro de Santana e adjacências.
O local, contudo, tinha pouca água. Em razão disso terminaram por se deslocar para as margens da Lagoa do Viamão, estabelecendo chácaras próximas ao povoado e estâncias um pouco mais longe.
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O PORTO DE SÃO FRANCISCO DOS CASAIS
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No início o Porto de Viamão constituía-se por um aglomerado de casas de palha ao longo de três ou quatro ruas, que tinham os nomes do principal morador ou do mais antigo. Entretanto, quando chegaram os casais açorianos passaram a construir olarias, surgindo então as primeiras casas de pedra, cobertas de telhas, que se foram localizando na Rua da Praia, próximo à atual ponta do Gasômetro, naquele tempo conhecida como Ponta de Pedra.
Começou a surgir a São Francisco dos Casais, com ruas e suas casinhas brancas com janelas e portas azuis.
O povoado localizava-se onde atualmente se encontram a Rua dos Andradas, a Washington Luiz, a Duque de Caxias e Riachuelo. Mais tarde surgiram chácaras ao longo da Estrada da Azenha, até a ponte de madeira construída por Chico da Azenha, ocupando um e o outro lado do atual Parque Farroupilha.
A primeira igrejinha do povoado foi construída onde atualmente está a Praça da Alfândega. Ali também ficava o porto.
Alguns casais instalaram suas casas nos altos da atual Avenida Independência, onde plantavam e moiam trigo. Os moinhos que construíram é que deram nome ao bairro Moinhos de Vento.
Na Praia de Belas, já no século XIX, estabeleceu-se com uma chácara Antônio Rodrigues de Belas, que deu nome ao lugar.
O Guaíba, então, ia até a Praça da Alfândega (hoje Senador Florêncio). Sua margem prosseguia por onde passa atualmente a Rua Siqueira Campos, prosseguindo até o Navegantes junto a Rua Voluntários da Pátria (antigo Caminho Novo).
Nos atuais bairros do Partenon, Medianeira, Glória, até Itapuã haviam estâncias, de onde vinha a carne e o leite para o povoado.
Assim, o primitivo Porto do Viamão deu lugar ao povoado do Porto do Dorneles, ao qual seguiu-se a Freguesia do Porto de São Francisco dos Casais.
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A NOVA CAPITAL
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Quando José Marcelino de Figueiredo tomou posse da Comandância da Capitania de São Pedro do Sul, em 23 de abril de 1769, não lhe agradou do local onde estava a capital. Foi então visitar o Porto dos Casais. Desde então passou a trabalhar para que ali se instalasse a capital. Em 1771 foi autorizado pelo então Vice-Rei para preparar a localidade para sediar a capital.
José Marcelino então determinou que seu substituto, o Ten. Cel. Antônio da Veiga de Andrada passasse a tratar da urbanização do Porto dos Casais. O Cap. Eng. Alexandre José Montanha ficou encarregado dessa tarefa.
Foi preciso desapropriar as terras de Inácio Francisco, localizadas na colina, o melhor ponto para a construção da Igreja Matriz, do Palácio e da casa da Real Fazenda. As obras passaram a ser realizadas, enquanto que José Marcelino, no Rio, procurava obter as leis necessárias à instalação da nova capital.
Finalmente foi assinada a Provisão Régia de 26 de março de 1772, desmembrando o Porto dos Casais de Viamão, criando a freguesia do Porto dos Casais e anexando Viamão à nova freguesia. No mesmo dia foi editada a Provisão Eclesiástica, sendo nomeado primeiro vigário da nova freguesia o padre José Gomes de Farias, que iniciou suas atividades no dia 29 de setembro do mesmo ano. Em 18 de janeiro de 1773 foi publicado o Edital Eclesiástico mudando o orago de São Francisco dos Casais para Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, que por alvará de 20 de outubro de 1795 passou a ser Paróquia Perpétua.
José Marcelino de Figueiredo renomeado em 5 de abril de 1773, retornou do Rio, realizando detalhada inspeção nas obras de transferência da capital, transferindo sua residência para o Porto dos Casais, no dia 25 de julho de 1773, data em que a localidade transformou-se em capital da província.
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A CRIAÇÃO DA VILA DE PORTO ALEGRE
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Porto Alegre transformou-se em capital da capitania quando ainda era mera freguesia. Isso perdurou até 1808. Foi o Governador Paulo José da Silva Gama quem, através de cartas dirigidas à Coroa, obteve uma Carta Régia, datada de 19 de agosto de 1806, autorizando-o a regulamentar as quatro vilas que integrariam a capitania: Rio Grande, Vila Príncipe (Rio Pardo), Vila Anádia (Santo Antônio de Patrulha) e Porto Alegre. Entretanto, antes da criação das quatro vilas, O Príncipe D. João elevou a capital da capitania à categoria de vila, pelo Alvará de 23 de agosto de 1808. Todavia, a instalação da nova vila só ocorreu em 11 de dezembro de 1810, quando a Câmara Municipal lavrou o “Auto de Criação desta Vila de Porto Alegre”. E no dia 13 do mesmo mês foi lavrado o “auto de Demarcação e Declaração dos limites que ficam pertencendo a esta Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre”.
No ato de instalação da vila, levantou-se um pelorinho. Tosco, de pedra bruta, não tinha mais do que um metro e meio. Ignora-se onde foi localizado.
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ORIGEM DO NOME PORTO ALEGRE
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Nossa cidade teve diversos nomes: Primeiramente, Porto do Viamão, depois Porto do Dorneles, em seguida Porto de São Francisco dos Casais, ou Porto dos Casais, e, ao ser criada a Freguesia, Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre.
Não se sabe ao certo como surgiu a expressão Porto Alegre na denominação da freguesia, de onde, por certo, veio o nome de nossa cidade.
Segundo o historiador Walter Spalding, Porto dos Casais passou a se denominar Porto Alegre “por inspiração patriótica portuguesa, e religiosa” escolhidos por D. Frei Antônio do Desterro, que assinou o ato de criação da Freguesia.
Na época, a cidade de Portoalegre, localizada no Alto Alantejo, em Portugal, se notabilizara pela luta entre portugueses e espanhóis pelas fronteiras dos dois países. Por isso teria seu nome sido lembrado para a nova freguesia.
Há historiadores que afirmam, entretanto, que a origem do nome está na bela localização à margem do Guaíba e no encantamento dos morros que cercam a cidade.
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PORTO ALEGRE SE TORNA CIDADE
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Pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1822, o Imperador D. Pedro I elevou a Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre à categoria de cidade.
Apesar da importância do evento para a cidade não houve qualquer solenidade, como também não foi lavrada nenhuma ata de elevação da vila à categoria de cidade.
Nessa época Porto Alegre ainda era uma vila colonial, com cerca de 12.000 habitantes. Ainda existiam os muros da cidade, mandados construir por José Marcelino de Figueiredo, para defesa contra as incursões espanholas. Já o portão colonial, localizado onde atualmente situa-se o Viaduto José Loureiro da Silva encontrava-se parcialmente destruído. Além dos muros, chácaras, pelas estradas da Azenha, da Aldeia, Praia de Belas e Moinhos de Vento. A vida social se resumia a bailes e teatro amador.
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A REVOLUÇÃO FARROUPILHA EM PORTO ALEGRE
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Na madrugada de 20 de setembro de 1835 travou-se o primeiro combate, na Ponte do Chico da Azenha. A resistência dos legalistas todavia foi de pouca monta. Assim, no dia seguinte os farrapos entravam na cidade, chefiados pelos coronéis José Gomes de Vasconcelos Jardim e Onofre Pires da Silveira.
Ao se aproximarem da entrada da cidade, os insurrentos tiveram uma surpresa: O 8º BC a eles se uniu em lugar de combatê-los. Com isso, o Presidente Rodrigues Braga e todos os seus auxiliares, entre os quais o Comandante de Armas e o Chefe de Polícia, meteram-se em debandada, seguindo para o Rio de Janeiro.
No dia 25 de setembro de 1835 entrou solenemente em Porto Alegre o General Bento Gonçalves da Silva, sendo então empossado o novo presidente, Dr. Marciano Pereira Ribeiro, que foi empossado pela Câmara Municipal e a Assembléia Provincial Legislativa. Somente em 15 de junho de 1836 a cidade foi definitivamente retomada pelos legalistas.
No período da invasão ocorreu uma insurreição de escravos, que passaram a fugir de seus donos para incorporar-se a unidades militares negras criadas pelos farroupilhas, que prometiam liberdade em troca do serviço militar.
