Viação Aérea Rio Grandense
A
maior companhia de aviação privada do Mundo
1927
Rio Grande do Sul
– De Porto Alegre para o Mundo.
VARIG a primeira empresa de transporte aéreo
do Brasil.
Uma
história fascinante de homens e máquinas.
Homens
idealistas, empreendedores, dinâmicos.
Máquinas, sobretudo voadoras.
“No curso de suas atividades a VARIG procurou equipar-se em todos os sentidos, numa evolução constante, acompanhando a tecnologia e competindo com as maiores empresas estrangeiras.”
Entre as décadas de 1950 e 1970, a VARIG era uma das maiores e mais conhecidas
companhias aéreas privadas do Mundo, concorrendo até mesmo com a inigualável
Pan Am.
Varig
Ninguém a Salvou
Século XX
Década de 1920
O Início
Otto – Idealizador, Fundador
Otto Ernst Meyer
Otto
Ernst Meyer – Haiti
___O idealizador, Otto Ernst Meyer, era filho de pai
alemão e mãe francesa, radicado no Haiti,
embarcou para o Brasil.
-
Otto Ernst Meyer,
de pequena estatura, ágil, “cabeça dura”,
dotado de uma grande capacidade de trabalho.
- Meyer era muito respeitado por seus
amigos e querido por todos aqueles que o cercavam nas duras lutas dos idos de
1921.
1921
Otto – Recife
Em 27
de janeiro de 1921, Brasil, Recife, desembarca
na capital de Pernambuco para trabalhar nas empresas têxteis dos Irmãos Lundgren.
1922
Otto – Rio de Janeiro
Em
1922, Brasil, Rio de Janeiro, se
fixou na cidade, capital federal, onde trabalhou na agência de passagens
marítimas na empresa Theodor Wille,
onde continuou a concretizar seu objetivo.
1923
Otto – Porto Alegre
Em 13
de janeiro de 1923, Brasil, Porto Alegre, se
mudou para a capital do Rio Grande do Sul, “proeminente
Colônia Alemã”, ali se estabelecendo com um escritório de
representações.
Otto – Do Sonho ao Nome VARIG
___Mas o seu sonho
era fundar uma empresa de “aviação comercial”.
- Otto Meyer já planejava a organização
de uma empresa aérea e antes mesmo de fundá-la, deu o nome de empresa de Viação Aérea Rio-Grandense.
- Conhecimento do
assunto, Otto Ernst Meyer já
possuía, pois fora oficial da Força
Aérea Alemã.
Otto Ernst Meyer - Alemanha
___Otto Ernst Meyer, era um idealista
puro.
Otto – Proposta
___Ao industrial
para quem trabalhava propôs a criação de uma Companhia de Navegação Aérea.
- Mas não teve êxito.
___Em um documento
deixado por Otto Ernst Meyer, vamos
encontrar aspectos interessantes que retratam suas atividades na época.
Disse Otto Meyer:
“Sempre o chefe deve
lembrar-se de que o sólido futuro da obra planejada e o seu próprio sucesso
dependerão da escolha e da contínua valorização da equipe, do ambiente de
trabalho que ele poderá impor, da honestidade, disciplina e do idealismo dentro
da empresa e nas suas relações com as autoridades, imprensa e freguesia.”
1924
Otto – Tentativas de abrir a Empresa
___Palavras de Otto
Meyer:
“Esforçamo-nos em transmitir as nossas
experiências aeronáuticas provindas da velha Europa ao Brasil, quem
ambiciosamente, estava tomando consciência da necessidade premente para
assegurar, em vista de seus problemas geográficos, um lugar importante no então
nascente tráfego aéreo comercial”.
- Entretanto por não estar, ainda, suficientemente madura
a mentalidade pública e do capital, fracassaram:
·
Entre princípios de 1921 e
·
Fim de 1924,
duas tentativas de Otto Meyer e de
antigos companheiros de armas (Hans
Joesting e Hans Cronau) para
organizar empresa de transporte aéreo no país.
___Entretanto, apesar destes insucessos, Otto Ernst Meyer não desanimava.
1925
Em
1925, Brasil, Porto Alegre, Otto
Meyer se
desfez de empresa de comissões e consignações.
Porto Alegre – Rio Grande do Sul
- A pacata cidade de
Porto Alegre nem tomava conhecimento
da febril atividade de Otto Ernst Meyer.
- O Mundo rodava
devagar, os cafés abrigavam a boemia elegante, a política era coisa só de
jornais, a tração animal predominava nos transportes urbanos, havia serestas e
os literatos se reuniam em tertúlias.
___Em um documento
deixado por Otto Ernst Meyer, vamos
encontrar aspectos interessantes que retratam suas atividades na época.
Fins
de 1925, Brasil, Porto Alegre, a
vida corria normalmente, até que novos
esforços, desenvolvidos em fins de 1925 e princípio de 1926, começaram,
finalmente, a encontrar interesses positivos entre personalidades de destaque
no Rio Grande do Sul; “estes inclinados a
contribuir com o seu real prestígio e alguma participação financeira”.
Sociedade
- Compreendendo a
magnitude do empreendimento, homens de negócio não negaram o seu apoio
financeiro, em conjunto com diversas “personalidades
teuto-brasileiras” do Rio Grande
do Sul, eles:
·
Major
Alberto Bins,
·
José Bertaso,
·
Charles Freb,
·
Rodolfo Ahrons,
·
Adroaldo Mesquita da Costa,
·
Artur Bromberg,
·
Waldemar Bromberg,
·
Emílio Gertum,
·
Jorge Pfeiffer,
·
Ernst Rotermund,
·
Rudolph Ahrons.
- E assim formou-se
um grupo de subscritores, dispostos a tornarem-se os incorporadores da empresa
projetada.
- O povo em geral,
também deu seu incentivo, adquirindo ações.
1926
Otto – Pedido de Insenção
Em 06
de outubro de 1926, Brasil, Porto Alegre, orientado
pelo major Alberto Bins (futuro
intendente (prefeito) de Porto Alegre, Otto
Ernst Meyer deu entrada, no Palácio
do Governo, a um pedido de isenção de imposto estadual para à futura “Empresa de Aviação Aérea Rio Grandense”, pelo
prazo de 15 anos.
- Este pedido teve o
apoio do governador Antônio Borges de
Medeiros.
Otto – Alemanha
Em 12
de outubro de 1926, Brasil, Otto Ernst Meyer embarcou de volta a sua Pátria,
a Alemanha, para aquisição de
equipamentos.
Em 30
de outubro de 1926, Brasil, Porto Alegre, a
solicitação para a empresa de “aviação comercial” ao
Governo do Estado foi concedida.
Otto – Aquisição de Equipamentos
Em
novembro de 1926, Europa, Alemanha, em
Hamburgo, Otto Ernst Meyer realizou os primeiros contatos com as grandes
firmas e indústrias do gênero a fim de conseguir tripulantes e aviões
apropriados para o transporte comercial.
Otto – Lufthansa e a Condor Syndikat
-
Otto Meyer fez
um acordo com a Lufthansa e a Condor Syndikat, que trouxeram o avião Dornier Wal para o Brasil.
- Em Hamburgo (Alemanha) decidiu que Syndicato Condor participaria na VARIG, sendo elas pagas com aviões e a
assistência técnica para sua manutenção, desde logo, a vinda do avião “Atlântico”, ao Brasil, para vôos de demonstração e
de estímulo ao empreendimento.
- Também ficou acertado um contrato que previa a compra do “Atlântico”, pagável por cessão de ações no montante de 21% sobre o capital. Mas, para que a iniciativa fosse coroada com êxito, tornava-se necessário conseguir uma licença para vôos regulares e extraordinários no território nacional.
Nota:
-
Quem fez o primeiro vôo no Brasil, a Condor
Syndikat ou a VARIG?
-
A Condor Syndikat era brasileira ou alemã?
- Na verdade foram
três companhias aéreas que participaram do início da aviação comercial
brasileira:
1) Condor Syndikat – companhia aérea
alemã.
2) Syndicato Condor – companhia
brasileira.
3) VARIG – companhia brasileira.
- A Condor Syndikat foi fundada no dia 05
de maio de 1924 em Berlim, Alemanha.
A companhia tinha como objetivo promover as aeronaves alemães e estudar possibilidades
de tráfego aéreo na América do Sul e
América Central. A companhia se uniu
à SCADTA (futuramente a Avianca)
para ligar os Estados Unidos, a América Central e a Colômbia.
- Em 1926, a Lufthansa foi criada e passou a
controlar a Condor Syndikat.
Em 26 de janeiro de 1927, Brasil, Rio de Janeiro, o Governo Brasileiro autorizou a Condor Syndikat a voar no Brasil por um ano.
___Era a arrancada
final para o funcionamento da “nova empresa gaúcha”.
Otto – E o Secretário
___A esta altura, “necessitando muito do auxílio de um secretário para
vencer o fabuloso aumento dos mais diferentes serviços.”, Otto Ernst Meyer publicou respectivo
anúncio.
- Foram poucos que
se apresentaram.
- O salário não era
o dos melhores e, além disso, faltava confiança no êxito do negócio:
“Um candidato,
porém vigoroso, moço de 19 anos –
conta Otto Meyer – que nenhuma
importância quis dar ao que poderia oferecer de ordenado do meu bolso, muito me
interessou e logo o convidei a pendurar o chapéu e o casaco no cabide e por em
movimento a máquina de escrever, para que juntos, tentássemos vencer aquela
avalanche de trabalho, pronta para soterrar a iniciativa. Até hoje, a VARIG nunca se arrependeu
dessa escolha.”
Otto – Primeiro Funcionário
- Estudante de medicina foi contratado por Otto Ernst Meyer, e aos 19 anos e tornou-se o primeiro
funcionário da VARIG, como auxiliar de
escritório e secretário de seus diretores fundadores.
- Chamava-se Ruben Martins Berta, o “moço vigoroso” que se tornou o primeiro “funcionário da navegação aérea”, no Brasil, e mais tarde sucessor de Otto Ernst Meyer, na presidência da empresa
Nota:
Ruben Martin Berta,
(Porto Alegre, 05 de novembro de 1907 – Rio de Janeiro, 14 de dezembro de
1966).
-
Filho de Martin Félix Berta e Helena Maria Lenz.
-
Casado com Wilma Weber Berta e pai
de Ivone e Eliete.
Otto – Ruben Berta
- Os dois Meyer e Berta – faziam tudo.
___Limpavam o
escritório, tratavam da propaganda, da administração, etc. ...
___Trabalho intenso,
árduo, tenso.
1927
Otto – Buscar o Atlântico
___Apelidado de “Atlântico”, para 9 passageiros, o hidroavião Dornier
Do J Wal, considerado um dos mais modernos de sua época.
“Atlântico”: primeiro avião da VARIG
Otto – Hidroavião Dornier Do J Wal
Em 27
de janeiro de 1927, Brasil, Rio de Janeiro, as 09:30h,
manhã, Otto Ernst Meyer embarcou no
avião “Atlântico”, com destino a Porto
Alegre/RS.
“Atlântico”: Baia da Guanabara
Embarque
___No Rio de Janeiro, na Baia da Guanabara, para embarcar, os passageiros entravam num
barco, que os levava até a aeronave.
- Embora não
formalizado, a aeronave já pertencia a VARIG
e com ela faria sua primeira linha.
Nota:
-
A primeira aeronave da Viação Aérea Rio
Grandense foi uma “hidroavião”.
Otto – Escalas até Porto Alegre/RS
___O hidroavião “Atlântico” fez escala com recepções jubilosas em:
·
Santos-SP,
·
São Francisco do Sul-SC,
·
Florianópolis-SC.
Otto – Chegada à Porto Alegre/RS
Em 29
de janeiro de 1927, Brasil, Porto Alegre, 12:30h, o “Atlântico”
aterrisou na capital, no Rio
Guaíba; a tripulação era constituída pelo:
·
Comandante,
Rudolf Cramer von Clausbruch,
·
Engenheiro
e piloto, Max Sauer,
·
Mecânico
de bordo, Franz Nuelle.
Passageiros:
·
Tenente-aviador,
Henrique Fontenelle,
·
Otto Ernst Meyer.
“Atlântico”: Chegada em Porto Alegre
Condor Syndikat VARIG – Vôo de
Propaganda
Em 03
de fevereiro de 1927, Brasil, Porto Alegre, aconteceu o “primeiro
vôo comercial” do Brasil, “vôo de estudo,
propaganda e escolha do lugar apropriado”, nas margens do Saco da Mangueira, na cidade de Rio Grande/RS, para a instalação da
primeira oficina de conservação, revisão e conserto, montagem e depósito do
material em tráfego e a chegar.
___Operado pela Condor Syndikat para a VARIG.
Condor Syndikat VARIG – Saída de Porto
Alegre/RS
___O vôo decolou as 08:00h da manhã de Porto Alegre/RS, com destino ao Rio Grande/RS, fazendo escala em Pelotas/RS.
Nota:
-
Quem realizou a operação foi a Condor
Syndikat porque a VARIG
– Viação Aérea Rio Grandense ainda não tinha sido
oficialmente criada.
Condor Syndikat VARIG – Passageiros
___O “Atlântico” levava a bordo por passageiros:
·
srta.
Maria Echenique, como portadora de
uma mensagem do intendente (prefeito) de Porto Alegre, Otávio Rocha, ao seu colega da cidade de Rio Grande, João Fernandes Moreira,
·
sr.
Guilherme Gastal e
·
sr.
João Oliveira Goulart, estes como
passageiros pagos e que foram, desta forma, os “primeiros
passageiros regulares” da aviação comercial brasileira.
Condor Syndikat VARIG – Malas Postais
___Também levava
malas postais dos Correios, a título
de propaganda.
Condor Syndikat VARIG – Chegada em Rio
Grande/RS
___A emoção dominava
a todos e o “Atlântico” foi recebido pela
população de Rio Grande, ao acenar
de lenços e exclamações de admiração.
Estação Pelotas – VARIG
Pelotas – RS
- Estação em Pelotas, local onde os passageiros da VARIG esperavam para embarcar.
- O entusiasmo
envolvera todo o Rio Grande do Sul
e, assim, surgiram novos “subscritores de ações”
em todo o Estado.
Condor Syndikat VARIG – Vôo Comercial
Em 22
de fevereiro de 1927, Brasil, Porto Alegre, o “Atlântico” faz
seu “primeiro vôo comercial”.
Ø
Linha/Rota:
Porto Alegre/RS – Rio Grande/RS,
Ø Escala: cidade de Pelotas/RS,
Ø
Duração:
2 horas e 20 minutos de vôo.
Condor Syndikat VARIG – Rota
___A primeira rota
da VARIG ficou conhecida como a "Linha da Lagoa" e ligava Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande.
- O vôo era feito em
baixa altitude, entre 20 e 50 metros, sobre a Lagoa dos Patos, numa velocidade de cruzeiro de 160 km/h.
- O avião tinha
capacidade para levar 9 passageiros.
Condor Syndikat VARIG – Primeiros
Serviços
___A VARIG construiu uma rampa e algumas oficinas na Ilha Grande dos Marinheiros, na foz do Rio Jacuí, bem em frente a cidade de Porto Alegre, para servir como base de
operações.
Bilhete
___O vôo durava cerca de duas horas e 20 minutos, bem mais rápido do que uma
viagem de trem e o bilhete não era
muito mais caro.
Excesso de Peso
- No check-in, o
passageiro era pesado junto com a sua bagagem, e se passasse de 75 kg era cobrado como excesso.
Deslocamento até o Avião
___Os passageiros
eram levados de barco até a
aeronave, no Rio Guaíba.
Serviço
de Bordo VARIG:
___No primeiro serviço de bordo da VARIG, eram distribuídos para os passageiros:
·
Algodão,
e
·
Chicletes.
- O algodão servia para colocar nos ouvidos
para abafar o barulho dos motores e os chicletes
para aliviar o desconforto causado pela mudança de pressão.
VARIG – Estatuto
Em 1º
de abril de 1927, Brasil, Porto Alegre, foi
“convocada a primeira Assembleia” preparatória,
em que foi apresentado e discutido o “projeto de
estatuto” da empresa, elaborado pelo dr. Adroaldo Mesquita da Costa e Carlos
Maria Bins.
Porto Alegre
Rio Grande do Sul
Brasil
VARIG
Fundação
VARIG – Fundação
07 de
maio de 1927, Brasil, Porto Alegre, é
fundada na cidade capital do Rio Grande do Sul, sob o nome Viação Aérea Rio Grandense pelo alemão Otto Ernst Meyer.
-
A Viação Aérea Rio Grandense foi
oficialmente registrada, funcionando como secretários:
·
José Bertaso e
·
Theophilo de Barros,
- A Assembléia Geral formada por 550 acionistas de Porto Alegre, Pelotas, São Leopoldo, Rio Grande, Novo Hamburgo
e Cachoeira; aclamavam comovidos, a
fundação da primeira empresa aérea brasileira, a VARIG
– Viação Aérea Rio Grandense, com sede em Porto Alegre, capital do estado do Rio
Grande do Sul, Brasil.
