Bem Vindo

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Não se despreza documentos oficiais ou fontes fidedignas para garantir a credibilidade; o que hoje é uma verdade amanhã pode ser contestado. A busca por fatos, dados, informações, a pesquisa, reconhecer a qualidade no esforço e trabalho de terceiros, transformam o resultado em um caminho instigante e incansável na busca pela História.

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- Acompanhe neste relato, que se diz singelo; a História e as Transformações de Porto Alegre.

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tiros de Guerra

 a Tiros de Guerra


Os chamados Tiros de Guerra era uma forma que o Exército Brasileiro tinha de formar reservistas, permitindo que o convocado ao serviço militar possa conciliar a instrução da caserna sem se afastar dos estudos ou do trabalho civil.

Os tiros de guerra ensinavam os rudimentos da arte de matar para não ser morto.

Estes grupos contavam até com alunos de ginásio nas fileiras, com batalhões de guerra, a que não faltava uniformes militares, até armas, quartéis e disciplina de caserna.

Os escoteiros de hoje não representam em nada em face do“Prussianismo” daqueles tempos.

Todo esse alvoroço castrense tinha em vista o mandamento latino:

“Si vis pacem para bellun”
"se queres paz, prepara-te para a guerra",
do escritor latino Publius Flavius Vegetius Renatus

O Tiro de Guerra, conhecido como TG, é uma instituição militar do Exército Brasileiro encarregada de formar reservistas para o exército.
Os TGs são estruturados de modo que o convocado possa conciliar a instrução militar com o trabalho ou estudo.
A organização de um TG ocorre em acordo firmado com as prefeituras locais e o Comando da Região Militar. O exército fornece os instrutores, fardamento e equipamentos, enquanto a administração municipal disponibiliza as instalações.

- Existem atualmente mais de 200 TG's distribuídos por quase todo o território brasileiro.

Na década de 1900, somente o Clube de Tiro 4, localizado em Porto Alegre (RS), possuía stand de tiro próprio que estava localizado no Tiro de Guerra No 4.

No Rio Grande do Sul o Tiro 318 tinha seu stand nos arrabaldes do São João, no quarto distrito, zona norte de Porto Alegre, área atual Colégio Concórdia.

Missão

- Os Tiros-de-Guerra tem por objetivos: Preparar munícipes conhecedores dos problemas locais, interessados nas aspirações e realizações de sua comunidade, e cidadãos integrados à realidade nacional;
- Preparar reservistas de 2ª Categoria (Combatente Básico de Força Territorial), aptos a desempenharem tarefas limitadas, na paz e na guerra, nos quadros de Defesa Territorial, GLO, Defesa Civil e Ação Comunitária;
- Líderes democratas, atentos aos ideais da nacionalidade brasileira e à defesa do Estado Democrático de Direito.

Origem

- Os Tiros-de-Guerra são uma experiência brasileira vigente desde 7 de setembro de 1902, quando Antônio Carlos Lopes fundou, na cidade do Rio Grande-RS, uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares e, depois de 1916, foram impulsionados pela pregação patriótica de Olavo Bilac – Patrono do Serviço Militar -, sendo conseqüência, sobretudo, de um esforço comunitário municipal.

- Os Tiros-de-Guerra (TG) são Órgãos de Formação da Reserva (OFR), que possibilitam a prestação do Serviço Militar Inicial, no município sede do TG, dos convocados não incorporados em Organização Militar da Ativa (OMA), de molde a tender à instrução, conciliando o trabalho e o estudo do cidadão.

TIRO

A etimologia da palavra vem do latim “tiro”, termo usado para descrever “novato”, jovem soldado e recruta.

Missão Extraída do R 138 - Regulamento dos Tiros-de-Guerra.