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Este trabalho foi feito com base nas seguintes fontes bibliográficas:Pequena História de Porto Alegre, de Walter Spalding.
Porto Alegre, A Cidade e sua Formação, de Clóvis Silveira de Oliveira
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Porto Alegre em 2009 - Dados
Porto Alegre / Rio Grande do Sul
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Município de Porto Alegre
"A Capital dos Gaúchos"
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"Mui Leal e Valerosa"
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Brasão Bandeira
O Brasão
A Cruz de Cristo - Recorda a origem cristã e portuguesa da nossa gente, foi usada na época dos descobrimentos.
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O Portão Colonial - Era o marco da entrada da cidade. Ele existiu em Porto Alegre, foi construído em 1773 quando José Marcelino de Figueiredo transportou a capital da Capitania de São Pedro. Relembra a organização da cidade, pois era fechado às 22 horas, separando o centro da cidade dos arrabaldes.
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A vida da cidade passou a acontecer a partir do Largo do Portão, em suas imediações construiu-se a Santa Casa de Misericórdia, e a Praça do Portão passou a denominar-se em 1873 Praça General Marques e, em 1912, Praça Conde do Porto Alegre. O Portão Colonial também relembra a instalação do Clero, do Senado, da Câmara e da Justiça.
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Sustentado por um paliçal e assentado sobre um filete de outro que representa o solo rico da cidade, pois todo o terreno era plantado, agricultado e repleto de granito do qual saiu a maioria dos pedestais que sustentam os monumentos de Porto Alegre.
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A Caravela - Recorda a Nau da Nossa Senhora da Alminha que, segundo a tradição, trouxe à região do então Porto dos Dornelles ou Viamão, os casais de açorianos que inauguram em 1751 o povoamento oficial do lugar, hoje Porto Alegre.
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A Coroa Mural de Ouro - A Coroa Mural de Ouro, de cinco torres, significa cidade grande, cidade cabeça, capital. Na família, o homem é o cabeça do lar, segundo a Bíblia o homem é a cabeça do casal e a mulher é o coração. Assim, também, em um Estado, a capital é a cidade cabeça.
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O Listel de Gole - Carregado das letras de prata, recorda o heroísmo da nossa gente nas lutas políticas e sociais.
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O Conjunto de Esmaltes e Metais - Relembra as cores das bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul. O ouro é o símbolo de fidelidade. O azul é o céu sereno do Rio Grande do Sul. O verde, as águas mansas do Guaíba e também as campinas verdejantes do sagrado solo gaúcho. O vermelho significa a fé e o amor. A prata, a seriedade e o caráter nobre e altivo de nossa gente.
***
A Frase - A frase "leal e valerosa cidade de Porto Alegre" é o título nobiliárquico que Dom Pedro II, em 1841, outorgou à Porto Alegre pela sua constância e difelidade ao trono, diante a Revolução Farroupilha de 1835 à 1845.
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Hino Aniversário 26 de março
Fundação 1772
Gentílico porto-alegrense
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Lema: "Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre"
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Prefeito: José Fogaça (PMDB)
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Localização: 30° 01' 58" S 51° 13' 48" O
Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre
Microrregião Porto Alegre
Região metropolitana Região Metropolitana de Porto Alegre
Municípios limítrofes Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Nova Santa Rita, Triunfo e Viamão.
Distância até a capital 2.027 quilômetros
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Características Geográficas: Área 496,827 km²
População 1.420.667 hab. est. IBGE/2007
Densidade 2.859,5 hab./km²
Altitude 10 metros
Clima subtropical Cfa
Fuso horário UTC-3
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Indicadores: IDH 0,865 elevado PNUD/2000
PIB R$ 27.977.351 mil (BR: 6º) IBGE/2005
PIB per capita R$ 19.582,00 IBGE/2005
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Outras informações Ficha técnica Região Sul
Padroeira: Nossa Senhora Mãe de Deus
Gini 0,5
Vereadores 36
Porto Alegre é a capital do estado do Rio Grande do Sul. Pertence à mesorregião metropolitana de Porto Alegre e à microrregião de Porto Alegre. É localizada junto ao Guaíba, no extremo sul do país, a 2.027 quilômetros de Brasília.
A cidade constituiu-se a partir da chegada de casais açorianos portugueses na primeira metade do século XVIII. No século XIX contou com o influxo de muitos imigrantes alemães e italianos (também recebeu imigrantes árabes e poloneses).
O feriado de Porto Alegre é o dia 2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes, festa religiosa mais popular da cidade. É uma das capitais estaduais no Brasil onde o índice de desenvolvimento humano é o mais elevado.
É a maior região metropolitana do sul do país, e a quarta do Brasil, com 3.959.807 habitantes (IBGE/2007). Na capital gaúcha residem atualmente (2007) 1,42 milhão de pessoas, sendo a décima cidade mais populosa do Brasil de acordo com dados do IBGE.
Possui uma arquitetura moderna, e cresceu muito nas últimas décadas em função da grande afluência de pessoas à capital, transformando-se numa cidade superpovoada e um dos maiores centros urbanos do país.
É a segunda capital brasileira com menor taxa de analfabetos no país (3,45%) , e onde a venda de livros é a maior entre as capitais.
A longevidade na cidade é de 70,3 anos para os homens e de 78,6 anos para as mulheres, com uma média de 74,0.
O índice de mortalidade infantil (mortes/mil nascimentos) é de 3,87.
O IDH de Porto Alegre é de 0,865 , 9ª melhor qualidade de vida do país.
Foi eleita em 2004 pela consultoria inglesa Jones Lang LaSalle uma das 24 cidades com maior potencial para atrair investimentos no mundo, e a única representante brasileira.
Em 2001, foi a cidade sede da primeira edição Fórum Social Mundial, evento agora itinerante, que enfoca as questões sociais do mundo atual sob a perspectiva da esquerda política. Foi sede deste evento também em 2002, 2003 e 2005.
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HistóriaO primeiro nome dado à atual Porto Alegre foi o de Porto da Viamão, no século XVIII. Como ainda não existia um centro urbano, os estancieiros da região aproveitavam o Guaíba como meio de comunicação com Rio Grande e Rio Pardo. A região, na época conhecida como campos de Viamão, era um distrito de Laguna (em Santa Catarina).
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O porto, assim, era conhecido como Porto de Viamão.Em 1740, a área foi concedida como sesmaria a Jerônimo de Ornelas, português nascido na ilha da Madeira e que estava instalado ali desde 1732. Em decorrência, o porto passou a ser chamado de "Porto do Dorneles". De acordo com o historiador Walter Spalding, o porto propriamente dito ficava na foz de um pequeno riacho, onde atualmente está localizada a Ponte de Pedra do Largo dos Açorianos.
Nessa mesma época, o governo português incentivou a vinda de casais açorianos à região, com o intuito de resolver dois problemas: o primeiro era o superpovoamento das ilhas dos Açores, e o segundo era assentar a dominação portuguesa no sul do Brasil, região ameaçada pelas colônias espanholas do sul e oeste do continente sul-americano. Assim, em 1752 chegou a primeira leva de casais açorianos, que se instalaram no então Porto de Dorneles e serviram de ponto de apoio aos novos casais imigrantes que chegavam para se instalar em outras regiões do Rio Grande do Sul. Com essa leva de casais, o porto passou a ser conhecido como o "Porto dos Casais".
Em 1763, com a invasão espanhola da cidade de Rio Grande, então capital do Estado, a sede do governo acabou por ser transferida para Viamão, cidade adjacente ao Porto dos Casais. Com o desenvolvimento do porto e sua posição estratégica à beira do rio Guaíba, o governador da época, José Marcelino de Figueiredo, resolveu transferir a capital de Viamão para Porto dos Casais em 1773, trocando nessa ocasião o nome para Porto Alegre. A antiga colônia açoriana, além de centro administrativo, virou área militar. Paliçadas de madeira foram construídas em torno da cidade, no lado oposto ao rio, nas proximidades do Hospital da Santa Casa (construído em 1803 e ainda em atividade atualmente). As estreitas ruas da Porto Alegre colonial foram projetadas como um labirinto, possuindo nítido caráter defensivo.
O príncipe Dom João elevou a capital da capitania à categoria de vila, e o decreto oficial ocorreu em 11 de dezembro de 1810, quando a Câmara Municipal lavrou o "auto de criação da Vila de Porto Alegre". E no dia 13 do mesmo mês foi lavrado o "auto de demarcação e declaração dos limites que ficaram pertencendo a Vila de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre".