·
Otto Ernst Meyer foi eleito Diretor Gerente,
·
O cmte. Rudolf Cramer von Clausbruch, Diretor
Técnico,
·
O
eng. cmte. Fritz Hammer, Diretor
Delegado.
- Iniciava-se assim,
a fase de plena realização, ansiosamente planejada.
- O capital previsto
– 1$000 contos de réis, divididos em ações nominativas de 200 réis, foi integralmente subscrito,
sendo as chamadas feitas através da imprensa, prontamente atendidas.
- A parte da Condor Syndikar, em pagamento do “Atlântico”, era de 21%, mais tarde transferida ao governo do general A. J. Flores da Cunha.
O novo diretor Otto
Ernst Meyer,
proferiu:
“A VARIG
foi criada para servir.
- Ela tomará parte em
todos os progressos na estrada ao grande futuro do país, nas recompensas
alcançadas, levando com dignidade o pavilhão nacional para muito além de nossas
fronteiras.
- Tenho convicção de que a
VARIG, graças ao alto espírito de responsabilidade de seu elemento
humano, saberá caminhar sempre pela trilha do progresso.”
VARIG – Fim Contrato Condor Syndikat
Em 15
de junho de 1927, Brasil, Porto Alegre, foi
findo o contrato de fretamento dos serviços da Condor Syndikar, de Berlim
(Alemanha), passando ao cmte. Cramer von
Clausbruch e o mecânico Franz Nuelle,
para o quadro de funcionários da VARIG.
- Assim foram
liquidados todos os compromissos assumidos 6
meses antes em Berlim, pelo
fretamento do avião, tripulantes, conselheiro técnico, serviços de revisão do “know-how”.
VARIG – Autorização de Voo
Em 10
de Junho de 1927, Brasil, Rio de Janeiro, ocorreu
autorização do governo para vôos nas costas de Santa Catarina, Rio Grande
do Sul e extensão até Montevideo.
Hidroavião – Matrícula
___O
hidroavião Dornier
Wal “Atlântico”
possuía matrícula P-BAAA que passou
a PP-CAA, com a mudança da forma da
matrícula brasileira, no livro diário da VARIG,
que assumia com plena responsabilidade, os serviços na sua linha tronco sobre a Lagoa
dos Patos, entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande.
Em 15
de junho de 1927, Brasil, Porto Alegre, a
Linha da Lagoa e o avião Dornier Wal "Atlântico"
foi transferido da Condor
Syndikat para a VARIG.
Nota:
Syndicato Condor
___No entanto a Condor Syndikat queria continuar
presente no Brasil e criou uma subsidiária brasileira, a Syndicato Condor.
Em 20
de agosto de 1927, Brasil, Rio de Janeiro, a companhia já havia recebido autorização para voar
entre o Rio de Janeiro e Recife
Em 1º
de dezembro de 1927, Brasil, Rio de Janeiro, a Syndicato
Condor foi fundada.
- A Condor Syndikat também já havia
reservado dois Dornier Wal e um Junkers G-24 para a operar na sua
subsidiária brasileira.
- Em pouco tempo a Syndicato Condor se tornou a segunda
companhia aérea mais importante do Brasil, atrás apenas da Panair do Brasil.
VARIG – Passageiros Transportados
Em
1927, no final, Brasil, Porto Alegre, a
VARIG
transportou um total de 668
passageiros.
VARIG – Segundo Avião
___A VARIG
recebeu sua segunda aeronave, o Dornier
Merkur, batizado de "Gaúcho".
- No início, a VARIG operava hidroaviões
(além do Dornier Do J, contava com o
Dornier Do-B Merkur) a partir da Ilha Grande dos Marinheiros, no Rio Guaíba, operando principalmente nas
regiões Sul do Brasil.
VARIG – Dificuldades
___Para Otto Meyer o tempo marchava, e com ele
e até mesmo a frente dele, também a aviação. A VARIG
enfrentava as dificuldades naturais de um empreendimento pioneiro.
- Enquanto a VARIG voava apenas no estado do Rio Grande do Sul, a Syndicato Condor voava para o Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil, além de Montevidéu,
no Uruguai, e Buenos Aires, na
Argentina.
- A companhia VARIG também adquiriu dois Klemm L-25, mas estas aeronaves não costumavam levar passageiros,
pois só haviam 2 lugares no avião:
para um passageiro e outro para o piloto.
VARIG – Klemm – Mala Postal e
Propaganda
___Essa aeronaves
eram utilizadas para o transporte de “malas postais”
e também faziam “propaganda da aviação comercial” em
cidades do interior do Rio Grande do Sul.
Década de 1930
1930
VARIG
– Devolve Aeronaves
Em
1930, Brasil, Porto Alegre, a
Condor Syndikat saiu da sociedade e
a VARIG teve que devolver os hidroaviões “Atlântico e o Gaúcho”.
VARIG
– Sem Aeronaves
___Sem aeronaves
para transportar passageiros, a VARIG buscou
ajuda com o governo do Estado do Rio Grande do Sul.
VARIG
– Campo São João
___A companhia
ganhou um “terreno” no São João, zona Oeste/Norte da capital para construir um “hangar”, instalações e
adquirir novas aeronaves.
VARIG
– Monomotor
- A era dos
hidroaviões havia ficado para trás e a aviação brasileira entrava na era dos
monomotores terrestres.
VARIG – Pistas
___A VARIG construiu pistas de pouso e decolagem em cidades do interior do Rio Grande do
Sul.
- Nessa época os
campos de aviação eram simples áreas demarcadas, sem qualquer balizamento.
1932
VARIG – Trem de Pouso – Junkers A-50
Junior
Em
1932, Brasil, Porto Alegre, comprou
seu primeiro “avião com trem de pouso”, um Junkers A-50 Junior.
- E depois o Junkers F.13, iniciando suas operações
em Porto Alegre, no Campo de São João (terreno que daria
origem ao Aeroporto Internacional Salgado Filho).
“Junkers”
Nota:
-
Aviões terrestres substituíram os hidroaviões. Eram inicialmente 02 Junkers F-13 e 01 Junkers A-50.
- A VARIG operava apenas vôos regionais no Rio Grande
do Sul com aviões de diferentes tipos e origens, “priorizando
aviões de fabricação alemã”.
1933
Em
1933, Brasil, Porto Alegre, a
VARIG já servia a quase todo o território do
Estado do Rio Grande do Sul:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Bagé,
Ø Livramento,
Ø Uruguaiana,
Ø Santa
Cruz,
Ø Torres,
Ø Cruz
Alta,
Ø Santa
Maria,
Ø
Santo Ângelo e outras cidades.
VARIG – Localizar a Rota
___Com a expansão
para as cidades do interior, os pilotos da VARIG
criaram uma maneira inusitada de se guiar.
- Para saber se
estavam na rota certa, eles observavam se os animais se assustavam ou não com o
barulho do motor da aeronave.
ü
Se eles se assustavam, era sinal
de que não estavam acostumados com o barulho e então estava na rota errada.
ü
Se os animais eram indiferentes,
estava na rota certa.
1936
VARIG – VAE
Em 1936,
em fins, Brasil, Porto Alegre, foi
criado o Departamento Aero-desportivo
com o nome Varig Aero Esporte-VAE.
Campo São João - futuro Aeroporto Salgado Filho
Hangar VAE
VARIG – Escola de Pilotos
Em
1936, Brasil, Porto Alegre, como
já “constava no estatuto” de 1927,
iniciou-se o treinamento da “primeira turma de
pilotos civis”.
Campo São João - futuro Aeroporto Salgado Filho
1937
Em
1937, Brasil, Porto Alegre, a
“estrela da frota” nos Anos 30 chegou, era o Junkers
JU52.
- Capaz de
transportar 17 passageiros, a
aeronave era um “Jumbo” para época e só
entrava em operação quando havia passageiros suficientes.
- Nesses primeiros
anos, a VARIG operou alguns tipos únicos em
sua frota e alguns aviões arrendados de outras empresas recém criadas como o Syndicato Condor.
VARIG – Novos Aviões
___Mais tarde, a VARIG adquiriu 01 Messerschmidt, 01 Dragon
Rapid de Havilland, 01 Fiat, 01 Junkers-52, de 20
lugares.
- Durante quinze
anos, Otto Ernst Meyer dirige a VARIG, tendo Rubem
Berta sempre ao seu lado.
Década de 1940
1941
VARIG – Segunda Guerra Mundial
Em
1941, Brasil, Rio de Janeiro, o
Brasil tomou posição, na guerra, ao lado dos Aliados, contra a Alemanha.
VARIG – Troca de Presidente
___Otto
Ernst Meyer
considerando sua origem alemã, e para evitar possíveis dificuldades à empresa,
achou por bem renunciar à presidência, embora fosse instado a não fazê-lo.
- Quando o Brasil
entrou na Segunda Guerra Mundial, ao
lado dos EUA, as companhias aéreas
brasileiras de origem alemã (VARIG e Syndicato Condor) tiveram que cortar
seus laços com a Alemanha.
- Na VARIG, o fundador e presidente deixou a companhia
e as aeronaves alemães Junkers foram
substituídas por outras aeronaves.
- Até aquele momento,
a maioria da frota da VARIG era composta de
aeronaves alemãs e, com a II Guerra, se tornava cada vez mais
difícil conseguir peças para essas aeronaves, forçando assim uma renovação da
frota.
Nota:
-
A Syndicato Condor foi
nacionalizada, todos alemães foram afastados.
-
A companhia foi rebatizada como Serviços
Aéreos Cruzeiro do Sul e a frota da empresa foi substituída por aeronaves
americanas.
VARIG – Segundo Presidente
Em
dezembro de 1941, Brasil, Porto Alegre, Rubem Berta de secretário se tornou
presidente da companhia.
Rubem Berta
___O sonho de Rubem Berta era ver a VARIG dar a volta ao Mundo.
VARIG – Plano de Metas
___ Rubem Berta era conhecedor profundo da
companhia, uma de suas primeiras preocupações foi traçar um novo plano de rotas
domésticas e internacionais.
VARIG – De Havilland Dragon
___A primeira nova
aeronave adquirida foi o De Havilland
Dragon Rapide, de origem inglesa.
“De Havilland Dragon Rapide”: da VARIG, exposto no MUSAL
1942
VARIG – Primeira Rota Internacional
Em 05
agosto de 1942, Brasil, Porto Alegre, a
VARIG operou seu “primeiro
vôo internacional”, com a aeronave inglesa De Havilland DH-89 Dragon Rapide:
Ø
Linha/Rota:
Porto Alegre/RS – Montevidéu (Uruguai),
Ø Escala:
Ø
Duração:
1943
VARIG – Electra
Em
1943, Brasil, Porto Alegre, a
VARIG encomendou 08 Lockheed Electra L-10E
para a sua expansão e renovação da frota.
- Foi com o Electra que teve início a padronização
da frota, o que reduziu custos de manutenção e treinamento e iniciou a expansão
da VARIG dentro do Brasil.
“Lockheed Electra L-10E”:
VARIG – Serviço de Bordo
___Iniciou o serviço
de bordo em aeronaves da VARIG.
Serviço
de Bordo VARIG:
·
Caixa de Lanches Frios, distribuída aos passageiros
pelo “Copiloto”, pois na época não existiam “Aeromoças ou Comissários”.
Nota:
-
Os Lockheed L-10E operaram até a
década de 1950.
1945
VARIG – Fundação de Funcionários
Em
1945, Brasil, Porto Alegre, Rubem Berta conquistando uma vitória mais
decisiva que qualquer progresso técnico; a lealdade e a admiração de seus
funcionários, com o fim da II Guerra
resolveu dar novos rumos para o problema da valorização do empregado e suas
relações com o patrão, articulou a transferência do controle acionário para a Fundação dos Funcionários da Varig
(depois Fundação Ruben Berta).
- A proposta de Rubem Berta foi aprovada, pela Assembléia de Acionistas da empresa,
com a constituição de uma “Fundação de Funcionários”,
que ele próprio concebera, baseado em suas convicções pessoais e nos princípios
da Encíclica: “Rerum Novarum” do Papa Leão
XIII.
- Ao colégio
deliberante, constituído por funcionários eleitos por antiguidade ou por mérito
reconhecido, cabe eleger o presidente da Fundação,
examinar as contas e aprovar orçamentos.
- Através da Fundação foram proporcionados aos
funcionários e seus dependentes diversos benefícios, tais como assistência
médica e dentária, serviço social, etc. .., totalmente gratuitos, além de
oferecer a preços módicos, refeições, retiro de férias, empréstimos e outros
benefícios.
VARIG – Ousadia
___Foi a mais “ousada e inovadora” contribuição de Rubem Berta para a VARIG, a criação da Fundação de Funcionários da Varig, todos os funcionários da
companhia pertenciam à Fundação, que
passaria a deter 50% do controle da empresa.
Nota:
-
Por conta da Segunda Guerra Mundial,
Otto Ernst Meyer, assim como todos
os alemães no Brasil foram perseguidos e ou extraditados.
1946
VARIG – Expansão
A
partir de 1946, Brasil, Porto Alegre, a
VARIG apresentou sua “maior expansão de todos os tempos”. Com o final da Segunda Guerra Mundial, as aeronaves
eram encontradas a preços baixíssimos no mercado.
- A VARIG expandiu suas rotas para cidades:
Ø
Linha/Rota:
no interior de Santa Catarina; interior
do Paraná;
Ø Florianópolis;
Ø Curitiba.
Ø Escala:
Ø
Duração:
VARIG – Douglas
No dia
27 de agosto de 1946, Brasil, Porto Alegre, foi inaugurada a linha:
·
Porto Alegre – São Paulo – Rio de Janeiro,
com o Douglas DC-3¸ completando-se
assim, a interligação de todas as capitais do Sul do Brasil.
- Os tipos mais
importantes que a VARIG adquiriu nesse
período foi primeiro os Douglas DC-3.
Esses aviões permitiram a VARIG se expandir
rapidamente, chegando a operar rotas até para os remotos aeródromos do
Nordeste.
“Douglas DC-3”
- Essa frota tinha
tendência a só aumentar ao passo que a VARIG
crescia e engolia empresas menores.
Nota:
-
Os primeiros Douglas DC-3 e os Curtis C-46 operaram até a década de
1970, sem sofrer qualquer acidente ou incidente considerado grave.
1948
VARIG – Curtiss
Em
1948, Brasil, Porto Alegre, o
primeiro Curtiss C-46 foi
incorporado na frota da VARIG.
- Eles eram maiores
do que o DC-3 e tinham três
configurações básicas: Luxo, Mista e Cargueiro.
“Curtiss C-46”
- A versão Luxo tinha assentos maiores e mais
confortáveis, e por isso os vôos operados com essa configuração tinham uma
tarifa mais cara.
- O Curtiss C-46 versão Cargueiro foi a “primeira aeronaves puramente cargueira” operada pela VARIG. Nessa época o transporte de cargas via
aérea ainda estava se desenvolvendo e permitiu coisas antes impossíveis como
poder entregar um jornal no mesmo dia em outra região do país ou transportar
alimentos extremamente perecíveis.
Década de 1950
1950
VARIG – Operações no Brasil
Em
1951, Brasil, Porto Alegre, a
VARIG tinha suas operações limitadas ao Sul
do Brasil, até a capital federal, Rio de
Janeiro.
1951
VARIG – Compra da Aero Geral
Em
1951, Brasil, Natal, a
VARIG adquire a Aero Geral, uma pequena e deficitária companhia, prolongou sua rota
até a cidade de Natal/RN, Nordeste
do país.
1952
VARIG – EVAER
Em
1952, Brasil, Porto Alegre, foi
iniciada a primeira turma do “Curso de Pilotos Comerciais”,
da Escola Varig de Aeronáutica-EVAER,
localizada em Porto Alegre.
- Na mesma época
foram criados os cursos de Técnicos
Industriais de Manutenção de Aeronaves, da Escola Senai-Varig-EVAER.
1953
VARIG – Segunda Rota Internacional
Em 30
de junho de 1953, Brasil, a
rota para Montevidéu (Uruguai) foi
expandida para Buenos Aires
(Argentina), o “segundo destino internacional” da
VARIG, operado com o Curtiss C-46, 3 vezes
por semana.
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Buenos Aires (Argentina)
Ø Escala: São Paulo – Porto Alegre
– Montevidéu
Ø
Duração:
Nota:
-
Nessa época o vôo durava cerca de sete horas e 10 minutos.
VARIG – Estado Unidos
Em
1953, Brasil, Porto Alegre, o
Governo Federal garantiu a VARIG o direito
de voar para Nova York (EEUU) como
linha regular.
- A VARIG sofreu uma reestruturação completa depois
dessa autorização.
