O Tilburie ou Carro de Aluguel
ao Transporte Coletivo
ao Transporte Coletivo
- Um limite muito claro que colocava Porto Alegre frente as
transformações necessários para seu desenvolvimento era o transporte público.
Antes do século XIX, o
transporte se resumia a palanquins e carruagens particulares.
Durante o fim do século XVIII e a
primeira metade do século XIX, os meios de transporte em Porto Alegre
tinham poucos lugares e a instabilidade de suas estruturas mecânicas
tornando-os barulhentos e pouco confortáveis.
Segundo Walter
Spalding, “Havia,
ainda, o transporte fidalgo – a “cadeirinha” – carregada por quatro escravos ou
lacaios.
Segue:
“O auge dos transportes coletivos foi o das
viagens puxadas por parelhas de cavalos de carroças, caleças (carruagem de
quatro rodas e dois assentos, puxadas por parelha de cavalos; vem do francês
caleche), os tilburis (carro de dois assentos e quatro rodas, sem boleia, sem
capota, puxado por um só animal, do inglês Tilbury), jardineiras (carro de
quatro rodas, puxado por cavalos, de uso geralmente em estâncias) e até carretas (carro de duas rodas) que pacientes
juntas de bois arrastavam pelas estradas e campos, até as ruas das vilas e
cidades”.
- Tílburié é uma carruagem leve, sem cobertura de
duas rodas, era uma pequena viatura de praça, espécie de *cabriolet* de dois
lugares (tibureiro e passageiro), puxado por um só cavalo.
Tilburie em Porto Alegre
Ponto de Tilburie junto a Praca XV
Ponto de Tilburie na Rua Sete de Setembro junto a Praca da Alfandega
Dois Tilburie em frente ao Banco da Provincia
Em 1818, foi
inventado pelo inglês Gregor Tilbury,
montado pela empresa construtora de carruagens, Mount Street. O condutor tem assento junto do passageiro. Na altura
em que foi inventada serviu de carruagem de aluguel na cidade de Londres.
- O nome foi derivado de seu inventor, Gregor Tilbury.
Por volta de 1830, de Londres, o veículo foi ter em Paris, e de lá para o Rio de Janeiro.'
- No Brasil, este tipo de carruagem ganhou capota e
foi utilizado como meio de transporte coletivo de um passageiro (o outro
assento era ocupado pelo tilbureiro/condutor).
- Por coincidência, uma das primeiras pessoas a
utilizar esses carros com assiduidade, no Rio de Janeiro, foi o padre William Paul Tibury, conhecido
professor de inglês.
- Como as pessoas diziam, ao ouvir o carro, “aí vem o
Tilbury”, muitos pensaram que o padre havia dado nome ao veículo.
- Em Porto Alegre, os principais pontos eram na Praça Conde D’Eu (Praça XV) e na Praça da Alfândega existia os
carros de aluguel, puxada a cavalo, “os Tílburis”.
- Estes meios de transportes foram utilizados ainda por muito
tempo.
Maxambomba
A partir da segunda metade do século XIX, passaram a conviver com o símbolo da modernidade, no que se refere ao transporte coletivo: o Bond. Precedido pela Maxambomba, que trafegava por trilhos de madeira, mas que já representava significativo avanço nos transportes públicos, o bonde com trilhos de ferro e puxados por animais, no caso o burro, deu à cidade novos ares.
A partir da segunda metade do século XIX, passaram a conviver com o símbolo da modernidade, no que se refere ao transporte coletivo: o Bond. Precedido pela Maxambomba, que trafegava por trilhos de madeira, mas que já representava significativo avanço nos transportes públicos, o bonde com trilhos de ferro e puxados por animais, no caso o burro, deu à cidade novos ares.
A cidade crescia pelos trilhos de ferro
do bonde. Trajeto que dava o sentido e a direção do crescimento urbano.
Diminuição das distâncias e aumento dos espaços de sociabilidade, promovidos
pelo transporte coletivo; - símbolo inconteste do progresso da cidade.
Bonde
Com a criação da Carris em 1872, (Carris de Ferro Porto-Alegrense) ocorreu novo melhoramento dos transportes. As linhas ainda com percursos não longos, como a cidade pedia, foram melhoradas.
Segundo Walter Spalding, com a
criação da Carris foram estendidas linhas para todos os arrabaldes: Navegantes,
Menino Deus, Glória, Teresópolis e Partenon.
Além da Carris de Ferro Porto-Alegrense, em 1893, formou-se
a Carris Urbanos, encarregada de explorar as linhas Independência e Floresta
(Cristóvão Colombo).
A Esta companhia possuía carros fechados.
No decorrer do século XX o transporte sofreu grandes
mudanças. Sustentado pelo ideal “desenvolvimentista”, os projetos de
transporte público conduziram os caminhos da modernidade na cidade.
Bonde Elétrico
Em 1906, a Carris Urbanos fundiu-se a Carris de Ferro dando origem a Companhia Força e Luz, que além de implantar os bondes elétricos era encarregada do fornecimento de energia elétrica para a cidade.
Em 1906, a Carris Urbanos fundiu-se a Carris de Ferro dando origem a Companhia Força e Luz, que além de implantar os bondes elétricos era encarregada do fornecimento de energia elétrica para a cidade.
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