Pela Carta de Lei, de 14 de novembro de 1821, o imperador D. Pedro I elevou Porto Alegre à categoria de cidade. Nessa época a população era de doze mil habitantes.
Antigo mercado públicoEm 1835 inicia-se no Rio Grande do Sul uma das maiores guerras já travadas em território brasileiro, a Revolução Farroupilha. Mesmo fortificada, Porto Alegre foi invadida, sendo retomada no ano seguinte pelos Imperiais. A partir de então, a cidade sofreria três intermináveis cercos até o ano de 1838. Foi a resistência a esses cercos que fez D. Pedro II dar à cidade o título de "Mui Leal e Valerosa".
A guerra não impediu que fosse construído o primeiro Mercado Público, organizando o comércio nas áreas centrais. Apesar do inchaço populacional daqueles tempos, a malha urbana só voltaria a crescer em 1845, após o fim da revolução e da derrubada das muralhas que cercavam a cidade. A partir de então, chegaram à cidade os primeiros imigrantes alemães e italianos, instalando restaurantes, pensões, pequenas manufaturas, olarias, alambiques e diversos estabelecimentos comerciais.
No período de 1865 a 1870, a Guerra do Paraguai transforma a capital gaúcha na cidade mais próxima do teatro de operações. A cidade recebe dinheiro do governo central, além de serviço telegráfico, novos estaleiros, quartéis, melhorias na área portuária, além da construção do primeiro andar do novo Mercado Público. Em 1872, as primeiras linhas de bonde entram em circulação na cidade.
Em 1884 decreta a libertação de seus escravos, quatro anos antes da Lei Áurea. No fim do século XIX e início do século XX, período em que a cidade já contava com cerca de setenta mil habitantes, intensas obras de melhoria são realizadas, como instalação de eletricidade, rede de esgotos, transporte elétrico, água encanada, hospitais, ambulância, telefonia e indústrias. Também foram instaladas as primeiras instituições de ensino superior do estado: as faculdades de Farmácia e Química em 1895, de Engenharia em 1896, de Medicina em 1898 e de Direito em 1900. Elas deram origem à atual UFRGS.
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GeografiaA maior parte da cidade de Porto Alegre é cercada por prédios.
A área do município de Porto Alegre é de 470,25 km² (Censo IBGE/2000). Destes, 44,45 km² estão distribuídos nas 16 ilhas do Guaíba sob jurisdição do município. Atualmente a cidade conta com 78 bairros.
Possui um relevo montanhoso na região mais ao sul, apresentando morros, sendo o mais alto deles o Morro Santana, com 311 metros de elevação acima do nível do mar.
A cidade ainda possui 70 km de margens banhadas pelo Guaíba.
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BairrosO primeiro bairro criado em Porto Alegre foi o Medianeira, através da Lei Municipal nº 1762, de 23 de julho de 1957. Somente a partir deste ano as demais áreas da cidade passaram a ter denominações próprias pois, até então, a divisão era feita por "distritos". A primeira referência encontrada, neste sentido, data de 1º de dezembro de 1892 quando, pelo Ato n° 07, assinado pelo Intendente João Luiz de Faria, o município foi dividido em oito distritos, e estes subdivididos em "comissariados".
Pela Lei Municipal n° 36, de 31 de agosto de 1925, foi autorizado o desmembramento do 8° e do 9° distritos. Em 1927, através do Decreto 115, houve uma retificação nos limites do Município e a divisão do território passou a ser feita por zonas (urbana, suburbana e rural) e distritos, além de ser criada uma subdivisão por seções.
Os distritos criados eram nove, subdivididos em até quatro seções cada um. Em 1940, através do Decreto-lei n° 25, foram delimitadas, novamente, as três zonas e os distritos. No texto do decreto são mencionados apenas três distritos (Distrito da Cidade, Distrito de Belém Novo e Distrito da Pintada). Este tipo de divisão foi mantido até quase o final da década de 1950, quando começaram a ser criados os bairros.
A primeira lei surgiu em 1957 e, posteriormente, em 1959, através da Lei 2022, além da delimitação do Centro, foram criados outros 58 bairros.
Ainda existem algumas áreas do território sem denominação oficial (zona indefinida) e que são conhecidas por "apelidos", como é caso do Morro Santana, Passo das Pedras, Chapéu do Sol e Aberta dos Morros. Atualmente a cidade conta com 78 bairros oficiais.
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Os cinco mais populosos e suas respectivas áreas, segundo dados do Censo do IBGE de 2000, são:Rubem Berta: 78 624 moradores - 8,51 km²
Sarandi: 60 403 moradores - 9,44 km²
Restinga: 50 020 moradores - 21,49 km²
Partenon: 47 460 moradores - 5,70 km²
Santa Tereza: 47 175 moradores - 4,54 km²
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ClimaO clima é temperado subtropical úmido, com verões quentes e invernos frios (para os padrões brasileiros) e chuvosos (tipo Cfa, segundo Köppen). É a segunda capital mais fria do país.
A temperatura média em janeiro é de 25°C, e em julho é de 14°C, com as temperaturas recordes de 40,7ºC em 1 de janeiro de 1943 e de -4,0°C em julho de 1918. A média anual é de aproximadamente 19,4°C e a neve é muito rara, tendo sido observada em 1879, 1910, 1984, 1994, 2000 e em 2006 . As geadas ocorrem algumas vezes durante o ano.
Não é incomum a presença de "veranicos", que fazem a temperatura subir para 30 graus por alguns dias em pleno inverno.
A média anual de chuva é de 1299 mm.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Maior temperatura °C 31 31 28 26 22 19 19 20 21 23 27 29
Menor temperatura °C 19 20 18 16 12 9 9 10 12 14 16 18
Fonte: BBC Weather
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Meio AmbientePorto Alegre é uma das capitais mais arborizadas do Brasil, foi a primeira cidade no Brasil a criar a Secretaria do Meio Ambiante.
Cada habitante da cidade tem direito a aproximadamente 17m² de área verde. Em 1976 foi criada em Porto Alegre a primeira Secretaria do Meio Ambiente do Brasil.
Existem programas de arborização e preservação das matas nativas. Muitas das avenidas são arborizadas com tipos específicos de árvores, como por exemplo as paineiras da avenida Icaraí e os guapuruvus na avenida Teresópolis. As floradas adicionam beleza cênica à cidade.
Também são freqüentes os ipês, as timbaúvas, os jacarandás e os plátanos.
As encostas dos morros são preservadas, mas enfrentam problemas com loteamentos clandestinos e invasões. A cidade conta com duas áreas de conservação ambiental: o Parque Estadual do Delta do Jacuí e a Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger.
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Problemas AmbientaisAs grandes áreas verdes de Porto Alegre ajudam a amenizar seus problemas ambientais, mas a cidade apresenta problemas com lixo e poluição, entre outros. De acordo com uma pesquisa feita pelo jornal Folha de São Paulo, o nível de poluição na cidade é o dobro acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde, sendo a segunda capital mais poluída do Brasil, atrás apenas de São Paulo.
Os alagamentos da avenida Goethe e regiões próximas se intensificaram com o aumento do asfaltamento da cidade, diminuindo a infiltração da água e aumentando o seu escoamento superficial. Para reverter esse problema de drenagem urbana, foi construído o Conduto Álvaro Chaves. Iniciado em maio de 2005, a obra teve seu término em 2008, diminuindo grandemente os alagamentos.
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Parques, Praias e outras áreas públicasPraia de Ipanema em Porto Alegre, com seu calçadão a beira rio.
Praia de Belem Novo, com suas praias e recantos.
Praia do Lami, balneário na zona sul rural de Porto Alegre.
Os parques mais freqüentados pelos porto-alegrenses são o Parque Moinhos de Vento (ou Parcão), o Parque Farroupilha (ou Redenção) e o Parque Marinha do Brasil. Destaca-se também a Praia de Ipanema, localizada na zona sul da cidade.
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Outras áreas públicas mais freqüentadas são:Estância da Harmonia
Largo Glênio Peres
Morro do Osso
Morro Santa Teresa
Praça da Alfândega
Praça da Matriz
Parque Chico Mendes
Parque Mascarenhas de Moraes
Parque Maurício Sirotski Sobrinho
Praça da Encol
Jardim Botânico de Porto Alegre
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Cidades VizinhasA região metropolitana de Porto Alegre conta com mais de 30 cidades. Entre elas as principais são: Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha e Viamão. Elas estão ligadas a Porto Alegre através da rodovia BR-116, do Trensurb, da BR-290 (a freeway), da avenida Assis Brasil e da avenida Castelo Branco, formando uma grande conurbação.