 Quadro turma do Tiro de Guerra 1928-1929 
Foto: Hugo Peretti, acervo de Marcelo Peretti

O IDEALIZADOR E CRIADOR DO TIRO DE GUERRA BRASILEIRO

Em 07 de setembro de 1902, à tarde, a idéia surgiu no Rio Grande do Sul por intermédio de Antonio Carlos Lopes que fundou uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares, na cidade de Rio Grande (RS).

Antônio Carlos Lopes (1870-1931),
Idealizador e criador dos Tiros de Guerra no Brasil

A Sociedade de Propaganda do Tiro Brasileiro inspirou o Marechal Hermes da Fonseca, gaúcho, Ministro da Guerra, a criar por Lei de 05de setembro de 1906, a Confederação de Tiro Brasileira, quando a idéia do riograndino Antônio Carlos Lopes já havia se propagado com a criação entre outros dos Tiros de Guerra:

Nº 1 em Rio Grande
Nº 2 em Santos; 
Nº 3, em São Paulo
Nº 4, em Porto Alegre.

Tudo isto antes que em abril 1906, fosse criado no Rio de Janeiro (RJ) o Clube de Tiro Federal, inspirado em modelo também trazido da Suíça, pelo prefeito do Rio de Janeiro Dr. Furquim Werneck, o primeiro presidente do Tiro Federal.

Este daria origem ao Tiro de Guerra nº 7, em cuja rede, no QG do Exército, no Rio de Janeiro, teve lugar em 10 de dezembro de 1916, o 1º Sorteio Militar, assunto sobre o qual foi publicado em A Defesa Nacional nº 729, jan/fev 1987, alentada e ilustrada pesquisa básica, com 31 indicações bibliográficas sob o título "Serviço Militar Obrigatório no Brasil – sua implantação através do 1º Sorteio Militar (p. 120/138)."

O Serviço Militar Obrigatório implantado depois de uma luta de 42 anos, desde sua legalização não cumprida, editada em 1874, por empenho do Duque de Caxias, Ministro da Guerra e Chefe do Gabinete dos Ministros. Idéia que iniciou a implementar, mas que foi abandonada com sua saída da vida pública.

General Bellarmino de Mendonça e seu Estado Maior, formado por Tiros Nacionais. Brigada composta por Linhas de Tiro, no encontro nacional na Capital Federal, Praça da República, Rio de Janeiro, 1910

A partir de 1916, a pregação cívica do poeta Olavo Bilac em prol do serviço militar obrigatório trouxe grande impulso a essa instituição e transformou-se, com o apoio do poder municipal, em um tipo de organização militar tão essencial à formação de reservistas brasileiros.
Assim sendo foram criadas várias linhas de tiro, estrategicamente localizadas em cidades maiores de cada região, que davam maior proteção aos cidadãos.

Olavo Bilac é, por isso, considerado o Patrono do Serviço Militar.

Olavo Bilac - Poeta - perfil

O propagandista Olavo Bilac ao ser inquirido - O que é o Serviço Militar Obrigatório?

"- É o triunfo da Democracia. É o nivelamento das classes sociais. É a escola da Ordem, da Disciplina, da Coesão. É o laboratório da dignidade e do Patriotismo. Ë a instrução primária, a educação cívica e a higiene obrigatória. É a caserna, como filtro admirável, onde os homens se depuram e se apuram".

O Sorteio Militar propiciou ao Brasil, um Exército de Paz compatível e um enorme Exército em Reserva, inclusive contando, já em 1910, com a vitoriosa oficialização da idéia do Coronel Antônio Carlos Lopes em 1906, com cerca de 10.000 atiradores.

Exército em reserva capaz de atuar como elemento de dissuasão. Ou de alimentar um esforço de guerra prolongado, na eventualidade indesejável da ocorrência de uma guerra, evento tão presente e vivo na História da Humanidade, como a que estava tendo lugar na Europa, a 1a Guerra Mundial 1914/18.