VARIG – Constellation
___Para isso a
companhia encomendou aeronaves Convair
240 e os quadrimotores Lockheed
Super Constellation, destinados respectivamente as rotas de Nova York, rotas-tronco domésticas e
rede do interior.
VARIG – Convair
___Os Convair 240 eram as aeronaves mais
velozes da época e iriam alimentar os vôos internacionais, feitos pelos Constellations.
“Convair 240”
Em
1955, Brasil, chegaram
os primeiros Lockheed Constellation,
e com eles a VARIG inaugurou a sua rota mais
prestigiosa.
- Esses aviões
ficaram conhecidos pelo seu “luxo e sofisticação” a
bordo.
Nota:
-
Os Constellation operaram até a
década de 1960, substituídos pelos Boeing 707.
1955
VARIG – Nova York
Em 28
de julho 1955, Brasil, Rio de Janeiro, decolou
o primeiro vôo da VARIG com destino a Nova York (EEUU).
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Nova York (EUA)
Ø Escala: Belém/PA – Porto f Spain
(Trinidad) – Santo Domingo
(Dominicanas)
Ø Duração:
Ø
Frequência:
2 vôos semanais
Nota:
- O vôo também
seguia para o Sul, saindo do Rio de
Janeiro, passando por São Paulo,
Porto Alegre, Montevidéu, até Buenos Aires.
Qualidade – VARIG
___A VARIG criou também um “serviço
de bordo” de alto padrão, oferecendo o melhor atendimento aos
passageiros em terra e em vôo.
VARIG – Comissárias
___Com o vôo para os
EUA a VARIG contratou, pela primeira vez, “Comissárias mulheres”, pois até então somente homens atuavam nessa função.
- Como os Constellations tinham “camas”, não era conveniente que “mulheres e crianças” com roupas de dormir fossem
atendidos por homens.
VARIG – Serviço de Primeira
___O conforto e o
serviço de bordo oferecido pela VARIG nos Constellation eram inigualáveis e
fizeram com que a companhia fosse reconhecida internacionalmente pela sua
qualidade.
VARIG – Conforto
___Os Super G Constellations possuíam:
·
15 assentos de Classe Turística na parte da frente do avião,
·
5 fileiras, 3 de um lado e 2 do
outro.
·
2 lavatórios vinham logo atrás,
seguidos de
·
28 assentos de Primeira Classe dispostos em 4
fileiras, dois a dois.
·
Depois
havia uma “sala de estar”, com assentos
giratórios, e depois
·
11 assentos de Primeira Classe.
VARIG – Cozinha Internacional
___A cozinha da VARIG contava com um cozinheiro da Família Real Russa.
- Para muitos as
refeições servidas pela VARIG era melhor do
que de qualquer restaurante no Brasil.
Padrão – VARIG
___Com suas novas
responsabilidades a VARIG criou um “serviço
de bordo de alto padrão”.
Empenhou-se no
cumprimento rigoroso de seus horários e em oferecer o melhor atendimento aos
passageiros, em terra e no vôo.
- Mas conjugado a
isto, estava a necessidade de oferecer aviões mais modernos, à altura do
prestígio e das responsabilidades da empresa capaz de mantê-la a frente de toda
a competição na importante linha de Nova
York (EUA).
Instalações da Varig – Porto Alegre – 1950
VARIG – Disputa: Pan Am – Real
___Todas as atenções
da VARIG estavam voltadas para a sua mais “glamorosa rota” ligando o Rio de Janeiro a Nova York.
Porém a companhia tinha duas principais concorrentes a americana Pan Am e a brasileira Real.
- A Pan Am era simplesmente a maior e mais
poderosa companhia aérea do Mundo e para competir com ela a VARIG sabia que precisava caprichar no serviço
tanto em terra quando a bordo.
- A Real também era novata nas rotas
internacionais e passou a voar para Los
Angeles e Miami depois de
comprar a Aerovias. A Real chamava atenção pelas tarifas
abaixo da média, mas a disputa mais marcante ficou mesmo por conta de quem
tinha a aeronave mais moderna.
VARIG – Lockheed L1049
___Inicialmente a
encomenda da VARIG eram três Lockheed L1049E, conhecidos como Super E Constellation. A empresa mudou
a encomenda para a versão mais moderna o Lockheed
L1049G ou Super G Constellation.
Porém a Real adquiriu a versão Locheed L1049H e colocava em letras
garrafais nos anúncios "Super H
Constellation".
VARIG – Rio/Nova York – 1 Escala
___Entretanto, pouco
tempo depois, chegaram mais 03 Lockheed L1049G para a VARIG. Dessa vez os L1049G eram equipados com "wing
tip tank" que são tanques de combustível extra na ponta das asas.
- Com os tanques de
combustíveis extra, o Super G
Constellation podia voar do Rio de
Janeiro para Nova York apenas
com “uma escala”.
VARIG – Agora “I”
___Foi ai então que
a VARIG teve a ideia de pintar em vermelho
nesses tanques as palavras "Super Intercontinental", sendo que a
letra "I" foi pintada bem grande de modo que quem olhasse de
longe lesse "Super
I", pensando então que se tratava de um Super I Constellation e como a letra I vinha depois do H no alfabeto, o Constellation da VARIG deveria
ser mais moderno do que o da Real.
1957
VARIG
30 Anos
VARIG – O Jato
Em
setembro de 1957, Brasil, para
manter a sua posição de pioneira e estar à frente de seus concorrentes, a VARIG encomendou os “primeiros
jatos” Boeing 707.
VARIG – Caravelle
Em
outubro de 1957, Brasil, encomendou
os jatos Caravelle.
VARIG – JFK (N. York)
- A VARIG foi a “primeira
companhia” do Mundo a operar um jato puro no Aeroporto JFK em Nova York
(EUA).
- Com o Caravelle, a duração do vôo entre o Rio de Janeiro e Nova York foi reduzida de 25
horas para 14 horas. Porém os Constellation ainda dividiam a rota com
os Caravelle.
- A rota era feita 2 vezes por semana com o Constellation e 2 vezes por semana com o Caravelle,
num total de 4 frequências semanais.
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Nova York (EUA)
Ø Escala:
Ø Duração: 14 horas
Ø
Frequência:
4 vôos semanais
Nota:
-
O Caravelle foram vendidos mais
tarde, substituídos pelo Boeing.
“Convair 990”: Varig no Aeroporto Internacional de Los Angeles em 1963
VARIG – Sud Aviation Caravelle
Em
setembro de 1959, Brasil, a
VARIG trouxe os primeiros jatos do país, o Sud Aviation Caravelle, matriculado PP-VJC e mais tarde receberia mais 2 do tipo.
- Esses jatos foram
logo empregados nas rotas para Nova York
enquanto os Boeing 707-441C não
chegassem.
Década de 1960
1960
VARIG – Boeing 707
Em
1960, Brasil, a VARIG trouxe o primeiro Boeing 707, 4 motores Rolls Royce, que logo assumiram a rota
para Nova York.
- A frota de 707 cresceu e ao final da vida desse
avião na empresa, 20 Boeing 707 chegaram a ser operados
tanto como cargueiros quanto aeronaves comercias de passageiros.
“Boeing 707”
Boeing – Segurança
- No entanto, os
índices de segurança desses aviões não eram dos melhores. Nada menos que 07 aeronaves foram perdidas em diversos
acidentes e incidentes a maioria deles com vítimas fatais.
Nota:
-
Os 707 operaram até o final da
década de 1980, quando já estavam sendo substituídos pelo Douglas DC-10.
VARIG – Anos Dourados
___Os anos 1960 eram os “anos
dourados” da aviação, voar é muito chique e muito caro.
O slogan:
“VARIG,
a forma elegante de voar”.
Trajes
___Mesmo que fosse Verão,
os passageiros vestiam os seus melhores ternos e as passageiras os seus
melhores vestidos, que ainda podiam inclui luvas e chapéu, um verdadeiro
evento.
Recepção
___Para a recepção a
bordo era servido “champanhe francês ou whísque
escocês” para todos os passageiros, incluindo os da Classe Econômica.
Comissárias
___Aeromoças sorridentes e elegantes, com
uniformes desenhados por grifes famosas, acendem as piteiras dos passageiros.
Assentos
___Os assentos são
largos e com distância de pelo menos um metro do da frente.
Refeição
___A grande atração
era a hora de comer:
Primeira
Classe VARIG:
___Na Primeira Classe, o passageiro tem a sua disposição um verdadeiro
restaurante cinco estrelas, caviar e cascatas de camarões.
Classe
Econômica VARIG:
___Na Classe Econômica, duas opções de prato quente, além da entrada,
queijos, sobremesa e bebidas como café, licores, vinhos e sucos.
Mimos – Extras
___Para todos os
passageiros, toalhas quentes para higiene, tolha de mesa e guardanapos de
linho, talheres de prata e copos de cristal.
VARIG – Chegada do Primeiro Boeing
Em 22
de junho de 1960, Brasil,
pousou no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro/RJ, o primeiro vôo da VARIG vindo de Nova York com o Boeing
707-441, equipado com quatro turbinas Rolls-Royce,
que garantiam economia de combustível e mais alcance em relação as outras
versões.
VARIG – Rio/Nova York – Sem Escala
___Com o Boeing 707, a VARIG
foi a primeira companhia a oferecer vôos “sem
escalas” entre o Rio de Janeiro/RJ
e Nova York (EUA).
1961
VARIG – Compra da Real
Em
agosto de 1961, Brasil, a
VARIG comprou o consórcio Real-Aerovias-Nacional, que estava em
dificuldades financeiras, que era maior do que a VARIG
no mercado doméstico.
Aeronaves
___Ao incorporar
essa empresa, a frota da VARIG praticamente
dobrou e com ela vieram novos tipos de aeronaves, como:
·
Convair 340,
·
Convair 440,
·
Novos
Lockheed Constellation,
·
Douglas DC-6, que foi empregado nas rotas
domésticas de longo curso e ligações internacionais.
Rotas – América Latina e Central
___As linhas da Real Aerovias também foram incorporadas
as da VARIG, inclusive as internacionais.
- A aquisição da Real Aerovias colocou 03 Convair 990 originalmente encomendados
pela empresa. Esses jatos eram os mais rápidos do Mundo naquela época e foram
empregados nas rotas para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Lima (Peru),
Ø Caracas (Venezuela),
Ø Cidade
do México
(México),
Ø
Miami (EEUU).
- E abrindo uma rota
para o Pacífico:
Ø
Los Angeles (EEUU), na costa Oeste.
Malha Nacional
___Com a compra do
consórcio Real-Aerovias-Nacional, a
malha no Brasil da VARIG passou a atender
mais de 90 cidades.
Empregados da Real
___Junto recebeu os
encargos de uma vasta rede deficitária e sub-dividida, com mais de 6.500 empregados e uma frota
heterogenia de aviões.
- Em pouco tempo,
graças à sua administração e colaboração de seus funcionários, a VARIG refazia-se das dificuldades, normalizando
suas atividades.
“Convair 990A”: Varig, Aeroporto Internacional de Los Angeles, 1966
VARIG – Rosa dos Ventos
A
partir de 1961, Brasil, a
VARIG adotou como símbolo a famosa Rosa-dos-Ventos, que aparecia na cauda
de todos os seus aviões, criada pelo supervisor visual Nelson Jungbluth.
1962
VARIG – Lockheed L-188 Electra
Em
1962, Brasil, iniciou
a carreira de um dos aviões mais memoráveis da história do Brasil, o Lockheed L-188 Electra. Ele foi
empregado pela VARIG nas rotas da Ponte Aérea Rio – São Paulo.
“Lockheed L-188A Electra”: da Varig, 1988
- Alguns Electra operaram até como “cargueiros puros”, e outros chegaram a fazer
ligações com escalas entre Rio de
Janeiro (cidade) e Nova York
(EUA) e também Lisboa (Portugal).
- Isso sem sofrer
qualquer incidente sério.
Nota:
-
Lockheed L-188 Electral operou até
1991 na Ponte Aérea RJ/SP.
-
O primeiro Electra operado pela VARIG, de prefixo PP-VJM, encontra-se hoje no Museu
Aeroespacial do Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro.
- A VARIG encomendou outros aviões para operar suas “rotas domésticas” em substituição aos DC-3.
1965
VARIG – Incorporação – linhas da Panair
Em
1965, Brasil, a Panair do Brasil foi dissolvida pelo
governo brasileiro e algumas das suas aeronaves bem como as rotas
internacionais foram passadas para a VARIG,
com aviso prévio de 08 horas, o que
permitiu o início das rotas para a Europa,
que eram operadas pela Panair.
- Para isso, a
companhia ampliou a sua frota de jatos intercontinentais, incorporando Boeing 707-300 e Douglas DC-8-33.
- Os 02 Douglas
DC-8, a Panair utilizava em seus
vôos para a Europa.
- A VARIG passou a atender vários destinos na Europa e Oriente Médio como:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Lisboa
(Portugal),
Ø Madrid
(Espanha),
Ø Roma
(Itália),
Ø Paris
(França),
Ø Frankfurt
(Alemanha),
Ø Londres
(Inglaterra), e
Ø
Beirut (Líbano), se consolidando como a
maior companhia aérea da América Latina.
Nota:
-
A VARIG foi a única companhia aérea do Mundo
a operar os “três jatos americanos” concorrentes
da primeira geração:
·
Boeing 707,
·
Convair 990 e
·
Douglas DC-8.
VARIG – Concorrência
Doméstica
___No mercado
doméstico a VARIG investia pesado em novos
aviões para substituir os já ultrapassados DC-3.
- Ela tinha
monopólio praticamente total das rotas internacionais, mas perdia espaço no
mercado doméstico para as concorrentes VASP
e Transbrasil.
Rubem
Berta
VARIG – Volta ao Mundo
“O passageiro não depende de nós, nós dependemos dele. Não
fazemos nenhum favor em atendê-lo, ele sim presta um grande favor quando nos
procura para servi-lo.”
Ruben Berta
1966
VARIG – Morte de Rubem Berta
Em 14
de dezembro de 1966, Brasil, Porto Alegre, Ruben Berta sentiu “fortes
dores no coração” em sua mesa de trabalho.
- Os médicos foram
chamados, enquanto isso insistia em continuar trabalhando.
___E trabalhando Rubem Berta morreu.
___Até
a sua morte, passava instruções para Erik
de Carvalho.
- Uma hora após
sentir as primeiras dores no peito, Ruben
Berta morreu devido a um infarto.
VARIG – Amante de Rubem Berta
___Sua esposa
brincava dizendo que Ruben Berta
tinha uma amante, - e essa amante se chamava VARIG.
VARIG – Terceiro Presidente
___Assumiu a
presidência da VARIG o sr. Erik Kastrup de Carvalho, que
anteriormente trabalhava na Panair.
Erik Carvalho
___Erik Carvalho continuou a expansão
internacional da VARIG, que chegou do outro
lado do Mundo em 1968.
- A VARIG, sob o comando de Erik Carvalho, também criou o maior “parque
de manutenção aeronáutico” da América
do Sul.
1967
VARIG – Hawker-Siddeley HS-748
Em
1967, Brasil, a VARIG adquire os Hawker-Siddeley HS-748 "AVRO".
1968
VARIG – Chega ao Oriente
Em
1968, Brasil, a VARIG chega do outro lado do Pacífico:
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Tókio (Japão)
Ø Escala:
Ø Duração:
Ø
Frequência:
Década de 1970
1970
VARIG – Fairchild Hiller FH
Em
1970, Brasil, a VARIG adquire 04
Fairchild Hiller FH-227B da extinta
empresa Paraense.
- A década de 1970
foi marcada pela maior presença dos jatos nas rotas domésticas e pela chegada
dos “wide-body” (aeronaves de fuselagem
larga).
- No mercado doméstico chegaram os Boeing 727 e Boeing 737, além dos turbo-hélice “AVROS”.
- Os Electra II passaram a operar somente na
Ponte Aérea: Rio/São Paulo.
Nota:
-
De 1975 a 1987, os Electra II foram
as únicas aeronaves a operar nessa rota.
- Os jatos nas rotas domésticas tornaram as viagens
muito mais rápidas, reduzindo, em média, pela metade o tempo de duração.
VARIG – Chega à África
Em
1970, Brasil, com
relação as rotas internacionais de “longo curso”, a VARIG
chegou na África, com a inauguração:
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Johanesburgo (África do Sul)
Ø Escala: Luanda (Angola)
Ø Duração:
Ø
Frequência:
VARIG – Melhores Anos
___A década de 1970, melhor fase da
história da VARIG, marcada por diversos
reconhecimentos e expansões.
- A VARIG foi levado ao topo, mundialmente reconhecida
pela qualidade do serviço de bordo, chegando a concorrer diretamente com
empresas renomadas como Lufthansa, Air France, KLM e Pan Am.
- O “catering” chegava a servir “caviar” na Primeira
Classe, e em alguns vôos o jantar tinha “churrasco
no espeto”.