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Distâncias Rodoviárias
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de capitais brasileiras:Aracaju 3.296 Km
Belém 3.854 Km
Belo Horizonte 1.760 Km
Brasília 2.111 km
Campo Grande 1.413 Km
Cuiabá 2.137 Km
Curitiba 720 Km
Florianópolis 497 Km
Fortaleza 4.174 Km
Goiânia 1.855 Km
João Pessoa 3.908 Km
Maceió 3.568 Km
Natal 4.046 Km
Recife 3.781 Km
Porto Velho 3.598 Km
Rio de Janeiro 1.555 Km
Salvador 3.117 Km
São Luís 3.911 Km
São Paulo 1.134 Km
Vitória 2.020 Km
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de cidades do Mercosul: Montevidéu/Uruguai - 890 km
Buenos Aires/Argentina - 1.063 km
Assunção/Paraguai - 1.102 km
Santiago/Chile - 2.450 km
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Política
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Câmara MunicipalSão onze os partidos políticos com representatividade na Câmara Municipal de Porto Alegre:
Partido Democrático Trabalhista (PDT), com cinco vereadores;
Partido da Frente Liberal (PFL), com dois;
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com quatro;
Partido Progressista (PP), com três;
Partido Popular Socialista (PPS), com dois;
Partido da República (PR), com dois;
Partido Socialista Brasileiro (PSB), com um;
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com dois;
Partido Social Liberal (PSL), com um;
Partido dos Trabalhadores (PT), com nove;
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), com cinco.
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PrefeitosPaço Municipal de Porto Alegre teve, de 1989 até 2004, apenas prefeitos do PT.
Em 2005, José Fogaça, do PPS, foi o eleito.
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Lista parcial de prefeitos eleitos de Porto Alegre:Alceu de Deus Collares - PDT (1986-1988)
Olívio Dutra - PT (1989-1992)
Tarso Genro - PT (1993-1996)
Raul Pont - PT (1997-2000)
Tarso Genro - PT (2001-2002)
João Verle - PT (2002-2004)
José Fogaça - PPS (2005-2008)
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EconomiaSegundo dados do IBGE/2005, o PIB de Porto Alegre é de R$ 27.977.351.000,00 e seu PIB per capita é de R$ 19.693,11.
Segundo a consultoria inglesa Jones Lang LaSalle (2004), Porto Alegre está em segundo lugar em produção rural e industrial entre as cidades brasileiras. Por sua posição geográfica, a cidade é definida como a capital do Mercosul.
O turismo não é uma área muito aproveitada para a economia da cidade. Muito tem sido discutido sobre a revitalização do Cais do Porto, que incentivaria o turismo na região.
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ComércioA cidade conta com diversos shopping centers e lojas. No centro se encontra o Mercado Público, histórico prédio de Porto Alegre. No verão ocorre a maior liquidação da cidade, o Liquida Porto Alegre, consagrado como o maior evento comercial da Região Metropolitana. Para muitas lojas, a liquidação representa o segundo melhor período de vendas, superado apenas pelo Natal.
O Mercado Público de Porto Alegre é um dos prédios históricos da cidade.
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Abaixo uma lista dos principais centros comerciais da cidade:Aeroshopping
Boulevard Strip Center
Bourbon Shopping Assis Brasil
Bourbon Shopping Country
Bourbon Shopping Ipiranga
Bourbon Shopping Wallig (em construção)
Brique da Redenção
Caminho dos Antiquários
Centro Comercial João Pessoa
Centro Shopping
DC Shopping
Floresta Shopping Center (em construção)
Lindóia Shopping
Mercado Público
Rua da Praia Shopping
Barra Shopping Sul
Shopping João Pessoa
Shopping Iguatemi
Shopping Moinhos
Shopping Praia de Belas
Shopping Total
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DemografiaA capital conta com 1.420.667 habitantes, segundo estimativas do IBGE para 2007. Tem em sua composição étnica 82% de brancos, descendentes de várias partes da Europa; 8% de mestiços, devido a miscigenação ocorrida entre brancos e negros (escravos) ou brancos e índios, entre negros e índios e até entre os três grupos; 8% de negros descendentes de ex-escravos; e uma minoria de asiáticos, inferior a 2%.
Segundo dados da ONU e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA (2001), Porto Alegre tem o "Melhor Índice de Desenvolvimento Humano" (IDH) entre as metrópoles nacionais.
No entanto, de acordo com a consultoria inglesa Jones Lang LaSalle, a cidade tem um terço dos habitantes vivendo em más condições habitacionais.
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CriminalidadeO crescimento populacional da cidade de Porto Alegre é acompanhado pelo crescimento da criminalidade. Crimes antes praticados em outras regiões do Brasil, como seqüestros-relâmpago, surgiram na capital. Além disso, nos últimos anos houve crescimento do número de roubos de carro na cidade. Porto Alegre é a cidade em que mais se rouba carros (proporcionalmente ao número da frota) do Brasil . Para cada 100 mil carros, são roubados 113,83 mensalmente na cidade. Ao mesmo tempo em que o número de roubos de carros na cidade aumenta, o de furtos diminui. De 2003 até 2007, a média de furtos mensais diminui de 659 para 388.
Através da página Alerta Veículos é possível acompanhar as ocorrências de furto e/ou roubo de veículos registradas nas últimas 72 horas na capital e todo estado do RS.
Em 2007, dentre as 13 maiores capitais, Porto Alegre foi campeã no aumento de homicídios de um ano para outro, com crescimento de 55,7%. O crescimento da violência faz com que os porto-alegrenses invistam em equipamentos de segurança, como grades de proteção, presentes na maioria das casas e prédios da cidade.
A prefeitura vem instalando câmeras de segurança nas ruas, o que até agora não resultou em reduções significativas nos níveis de violência. Entretanto, essa ação é vista por parte da população como uma tentativa de compensar a escassez de policiais nas ruas.
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Cultura
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TurismoUsina do Gasômetro, localizada às margens do lago Guaíba.
Porto Alegre é a sexta porta de entrada de visitantes estrangeiros no país.
Entre os principais pontos turísticos da cidade estão a estátua do Laçador (na entrada da cidade) e a Usina do Gasômetro.
O pôr-do-sol do Guaíba também é outro ponto de destaque turístico de Porto Alegre.
Os parques mais freqüentados são o Parque Moinhos de Vento, o Parque Farroupilha (da Redenção) e o Parque Marinha do Brasil.
Atualmente a prefeitura de Porto Alegre vem investindo na Linha Turismo: uma linha de ônibus especial que tem como itinerário os principais pontos turísticos da cidade. Em funcionamento desde janeiro de 2003, já teve mais de 180 mil visitantes. O ônibus da linha possui dois andares, sendo o superior aberto. O passeio dura cerca de 80 minutos, tem 28 km de extensão e conta com guia especializado e sistema de áudio em três línguas, o português, inglês e espanhol. Maiores informações podem ser encontradas na página da Linha Turismo.
Porto Alegre também pode ser apreciada do lago Guaíba, através de passeios nos barcos Cisne Branco, Noiva do Caí e outros. Saindo de diferentes lugares e com diferentes trajetos, os barcos oferecem uma vista pouco usual da cidade.
Sendo um dos principais centros de negócios do Mercosul, Porto Alegre atrai eventos e congressos, trazendo à cidade milhares de turistas. Possui dezenas de centros de convenções, destacando-se o da Federação das Indústrias do Estado (FIERGS), localizado na zona norte, e que possui um teatro e modernas instalações para convenções e exposições; o Centro de Eventos da PUC; e o Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael.
A rede hoteleira portoalegrense é de boa qualidade e, nos últimos anos, novos hotéis de importantes cadeias nacionais e internacionais têm se instalado na cidade.
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EsportesA cidade se destaca em diversos esportes como o futebol, ginástica olímpica, natação, basquete, tênis, judô, faustebol, esportes à vela, corrida, entre outros.
O futebol é uma grande paixão dos porto-alegrenses. Há uma grande rivalidade entre dois times de futebol em especial, que são o Sport Club Internacional, fundado em 1909; e o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, fundado em 1903. Geralmente o Campeonato Gaúcho de Futebol é vencido por um desses dois times. O confronto entre as duas equipes é conhecido como clássico Gre-nal.
Na ginástica olímpica, destaca-se Daiane dos Santos, a mais famosa ginasta porto-alegrense. A ex-atleta do Grêmio Náutico União, foi a primeira brasileira a conquistar a medalha de ouro nos mundiais.