O Sorteio Militar executado 14 anos depois da criação da Sociedade de Propaganda do Tiro Brasileiro, se constituiu, com o reforço dos atiradores, em ponto de inflexão para o surgimento de um Exército com caráter nacional, por formado e alimentado por filhos saídos do seio do povo, em número suficiente e bem adestrados, para como parcela armada deste povo, atender a Defesa do Brasil.

Idéia que guardava coerência com o seguinte pensamento pioneiro do Cel. Antônio Carlos em 07 de setembro de 1902:

"O Brasil possui o direito de aspirar a formação de instituições, as quais, nascidas no seio do povo, o preparem no conhecimento e uso das armas, para que a Pátria, no momento de perigo, lhes confiará para a sua defesa".

Tiros de Guerra em Estrela-RS, 1917
Memorial da Aepan-ONG

A idéia do Tiro de Guerra Brasileiro

Antônio Carlos Lopes com cerca de 20 anos fora testemunha dos sangrentos episódios, em Rio Grande do Sul, decorrentes da Guerra Civil (1893/95), combinados com a Revolta na Armada (1993/94).

Depois de cursar Farmacêutico – Químico em Ouro Preto (MG), foi até a Suíça para estagiar em seus famosos laboratórios.

Lá teve a sua atenção despertada pelo sistema de Defesa da Suíça, onde cada suíço recebia instrução de tiro e uma arma que guardava em casa, ficando em condições de atender à convocação militar, caso, necessária.

De volta ao país, foi que concebeu sua idéia de Defesa do Brasil, com pequeno dispêndio, e com potencial de mobilizar em emergências grande número de reservistas atiradores, habilitados no uso de armas de fogo.

A iniciativa de Antônio Carlos foi providencial e antecipou-se de muito a 1ª Guerra Mundial que ocorreria 12 anos mais tarde.

Neste espaço ele percorreu o Brasil as suas expensas, distribuindo o seu livro “O problema das reservas do Exército”, assunto sobre o qual tinha noção exata da gravidade da ausência das mesmas no Brasil.

E escreveu o livro famoso “O Tiro Brasileiro”, com mais de 200 gravuras instruindo como construir-se um stand de tiro, o manejo e nomenclatura das armas e como funcionar um tiro de guerra.

Seu livro foi aprovado e adotado por ordem do Ministro da Guerra Marechal Hermes da Fonseca, o modernizador do Exército de 1905/14, e adotado por todos os tiros de guerra.

Olavo Bilac em sua campanha 1915/16 em favor do Serviço Militar, no início da 1ª Guerra Mundial, de Antônio Carlos proclamava:

"Para que haja pátria é necessário que haja consciência, coesão e disciplina. E é justo isto que vem fazendo Antônio Carlos Lopes na cidade de Rio Grande, com a fundação da Sociedade de Propaganda do Serviço Militar".

Significação histórica de Antônio Carlos

Como se pode concluir foi relevante a iniciativa do patriota Antônio Carlos Lopes em 07 de setembro de 1902, ao criar a Sociedade de Propaganda do Tiro Brasileiro, a raiz histórica dos Tiros de Guerra do Brasil, que em 1910 já dispunham de 10.000 atiradores à disposição do Exército, o qual, até 1916 não dispunha de reservas efetivas, conforme demonstramos em nosso artigo citado.

E foi no contexto adverso de um exército profissional sem reserva que se situa, com expressivo destaque, a grande iniciativa de Antônio Carlos Lopes.

No dia 20 de setembro de 1911, o Correio do Povo noticiou:
“Uma companhia de guerra do batalhão do Ginásio Anchieta formará, à tarde, prestando continência ao Presidente do Estado Dr. Carlos Barbosa.
Após as continências, a companhia de guerra, comandada pelo aspirante a oficial Arthur O. Travassos Alves, fará uma marcha de resistência.”