VARIG – Glamour
___Viajar era um “evento” para os passageiros.
Primeira
Classe VARIG:
- Na Primeira Classe, o glamour estava mais presente do que nunca com a chegada dos grandes
“jatos wide-body”.
Ambientes
___Com mais espaço
na cabine, os passageiros podiam desfrutar de “bares,
salas de descanso e de reunião” dentro do avião.
Refeição
___A principal
atração continuava sendo a refeição, que era servida em “porcelana japonesa, taça de cristal e talheres de prata”.
VARIG – Caviar
-Caviar
era a grande “sensação” a bordo da Primeira Classe da VARIG.
VARIG – Comissárias
Uniforme Comissária – 1971
Comissária Varig - 1971
Classe
Econômica VARIG:
- Na Classe Econômica, a refeição era
servida em louça, com talheres de metal e copo de vidro. - Ao fim da refeição
havia ainda café e chocolate suíço.
VARIG – Rio Galeão
___O crescimento da VARIG foi completado por novos e modernos aviões,
novas rotas no mercado europeu, com saídas do recém inaugurado terminal do Aeroporto do Galeão do Rio de Janeiro/RJ.
VARIG – Mercado Doméstico
___A verdadeira
expansão da VARIG no mercado doméstico se
iniciou dos anos 1970, quando a empresa trouxe o primeiro Boeing 727.
- Os jatos 727 foram usados em rotas domésticas e
colocados nos serviços para a América
Latina, também para Miami e Cabo Verde.
Nota:
-
No fim da carreira, quando esses aviões já estavam ultrapassados, alguns foram
convertidos a cargueiros e foram repassados a Varig Log.
1974
VARIG – Boeing 737-200
Entre
1974 e 1975, Brasil, vendo
o sucesso da VASP (Viação Aérea São
Paulo) com seus novos Boeing 737, a VARIG trouxe 10
Boeing 737-200, um dos principais aviões da VARIG.
- Ele iniciou o
processo de substituição dos turbo-hélices
nas rotas domésticas.
- Além disso, foi o
primeiro jato pilotado por muitos dos pilotos que mais tarde viriam a voar em Boeing 747 e McDonnell Douglas MD-11.
“Boeing 707-345C”: Varig, Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão, 1984
Nota:
-
Durante muitos anos, o Aeroporto
Internacional do Galeão ficou conhecido como o principal hub da empresa.
VARIG – Douglas DC-10
Em
1974, Brasil, a VARIG recebeu o primeiro de 04 Douglas DC-10
encomendados dois anos antes, que iniciaram o processo de substituição dos já
muito desgastados Boeing 707.
Em
julho de 1974, Brasil, a
VARIG inaugurou o primeiro vôo com o “wide-body” Douglas
DC-10-30, o jato mais moderno e avançado da época:
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Nova York (EUA)
Ø Escala:
Ø Duração:
Ø
Frequência:
- Os DC-10-30 inauguraram uma nova era nos
vôos internacionais, a aeronave possuía 2
corredores ao invés de um. Ele foi o primeiro jato "wide-body"
(dois corredores) da América
Latina.
- A decoração
interna seguia a moda da época com tons de laranja e amarelo e também foi lançado
um novo uniforme para as Aeromoças.
- Por sua elevada
autonomia e velocidade, foram colocados nas rotas de maior curso da empresa,
como:
Ø
Linhas/Rota:
Ø Rio – Nova York,
Ø Frankfurt,
Ø Paris,
Ø Roma,
Ø Londres, e também nos vôos para:
Ø
Japão com escala em Los Angeles (EUA).
Nota:
-
No total a empresa chegou operar com 15
DC-10.
1975
VARIG – Aquisição da Cruzeiro do Sul
Em
1975, Brasil, a Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul foi
comprada pela VARIG.
- De início a Cruzeiro não foi totalmente absorvida. Sua
marca ainda prevaleceu até 1992, mas seus aviões foram repassados para as rotas
da VARIG, e alguns foram pintados em suas
cores, mas ainda mantendo a matricula da Cruzeiro
do Sul.
1976
SITAR
Em
1976, Brasil, muitas
cidades regionais deixaram de ser atendidas por vôos regulares, pois não
comportavam uma aeronave a jato. Vendo essa situação, o Governo Federal criou a
SITAR (Sistema de Transporte Aéreo
Regional).
VARIG – Rio Sul
Em 24
de agosto de 1976, Brasil, a
VARIG junto com a Atlântica Boa Vista e Top
Táxi Aéreo, fundou a empresa Rio Sul,
uma empresa de serviço regional.
- Essa assumiu as
rotas regionais da VARIG no Sul do Brasil, e
mais tarde passaria a operar várias rotas regionais no Sudeste e Centro-oeste.
1979
VARIG – Premiada
Em
1979, Brasil, a VARIG ganhou o “prêmio
de melhor serviço de bordo do Mundo”, pela conceituada revista americana
Air Transport World.
VARIG – Saída do Presidente
Em
1979, Porto Alegre, o
presidente da VARIG Erik Carvalho viu-se na obrigação de renunciar ao cargo, quando
problemas de saúde o incapacitaram.
VARIG – Quarto Presidente
___Com o afastamento
de Erik de Carvalho, coube a um dos
funcionários mais antigos da empresa assumir a direção.
Harry Schuetz
___Um gaúcho de Santa Cruz do Sul, levou adiante os
projetos legados por Ruben Berta e Erik de Carvalho.
VARIG
A
Maior do Mundo
Ao
final da década de 1970, Brasil a
VARIG já era a “maior
empresa privada do Mundo” fora dos EUA:
·
8ª maior do Mundo em carga,
·
14ª em extensão de linhas,
·
22ª em passageiros-quilômetros
transportados.
- A frota doméstica
era composta por mais de 70 % de jatos, o que proporcionou o início de
vôos ligando o Norte e o Sul do Brasil com muito menos escalas do que se
operados por aviões a hélice.
- Operações como: Rio – Manaus e Rio – Belém, que eram apenas operadas como
escalas de vôos internacionais, foram iniciadas por esses jatos.
Década de 1980
1980
VARIG – Airbus A300
Em
1980, Brasil, a Cruzeiro do Sul encomendou 02 Airbus A300 para operação em suas
rotas domésticas de alta densidade.
- A VARIG se animou com os novos jatos e encomendou
outra dupla, igualmente utilizados em rotas domésticas de alta densidade.
VARIG – Afastamento do Presidente
___Da mesma forma
que seu predecessor, Harry Schuetz
foi obrigado a se afastar do cargo no início de 1980, por motivo de doença.
VARIG – Quinto Presidente
Em 30
de abril de 1980, Brasil, Porto Alegre, o
Conselho de Administração elege seu “quinto presidente” o sr. Hélio Smidt.
- Nesse período, a
empresa investiu no “serviço de bordo” e em “novas rotas e aeronaves”.
Hélio Smidt
___Sob o comando do
gaúcho Hélio Smidt a VARIG acrescentou mais linhas
domésticas e internacionais à sua rede, dando porém especial atenção às rotas
domésticas para o interior do Brasil.
- Hélio Smidt também
assegurou a modernização da frota através da incorporação dos Boeing 737, 747 e 767.
- Ele dirigiu a
empresa dentro de uma filosofia extremamente dinâmica e deu “muito valor ao homem e ao trabalho de equipe”.
1981
Em 12
de fevereiro de 1981, Brasil, decolava
o primeiro “Jumbo” da VARIG.
- A companhia tinha
acabado de adquirir três Boeing 747-200,
o “maior avião comercial” da época.
“Boeing 747”: Primeiro da Varig
- Inicialmente o B747 operou na rota:
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Nova York (EUA)
Ø Escala:
Ø Duração:
Ø
Frequência:
- A rota foi um
sucesso imediato entre os passageiros.
1985
VARIG – Boeing 747-300
Em
1985, Brasil, a VARIG adquiriu mais 02 unidades, dessa vez do modelo Boeing 747-300.
VARIG traz o Presidente do Brasil
- Sua viagem
inaugural, trazendo o presidente da república João Baptista de Oliveira Figueiredo, foi na rota:
Ø
Linha/Rota:
Brasília/DF – Campo Grande/MS
Ø Escala:
Ø Duração:
Ø
Frequência:
- Primeiramente
foram 03 jatos que foram empregados
nas rotas para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Nova
York,
Ø Frankfurt,
Ø Paris,
Ø Londres, e
Ø
Roma.
- Devido a expansão
da VARIG e a vinda de outras empresas
estrangeiras, o Aeroporto do Galeão,
principal “aeroporto internacional brasileiro”,
e de onde partiam praticamente todos os vôos internacionais, estava operando
acima do seu limite operacional.
- Porém, já prevendo
essa situação, o governo iniciou a construção do Aeroporto de Guarulhos, em Guarulhos/SP
que, apesar de maior cidade e centro econômico do país, contava apenas com o
pequeno e restrito Aeroporto de
Congonhas, que não tinha capacidade para operar vôos de longo curso.
1986
VARIG – Padrão Boeing
Em
1986, Brasil, a VARIG decidiu pelo seu padrão Boeing e optou por encomendar 02
Boeing 767-200 para sua expansão
doméstica e internacional.
- O jato, de apenas “dois motores” podia fazer vôos intercontinentais
com baixo consumo e alta velocidade.
Nota:
-
Os Boeing 767-200 foram os primeiros
aviões da Varig que não necessitavam de um
engenheiro de vôo.
VARIG
Plano
Cruzado
1987
VARIG
60
Anos
60 anos de história
História pelo ar
60 anos de dedicação
Voando por toda a nação
E vai pro Mundo inteiro
É hora de festejar
A pioneira nós vamos voar
60 anos de história pelo ar
Varig, Varig, Varig
Cruzeiro,
Cruzeiro
VARIG – Padrão Boeing
Em
1987, Brasil, a VARIG recebeu 06 jatos 767-200 da
versão ER (Extended Range) que
tinham autonomia aumentada.
- Esses jatos
serviram rotas para América do Sul, América do Norte e Europa, além de operar vôos charter e regulares entre São Paulo e Rio de Janeiro e o Nordeste para cidades como Salvador e Fortaleza.
- A VARIG foi a “primeira
companhia do Mundo” a operar o B767
equipado com motores General Electric.
VARIG – Boeing 737-300
Em
1987, Brasil, a VARIG recebeu o primeiro Boeing 737-300 e iniciou o processo de modernização da frota.
- A VARIG viu nela a aeronave ideal para tal
renovação, pois o avião tinha baixo consumo que os 737-200 e 727.
- Ele substituiu o Electra na Ponte Aérea, e foi o responsável pelo apelido dado ao 737-200 após sua chegada, "Breguinha".
Nota:
-
A substituição dos Boeing 737-200
terminou em 2003 quando o último foi desativado.
- A companhia VARIG, buscava um substituto para os DC-10 que já haviam enfrentado
problemas antes e agora estavam antiquados em relação aos 767-200 e os 747-300.
- Foi aí que a McDonnell Douglas lançou o MD-11, o substituto do DC-10.
- O avião contava
com nova tecnologia, cabine digital, maior autonomia e capacidade tanto de
passageiros e de carga, foi visto pela VARIG como
o avião ideal para suas rotas.
VARIG – Maior Parque de Manutenção
___A VARIG possuía as principais oficinas localizadas
em:
·
Porto Alegre,
·
São Paulo, e
·
Rio de Janeiro.
- A VARIG possuía o maior “Parque
de Manutenção” da América do Sul.
1988
VARIG – Modernização Nacional
Em
1988, Brasil, a
modernização da frota chegou nas rotas domésticas, com os primeiros Boeing 737-300.
- Eles passaram a
ser a principal aeronave para vôos de curta e média duração, substituindo
inclusive os famosos Electra II na Ponte Aérea: Rio de Janeiro – São Paulo.
VARIG –O
Fim do Glamour
___O glamour dos anos 1960 e 1970 começaram
a perder um pouco de força com o início das companhias “Low
Cost, Low Fare”.
Classe
Econômica VARIG:
- A classe que mais
perdeu serviços foi a Classe Econômica,
mas as refeições ainda eram fartas e haviam bebidas como vinhos e whísque.
Primeira
Classe VARIG:
- No entanto, o glamour na Primeira Classe continuava “firme e
forte”.
Classe
Executiva VARIG:
- A novidade da
época ficou por conta da Classe
Executiva, que se consolidou nos anos 1980.
Década de 1990
1990
VARIG – Boeing 767
A
partir de 1990, Brasil, a
VARIG recebeu outros 09 Boeing 767, mas estes da versão 300ER.
- Esses 767 foram empregados nas rotas para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø
Lisboa (Portugal),
Ø
Madri (Espanha),
Ø
Roma (Itália),
Ø
Milão (Itália),
Ø
Chicago (EUA),
Ø
Atlanta (EUA),
Ø
Toronto (Canadá) e outras cidades da América do Sul.
Nota:
-
Os 767-300ER também foram a aeronave
escolhida pela VRG Linhas Aéreas (Nome da VARIG sob comando da Gol).
VARIG – Morre Hélio Smidt
Em
abril de 1990, Brasil,
a VARIG perdeu um pouco de seu brilho com o
falecimento de seu presidente Hélio
Smidt.
VARIG – Sexto Presidente
Em
abril de 1990, Brasil, Porto Alegre, o
gaúcho Rubel Thomas foi eleito
presidente da VARIG.
Rubel Thomas
___Ele liderou a VARIG no difícil período que atingiu duramente
toda a “indústria de transporte aéreo”.
- Mesmo assim foram
abertas novas rotas internacionais e domésticas na malha de linhas da VARIG.
1991
VARIG – MD 11
No
final de 1991, Brasil, chegaram
os 02 MD-11 e foram colocados nas
rotas:
Ø
Linha/Rota:
São Paulo/SP – Frankfurt (Alemanha)
Ø São
Paulo/SP – Paris (França)
Ø Escala: Amsterdam (Holanda), Zurique
(Suíça) ou Roma (Itália)
Ø Duração:
Ø
Frequência:
- A VARIG foi uma das primeiras companhias aéreas do
mundo a operar o MD-11, que se
tornou a principal aeronave para vôos internacionais.
- A VARIG ficou muito satisfeita com o MD-11 e ele foi gradativamente
substituindo o 747 e o DC-10 que foram vendidos.
VARIG – Boeing 747-400
Em
1991, Brasil, a VARIG recebeu seu primeiro Boeing 747-400, sob arrendamento, com
outros 02 chegando em 1992 e 1993,
respectivamente.
- Esses B747 voaram para Nova York, Paris, Roma.
Nota:
-
Os Boeing 747-400 serviram na
empresa apenas até 1994.
1992
VARIG – Expansão da Rio Sul
Em
1992, Brasil, a Rio Sul iniciou sua expansão, com a
chegada do primeiro Boeing 737-500.
- Novos jatos Embraer ERJ-145, os famosos "Jet class" que chegaram em 1997 e Boeing 737-500, o que permitiu a
empresa expandir seus serviços em frequências e capacidade.
- A Rio Sul também criou os serviços de Ponte Aérea, interligando os aeroportos:
·
Congonhas (São Paulo),
·
Pampulha (Belo Horizonte),
·
Santos Dumont (Rio de Janeiro),
·
JK (Brasília).
VARIG – Rio Sul –
Compra da Nordeste
___A Rio Sul, comprou a Nordeste, e consequentemente, essa empresa entrou para o grupo VARIG.
- A frota da empresa
foi renovada e passou a ser composta por Fokker
50, Boeing 737-300 e 500 e Embraer EMB-120 Brasília.
“Boeing 737-500”: Rio-Sul
1993
VARIG – Varig Cargo
Em
1993, Brasil, a VARIG criou uma divisão de carga, a VARIG CARGO,
que depois foi renomeada Varig Log.
- A Varig Cargo assumiu os Boeing 727 e os Douglas DC-10 cargueiros que a VARIG
operava.
VARIG – Oriente
Em
1993, Brasil, além
de renovar a frota, a VARIG também expandiu
ainda mais a sua malha internacional com o lançamento da rota:
Ø
Linha/Rota:
Rio de Janeiro/RJ – Hong Kong (Ásia)
Ø Escala: São Paulo/SP, Joanesburgo
(África do Sul) e Bangcoc
(Tailandia)
Ø Duração:
Ø
Frequência:
- Além dessa, a VARIG também reforçou a sua presença nos EUA com vôos para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Orlando,
Ø Washington
DC,
Ø Atlanta, e
Ø
Chicago.
VARIG
Problemas
de Gestão
1994
VARIG – Moratória
Em
1994, Brasil, a
situação macroeconômica e as falhas da administração abalaram a saúde
financeira da VARIG, culminando em “Moratória”.
VARIG – Devolução de Aeronaves
- Com isso os Boeing 747-400 foram devolvidos em 1994
e, em 1996, os 747-200 foram para a Cathay Pacific Cargo.
Nota:
-
Os únicos 747 remanescentes foram os
da série 300 que permaneceram até
1999 e 2000.