No judô, João Derly, atleta da SOGIPA, tornou-se celebridade quando se tornou o primeiro atleta brasileiro da modalidade a conquistar uma medalha de ouro em um campeonato mundial da categoria principal (sênior). Além disso, Tiago Camilo e Mayra Aguiar, ambos judocas, também treinam no clube porto-alegrense. Em 2007, João Derly e Tiago Camilo foram campeões mundiais e, com isso, o clube de Porto Alegre tornou-se a única agremiação brasileira tricampeã do mundo.
Anualmente ocorre a Maratona Internacional de Porto Alegre, a maior e mais tradicional prova do segmento no Rio Grande do Sul.
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CinemasPorto Alegre é uma cidade muito bem servida de cinemas, considerando o número de salas por habitante, apesar de os grandes cinemas de rua de Porto Alegre terem quase todos desaparecido.
A cidade conta com 60 salas de cinema, localizadas principalmente em shopping centers, com destaque ao Bourbon Shopping Country e ao Bourbon Shopping Ipiranga, com oito salas cada um.
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Mídia
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ImprensaOs jornais de maior circulação em Porto Alegre são Zero Hora, Correio do Povo, O Sul, Diário Gaúcho e Jornal do Comércio.
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RádioExistem diversas rádios em Porto Alegre, as principais, rádio Gaúcha, rádio Farroupilha, rádio Guaíba, rádio Pampa, rádio Atlantida.
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TelevisãoOs canais com maior audiência na cidade são a RBS TV (filiada à Rede Globo), canal 12, Rede Bandeirantes, canal 10, SBT, canal 5, Rede Record, canal 2, TV Pampa (filiada a Rede TV), canal 4, Ulbra TV, canal 48, Rede Brasil, canal 55, TV Aparecida, canal 59, MTV, canal 14, Record News, canal 18, Reve Vida, canal 20, TV Canção Nova, canal 24, TVCom, canal 35, TVE, canal 7, MIX TV, canal 40, TV Futura, canal 30
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Museus
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Lista dos Museus e Acervos da cidade de Porto AlegreAcervo Artístico da Prefeitura de Porto Alegre
Acervo Cultural do Hospital Moinhos de Vento
Associação de Imagem e Som de Porto Alegre
Museu Açoriano Sul-Riograndense
Museu Anchieta de Ciências Naturais
Museu Antropológico do Rio Grande do Sul
Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS)
Museu da Academia de Polícia Federal
Museu de Arqueologia e Etnografia da UFRGS
Museu Banrisul
Museu da Brigada Militar
Museu Histórico Bispo Isac Aço
Museu da Caixa Econômica Federal
Museu da Câmara Municipal de Porto Alegre
Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul
Museu de Ciências do Colégio Americano
Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS
Museu do Comando Militar do Sul
Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa
Museu do Complexo Hospitalar Santa Casa
Museu da Cerveja
Espaço Cultural dos Correios
Museu da Eletricidade do Rio Grande do Sul
Museu Engenheiro Ruy Tedesco
Fundação Instituto Gaúcho do Trabalho e Folclore
Fundação Iberê Camargo
Museu de Geologia
Museu do Grêmio Futebol Porto Alegrense
Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul
Museu Itinerante Memória Carris
Museu Joaquim Felizardo
Museu Júlio de Castilhos
Museu Judaico de Porto Alegre
Memória RBS
Memórias das Telecomunicações
Memorial do Ministério Público
Memorial do Rio Grande do Sul
Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre
Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert
Museu Meridional
Memorial do Mercado
Memorial Sogipa
Memorial Acemista-ACM
Museu do Motor
Museu do Palácio do Piratini
Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto (UFRGS)
Museu Previdenciário Flores da Cunha
Pinacoteca Barão de Santo Ângelo
Santander Cultural
Museu do Seguro do Rio Grande do Sul
Museu do Trabalho
Museu da UFRGS
Museu da Varig
Museu Vicente Rao
Museu do Vinho e Enoteca
Museu Wonderlamd de Miniaturas
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Planetários em Porto Alegre
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Planetário Professor José Batista Pereira
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Música
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BandasBanda Municipal de Porto Alegre
Banda da Brigada Militar do RS
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Música Popular Muitas bandas de Porto Alegre já tiveram grande projeção nacional, como Engenheiros do Hawaii, Cachorro Grande, Fresno, Nenhum de Nós, Os Replicantes e Papas da Língua, entre outras.
Destaques individuais porto-alegrenses na música popular são Adriana Calcanhoto, Elis Regina, Lupicínio Rodrigues e Renato Borghetti, entre outros.
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Teatro, Música (Erudita e Popular)A grande quantidade de descendentes de imigrantes europeus no estado e o relativamente elevado nível da educação geral do povo gaúcho criaram em Porto Alegre um bom público para a música erudita, apreciador de vários gêneros e estilos, e que possibilita a existência na cidade de duas orquestras sinfônicas com coros sinfônicos associados - a OSPA, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, e a Orquestra da PUC - além de uma orquestra de câmara estável, a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, e diversos outros grupos vocais e instrumentais e músicos solistas.
Dentre esses se destacou o Conjunto de Câmara de Porto Alegre, dedicado à música medieval, de atuação marcante mas infelizmente há pouco dissolvido; mas o camerismo se mantém em alto nível através de outros grupos, como o Trio de Madeiras de Porto Alegre e o vanguardista Faskner.
Solistas como Olinda Alessandrini, Augusto Maurer, Luciane Cuervo e Cristina Caparelli, e as cantoras Lúcia Passos e Ângela Diehl são também justamente apreciados pela comunidade em aparições freqüentes.
A continuidade da vida musical erudita em Porto Alegre é garantida ainda pela atividade da Escola de Música do Instituto de Artes da UFRGS, da Escola de Música da OSPA, de diversos conservatórios e escolas privados e inúmeros professores independentes de mérito, sem contar os estabelecimentos de ensino particular que oferecem aulas de iniciação musical.
Especialmente a Escola de Música da UFRGS, com seus cursos de graduação e pós-graduação, tem sido historicamente um dos mais importantes centros de formação de ótimos instrumentistas e compositores que atuaram na cidade e mesmo desenvolveram carreiras internacionais.
Ali ensinaram ou ensinam, ou passaram por suas classes músicos importantes como Esther Scliar, Hubertus Hofmann, Radamés Gnatalli, Celso Loureiro Chaves, Bruno Kiefer, Armando Albuquerque e Tasso Corrêa.
Junto à PUC é notável a atuação do maestro e compositor Frederico Gerling Junior.
O mercado fonográfico começa a dar atenção ao movimento erudito local, incluindo a composição contemporâneas, e pelo menos uma gravadora sediada em Porto Alegre tem um apreciável catálogo de intérpretes e compositores locais, com repertório clássico bem como de produção inovadora.
Há um programa variado de concertos em diversos teatros e centros culturais da capital, apresentações de óperas e bailados não são raras, e concertos sinfônicos em logradouros públicos atraem considerável assistência.
Pelo Theatro São Pedro já passaram nomes como Arthur Rubinstein, Magda Tagliaferro, Heitor Villa Lobos e Bidu Sayão, com a OSPA já atuaram estrelas como Friedrich Gulda, Pierre Fournier, Kurt Redel, Montserrat Caballé, Luciano Pavarotti e Nelson Freire, e orquestras estrangeiras já incluem a cidade em suas excursões.
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Teatros e AuditóriosTheatro São Pedro
Auditório Araújo Viana
Anfiteatro Pôr-do-Sol
Teatro da OSPA
Centro Municipal de Cultura
Clube da Cultura
Sala Álvaro Moreira
Teatro Bruno Kiefer
Teatro de Câmara
Teatro de Arena
Teatro Carlos Carvalho
Teatro do Instituto Goethe
Teatro do IPE
Teatro Museu do Trabalho
Teatro Renascença
Teatro do SESC
Teatro do Sesi
Auditório Tasso Corrêa
Teatro do Bourbon Country
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Centros CulturaisBiblioteca Pública
Casa de Cultura Mario Quintana
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Fundação Iberê Camargo
Planetário de Porto Alegre
Santander Cultural
Solar dos Câmara
Solar Lopo Gonçalves
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ArquiteturaA cidade de Porto Alegre é um grande museu arquitetônico a céu aberto, onde encontramos exemplares dos diferentes estilos em voga dos últimos dois séculos, concentrados principalmente no centro da cidade.
Pelas ruas centrais podem ser vistos prédios históricos como a Catedral Metropolitana de Porto Alegre, a Cúria Metropolitana de Porto Alegre, o Palácio Piratini e o Theatro São Pedro, dividindo espaço com a arquitetura moderna do Palácio Farroupilha, onde funciona a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e o Tribunal de Justiça.