Em 07 de setembro de 1936, foi inaugurado uma herma, ao fundador dos Tiros de Guerra, na fronteira a Delegacia Fiscal, tendo em suas extremidades os escudos do Brasil e Rio Grande do Sul guardados por duas figuras de um leão e uma leoa, o autor do projeto foi o arquiteto e escultor W. Dreshler, na plana do pedestal está escrito:

“A Antonio Carlos Lopes
Homenagem dos Tiros de Guerra no Centenário Farroupilha”

Em novembro de 1940, na comemoração do bicentenário de Porto Alegre, os Tiros de Guerra 4 e 318 de Porto Alegre, colocaram uma nova placa comemorativa no monumento.

Sua patriótica iniciativa lhe valeu o título de Coronel Honorário do Exército e a construção em Porto Alegre, por iniciativa dos Tiros de Guerra nº 4 e nº 318 e, em Rio Grande, sua terra natal, e do Tiro de Guerra nº 1, duas hermas para perpetuar a sua memória na gratidão nacional.


Fruto de acordo entre as prefeituras locais e o Comando da Região Militar, os Tiros de Guerra têm por objetivo formar reservistas de 2ª Categoria – ou seja, um combatente básico de força territorial, apto a desempenhar tarefas na paz e na guerra, em defesa de nossas fronteiras, na defesa civil e em ações comunitárias. São organizados para serem pólos difusores do civismo, de cidadania e do patriotismo.

Desfile Tiro de Guerra - 1928

REFORMA MILITAR 1898-1945

A partir de 1874, coma adoção do Regulamento de Ensino voltado para o bacharelismo militar, o nosso Exército, em conseqüência e sem dispor de reservas, atingiu índice operacional inferior ao da guerra do Paraguai.

Em 1898, teve início a Reforma Militar que se prolongou até 1945, coroada com o desempenho da FEB que apresentou índices elevados de operacionalidade, ao lutar contra ou aliança com representações dos melhores exércitos do mundo. Havia dado um grande salto operacional desde Canudos.

A seguir a visualização da criação do Tiro de Guerra Brasileiro dentro do contexto histórico das principais ações da Reforma Militar, até 1922 – Centenário da Independência.

Em 1898, em viagem a Europa o Cap. Tasso Fragoso trouxe da Europa a idéia da necessidade de um Estado-Maior para o nosso Exército e Antônio Carlos Lopes, da Suíça, a idéia do Tiro de Guerra Brasileiro para a formação de reservas para o Exército que não as possuía, dado o seu caráter profissional.

Em 1898, foi criado o Estado-Maior do Exército e a Fábrica de Pólvora sem fumaça, em Piquete (SP).

Em 1899, a criação pelo EME da Revista Militar que defendeu o Serviço Militar Obrigatório.

Em 1900, plano de Reforma do Exército do Mal. João Nepomuceno Medeiros Mallet, visando um Exército com todas as características do Povo Brasileiro.

Em 07 de setembro de 1902, o CORONEL HONORÁRIO DO EXÉRCITO ANTÔNIO CARLOS LOPES FUNDOU EM RIO GRANDE, A SOCIEDADE DE PROPAGANDA DO TIRO BRASILEIRO, IDÉIA QUE ELE PROPAGOU PELO BRASIL.

Em 1904, o Ministro da Guerra, em artigo Reforma do Exército, apelou a seus companheiros para reformular o Ensino do Exército "como questão de vida ou morte para os destinos do Brasil e do próprio Exército".

Em 1904, fechamento da Escola Militar da Praia Vermelha, templo do bacharelismo militar, seguido da sua extinção.

Em 1905, adoção do Regulamento de Ensino do Exército, ponto de inflexão do bacharelismo para o profissionalismo militar e criação das ECEME, ESAO e Escola de Sargentos.

Em 1905, o General Hermes da Fonseca realizou as Manobras no Curato de Santa Cruz, que não se realizavam desde 1885.

Em 1906, criação da Escola de Guerra em Porto Alegre, para implementar o Regulamento de Ensino de 1905 e formadora até 1911, das gerações que consolidaram a Reforma Militar.