VARIG – Programa Smiles
Em
1994, Brasil, a VARIG lançou o seu programa de Fidelidade Smiles, que logo se tornou o
maior da América Latina.
1995
Aeroporto de Guarulhos
Em
janeiro de 1995, Brasil, o
Aeroporto de Guarulhos ficou pronto
e foi inaugurado pelo Boeing 747-200
PP-VNA da VARIG procedente de Nova York.
VARIG – Operações
___Em seguida,
muitas “companhias brasileiras e estrangeiras”,
transferiram grande parte de suas operações do Aeroporto do Galeão/RJ para o Aeroporto
de Guarulhos/SP.
- Os vôos
internacionais tinham origem e destino no Rio,
mas antes de procederem para seu destino final, havia uma parada em Guarulhos, local onde havia maior fluxo
de passageiros, o que desafogou muito o Galeão.
VARIG – Sétimo Presidente
Em
abril de 1995, Brasil, Porto Alegre, foi
eleito um novo presidente, Carlos W.
Engels, que administrou o período de transição que a VARIG atravessava.
VARIG – Entrada da Pluna
Em
1995, Brasil, o Grupo
VARIG ficou maior, com a aquisição de 49% da companhia aérea uruguaia Pluna.
VARIG – Frota e Declínio
Em
1995, Brasil, a VARIG ampliou a frota de Boeing 747, com a chegada de 02
Boeing 747-300, de maior autonomia e
capacidade.
- Esses dois aviões
eram 747-300 Combi, ou seja, seu deck principal era usado tanto para “passageiros quanto para carga”.
- Depois vieram mais
01 747-200 (alugado da South African Airways) e 03 747-300, com capacidade para mais de
300 passageiros.
- Esses aviões
terminaram o processo de substituição dos Boeing
707 e foram colocados nas rotas para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø
Paris (França),
Ø
Nova York (EUA),
Ø
Frankfurt (Alemanha),
Ø
Londres (Inglaterra),
Ø
Joanesburgo (África do Sul), e
Ø
Tóquio (Japão).
“Boeing 747-400”: Varig, Aeroporto Internacional de Los Angeles
1996
VARIG – Gestão
A
partir de 1996, Brasil, apesar
da situação aparentemente estável, a VARIG
começou a ter balanços negativos, essa situação não se recuperou mais.
VARIG – Oitavo Presidente
Em
janeiro de 1996, Brasil, Porto Alegre, uma outra eleição trouxe um novo
presidente, Fernando Abs Cruz da Souza
Pinto.
Souza Pinto
___Filho de um
antigo comandante da VARIG, também piloto e
até então presidente da Rio Sul, ele
assumiu a presidência da VARIG.
VARIG
Identidade Visual
VARIG – A Estrela
Em
novembro de 1996, Brasil, a
VARIG mudou sua identidade visual, com o
lançamento da nova identidade visual da empresa.
- A rosa dos ventos ganhou novas cores,
amarelo e dourado, e o logotipo VARIG ganhou
o nome “Brasil” estilizado, adotando a
famosa "estrela dourada".
1997
VARIG
70
Anos
VARIG – Star Alliance
Em
novembro de 1997, Brasil, no
ano em que completou 70 Anos, a VARIG deu mais um passo importante em sua história
ao entrar na Star Alliance, quase
que como um membro fundador.
- Isso só não
ocorreu devido ao “Codeshare” da VARIG
com a Delta Airlines.
- Agora a VARIG fazia parte de uma “rede
global” de companhias aéreas com alto nível de qualidade, oferecendo
mais de 10 mil vôos diários para 124 países.
1998
Em
1998, Brasil, a VARIG utilizava seus MD-11 nas rotas para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø
Amsterdam (Holanda),
Ø
Bangcoc (Tailandia),
Ø
Buenos Aires (Argentina),
Ø
Frankfurt (Alemanha),
Ø
Hong Kong (Japão),
Ø
Joanesburgo (África do Sul),
Ø
Londres (Inglaterra),
Ø
Milão (Itália),
Ø
Nova York (EUA),
Ø
Paris (França), e
Ø
Roma (Itália).
Nota:
-
Os MD-11 serviram a companhia até a
falência, em 2006. No total foram 26
aeronaves.
-
Nenhuma empresa aérea utilizou tantos MD-11
na versão de passageiros como a VARIG.
“MD-11”: Varig já nas cores de 1996
VARIG – Maior Compra de Aeronaves
Em
1998, Brasil, durante
o “show aéreo” de Farnborough, a VARIG anunciou a
maior “compra de aeronaves” de sua história.
Em
1998, Brasil, que a VARIG se tornou a “primeira
companhia” da América Latina
a operar a nova geração de jatos da Boeing,
os Boeing 737NG, com o início da
operação regular com o Boeing 737-700.
- Eram: 39 aeronaves, divididas em:
·
15 Boeing 737-700,
·
10 Boeing 737-800,
·
06 Boeing 767-300ER, e
·
08 Boeing 777-200ER.
Em
1998, Brasil, a VARIG recebeu o primeiro de seus 05 Boeing 737-700, matriculado PP-VQA.
VARIG – Concorrência e Competição
___O que já vinha
acontecendo nos EUA e Europa há alguns anos, começou a
aparecer no Brasil mais fortemente.
Abertura
do Mercado
___Com a “abertura do mercado brasileiro”, as companhias
aéreas viram a competição aumentar, os preços diminuírem e a ocupação das
aeronaves declinar.
- Para se adequar à
nova realidade, as companhias tiveram que reduzir custos e isso significa menos
“mimos” para os passageiros.
Classe Econômica
___A Classe Econômica fez jus a palavra “econômica”, os assentos diminuíram, a distância
entre as fileiras ficou menor, refeições mais simples e “adeus” para as bebidas alcoólicas em vôos domésticos.
Tecnologia
___Por outro lado,
os passageiros se beneficiaram com a tecnologia, que permitiu o uso de vários
monitores nas aeronaves, ao invés de apenas um telão, e venda Duty Free a bordo.
VARIG – Proibido Fumar
___Outra coisa que
mudou nos anos 1990 foi a “proibição do fumo a
bordo”.
Varig
Atendimento
Personalizado
VARIG – Serviços – Década de 1990
Classe
Econômica VARIG:
___A VARIG oferece aos seus passageiros de Classe Econômica mais espaço para as pernas, já que suas
aeronaves são configuradas com menos assentos para dar mais conforto ao
passageiro.
- Nos voos
domésticos são oferecidas refeições
quentes, acompanhadas de “salada, pão,
manteiga, frutas, sobremesa, chocolate” Kopenhagen e bebidas como “água, sucos,
refrigerantes, água de côco, mate, chás e café”.
- Em vôos Internacionais, há duas ou 3 opções de pratos quentes.
- Em vôos Transoceânicos, há o Snak Bar, um bufê self-service com lanches
variados para o passageiros se servir a qualquer hora durante o vôo.
___A VARIG também disponibiliza para os seus
passageiros em “qualquer classe”, refeições especiais, kit de entretenimento para crianças e kit de entretenimento para bebes.
Classe
Executiva VARIG:
___A VARIG também possuia suas próprias Salas VIPs para passageiros de Primeira ou Classe Executiva ou com cartão
Smiles “diamante ou ouro”.
- Nas salas, os
passageiros têm à disposição microcomputadores
com acesso à Internet, telefone, fax e copiadora.
- A VARIG também disponibiliza para esses mesmos
passageiros, a possibilidade de alugar
um celular.
Com maior espaço, as
poltronas da Classe Executiva VARIG reclinam até 135 graus.
- O serviço de bordo
inclui 2 opções de entrada, 4 opções de pratos quentes
e 1 sobremesa, além de “frutas e queijos”.
- As bebidas incluem
o programa Wines of the World.
- Os passageiros
ainda dispõem de aparelhos de vídeo
individual com 12 opções de
programa em 7 idiomas.
Primeira
Classe VARIG:
___O “atendimento personalizado” continua sendo a
característica principal da Primeira Classe
VARIG.
- O serviço de bordo obedece à filosofia “Restaurant Style” e permite
a escolha do “prato da preferência” e quando gostaria que cada uma das
refeições seja servida.
- O caviar iraniano, cada vez mais raro e
exclusivo, continua sendo destaque no serviço de bordo da VARIG que conta com o wine-expert Danio Braga
escolhendo pessoalmente os vinhos do programa Wines of The World.
- O entretenimento
da VARIG First conta com aparelhos de
vídeo individual, com 12 opções
de programa sendo 6 filmes, em até 7 idiomas diferentes.
- A VARIG First
conta também com o Comfort Station
que reúne 9 itens bastante úteis a
bordo e que complementam os produtos disponíveis nas "necessaires"
e nos toaletes.
Novo Milênio
Século XXI
Década de 2000
2000
Empresas de Baixo Custo
___O que já vinha
influenciando o Brasil desde os anos 1990, chegou com tudo em 2000 com a
criação da Gol Linhas Aéreas.
- Eram as companhias
"low cost, low fare" (baixo custo,
baixa tarifa) que estavam se espalhando por todo o Mundo e crescendo
exponencialmente, mudando para sempre o mercado de aviação mundial.
- No Brasil, o
efeito da chegada da Gol fez com que
as companhias tradicionais se adaptassem para poder concorrer nessa nova
realidade, onde o preço das passagens caíram pela metade.
- As aeronaves
passaram a ter mais assentos e menos espaço e as refeições ficaram mais modestas.
VARIG – Aeronaves Usadas
Em
2000, Brasil, a VARIG trouxe alguns Boeing 737-400 usados da Transbrasil
e mais alguns 737-500 para a Rio Sul.
VARIG – Varig Log
Em
outubro de 2000, Brasil, a
VARIG criou a Varig Log, que já nasceu como a “maior
companhia aérea cargueira” da América
Latina, com uma frota de 11 aeronaves
puramente cargueiras.
2001
VARIG – VEM
Em
2001, Brasil, a VEM (Varig Engenharia e Manutenção) se
tornou uma empresa separada da VARIG e foi
classificada entre os “dez melhores centros de
manutenção” do Mundo.
VARIG – Boeing 737-800
Em
2001, Brasil, chegaram
mais 02 Boeing 737-800. Mas esses aviões
serviram na empresa por pouco tempo devido a deterioração da situação
financeira,
VARIG
11
de Setembro
Em setembro
de 2001, Brasil, com
os atentados de 11 de Setembro em Nova York (EUA). A aviação entrou numa
crise inigualável, com reflexos no Mundo inteiro.
- No Brasil, a Transbrasil foi a primeira a cair. Não
resistindo a abalos como a perda do fundador do Grupo Sadia, Omar Fontana.
- Ainda tinha que
competir com o crescimento da TAM Linhas
Aéreas e o surgimento da Gol.
VARIG – Boeing 777
Em outubro
de 2001, Brasil, a VARIG recebeu o primeiro Boeing 777-200ER, equipado com “winglet”.
Vídeo Individual
___As novas
aeronaves tinham a mais nova tecnologia e com um “sistema
de entretenimento individual”, no qual o passageiro pode escolher o que
quer assistir em uma tela individual
na própria poltrona, isto
representou um grande marco na história da VARIG.
Nota:
-
Esse tipo de sistema não existia em nenhum outro avião da empresa.
VARIG – Perda de Mercado
___Apesar de todas
as inovações, a VARIG não estava nada bem.
- A diretoria não
tomava qualquer atitude para evitar a crise e reduzir as dívidas da empresa.
Nacional
- Além disso, a VARIG vinha perdendo muito espaço no mercado
doméstico mediante ao crescimento implacável da TAM Linhas Aéreas e Gol
Transportes Aéreos, que adotou o modelo “low
cost” e conquistou o público brasileiro, com suas passagens baratas.
Regionais
___As linhas aéreas
da Rio Sul e a Nordeste também vinham perdendo espaço no mercado regional frente
as concorrentes TRIP Linhas Aéreas e
Total Linhas Aéreas.
VARIG – Dívida do Governo Federal
___O mercado aéreo
estava sofrendo perdas.
- O Governo Federal, tinha uma dívida de
mais de 4 bilhões de Reais com o Grupo VARIG.
2003
VARIG – Fusão com a TAM
Em
2003, Brasil, o Governo Federal em vez de pagar a
dívida, tentou promover uma fusão da VARIG com
a TAM Linhas Aéreos.
- No Brasil, as duas
“maiores companhias aéreas”, iniciaram um
acordo de “code-share” no mercado doméstico.
- Acordo encerrado
no mesmo ano.
VARIG – Fusão com sua Regionais
Entre os
anos de 2003 e 2004, Brasil, a
VARIG passou por uma reestruturação, que
culminou na fusão com as suas subsidiárias regionais Rio Sul e Nordeste.
2004
VARIG – Novas Aeronaves
___Após a fusão, a
frota da VARIG alcançou mais de 120 aeronaves e incorporou novos Boeing 737 e Embraer ERJ-145.
VARIG – China
___A VARIG também se tornou a “primeira
companhia” da América Latina
a operar para a China, na Ásia.
- Juntamente com a Air China, a VARIG
começou a vender bilhetes na rota:
Ø
Linha/Rota:
São Paulo/SP – Pequim (China)
Ø Escala: Munique (Alemanha)
Ø Duração:
Ø
Frequência:
VARIG – Última Encomenda
Em
2004, Brasil, a VARIG recebeu o último tipo de avião da sua
história.
- Foram encomendados
04 Boeing 757-200, ex-Iberia
(Suécia) para serem utilizados nas “rotas-tronco
domésticas” e América do Sul.
Padrão
VARIG
VARIG – Serviços – Década de 2000
Classe
Econômica VARIG:
___A VARIG continua oferecendo aos seus passageiros
mais espaço em comparação com as outras companhias do mercado.
- As refeições são
outro diferencial da VARIG.
- O passageiro pode
pedir refeições especiais como “vegetarianas, sem
glúten, sem lactose, para crianças, para bebês”, entre outras, além da refeição tradicional, geralmente
servida quente e acompanhada de “salada, frutas,
chocolate” Kopenhagen e bebidas diversas.
- Em voos curtos,
são oferecidos sanduíches frios.
Classe
Executiva VARIG:
___Nos anos 2000, a Classe Executiva em “voos domésticos” foi extinta, sendo oferecida
apenas em voos internacionais.
- Nessa classe, o
passageiro desfruta de maior espaço
e maior reclinação nas poltronas.
- Além disso, o
serviço de bordo oferece 2 opções de
entradas, 4 opções de pratos quentes
e 1 sobremesa, além de pratos com “frutas ou queijos”.
- As bebidas seguem
o conceito da VARIG First e o programa Wines of
The World também está disponível.
- O entretenimento
da VARIG Business conta com aparelho
de vídeo individual, com 12
opções de programa sendo 6 filmes,
em até 7 idiomas diferentes.
- Em voos com mais
de 6 horas de duração, são distribuídas
“nécessaires” de altíssima qualidade com
itens de conforto a base de “extratos e óleos
vegetais” da Floresta Amazônica.
Primeira
Classe VARIG:
___Na VARIG First,
o passageiros recebe “atendimento personalizado”.
- O serviço de bordo
obedece à filosofia "Restaurant Style",
com um diversificado menu composto de 3
opções de entradas, além de sopa e 4 opções de pratos quentes,
sendo uma com menor teor calórico e com ingredientes que minimizam o efeito do “jet lag”, além de “sobremesa,
doces, frutas e queijos”.
- O entretenimento
da VARIG First conta com vídeo
individual, com 17 opções de
programas sendo 6 filmes, em até 7 idiomas diferentes.
- A VARIG First
conta também com “nécessaires” de altíssima
qualidade com itens de conforto a base de “extratos
e óleos vegetais” da Floresta
Amazônica.
VARIG – Última Encomenda
Em
2004, Brasil, a VARIG recebeu o último tipo de avião da sua
história.
- Foram encomendados
04 Boeing 757-200, ex-Iberia
(Suécia) para serem utilizados nas “rotas-tronco
domésticas” e América do Sul.
VARIG
2005
VARIG – Crise
___Por mais de 15 anos a empresa apresentou balanços
financeiros negativos, além de ter mudado de comando mais de 5 vezes num período de seis anos.
Congelamento das Tarifas Aéreas
___Com dívidas
estimadas em mais de 7 bilhões de Reais,
as dificuldades enfrentadas pela empresa foram, supostamente, reflexo do
congelamento das tarifas aéreas nas décadas de 1980 e 1990, complementadas por
uma “administração com gestão ineficiente”.
VARIG – Chegam as últimas Aeronaves
Em
2005, Brasil, a VARIG veio a receber mais Boeing 777-200 usados, provenientes da United Airlines e British
Airways.
- Os novos aviões
foram colocados nas rotas para:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Miami (EUA),
Ø Nova
York (EUA),
Ø Frankfurt (Alemanha),
Ø Madri (Espanha),
Ø Paris (França),
Ø Amsterdam (Holanda), e
Ø
Londres (Inglaterra), revezando com o MD-11.