A influência da arquitetura alemã é muito expressiva na cidade, e pode ser constatada nas obras de José Lutzenberger, que imigrou para o Rio Grande do Sul em 1920, e é o autor dos projetos dos prédios do Instituto Pão dos Pobres, da Igreja São José e do Palácio do Comércio; e de Theodor Wiederspahn, que imigrou em 1908, e foi o responsável pelo prédio da Delegacia Fiscal (atual MARGS), dos Correios e Telégrafos (atual Memorial do Rio Grande do Sul), do Banco da Província (atual Santander Cultural), do Hotel Majestic (atual Casa de Cultura Mario Quintana), do Edifício Chaves, do Cine Guarany, da antiga Cervejaria Bopp (depois, Cervejaria Brahma), da Central Telefônica Ganzo, do Edifício Ely (atual Tumelero), da Faculdade de Medicina da UFRGS, do Bier e Ulmann, do Moinho Chaves e do Hospital Moinhos de Vento, entre e outros, todos localizados na zona central.
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Monumentos de Porto AlegreEstátua do Laçador, símbolo da capital gaúcha, escolhida pelos porto-alegrenses, em 1991, como símbolo da capital gaúcha.
Fonte Talavera de La Reina
Monumento a Bento Gonçalves
Monumenro ao Gal. Osório
Monumento aos Açorianos
Monumento ao Expedicionário
Monumento a Júlio de Castilhos
Ponte de Pedra
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Prédios históricos de Porto AlegreCais Mauá
Casa Godoy
Catedral Metropolitana de Porto Alegre
Cervejaria Brahma
Chalé da Praça XV
Edifício Ely
Hidráulica Moinhos de Vento
Hotel Majestic
Igreja Nossa Senhora das Dores
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Palácio Piratini
Prédio dos Correios e Telégrafos
Santander Cultural, antigo Banco da Província
Sede da Prefeitura de Porto Alegre
Solar dos Câmara
Solar Lopo Gonçalves
Theatro São Pedro
Usina do Gasômetro
Casa Torely
Sede da Cruz Vermelha
Mercado Público
Prédio da Alfândega
Margs
Secretaria da Fazenda do RS
Colégio Militar
Complexo da UFRGS no campus velho
Santa Casa de Misericórdia
Beneficiencia Portuguesa
Cine Guarany
Museu Hipolito Jose da Costa
Casa Rosada ( Cãmara Legislativa do RS)
Biblioteca Pública do RS
Galeria Chaves
Livraria do Globo
Arquivo Público do RS
Asilo Padre Cacique
Capela do Bom Fim
Capela do Divino
Catedral da Santíssima Trindade
Centro Cultural CEEE
Cine Teatro Capitólio
Clube do Comércio
Confeitaria Rocco
Correio do Povo
Cúria Metropolitana
Edificio Tuyuti
Riachuelo, nº 933
Hipódromo do Cristal
Igreja Metodista Central
Igreja N. Sra. Navegantes
Igreja São José
Igreja São Pedro
Instituto Pão dos Pobres
Museu Julio de Castilhos
Museu Comando Militar do Sul
Área histórica Militar
Palacinho
Palacio Farroupilha
Paço Municipal
Predio João Paz Moreira
Predio da Previdência do Sul
Travessa Venezianos
Viaduto Otávio Rocha, entre outros.
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Educação
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ColégiosPorto Alegre conta com 92 escolas públicas municipais , sendo 40 delas de ensino infantil, 47 de ensino fundamental (sendo quatro delas de educação especial), duas de ensino médio e uma de ensino básico; e 260 escolas públicas estaduais, além de escolas públicas federais.
Escola Técnica Parobé
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Porto Alegre conta com algumas dezenas de escolas particulares, sendo que grande parte delas pertencem a congregações religiosas católicas, entre elas:Colégio Anchieta,
Colégio Farroupilha,
Colégio São Francisco,
Colégio Mãe de Deus,
Colégio Sevigne,
Colégio Rosário,
Colégio das Dores,
Colégio Bom Conselho,
Colégio Israelita,
Escola Pastor Dohms,
Instituto Vicente Palloti.
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Cursos pré-vestibularUnificado,
Univesitário,
Objetivo,
Fleming,
Fenix
Freqüentados por grande parte dos alunos que participam de concursos vestibulares concorridos, como os das faculdades federais do estado, os cursos pré-vestibulares vêm sofrendo uma grande expansão na cidade ultimamente.
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Faculdades e UniversidadesPorto Alegre conta com diversas faculdades e algumas universidades.
A cidade possui duas universidades federais, a UFCSPA e a UFRGS, e uma estadual, a UERGS.
A maior universidade privada de Porto Alegre é a PUCRS, que também é a maior universidade privada do Sul do país.
Faculdade Ritter dos Reis,
Faculdade Dom Bosco,
FAPA - Faculdade Porto Alegre,
IPA - Instituto Porto Alegre.
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SociedadeA rua Padre Chagas e rua Fernando Gomes, também conhecidas como Calçada da Fama, estão localizadas no bairro Moinhos de Vento e possuem diversos bares, cafés, restaurantes e casas noturnas, sendo duas das mais famosas ruas da noite porto-alegrense.
Além delas, a rua Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa, também é conhecida por seus bares, restaurantes e casas noturnas, de estilo mais alternativo.
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ClubesA cidade conta com muitos clubes em áreas para prática de esportes de competição, além da atividade social.
Os mais conhecidos são:
Sociedade Gondoleiros, futsal
Associação Leopoldina Juvenil – tênis, futsal, ginástica olímpica, hockey
Clube dos Jangadeiros – esportes de vela
Grêmio Náutico União – natação, ginástica olímpica, ginástica rítmica, judô, esgrima, remo, basquete, tênis, escotismo
Lindóia Tênis Clube – tênis, escotismo
Sociedade Libanesa de Porto Alegre – tênis
SOGIPA (Sociedade Ginástica Porto Alegre) – atletismo, basquete, ginástica olímpica, judô, tênis, patinação artística, vôlei, escotismo
Veleiros do Sul – esportes de vela
Clube do Comércio: Tênis, Futsal, Natação, Ginástica, Sinuca, Musculação,
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RestaurantesCom uma rede de restaurantes de ótima qualidade, Porto Alegre oferece opções para todos os gostos e estilos: culinária brasileira, alemã, árabe, chinesa, espanhola, francesa, indiana, italiana, japonesa, mexicana, polonesa, portuguesa, tailandesa e vegetariana, entre outras, além da culinária típica gaúcha, as Churrascarias.
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Casas NoturnasEntre as diversas casas noturnas de Porto Alegre, destacam-se a
Microcervejaria Dado Bier (localizada no interior do shopping Bourbon Country),
Opinião (casa de shows e espetáculos),
Manara (tradicional casa freqüentada por universitários),
Strike 410 (casa que conta como diferencial suas pistas de boliche),
Boxx Brazil (localizada na Zona Norte) o maior pub do mundo,
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entre outros mais alternativos como a NEO e o Bar Ocidente.Sempre novas casas entram e outras saem.
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Infra-Estrutura
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Área de SaúdeA cidade tem 35 hospitais, 883 clínicas, 204 consultórios, 19 laboratórios de análises patológicas, 41 laboratórios de análises clínicas, num total de 1.182 estabelecimentos voltados aos serviços de saúde.
O total de leitos hospitalares em Porto Alegre é 7.906, sendo 5.816 ocupados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) do Governo Federal.
Porto Alegre conta com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que é o hospital de ensino da faculdade de medicina da UFRGS,
Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,
Grupo Hospitalar Conceição, formado por 4 hospitas,
Instituto do Coração,
Hospital Ernesto Dorneles,
Hospital de ensino da UFCSPA,
Hospital São Lucas, hospital de ensino da PUCRS.
HPS - Hospital de Pronto Socorro, referência no atendimento das urgências e emrgências traumatológicas
Com os hospitais privados que são referência o Hospital Moinhos de Vento, Hospital Mãe de Deus.
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TransporteO porto de Porto Alegre na margem do lago Guaíba, no centro da capital, onde a cidade começo, conhecido como Cais Mauá, e o porto novo, conhecido como Cais Navegantes.
Porto Alegre não enfrenta muitos problemas com o transporte. Entretanto, o transporte nas ruas e avenidas da cidade vem demonstrando sinais de saturação durante a última década. Apesar das diversas mudanças de tráfego já realizadas, os engarrafamentos ainda são constantes nas principais avenidas da cidade durante os horários de pico. A EPTC (
Empresa Pública de Transporte e Circulação)é a empresa que planeja e fiscaliza as atividades relacionadas ao trânsito e aos transportes de Porto Alegre.