Em 1906, oficialização dos TIROS DE GUERRA já em desenvolvimento desde a criação do TIRO BRASILEIRO por ANTÔNIO CARLOS LOPES.

Em 1908, reorganização do Exército pelo Marechal Hermes da Fonseca:

- Leis do Serviço Militar, do Sorteio Militar, do Voluntariado, e da criação dos Tiros de Guerra, Criação das Brigadas Estratégicas, construção de novos quartéis e rearmamento do Exército com fuzis Mauser, metralhadoras Madsen, e canhões Krupp. Armas adquiridas com as respectivas fábricas de munições.

Em 25 de novembro de 1908, é apresentado na Praia Vermelha, ao Ministro da Guerra Mal. Hermes da Fonseca, como primeira Reserva do Exército, o Tiro de Guerra nº 7.

Em 1910, envio pelo Presidente Marechal Hermes da Fonseca de oficiais para estagiarem no Exército da Alemanha até 1912. Os tiros de guerra atingem 10.000 atiradores.

Em 1910, fundação da Revista dos Militares na 3ª RM (RS).

Em 1913, fundação da Revista A Defesa Nacional pelos jovens turcos, que em maioria estagiaram do Exército da Alemanha.

Em 1913, criação da Escola Militar do Realengo, reunindo as diversas escolas existentes de formação de oficiais.

Em 1915, campanha pró-adoção do Serviço Militar Obrigatório no Brasil em plena 1a Guerra Mundial, e levado a efeito por Olavo Bilac e nela cooperando Antônio Carlos Lopes, até 1916.

Em 07 de setembro de 1916, criação da Liga de Defesa Nacional (LDN), 14 anos depois da criação do Tiro de Guerra Brasileiro.

Em 10 de dezembro de 1916, primeiro Sorteio Militar no Brasil.

Em 1918, Brasil envia à França, 22 oficiais para absorção de doutrina militar vendo e combatendo.

Em 1918, Extinta a Guarda Nacional e as PM se tornam forças auxiliares e reservas do Exército.

Em 1919, criação da Missão Indígena na Escola Militar sob a direção de oficiais que haviam cursado o Exército da Alemanha, e, fundado a Defesa Nacional. Missão que atuou até 1921.

Em 1920, contrato da Missão Militar Francesa para o nosso Exército.

Em 1922, Centenário da Independência do Brasil.
Em Ordem do Dia do atual 4º BE Cmb em Itajubá é assinalado:

"O Exército está organizado à moderna A instrução é baseada em ensinamentos da 1ª Guerra Mundial. Esta equipado com o que de melhor produz a indústria bélica mundial. A tropa habita quartéis higiênicos e confortáveis. Os arsenais funcionando no reparo de armas bem como as e fábricas de munições. Já dispõe de carros de combate, esquadrilhas aéreas, e das escolas ECEME, ESAO e de Sargentos. Realizou as manobras de Saicã da 3ª RM. Ocorreu concentração rápida para atender emergência interna, A CONVOCAÇÃO DE VÁRIAS CLASSES DE RESERVISTAS NA PARADA DO CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA. FOI NOTÁVEL. O Exército está em boa situação e se prepara para o desempenho de sua missão: - A Segurança da Pátria."

Até 1969, a formação do atirador era realizada no período de 80 semanas.


A partir de 1970, a formação foi dividida em 1° e 2° semestres.

Tiro de Guerra - 1935

Formação do Atirador

O objetivo dos TGs é formar reservistas de 2ª categoria aptos ao desempenho de tarefas no contexto da Defesa Territorial e Defesa Civil.

Monumento ao Reservista

A formação do atirador é realizada no período de 40 semanas, com uma carga-horária semanal de 12 horas, totalizando 480 horas de instrução.
Há um acréscimo de 36 horas destinadas às instruções específicas do Curso de Formação de Cabos, e um terço desse tempo é direcionado para matérias relacionadas com ações de saúde, ação comunitária, defesa civil e meio ambiente.