“Boeing 777-200”: Varig
VARIG – Recuperação
Em 22
de junho de 2005, Brasil,
a justiça brasileira “deferiu” o pedido de “recuperação judicial” protocolado em 17 de junho
do mesmo ano pela VARIG.
- Com essa decisão,
a empresa teve seus bens protegidos de ações judiciais por 180 dias, mas dispôs de um prazo de 60 dias para apresentar um plano de viabilidade e de recuperação a
seus credores.
- As dívidas da VARIG, inscritas no balanço de 2004, chegavam a 5,7 bilhões de Reais.
VARIG – Venda, VARIG Log e VEM
Em
novembro de 2005, Brasil, a
TAP Portugal, em conjunção com
investidores brasileiros, formalizam a compra das subsidiárias Varig Log e Varig Engenharia e Manutenção (VEM), garantindo o pagamento de
credores internacionais.
VARIG – Concorrência espera o Pior
Em
novembro de 2005, Brasil,
a TAM fez o seu primeiro vôo São Paulo – Nova York com o A330.
- Naquela altura a VARIG já estava vivendo os seus “últimos meses”.
VARIG – Venda do Controle – Doca
Em
dezembro de 2005, Brasil, Porto Alegre, a
Fundação Ruben Berta (FRB) fecha um
acordo para transferir para a Docas
Investimentos 67 % das “ações ordinárias” da FRB-Par Investimentos, proprietária da VARIG.
Fundação – Flex Linhas Aéreas
___A Fundação Rubem Berta foi afastada da
gestão da Flex Linhas Aéreas pelo
juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro/RJ.
- A justiça do Rio de Janeiro, “suspende a operação”, justificando que a troca de controle
teria de passar primeiro pela aprovação dos credores.
- Os credores rejeitam a oferta da Docas Investimentos e aprovam um Plano de Reestruturação da
companhia.
VARIG – Plano de Reestruturação
___Por meio do plano
de emergência - elaborado com a finalidade de sustentar o fluxo de caixa da
empresa até meados de julho/agosto de
2006 - a VARIG tenta conseguir mais
prazo com os credores para quitar suas dívidas.
VARIG
2006
Isto é Padrão VARIG
A VARIG que levou o nome e o respeito do Brasil para
o Mundo, a capacidade empresarial que com apenas um sonho, gerar a maior
empresa de aviação privada, conhecida pelo seu requintado serviço de bordo em
todas aa classes. Que operava rotas internacionais para as Américas, Europa, África e Ásia, desde o Atlântico com
os Lockheed Constellation e Douglas DC-6, mais tarde com os Boeing 707 e Sud Aviation Caravelle, e por fim com os Douglas DC-10 e Boeing 747.
A empresa, “controlada em parte por seus funcionários” através da Fundação
Ruben Berta, atravessou um processo de recuperação judicial inédito no
Brasil.
VARIG – Proposta da Varig Log
Em
abril de 2006, Brasil,
a Varig Log, a ex-subsidiária faz
oferta pela sua ex-matriz.
- Oferece 350 milhões de dólares pela empresa,
mas a proposta é recusada pelos credores.
- Uma nova oferta de
400 milhões de dólares é feita, mas sem uma definição da empresa, é retirada no
mês seguinte.
VARIG – Leilão
Em 09
de maio de 2006, Brasil, uma
nova assembléia dos credores define
os “termos de leilão” da VARIG, que poderá ser vendida integralmente:
·
Varig Operações, que cuida dos vôos nacionais e
internacionais, ou separada
·
Varig Regional, que cuida das operações
domésticas.
- Os preços mínimos
são, respectivamente, US$ 860 milhões
e US$ 700 milhões.
VARIG – Voos Cancelados
Em
junho de 2006, Brasil, a
VARIG cancelou por tempo indeterminado os
seus vôos para Nova York, porém a
companhia “nunca mais voltou a realizar um vôo”
para o seu primeiro destino intercontinental.
VARIG – Assembleia de Credores
Em 17
de junho de 2006, Brasil, após
outra proposta de compra feita pela Varig
Log, uma nova assembleia de credores
foi realizada.
- Os credores da classe 1 da empresa,
formada pelos trabalhadores, aprovaram a oferta. Mas os credores da classe 2,
que conjuga “fundos de pensão” e o Banco do Brasil, e credores da classe 3, reunindo empresas públicas e
de “leasing”, rejeitaram a proposta.
Nada dá Certo
Querem Acabar com VARIG
___Foram mais de 20 votos contrários só na classe 3, a maior parte deles advindos
de empresas estrangeiras.
VARIG – Insolvência
___Este resultado
inviabilizou a realização de um “novo leilão”
da VARIG, e como consequência a
justiça pode vir a decretar a “insolvência” da
empresa.
VARIG – Dividida em Duas
Em
julho de 2006, Brasil a
VARIG foi dividia em 2 empresas e leiloada.
___A “nova Varig” continuou a operar com a licença da VARIG até obter a sua própria licença para operar.
VARIG – Varig Logística compra a Varig
___A empresa foi
vendida por 24 milhões de dólares,
em leilão, para a Varig Logística,
que assumiu 245 milhões de Reais em “bilhetes emitidos” e o passivo (milhas acumuladas) de 70
milhões de Reais do Smiles.
- A VarigLog se comprometeu a emitir
debêntures de 100 milhões de Reais,
que poderiam ser convertidas em 10 %
de participação na nova empresa para funcionários
e credores com garantias, como o Instituto Aerus de Seguridade Social, “fundo de pensão” dos empregados da empresa.
A Única Oferta
___A VarigLog foi a única empresa a
participar do leilão.
- Segundo analistas,
o risco de sucessão de dívidas foi o principal fator que afastou o interesse de
outras empresas nos leilões da VARIG.
- Um dos deveres do
novo dono seria garantir um fluxo de caixa anual de 19,6 milhões de Reais usando para pagar os credores da "velha VARIG" nos próximos 20 anos.
VARIG – Demissões
Em 28
de julho de 2006, Brasil, começaram
as “demissões” na empresa, totalizando
somente neste dia mais de 5.000
postos de trabalho cortados, “sem o pagamento das
verbas rescisórias”, que estavam arroladas no Plano de Recuperação Judicial, bem como os 4 meses de salários
atrasados e dívidas diversas com
os mesmos.
VARIG – Aeronaves Retidas
___Dezenas de aviões
ficam retidos no hangar da VEM no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro/RJ, sem poder voar.
- Alguns outros
aviões ficaram parados por outros locais do Brasil e do Mundo, como o Boeing 777-200 PP-VRE que ficou parado
em Nova York e o PP-VRJ em Salvador/BA.
VARIG – Último Vôo Internacional
Em 03
de agosto de 2006, Europa, Alemanha, a
VARIG operou seu “último
vôo internacional”.
VARIG – Proibida de Pousar
___Nesse dia os vôos
da VARIG foram proibidos de pousar em Lisboa, Paris, Madri, Londres, Roma, Zurique e Beirute.
- O único lugar onde
os vôos puderam pousar foi em Frankfurt
(Alemanha).
- 2 MD-11,
decolaram para São Paulo e Rio de Janeiro terminando os vôos
internacionais da VARIG.
- Os passageiros
remanescentes voltaram em vôos da Lufthansa.
VARIG – Rotas Operadas
Em 28
de novembro de 2006, Brasil, a
VARIG anunciou que iria operar mais 07 rotas entre 18 de dezembro e 04 de março
de 2007.
- Desta forma, a
empresa passou a voar para 12 destinos
nacionais:
Ø
Linhas/Rotas:
Ø Belo
Horizonte/MG,
Ø Florianópolis/SC,
Ø Porto
Seguro/BA,
Ø Rio
de Janeiro/RJ,
Ø São
Paulo/SP,
Ø Brasília/DF,
Ø Salvador/BA,
Ø Fortaleza/CE,
Ø Recife/PE,
Ø Curitiba/PR,
Ø Manaus/AM,
Ø Porto
Alegre/RS, a
cidade berço da Gloriosa VARIG.
Ø - 4 rotas internacionais:
Ø Caracas
(Venezuela),
Ø Bogotá (Colombia),
Ø Buenos
Aires
(Argentina), e
Ø
Frankfurt (Alemanha).
Nova VARIG
Em 14
de dezembro de 2006, Brasil, a
nova VARIG recebeu o Certificado de Homologação de Empresa de
Transporte Aéreo (CHETA) da ANAC
e as demais concessões para funcionamento, iniciando, em definitivo, a “nova VARIG”.
VARIG – Último Vôo Oficial
Em 14
de dezembro de 2006, Brasil, foi
realizado o último vôo oficial da VARIG.
VARIG
2007
Nova VARIG – Compra pela Gol
Em 09
de abril de 2007, Brasil, a
VRG Linhas Aéreas S/A foi comprada
pela Gol Transportes Aéreos, por
meio de uma subsidiária desta, a GTI
S.A.
- A compra foi feita
dessa forma para evitar a transferência das dívidas da VARIG
para a Gol.
“Boeing”: Varig com a nova pintura
VARIG
A
Fraude
2008
VARIG – Agora é
Flex
Linhas Aéreas
Em
março de 2008, Brasil, Porto Alegre, é criada a Flex Linhas Aéreas pela Fundação
Rubem Berta.
Em 09
de julho de 2008, quarta-feira, Brasil, ao
depor na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura
(CI), o presidente da Associação dos
Pilotos da Varig, comandante Élnio
Borges Malheiros, classificou de "Fraude"
a venda, em 2006, da companhia aérea VARIG
para a VarigLog (empresa de
logística e transporte de cargas), controlada pelo fundo de investimentos
norte-americano Matlin Patterson
junto com 3 sócios brasileiros:
·
Marco Antonio Audi,
·
Luiz Gallo, e
·
Marcos Haftel.
- Segundo o
comandante, os três brasileiros eram apenas “testas-de-ferro”
do fundo, reunidos na Volo do
Brasil.
Cartas Marcadas
___Para o comandante
Élnio Borges Malheiros, a operação
de venda foi apenas uma "entrega
graciosa" de uma empresa brasileira a um grupo estrangeiro, "o que é ilegal".
- Ele chegou a
garantir aos senadores que, atualmente, "ninguém
sabe quem são os autênticos donos da Varig e quem está atrás do fundo norte-americano Matlin Patterson".
VARIG – Trabalhadores
___Élnio, que também é representante da
entidade denominada Trabalhadores do Grupo
VARIG (TGV), qualificou ainda de "calote"
o não-pagamento de direitos trabalhistas, incluindo indenizações e
salários, aos ex-funcionários da empresa.
- Disse que, de um
total de 10.500 empregados, apenas 850 foram aproveitados pela chamada nova VARIG - a VRG -,
controlada pela Gol.
- A promessa, de
acordo com ele, era aproveitar toda a mão-de-obra disponível.
VARIG – Governo Federal
___O comandante
também estranhou não ter havido, por parte do Governo Federal - incluindo o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, apoio para
que os funcionários da VARIG, em conjunto
com a Lan Chile, pudessem adquirir a
empresa, apesar das garantias do pagamento de dívidas trabalhistas e
tributárias orçadas em R$ 7 bilhões.
- A Justiça, mesmo
assim, observou ele, deu preferência ao grupo Matlin Patterson, que não honrou as dívidas.
- Élnio admitiu, entretanto, que o grupo
formado pelos funcionários não chegou a divulgar a parceria com a Lan Chile.
VARIG – Comissão Senado Federal
Instado pelo líder
do DEM no Senado, José Agripino (RN), o comandante
classificou de "infelizes" as
intervenções do governo no processo de compra e venda da VARIG e da VARIG
Log.
- Para ele, o
governo "em nada ajudou a VARIG a se recuperar,
mas apenas abriu caminho para a realização de um bom negócio".
- Segundo Agripino, a VARIG
foi vendida para a VarigLog por US$ 24 milhões. Oito meses depois,
acrescentou, a empresa foi vendida à Gol
por US$ 320 milhões.
- O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que preside
o colegiado, leu cartas enviadas a ele por ex-servidores,
aposentados, pensionistas e funcionários
demitidos da VARIG, nas quais há
protestos contra o modo como foi feita a venda da empresa, sem levar em conta
os interesses dos trabalhadores.
- No entender de Perillo, a venda e a transferência da VARIG para a Gol
causaram sérios prejuízos aos ex-funcionários, credores e ao país.
VARIG – Fundo de Pensão Aerus
___Sem a presença na
reunião de representantes da base do governo, o comandante Élnio Borges Malheiros chamou de "Farsa"
o plano de recuperação da VARIG. Como
exemplo, informou que até agora nada foi pago aos ex-funcionários e que o Fundo de Pensão Aerus "está destruído".
Problema nas Aéreas que Restaram
___Durante o
depoimento no Senado Federal, o
comandante denunciou o que chamou de processo de desestruturação das companhias
aéreas brasileiras. Segundo ele, tanto a Gol
quanto a TAM "vão muito mal das pernas". Élnio Borges Malheiros garantiu que as empresas "nem sequer suportariam uma inspeção séria".
- A aviação
brasileira caminha a jato para a mesma situação das empresas de transporte
marítimo, ou seja, vai virar um quintal dos grupos estrangeiros - previu Élnio, ao condenar a venda de passagens aéreas pelos mesmos preços
das passagens de ônibus ou por
preços ainda menores.
VARIG
2009
Antiga VARIG
Flex – Fim da Recuperação Judicial
Em
setembro de 2009, Brasil, o juiz
Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro/RJ, decretou o “fim da recuperação judicial” da VARIG, que estava operando com a bandeira Flex Linhas Aéreas.
- De acordo com o
juiz, as obrigações do Plano de Reestruturação
foram cumpridos no prazo de 2 anos.
Antiga VARIG
Flex
– Volta para a Fundação
- A partir da
publicação dessa sentença, o que ocorreu no dia 1º, o juíz Luiz Roberto Ayoub informa que a Flex Linhas Aéreas tinha um prazo de 10 dias para a transição da gestão da companhia, que voltou para a Fundação Rubem Berta, acionista
majoritária da Flex, com 87% do capital.
VARIG
Caixa-Preta
Presidente Lula
___O presidente Lula foge da notícia, e quando se
manifesta, são com ilações e subterfúgios, sem determinar um rumo, mesmo a VARIG sempre uma empresa privada, a mesma era
credora de alta dívida da União,
recorrível.
___Em depoimento
prestado na Comissão de Infraestrutura
(CI), do Senado Federal, Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
- órgão que regula a aviação comercial em todo o país, disse:
Ministra Dilma
___Confirmou
denúncias de que havia sido pressionada pela ministra Dilma Rousseff, da Casa
Civil da Presidência da República, durante o governo Lula, para beneficiar o grupo Matlin
Patterson na operação de compra da VARIG.
Compadre do presidente Lula
- Ela também acusou
o compadre do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o advogado Roberto
Teixeira, de ter praticado “tráfico de
influência” ao usar o nome de Lula
para "abrir portas" e, assim,
beneficiar o grupo norte-americano.
-
Denise Abreu
também afirmou que Roberto Teixeira
pressionou a ANAC para dispensar os 3 sócios brasileiros - Marco Antonio Audi, Luiz Gallo, e Marcos Haftel, de apresentarem documentação comprovando a
capacidade econômico-financeira deles. Pela legislação brasileira, 80% do capital aportado em um negócio
envolvendo aquisição de companhia aérea tem que ter origem nacional.
- Os três chegaram a
ser acusados de atuarem como laranjas, sendo afastados da direção da VarigLog por decisão da Justiça, sob acusação de "gestão temerária".
Interesses não Republicanos
___Os três sócios
brigam na Justiça para voltar a
controlar a VarigLog, em poder do
grupo Matlin Patterson, o qual já
chegou a apresentar à ANAC os novos
nomes dos controladores da empresa:
·
A
chinesa naturalizada brasileira Chan Lup,
que deverá ficar com 51% da ações, e
·
O
americano Marcussen Miller, também
naturalizado brasileiro, com 29% das
ações, o que totaliza 80%, em
obediência ao que diz a lei brasileira.
Cláudio Bernardo / Agência Senado
VARIG
Fim
Como Empresa
Antiga VARIG
Flex
Linhas Aéreas
Em
novembro de 2009, Brasil, ocorreu
o “último vôo” da Flex Linhas Aéreas, simbolizando assim o fim da empresa.
Nota:
-
A Flex Linhas Aéreas em sua curta
existência operou com apenas 01 Boeing 737-300. Neste período realizou
apenas alguns vôos para a Gol/ VARIG, por meio de acordo.
Década de 2010
VARIG
2010
Antiga VARIG – Falência
Em 20
de agosto de 2010, Brasil, a
Justiça do Rio de Janeiro decretou
falência da:
·
Antiga
VARIG, além de mais 2 empresas do grupo:
·
Rio Sul Linhas Aéreas e
·
Nordeste Linhas Aéreas.
- Decisão tomada
para não deixar nenhum aérea do Grupo
VARIG em condições de atuar no Mercado.