A ponte do Guaíba, que liga a capital à região sul do Estado, é um dos cartões postais de Porto Alegre.
As principais vias arteriais do trânsito urbano da cidade são a Avenida Ipiranga, Avenida Farrapos, Avenida Protásio Alves, Avenida João Pessoa, Avenida Bento Gonçalves, Avenida Sertório, Avenida Independência, Avenida Assis Brasil, Avenida Loureiro da Silva (Primeira Perimetral), Segunda Perimetral, Terceira Perimetral, Avenida Borges de Medeiros, Avenida Juca Batista.
O transporte público de Porto Alegre é baseado em ônibus, metrô de superfície, táxis e lotações. A empresa Carris é a mais importante empresa de transporte coletivo de ônibus da cidade e a mais antiga do Brasil em atividade. A Estação Rodoviária de Porto Alegre recebe milhares de viajantes durante todos os dias da semana.
A Trensurb é a empresa que administra os trens urbanos, que ligam Porto Alegre às suas cidades vizinhas.
A cidade conta com o Aeroporto Internacional Salgado Filho, o maior e mais movimentado do Sul do país. Localizado na zona norte da capital gaúcha, recebe aviões de todo o país, e também recebe regularmente vôos interncacionais. O aeroporto recebe pessoas de várias partes do país em direção a Buenos Aires, Santiago, Rosário, Córdoba e Montevidéu.
Na margem oeste do lago Guaíba, está situado o porto de Porto Alegre. Sua posição geográfica possibilita um tráfego permanente entre Porto Alegre e Buenos Aires, transportando produtos siderúrgicos e principalmente produtos agrícolas.
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ServiçosO abastecimento de água na cidade é realizado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE).
O fornecimento de energia elétrica é realizado pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).
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Principais Eventos em Porto AlegrePorto Alegre possui uma série de Eventos e Atividades Culturais. Além da programação tradicional, há grandes eventos que marcam a passagem do tempo com um calendário peculiar.
No verão, Porto Alegre oferece anualmente para seus habitantes o Porto Verão Alegre, um circuito de peças teatrais, dança, artes plásticas e música.
A Festa de Navegantes em Porto Alegre, que acontece no dia 2 de fevereiro, é a maior festa religiosa, e homenageia Nossa Senhora dos Navegantes, a padroeira da cidade.
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No início de abril ocorre o Fórum da Liberdade, organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). É um dos maiores eventos de debate de idéias das Américas, onde convidados do mundo todo vem expor e debater sua idéias.Em maio já ocorreu por duas vezes a Globaltech, a maior feira de ciências e tecnologia da América Latina. Lá se encontram as maiores universidades do estado e do país para discutir sobre o futuro.
Geralmente no 1º semestre ocorre o Fórum Internacional de Software Livre, um dos maiores eventos do mundo sobre software livre. O FISL reúne palestras, debates e os melhores profissionais da área.
Em setembro, ocorre na Estância da Harmonia, localizada no Parque Maurício Sirotski Sobrinho, o Acampamento Farroupilha, onde centenas de piquetes montam suas barracas e fazem os seus churrascos, para festejar a Revolução Farroupilha em 20 de setembro.
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A Festa da Tradição
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Na área cultural, setembro é marcado pelo Porto Alegre em Cena, festival de grandes proporções que reúne apresentações de teatro, dança e música de artistas e grupos convidados de todo o mundo.Em outubro anualmente ocorre a Feira do Livro, a maior feira de livros a céu aberto da América . A primeira edição da Feira foi em 1955, a primeira do Brasil. Estima-se que quase dois milhões de pessoas visitem a Feira.
A cada dois anos, em geral no período que compreende outubro a dezembro, Porto Alegre sedia a Bienal do Mercosul, evento artístico-cultural de grande porte e de grande atração turística.
Na cidade a "Corrida para Vencer o Diabetes", promovida pelo Instituto da Criança com Diabetes. Trata-se de uma corrida solidária na qual se arrecadam fundos para o instituto, que promove tratamento e assistência a crianças e adolescentes com diabetes.
Nos verões de 2001, 2002, 2003, 2005 e 2010 a cidade foi sede do Fórum Social Mundial, reunindo em cada uma das duas últimas edições mais de 100 mil pessoas de mais de 100 países para discussões, debates e mobilização. Durante a última edição foi produzida a Consenso de Porto Alegre, onde os intelectuais de esquerda que comporam boa parte do evento entraram num consenso quanto a medidas globais a serem tomadas urgentemente.
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Principais buscas hoteleiras: Hotel Carnaval 2010, Hotel Fazenda, Hotel Ibis, Hotel São Paulo, Hotel Rio de Janeiro, Hotel Paris, Hotel Nova York, Hotel Brasília, Hotel Porto Alegre, Turismo GLS, Resorts
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Pousada: Pousada Salvador, Pousada Búzios, Pousada Fortaleza, Pousada Paraty, Pousada Gramado, Pousada Porto Seguro, Pousada Ubatuba, Pousada Porto de Galinhas, Albergue
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Passagens Aéreas:Estaduais:
Nacionais: TAM, Gol, Azul, OceanAir, Trip, Webjet,
Internacionais: American Airlines, Continental Airlines, Delta Airlines, United Airlines,
Ponte Aérea: Rio-São Paulo, Passagens Aéreas Promocionais.
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A cidade concentrada.
História do bairro Centro
Seu centro histórico cultural
Seu centro histórico cultural
CENTRO Oficialmente contando com uma população de quase 37 mil moradores, segundo o IBGE, o Bairro Centro foi criado e delimitado pela lei 2.022, de 1959, mas sua origem remonta os primórdios da ocupação de Porto Alegre. Com seu povoamento e desenvolvimento, em função da criação da freguesia Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre em 1772, possui íntima ligação com a rua dos Andradas que, ainda hoje, é chamada de rua da Praia, sua primeira denominação. E foi nela, a mais antiga da cidade, que se estabeleceu a primeira capela da Vila com invocação de São Francisco. A abertura das atuais rua Riachuelo e Duque de Caxias, formavam, junto com a rua da Praia, as principais vias da Vila, onde se assentaram as mais antigas residências e casas comerciais. Os arrabaldes mais próximos, como a atual Cidade Baixa, eram considerados zonas rurais. A antiga e tradicional rua Duque de Caxias teve mais de uma denominação, conforme diferentes registros: rua Formosa, Rua direita da Igreja, rua Alegre e rua da Igreja. Mas o primeiro nome oficial foi o de rua da Igreja, por ali localizar-se o único santuário da cidade. Foi, por anos, a rua mais nobre da cidade, residindo ali políticos, comerciantes e militares de altas patentes em luxuosos sobrados e solares das famílias aristocráticas da cidade, como o Solar dos Câmaras, mais antigo prédio residencial de Porto Alegre. Também conhecida como “Altos da Praia”, na Duque da Caxias foi construída a Igreja da Matriz, atual Catedral Metropolitana, posteriormente denominada de Marechal Deodoro a praça ali existente, mas conhecida por Praça da Matriz. Abriga, ainda, os prédios dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e o Theatro São Pedro, o mais antigo da cidade, tendo sua construção concluída em 1858. A rua Riachuelo também teve outras denominações, como rua do Cotovelo, nas proximidades ao Theatro São Pedro, e rua da Ponte. Suas primeiras residências remontam ao ano de 1788. Típica rua de zona central, nela residiam pessoas ligadas à classe dirigente. A peculiar denominação de logradouros antigos do Centro é o fato de fazerem referência a alguma característica que possuía, como a rua do Arvoredo (atual Fernando Machado), a rua do Riacho (atual Washington Luis), a rua da Varzinha (atual Demétrio Ribeiro), o Beco do Fanha, depois denominada Travessa Paysandu (atual Caldas Junior), a rua do Poço (atual Jerônimo Coelho), entre outras. As igrejas do Centro são também locais que nos remontam a histórias e costumes de seus habitantes. A Catedral Metropolitana teve sua primeira edificação em 1794, porém só foi finalizada no século XIX, com a construção de suas duas torres em 1846. No ano de 1915, o arcebispo Dom João Becker inicia estudos preliminares para a construção da grande Catedral, cujas primeiras obras iniciam em 1920, e a finalização da nova Igreja da Matriz, no seu estilo romano Renascença, ocorreu em 1972, com a conclusão da cúpula. Mas será somente em 1986 que ela é inaugurada e dada por concluída. A Igreja Nossa Senhora dos Dores, na rua dos Andradas, é a mais antiga da cidade, e sua construção pela irmandade