Finalidade

- A Seção de Tiro-de-Guerra tem por finalidade coordenar os trabalhos desenvolvidos nos Tiros-de-Guerra do âmbito da 1ª Região Militar, sendo responsável pela seleção dos convocados que residem nas áreas tributáveis para os Tiros-de-Guerra, bem como pela seleção dos instrutores e auxiliares de instrução.

Instruções para Instrutores TG

Categoria: Tiro de Guerra
- Legislação Pertinente
   - Portaria nº 325/Cmt Ex, de 06 de julho de 2000;
   - Portaria nº 033/DGP, de 29 de agosto de 2000;
   - Decreto nº 2.040, de 21 de outubro de 1996 (R-50);
   - Portaria nº 01, de 02 de janeiro de 2002(R-138);

- Tempo de serviço mínimo na guarnição (04 anos), de acordo com o inciso III do Art. 65 da Portaria 033-DGP, de 29 de agosto de 2000 (IR 30-31);

- Tempo de permanência no Tiro de Guerra:
- 02 (dois) anos, com possibilidade de recondução por mais 01 (um) ano.

Os Tiros de Guerra (TG) Órgãos de Formação da Reserva (OFR), possibilitam a prestação do Serviço Militar Inicial, no município sede do TG, dos convocados não incorporados em Organização Militar da Ativa (OMA), de molde a atender à instrução, conciliando o trabalho e o estudo do cidadão.

Além de propiciar a prestação do serviço militar inicial, os TG devem:

I - contribuir para estimular a interiorização e evitar o êxodo rural;

II - constituir-se em polos difusores do civismo, da cidadania e do patriotismo;

III - colaborar em atividades complementares, mediante convênio com órgãos federais, estaduais e municipais, no funcionamento de ensino profissionalizante em suas dependências e na utilização das mesmas em práticas cívicas, esportivas e sociais, em benefício da comunidade local e,

IV - mediante autorização dos Comandantes Militares de Área: a) atuar na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e na Defesa Territorial b) participar na Defesa Civil e c) colaborar em projetos de Ação Comunitária. Objetivos dos TGs A instrução dos TGs deve ter por objetivo a preparação de:

I - munícipes conhecedores dos problemas locais, interessados nas aspirações e realizações de sua comunidade, e cidadãos integrados à realidade nacional.

II - reservistas de 2ª Categoria (Combatente Básico de Força Territorial), aptos a desempenharem tarefas limitadas, na paz e na guerra, nos quadros de Defesa Territorial, GLO, Defesa Civil e Ação Comunitária.
III - líderes democratas, atentos aos ideais da nacionalidade brasileira e à defesa do Estado Democrático de Direito.

A patriótica iniciativa de Antônio Carlos Lopes lhe valeu o título de Coronel Honorário do Exército e a construção em Porto Alegre, por iniciativa dos Tiros de Guerra nº 4 e nº 318 e, em Rio Grande, sua terra natal, e do Tiro de Guerra nº 1, duas hermas para perpetuar a sua memória na gratidão nacional.

Monumento ao Primeiro Tiro de Guerra, 1937
Placa de inauguração do monumento





Fontes:

BENTO, Cláudio Moreira. Serviço Militar Obrigatório no Brasil – sua implantação através do 1º Sorteio Militar. A Defesa Nacional nº 729, jan/fev 1987 p. 120-138, com 14 ilustrações. (pesquisa básica sobre o assunto).

ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO. História do Exército Brasileiro–perfil militar de um povo, Rio de Janeiro: Sergraf IBGG, 1972.v.2 .p.801/813 (Contribuição do Exército aos 150 anos da Independência do Brasil de cuja coordenação o autor participou como adjunto do Presidente da Comissão de História do Exército Cel. Francisco Ruas Santos).

SOUZA, Álvaro Tavares de. Antônio Carlos Lopes – criador do Tiro de Guerra Brasileiro. O Rio Grande, Rio Grande, 4 nov 1979.

Cláudio Moreira Bento

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