- O comunicado
oficial foi feito pelo Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro
(TJ-RJ).
- Segundo o
tribunal, o pedido foi feito pelo próprio administrador e gestor judicial do Grupo,
Licks Associados, que alegou que a 'Viação Aérea Rio Grandense' não tinha condições
de pagar suas dívidas.
- A antiga VARIG faliu sem ver o fim da ação que cobrava da União cerca de R$ 4 bilhões por perdas com o “congelamento
de tarifas” nas décadas de 1980 e 1990.
- Após o ano de 2003
até o último dia de existência da VARIG, o
Governo do Brasil devia à VARIG cerca de R$ 7 bilhões que, se fossem pagos,
provavelmente a VARIG não teria falido,
assim como as empresas VASP e Transbrasil também não teriam falido,
já que as mesmas cobravam dívidas pelo mesmo motivo da União.
- A empresa ganhou a questão no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas
a disputa judicial seguiu para o Supremo
Tribunal Federal, onde ainda não foi julgada.
Antiga VARIG – Processo de Falência
Suspenso
Fundação Ruben Berta
Flex Linhas Aéreas
___A falência da "antiga VARIG ", decretada no dia 20 de agosto de 2010,
foi suspensa pelo Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
- A Corte, ao
analisar um recurso da Fundação Ruben
Berta, controladora da empresa com 87
% dos papéis da Flex Linhas Aéreas,
concedeu o que juridicamente se chama de efeito suspensivo à falência, até que
o mérito do pedido que contesta a quebra seja julgado.
- Na prática, a
companhia aérea volta ao “status de empresa em
recuperação judicial”, pois o próprio tribunal já havia suspendido o
encerramento da recuperação, determinado em setembro de 2009 pela primeira
instância da Justiça do Rio.
VARIG
2014
Antiga VARIG – Decisão do Supremo
Fundação Ruben Berta
Flex Linhas Aéreas
Em 12
de março de 2014, quarta-feira, Brasil, o
plenário do Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu, por maioria de votos (cinco a dois), que a União deve indenizar a companhia aérea falida VARIG pelo congelamento de tarifas durante o Plano Cruzado, entre 1980 e 1990.
- Para a maioria dos
ministros, as medidas econômicas para conter a inflação prejudicaram a empresa,
que foi à falência, causando prejuízos aos funcionários.
- A decisão foi
tomada pelo plenário na análise de um recurso da União contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que estabeleceu que
a VARIG tinha direito à indenização de R$ 2,3 bilhões (em valores de 2002, ainda
não corrigidos).
- O valor
atualizado, segundo a União, é de R$
3 bilhões, mas, segundo a VARIG e ex-trabalhadores da empresa, a quantia
corrigida pode superar os R$ 6 bilhões.
Fundo de Previdência Aerus
___O dinheiro deve
ser usado para o pagamento de dívidas trabalhistas individuais e com o Fundo de Previdência Aerus, que reúne
ex-funcionários e aposentados pela VARIG.
- A falência foi
decretada em 2010.
- Quando o processo
no STF transitar em julgado (ainda
cabem embargos de declaração para esclarecer a decisão), a Justiça Federal de Brasília
deverá fazer os cálculos sobre a quantia atualizada.
- Depois, a Vara de Falências do caso VARIG vai definir quem tem prioridade para
recebimento dos valores.
VARIG
X
União
___O caso está na
Justiça há 30 anos, em 1993, a VARIG entrou com ação na Justiça do Distrito Federal para ser indenizada. Desde então, o
processo passou pelo Tribunal Regional
Federal da 1ª Região e pelo STJ - ambos reconheceram o direito da VARIG.
- O julgamento no STF começou em maio de 2014, quando a
relatora do recurso, ministra Cármen
Lúcia, votou pela indenização à VARIG.
Na ocasião, o debate foi adiado por um pedido de vistas do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo,
para analisar melhor o caso.
VARIG
Decisões
Fundação Rubem Berta
___A VARIG alegou ao Supremo que "a diminuição do seu
patrimônio líquido seria decorrente da política de congelamento tarifário
vigente, no país, de outubro de 1985 até janeiro de 1992, instituída pelo
denominado Plano Cruzado, do que adviria a responsabilidade da União
pelos danos que a comprometeram."
Advocacia Geral da União
___A Advocacia Geral da União defendeu no STF que a União não poderia ser
condenada "por exercer legitimamente uma de
suas funções típicas, de regular o serviço público em prol de toda
coletividade, de toda sociedade".
Procuradoria Geral da República
___A Procuradoria Geral da República
concordou que "toda coletividade sofreu
prejuízos" com o Plano
Cruzado e que a VARIG não deveria ser
indenizada.
Supremo Tribunal Federal
___Só 07 dos 11 ministros do STF
votaram sobre o tema:
Cármen
Lúcia,
Luís
Roberto Barroso,
Rosa
Weber,
Celso
de Mello e
Ricardo
Lewandowski
foram “favoráveis à indenização” à extinta
companhia aérea.
- O presidente do
Supremo, Joaquim Barbosa, e Gilmar Mendes ficaram vencidos.
- Três ministros se
declararam impedidos, ou seja, não se consideraram isentos para julgar o caso:
Dias
Toffoli, que
atuou como advogado-geral da União
no caso, e
Luiz
Fux e Teori Zavascki, que já analisaram o
tema quando atuavam como ministros do Superior
Tribunal de Justiça (STJ).
- O ministro Fux foi favorável à decisão de
indenizar a VARIG e Teori, contrário.
- Além disso, o
ministro Marco Aurélio Mello não compareceu
à sessão.
Relatora Carmen Lúcia à favor da indenização
___Em maio de 2014,
a relatora Cármen Lúcia entendeu
que, ao congelar as tarifas, o governo atuou de forma "imperativa"
e prejudicou o direito de funcionários da VARIG.
Ao falar novamente
sobre o tema nesta quarta, a ministra destacou que, embora as medidas dos
planos econômicos tenham sido lícitas, houve um prejuízo financeiro à VARIG e isso deve ser reparado. Segundo Cármen Lúcia, como concessionária de
serviço público, a VARIG foi obrigada a
cumprir o tabelamento de preços e acabou prejudicada. "Houve
quebra do equilíbrio econômico-financeiro. Ônus de um lado e serviço a ser
prestado de outro."
Destaques
Os ministros Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Ricardo
Lewandowski destacaram também que não caberia ao Supremo reavaliar provas já analisadas pelas instâncias inferiores.
"Entendo
que o dano causado à VARIG restou comprovado nos autos, em perícia, nas instâncias
ordinárias, e no Supremo
Tribunal Federal essa matéria não pode ser revista", ressaltou Lewandowski.
Ministro Celso de Mello
- Magistrado decano
da Corte, Celso de Mello, frisou que
as medidas tomadas pela União foram
responsáveis pela situação da VARIG. "Houve de maneira explícita a ocorrência de
responsabilidade civil da União quanto aos prejuízos sofridos pela VARIG."
Presidente Barbosa Contra a indenização
___Ao votar, Joaquim Barbosa destacou que beneficiar
a VARIG seria "partilha
de prejuízo de empresa privada por toda a coletividade".
"A
ação foi protocolada muito antes da revelação do estado de penúria dos fundos
dos aeronautas. Em uma época em que ia tudo muito bem para a VARIG. A perspectiva de
pagamento de indenização pleiteada na ação sobre a qual versa o recurso serviu
como garantia contra a má gestão da companhia", destacou Barbosa.
- O presidente do
Supremo destacou que, no caso da VARIG, a
quebra da empresa parece ser fruto de má gestão. "Parece
lícito especular que o que pode ter ocorrido foi a dificuldade em ajustar
perfil da companhia com o crescimento das concorrentes sem que os gestores
tenham conseguido manter os reflexos no custeio das operações internas."
-
Barbosa destacou
que, caso a VARIG fosse beneficiada, outras
empresas também deveriam ser indenizadas por conta das medidas do governo
federal para estancar a inflação. "Por que
indenizar apenas uma companhia se todas as demais empresas brasileiras se
submeteram aos efeitos dessa medida de natureza econômica?"
Ministro Gilmar Mendes Contra
- O ministro Gilmar Mendes concordou: "O boteco da esquina e a birosca da Maria fariam jus
a um tipo de indenização em face do estado. Isso levaria à responsabilidade
universal", ressaltou.
VARIG
Morre
___Assim a VARIG tem uma Decisão,
mas não tem uma Solução, e simplesmente tudo se perde,
com Pessoas que sofreram e ainda sofrem com
os impactos diretos e indiretos de várias decisões temerárias advindas de todos
os lados.
- No final valeu o
interesse do Mercado, e as negociatas e perspicácia
em fazer sangrar até a Morte.
___A concorrência
agradece.
___Vários Inocentes, vários Culpados.
___Perdeu
o Brasil. ____Perdeu Você.
______Perdemos
todos Nós.
VARIG
Fim da Cronologia
Grupo VARIG
Subsidiárias
Amadeus Brasil
___Joint-venture
criada em 1999, e encerrada entre a VARIG (51%),
Amadeus Internacional (34%) e Transbrasil (15%) no
sistema de reservas.
- Desde 2003, Amadeus
é controlada por um grupo internacional, sem ligação com a VARIG.
Banco VARIG
___Unidade
financeira do grupo, teve suas operações encerradas em 1996.
Companhia Tropical de Hotéis
___Conhecida como Tropical, a rede foi fundada em 1959, como Realtur
S/A Hotelaria, pertencente ao Consórcio
Real.
- O primeiro hotel
foi em Foz do Iguaçu, seguido pouco
tempo depois do Hotel da Bahia,
arrendado do governo baiano.
- Possui hotéis em Manaus/AM, João Pessoa/PB e Porto
Seguro/BA.
GE VARIG
Engines Services
___Joint-venture
entre a VARIG e a GE Celma na revisão dos
motores CFM-56, CF6-50 e CF6-80C2 junto
às instalações da VARIG no Aeroporto Internacional do Galeão no Rio de Janeiro/RJ.
Nordeste
Em 1975, o Governo Federal criou o SITAR, com o objetivo de aumentar o número de cidades do interior
servidas por vôos regulares. Cinco regiões foram delimitadas, ficando cada uma
delas reservada para a exploração comercial por uma empresa regional.
- A Nordeste Linhas Aéreas S.A. coube unir
a região aos estados de Minas Gerais
e Nordeste.
- A companhia foi
criada em sociedade do Governo da Bahia,
Transbrasil S.A. e VOTEC.
- Entrou os anos 1980, colecionando acidentes aéreos com seus Embraer 110 Bandeirante e problemas
entre os sócios, até ser adquirida pelo Grupo
Coelho (da família do ex-governador da Bahia Nilo Coelho).
Em 1991, a companhia foi pioneira do uso do Fokker 50 no Brasil ao arrendar a
aeronave com o registro PH-JXK.
Em 1992, adquiriu 01
Embraer 120 Brasília melhorando seus serviços e com a intenção de operar
apenas com esse tipo de avião.
Em 1995, o sucesso chegou quando a Rio-Sul adquiriu o controle da Nordeste
dando a empresa uma nova identidade corporativa, e adicionando a frota
aeronaves de tipo Boeing 737-500, Fokker 50 e Embraer 120, através de um plano de retirada imediata dos Embraer 110 Bandeirante remanescentes.
Nota:
-
Até 2002, experimentou apenas crescimento e sucesso chegando a operar quase 08 Boeing 737, das séries 500 e 300.
- Posteriormente a
empresa foi completamente cedida à VARIG S.A.,
bem como rotas e funcionários, porém o nome ainda era visto nas fuselagens pelo
Brasil afora.
Pluna
___A Pluna foi fundada em 1936, em Montevidéu,
Uruguai.
Em 1995, a VARIG
assume a gestão da empresa aérea em troca de 49% das ações.
- Foi realizada
mudança da identidade visual, novos serviços e integração com a VARIG.
- Depois de tentar
vender os 49% para a Conviasa e Aerolíneas Argentinas, o contrato de gerenciamento foi desfeito e a
Pluna foi transformada em empresa
estatal.
Rio Sul
Em 24 de agosto de 1976, a empresa foi criada, e suas operações tiveram
início em setembro do mesmo ano.
- Na época, o Brasil
passava atravessava uma fase de "milagre
econômico" o que fez com que o Ministério
da Aeronáutica dividisse o país em cinco regiões: - Norte, Nordeste, Central, São Paulo/Centro Oeste e Sul.
Desta maneira, oferecendo oportunidade de companhias de Taxi Aéreo realizarem exploração comercial destas áreas como
empresas regionais.
- Também estavam
presentes no consórcio o Banco Bradesco
e a Seguradora Atlantic-Boavista.
- A Top Táxi Aéreo associou-se à VARIG originando a Rio Sul Linhas Aéreas S/A, uma empresa somente de vôos regionais,
iniciando seus vôos com uma frota de oito aviões.
- O primeiro vôo da
nova companhia foi realizado no dia 09 de setembro de 1976, na linha Porto Alegre/Pelotas/Rio Grande.
- A Rio-Sul começou a operar seus primeiros
vôos com 02 Embraer EMB-110 Bandeirante
e 04 Piper Navajo Chieftain, além de
02 jatos executivos Sabreliner 60 que faziam vôos fretados.
- Havia também um
jato Learjet, propriedade de
terceiros que era utilizado em vôos de táxi aéreo agenciados pela própria Rio-Sul.
No início da década
de 1980, a Sul
América Seguros vendeu suas ações à Fundação
Rubem Berta e à Cruzeiro e, por
conta disso, o grupo liderado pela VARIG passou
a deter dois terços do controle acionário da companhia.
Em 1982, a empresa já totalmente estabelecida no mercado
passou a operar em maio daquele mesmo ano 02
Fokker F-27 e a empresa pode ver a cada ano seu potencial crescer, dando
lucro a empresa.
Em janeiro de 1985, com a criação do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em janeiro de 1985, o Aeroporto
de Congonhas acabou perdendo suas principais ligações domésticas.
Em novembro daquele
mesmo ano, as empresas solicitaram ao Departamento
de Aviação Civil (DAC) a autorização para operar um novo serviço de vôos
que ligasse os aeroportos centrais de São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e também o de Curitiba.
- Nasciam os
chamados Vôos Diretos ao Centro, que
logo tiveram boa aceitação entre os passageiros que voavam a negócios.
- Esses vôos teriam
início em maio de 1986, e da Rio-Sul foram designadas as linhas Rio – Belo Horizonte e São Paulo –
Curitiba. Neste mesmo ano a empresa
já contava com uma frota de 08 Fokker
F-27 e 07 Bandeirantes.
Rotatur
___Divisão da VARIG dedicada ao fretamento de aeronaves e a
comercialização de passagens baratas.
- Nunca chegou a
operar com aeronaves próprias.
- Aluga aeronaves da
VARIG, EuroAtlantic
ou BRA Transportes Aéreos.
Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo
(SATA)
___Era a empresa de “ground handling” ("apoio em solo") da VARIG.
- Foi fundada em 1954, em parceria com 11 empresas aéreas.
- Chegou a ser a
maior empresa de “ground handling” da América Latina.
Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul
___A Cruzeiro do Sul foi adquirida pela VARIG em maio de 1975.
- Manteve a empresa
independente, realizando serviços domésticos, para as Guianas e Cone Sul com Airbus A300B4-200, Boeing 727-100 e Boeing
737-200.
- A manutenção da Cruzeiro do Sul foi devido ela possuir
direitos de tráfego para outros países que, caso fosse incorporada pela VARIG, seriam anuladas e passadas para a
concorrência.
No início dos anos
de 1990, houve desregularização parcial do
setor, permitindo a VASP e Transbrasil operarem vôos
internacionais regulares.
- Sem a necessidade
de manter a reserva de mercado, a VARIG
decide encerrar as operações da Cruzeiro
do Sul em 01/01/1993, entretanto, alguns Boeing 737-200 continuariam a utilizar
as cores da empresa, mas em vôos com numeração e equipe técnica VARIG.
Varig Engenharia e Manutenção – VEM
___Empresa dedicada
a manutenção das aeronaves do Grupo VARIG e de terceiros.
- Os dois principais
centros de manutenção eram localizados:
·
Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre/RS, e
·
Aeroporto Galeão, Rio de Janeiro/RJ.
- Vendida em 2006, para a Aero
LB, que tinha
como sócia a companhia aérea TAP
Portugal.
- A Varig Engenharia e Manutenção, atual TAP Engenharia e Manutenção, foi
reconhecida pelo seu alto padrão técnico, tendo prestado serviços para diversas
outras empresas nacionais e internacionais.
- Os dois principais
parques de manutenção estão localizados na cidade do Rio de Janeiro/RJ,
onde está o maior hangar da América
Latina (assim como maior vão livre coberto da América Latina) e o parque de manutenção em Porto Alegre/RS.
VARIG Log
___Foi a maior
empresa de “carga aérea” da América Latina.
Em 2000, passou a ser empresa independente do Grupo VARIG.