Ordem Terceira Nossa Senhora das Dores, remonta a 1807, somente sendo concluída em 1904. A primeira edificação da Igreja Nossa Senhora do Rosário, localizada na rua Vigário José Inácio, em estilo barroco, foi realizada entre os anos de 1817 e 1827, pela Irmandade Nossa Senhora do Rosário, confraria de negros livres e escravos, cumprindo importante papel, durante todo o século XIX, na vida de pessoas dessa comunidade. Sob alegação de não comportar seus fiéis, em 1950 a Mitra Arquidiocesana mandou demolir o prédio, erigindo a atual sede da Igreja. No chamado “paralelo 30”, na Praça Montevidéo, encontramos o Paço Municipal, sede da Prefeitura de Porto Alegre, que teve sua construção iniciada no ano de 1898 e terminada em 1901. Em frente ao prédio, se encontra a “Fonte Talavera”, doação da comunidade espanhola através da “Sociedade Espanhola de Socorros Mútuos”, em homenagem ao centenário da Revolução Farroupilha. Atravessando a Av. Borges de Medeiros, temos o Mercado Público Central, que teve sua primeira edificação em 1844. Surgindo da necessidade de um local para comercialização e sociabilidade de seus moradores, a planta para nova construção foi aprovada em 1862, e teve início em 1864. No ano de 1870, é inaugurado o novo prédio. O Mercado Público sempre teve importante papel para cidade: além de seu comércio, durante o século XIX era o local onde circulavam as últimas notícias do Brasil, devido ao intenso fluxo de pessoas, sobretudo em função do Porto. Seus bares também eram referências para encontros, principalmente pela boemia da cidade e, no térreo do Mercado, encontra-se o mais antigo bar da cidade, O Naval, onde se pode encontrar uma boa parte da memória da cidade. O atual prédio do Mercado, no Largo Glênio Peres, possui a mesma aparência externa, mesmo após o incêndio de 1912 e da construção do segundo piso, no ano de 1913, na administração republicana do Intendente José Montaury. Sua restauração foi inaugurada em 1997. A Avenida Borges de Medeiros, outro logradouro importante que atravessa a área central, teve sua obra de abertura iniciada na segunda década do século XX, na administração do intendente Otávio Rocha. No projeto de abertura desta avenida, constava a construção do viaduto Otávio Rocha, de grande importância arquitetônica, e onde o espaço de baixo foi aproveitado com lojas comerciais. As obras da avenida foram concluídas na década de 1940, na administração de José Loureiro da Silva. É nesta administração que o centro da cidade vai adquirindo cada vez mais características das modernas cidades do século XX, com suas amplas avenidas e arranha-céus. O Centro dispõe dos mais diversos e variados serviços e entretenimento, sobretudo ligados a atividades histórico-culturais. Na rua Duque de Caxias, está localizado o museu Julio de Castilhos, instituição cultural criada por decreto estadual em 30.01.1903, com caráter de museu antropológico, artístico e histórico. A atual sede do Museu, prédio de estilo neoclássico, foi residência do presidente do estado do Rio Grande do Sul, Julio de Castilhos até o ano de 1905, quando foi adquirido pelo governo estadual para abrigar o Museu. Na rua dos Andradas, próximo ao Gasômetro, encontra-se o Museu da Brigada Militar, os quartéis e Museu do Exército. Em direção à Rua General Câmara, encontramos o imponente prédio do Hotel Majestic, atual Casa de Cultura Mario Quintana, transformado em centro cultural no final da década de 80. Na esquina das ruas dos Andradas e Caldas Jr., encontramos a sede do Museu José Hipólito da Costa, onde antes funcionava a sede do jornal A Federação. Em frente, ocupando a quadra que vai até a rua Sete de Setembro, está instalada a sede do Grupo Caldas Júnior. Na Praça da Alfândega, localizam-se o Museu de Arte do Rio Grande do Sul- Ado Malagoli, o Memorial do Rio Grande do Sul e o prédio Santander Cultural que, diariamente, apresentam atividades ligadas a exposições, mostras de vídeos e cinemas, visitas guiadas, etc. Outro ponto significativo do Centro é a Usina do Gasômetro, que funcionou como tal a partir de 1874, local conhecido como a Praia do Riacho, onde desembocava o Riacho Sabão (Arroio Dilúvio) até o início do século XX.
Antecedentes Históricos do bairro Centro
A origem do Centro urbano de Porto Alegre confunde-se com a própria origem da cidade. Isto porque foi exatamente neste sítio, habitando por indígenas de diversas raças como Charruas, Tapes e Guaicanãs, até 1700, que se originou o processo de colononização. Com o avanço paulista em direção ao Sul, a fundação de Lages em 1684, Viamão em 1730 e da Colônia do Sacramento, abre-se o caminho ao comércio e ao surgimento das cidades. Os bandeirantes dividem entre si as terras da região, cabendo a Jerônimo de Ornelas uma sesmaria às margens do Guaíba, cuja área aproximava-se a do atual Município de Porto Alegre. A posse desta área foi reconhecida em carta oficial em 1740, data considerada como a de origem da nova cidade.
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As primeiras manifestações urbanas ocorreram na Praia do Arsenal, conhecida como Ponta da Cadeia, com a construção dos primeiros prédios públicos: Casa da Câmara do Governador, Cadeia e Forca, esta última fronteira ao desembarcadouro.
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A partir deste ponto são estabelecidas ligações através de caminhos, com a localidade de Viamão e os aldeamentos índios, primeiro esboço da futura estrutura viária urbana. Considerando os condicionantes históricos, políticos e econômicos da época, como as lutas entre Portugal e a Espanha pela conquista de territórios, compreende-se o rápido desenvolvimento ocorrido, em detrimento de outros núcleos contemporâneos. Efetivamente, a posição geográfica de Porto Alegre foi decisiva na questão militar e adequada ao comércio nos momentos de paz. O próprio governo português, reconhecendo esta posição previligiada, enviou famílias de Açorianos para a nova localidade.
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No período colonial, o desenvolvimento do núcleo era caracterizado pelo crescimento ao longo do rio, a partir da Ponta da Cadeia na direção leste e paralelo ao cais. A encosta norte do promontório favorecia as embarcações e ali eram realizados os contatos com o exterior. Naturalmente situaram-se nesta zona as principais atividades comerciais e residenciais, sendo que a encosta sul não possuia valor. Ainda neste período foi criado o segundo centro cívico na parte mais elevada da colina, no entorno da Praça da Matriz, com a edificação da Catedral e o Palácio do Governo.
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No ano de 1773 as muralhas, paliçadas de madeira, foram construídas ao longo da Rua da Conceição, Praça do Portão, Sarmento Leite, Praia de Belas, servindo, durante 100 anos, de anteparo ao desenvolvimento em direção ao continente. No aspecto urbano, o período colonial é caracterizado, fundamentalmente, pelo preenchimento dos vazios no interior das muralhas. Fora delas há o plantio, fundamentalmente de trigo, um pequeno comércio e o artesanato. A situação de crescimento intra-muros acentuou-se, ainda mais, no período Imperial, com o advento da Revolução Farroupilha (1835/45). Há uma atrofia no crescimento urbano e um adensamento desproporcional na área Central, originando as bases polarizadoras do futuro.
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Mesmo com a chegada dos imigrantes com tradição manufatureira e o rompimento das muralhas, em termos de crescimento territorial urbano, a valorização da área central permanece. Efetivamente quase a totalidade dos edifícios públicos e comerciais foram construídos nesta área, atraindo a população que ocupava, gradativamente, as cristas e os vales, porque ali ocorriam as suas atividades principais.
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Os primitivos caminhos foram trasnformados em avenidas que, por sua vez, geraram as vias secundárias. Todo esquema assim disposto converge para o centro urbano que, fisicamente, não tem possibilidade de se expandir, a não ser verticalmente. Aquela qualidade primitiva do promontório que dominava as planícies ao sul e o estuário do Guaíba, desaparecida a questão militar, e abertos novos caminhos para o Interland, tornou-se um fator de anomalia para o desenvolvimento da área central. Agora, o pólo principal está geograficamente excêntrico à cidade, asfixiando suas atividades pelo adensamento violento de uma pequena área que preservou a mesma estrutura do período colonial com uma população várias vezes maior.
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Ruas do Bairro Centro, sua história
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