Enquanto era subsidiária da VARIG operou com
aeronaves Boeing 727-100, Boeing 727-200, McDonnell Douglas DC 10-30 e McDonnell
Douglas MD 11.
Em 23 de junho de 2006, a ANAC
aprovou a venda da Varig Log para a Volo do Brasil S.A., empresa
representante do fundo norte-americano Mattlin
Patterson.
VARIG Trading
Fundada em 1987, como forma de comercializar produtos para
exportação e importação, aproveitando a estrutura das agências da VARIG no exterior. Teve vida curta.
VARIG Travel
Fundada em 2001, tinha como objetivo vender pacotes turísticos
aproveitando a estrutura da VARIG.
- Tinha como sócia a
operadora Panexpress com 8% de participação.
- Fechou em 2004.
VARIG
Patrimônio
Variguinho
___Variguinho foi um personagem infantil
criado para ser mascote da companhia aérea VARIG
no final dos anos 1980.
- O personagem foi
idealizado pelo publicitário e desenhado por Delcio Pereira. Tinha o formato de um pequeno avião humanizado, com
corpo "rechonchudo", nariz preto e
usando as asas como braços.
- A figura do
aviãozinho foi usada em desenho animado para filmes comerciais para TV, vídeos
institucionais e uma série de revistas em quadrinhos que chegou a ter 30 edições publicadas (distribuídas em
vôos e vendidas em bancas de jornais).
- A revista era
publicada pela Editora Ícaro, da
própria VARIG, com arte de Carlos Avallone e textos de Sonia Salerno Forjaz, entre outros. As
publicações traziam ainda passatempos e informações de curiosidades relativas à
aviação.
- Para os
quadrinhos, Variguinho ganhou uma
história pregressa e um conjunto de personagens coadjuvantes: - 5 amigos, crianças, cada um
representando uma raça ou patrimônio cultural da sociedade brasileira.
·
Déa (germano-brasileiros),
·
Taka (nipo-brasileiros),
·
Juva (afro-descendentes),
·
Néte (ítalo-brasileiros), e
·
Rubinho (luso-brasileiros).
- Os desenhos
animados eram produzidos pela Signos
Comunicações, a princípio para serem exibidos apenas dentro dos aviões.
Depois, a série de 08 filmetes foi
veiculada também como anúncio de televisão.
- Também foram
lançados brinquedos, miniaturas, adesivos para carros e outros produtos com a
franquia.
- O Variguinho chegou a fazer parte do
imaginário de uma geração da elite e da classe média das grandes cidades
brasileiras, cujos pais eram passageiros (freqüentes ou esporádicos) dos vôos
da VARIG.
- Os filmes e
quadrinhos em geral traziam temáticas educativas e cívicas, como a História do Brasil, as diferentes
regiões e culturas do país, os direitos humanos e direitos da criança e do
adolescente.
- O tema musical dos
desenhos fazia referência ao popular jingle da VARIG nos anos 1980 e 1990, "Varig, Varig,
Varig", com a seguinte letra no refrão:
"Varig,
Varig, Variguinho / Ensinando com emoção / Varig, Varig, Variguinho / Nosso
amigo, nosso avião!".
- Em sua concepção e
design, o personagem guardava alguma semelhança com outros mascotes de linhas
aéreas, como o AAiron da American Airlines, o Capitão Blue Sky da Sabena e o aviãozinho-símbolo da
iugoslava JAT. Também lembrava, de
certa forma, o aviãozinho Pedro do
filme Alô, Amigos (1943) de Walt
Disney.
Ícaro
___Ícaro foi uma revista brasileira criada
em outubro de 1983.
- Criada pelo grupo
da extinta companhia aérea VARIG para ser
uma revista de bordo, no início de sua circulação destinava-se apenas aos
passageiros dos vôos da empresa.
- A partir de
novembro de 1985 passou a ser vendida também em
bancas de jornal.
- Após uma pausa na
circulação e reformulação organizacional em 2006,
a revista acabou extinta meses depois junto com a companhia que a criou.
Museu da VARIG
___Foi fechado em 2007 em função da falência da VARIG.
- No acervo do museu
constavam modelos de aviões utilizados pela VARIG,
coleção de protótipos, de motores de aeronaves do período de 1927 a 1955 e os
uniformes da empresa.
- Também podia-se
ter acesso à cabine do avião DC-3,
matrícula PP-ANU, que foi vendido
para um aeroclube do interior do estado, e à cabine de passageiros de avião
moderno (Boeing 737-300), com
simulação de vôo.
- O destino do
acervo do museu é incerto, embora haja especulações de que esse acervo iria
para o Museu de Ciência e Tecnologia
da PUCRS, que faria uma seção sobre
a história da VARIG.
Varig Engenharia e Manutenção
___A VEM (Varig Engenharia e Manutenção) foi
um dos maiores centros de manutenção aeronáutica da América Latina, criado pela VARIG,
situado na Estrada das Canárias, 1862, Ilha do Governador.
- Tinha um hangar
com vão livre de 100m, 30m de altura, 60m de profundidade é capaz de abrigar 03 Boeing 737-800 simultaneamente.
Em 2005, pediu recuperação judicial (processo semelhante
à concordata).
Em 2006, vendeu a empresa de manutenção devido a uma
grave crise financeira, tendo sido adquirida pelo Grupo TAP.
VARIG Flight Training Center
___Com a venda da VARIG em julho de 2006,
o Centro de Treinamento passou a ser
uma unidade de negócio independente, com uma área própria de aproximadamente 28 mil metros quadrados, foto aérea no Rio de Janeiro.
- O desenvolvimento
tem sido contínuo e hoje, o então FLEX
Aviation Center - FAC conta com uma estrutura única na América Latina, tendo os mais modernos recursos e equipamentos em
treinamento à disposição dos seus clientes, com o objetivo de atender ao mercado
da aviação civil nacional e internacional, e tendo a VARIG
como mais um de seus clientes.
VARIG
Curiosidades
- Os primeiros
pilotos da VARIG eram todos alemães, assim
como o seu fundador Otto Meyer.
- A frota da VARIG foi composta em 1943
com Lockheed L-10E Electra, antes
era apenas uma coleção de aviões.
- 427 aeronaves foram operados entre 1927 e 2006.
- A frota da VARIG dobrou depois incorporação da Real Aerovias com DC-3, C-46, Convairs, Constellations e novos DC-6.
- 1955 inauguração da primeira rota internacional de
Longo Curso: - Porto
Alegre/Congonhas/Galeão/Belém/Ciudad Trujillo/Nova York.
- Primeira empresa a
operar jatos no Brasil, com Caravelle
matriculado PP-VJC na rota Rio – Nova York.
- Com a incorporação
da Real Aerovias e da Panair do Brasil, a VARIG herdou 03
Convairs 990 Coronado e 02 Douglas
DC-8. A VARIG passou a ser a única
empresa aérea no Mundo a operar os três jatos concorrentes Americanos.
- Os DC-8 operaram de 1965 a 1977 e os Convair de 1963
a 1971.
- Sete acidentes com
perda total, 5 deles fatais. As
aeronaves vitimadas foras PP-VJB, VJR, VLJ, VJZ, VLU, VJT, VJK. Destaque para o
PP-VJZ, que se acidentou no vôo Varig
820, o pior acidente da história da VARIG
e o PP-VLU, que desapareceu no oceano Pacífico
sem deixar rastros, permanecendo até hoje o maior mistério da aviação
comercial.
- A primeira
companhia a fazer um vôo a para Japão
foi a Real Aerovias. A rota foi
suspensa pela VARIG após a compra da empresa
e retomada apenas em 1968.
- O primeiro Boeing 707 a chegar ao Brasil foi o PP-VJA, um jato 707-441 que foi entregue em junho de 1960.
Foram operados três aviões da versão 707-400.
- Os DC-10-30 da VARIG
foram os primeiros jatos de fuselagem larga na aviação brasileira. Eles
substituiram os 707 e integraram nas
rotas para a África, Europa, Japão e Estados Unidos.
- Os 767 foram os aviões que operaram com
mais esquemas de pintura, desde o adotado em 1950
com a chegada dos DC-3, até o
operado atualmente. No total foram 5,
os dois citados mais as cores de 1997, com a
cauda azul e a estrela amarela, as de 2004, com
o nome VARIG em destaque na fuselagem e o
esquema utilizado pela VARIG antes do novo
instalado pela GOL, o mesmo das
cores de 2005 porém com a barriga branca. Os
aviões também operaram com um os esquemas da Star Alliance (cauda branca) e o da Copa do Mundo de 2002.
- Os Boeing 737-300 foram as aeronaves
operadas em maior número. Ao todo foram 47
aeronaves.
- A VARIG chegou a operar dois 737-800, com função de substituir os 737-300. Matriculados PP-VSA/VSB
operaram apenas por quatro anos, e voam hoje na GOL, sob matrículas PR-GIO/GIP.
- Os MD-11 foram os jatos de fuselagem larga
mais importantes na história da VARIG. O
avião até a chegada dos 777, voou
todas nas principais rotas para a América
do Sul, revezando com o 767
apenas na rota para Madri e na de Lisboa, (que só era eventualmente
operada com os MD-11) e ainda as
rotas para Nova York, Miami, México, Chicago, Toronto, Los Angeles, Toronto, Tóquio, Nagoya, Johanesburgo, Bangcoc e Hong kong (alternando com o 747
até 1994).
- A VARIG foi a maior operadora mundial do MD-11 na versão de passageiros com 26 aeronaves.
- A VARIG transportou inúmeras celebridades:
·
Jogadores
da Seleção Brasileira de Futebol,
·
Presidentes
de várias nações,
·
Seleções
de futebol,
·
Artistas.
- Alguns momentos
marcantes na história da empresa foram a visita do Papa João Paulo II a um DC-10
da VARIG em 1980,
- O transporte do
corpo do piloto Ayrton Senna da Itália para o Brasil,
- A chegada da Seleção Brasileira Tetracampeã no espaço aéreo de Brasília
em 1994 com o DC-10-30 com
pintura comemorativa da seleção escoltado por jatos da Força Aérea Brasileira, seguida do taxiamento da aeronave com o
jogador Romário empunhando a
bandeira brasileira na janela da cabine de comando.
- Com Brasília, a VARIG
teve participação ativa na construção da Capital
Federal. Inúmeros vôos cargueiros da empresa transportaram milhares de
toneladas de material até a então remota região do Planalto Central, materiais esses empregados nas centenas de obras
em andamento.
- Todos os vôos da VARIG para o Japão
faziam escala em Los Angeles,
tornando-a a companhia brasileira mais conhecida entre os passageiros japoneses
e norte-americanos.
- A VARIG transportou todos os presidentes brasileiros
desde Getúlio Vargas até Fernando Henrique Cardoso.
- O serviço de bordo
sempre primou pelo requinte, conforme padrão idealizado por Ruben Berta. Na Primeira Classe, era servido caviar.
Nos estertores da VARIG, revelou-se que a
iguaria era desviada e revendida por um quinto do preço original.
- Em entrevista ao Jornal do Brasil, o socialite Bruno Chateaubriand declarou que só
fazia festas com o "caviar da Varig",
que custava à empresa R$ 6 milhões ao ano.
VARIG
Registro de Aeronave
- Quando operou os Boeing 777, a VARIG
matriculou as aeronaves com prefixos PP-VR*.
Algumas aeronaves assim registradas foram carinhosamente apelidadas, como
registrado com:
·
PP-VRC "Roberto
Carlos", e
·
PP-VRD "Regina
Duarte".
- Oficialmente
apenas o PP-VRA e PP-VRB foram oficialmente batizado como
Otto Ernst Meyer e Ruben Berta, respectivamente, devido ao
aniversário de 75 Anos da VARIG.
- O Boeing 777-222ER PP-VRE foi batizado de
Ruben Berta em 2005. Isso ocorreu
por causa da ameaçada de arrestar o PP-VRB.
VARIG
Escritórios
e Agencias
___Durante os anos
áureos da empresa, seus escritórios de reservas e atendimento aos passageiros e
clientes no exterior eram considerados verdadeiros consulados extra-oficiais do
Brasil, pois prestavam os mais variados serviços de apoio e forneciam inúmeras
informações ao público brasileiro em viagem.
- Além da excelência
no atendimento, essas lojas também eram famosas pelo seu requinte e localização
privilegiada como:
·
Paris que ficava em plena Avenida Champs-Élysées e
·
New York que ficava instalada no Rockefeller Center.
·
Porto Alegre, sua cidade mãe, ficava na Rua dos Andradas (Rua da Praia), esquina
Rua Uruguai.
- Muitas vezes
serviam de ponto de encontro para grupos de turistas que se dividiam em
diferentes roteiros pelas cidades visitadas.
VARIG
Website
Em meados
de 2001, o
jornalista e especialista em aviação, Edmundo
Ubiratan, criou um website com a
história integral da companhia até seus 75
anos.
- O website, atualmente fora do ar, é ainda
considerado um dos maiores acervos digitais sobre a história da VARIG.
- Para alguns fãs da
VARIG, a empresa existiu por dois anos sob a marca Flex.
VARIG
Acidentes
e Incidentes
___A VARIG teve uma série de acidentes ao longo de sua
história, os quatro mais famosos foram:
Em 11 de
julho de 1973, vôo 820 próximo a Paris, França: - Um Boeing
707 fez um pouso forçado devido a fogo num toalete, com 123 mortes, entre eles viajava Filinto Müller, ex-chefe da polícia
política de Getúlio Vargas; o cantor
Agostinho dos Santos; a socialite Regina Léclery.
- Os poucos
sobreviventes eram tripulantes, que correram para a cabine de comando, além de
um único passageiro.
Em 30 de
janeiro de 1979, Boeing 707-323 Cargo prefixo PP-VLU: - Sob o comando do mesmo comandante do vôo 820 de Paris (um dos poucos sobreviventes), o avião desapareceu sobre o Oceano Pacífico cerca de trinta minutos
após a decolagem em Tóquio.
- Nenhum sinal da
queda (destroços ou corpos) jamais foi encontrado. O vôo de carga transportava,
entre outros itens, 153 quadros do
pintor Manabu Mabe, que voltavam de
uma exposição no Japão.
- As pinturas foram
avaliadas na época em mais de US$ 1,24 milhões.
Nota:
- É conhecido por ser um dos maiores mistérios
da história da aviação até os dias
de hoje.
Em 02 de
janeiro de 1987, o
vôo 797 entre Abidjan e o Rio de Janeiro
operado pelo Boeing 707 caiu quando
tentava regressar ao Aeroporto africano com problemas em um dos motores.
Dos 51 ocupantes, somente 01 sobreviveu.
Em 03 de
setembro de 1989, vôo
254 próximo a São José do Xingu, Brasil: erro de navegação do comandante Garcez e do co-piloto Zille fez com que o avião, um Boeing 737-200, vagasse sobre a Amazônia até que o combustível
terminasse, obrigando-os a um pouso forçado noturno na selva.
-
Doze dos 48 passageiros morreram no acidente.
- Os sobreviventes
foram forçados a buscar ajuda antes de serem descobertos dois dias depois.
VARIG
Rota:
Nova York
Suas
Aeronaves
Inaugurada
em julho de 1955, a
primeira rota internacional de longo curso da VARIG
foi para Nova York.
- Desde então essa
foi a rota mais importante da empresa até o fim dos vôos para Nova York em 2006.
Na década
de 1950, a primeira
aeronave a realizar a rota foi o Super G
Constellation, que juntamente com o Douglas
DC-7, era o quadrimotor mais avançado da época.
- Porém
diferentemente do DC-7, o Super Constellation também ficou famoso
pela sua beleza e se tornou o maior ícone do glamour da aviação.
- Projetado para
transportar mais de 100 passageiros,
na VARIG ele tinha uma configuração ultra
confortável com pouco mais de 60
assentos.
- O vôo demorava
nada menos que 25 horas e fazia
escala em Belém e Trujillo. Inicialmente o vôo era feito
duas vezes por semana e até o final da década de 1950 a VARIG dobrou a frequência, passando a voar quatro vezes por
semana entre o Rio e Nova York.
Ainda na
década de 1950, a VARIG recebeu mais aeronaves Super G Constellation, mas dessa vez equipados com "wing tip tank" que são tanques de
combustível extra na ponta das asas. Com eles o Super G Constellation podia voar do Rio de Janeiro para Nova
York apenas com uma escala.
- Desde então a VARIG passou a oferecer voos entre o Rio e Nova York com duas escalas (em Belém
e Truijillo) e uma escala (em Port of Spain).
- Apesar da melhora
conseguida com os "wing tip tank",
a VARIG sabia que precisava fazer mais para
continuar no mercado.
- Afinal ela
competia com nada menos que a Pan Am
na rota para Nova York.
Em 1957, foi então que a VARIG encomendou os moderníssimos jatos Boeing 707 e Caravelle. Porém o Caravelle
chegou antes do Boeing 707 e o Caravelle era uma jato projetado para
operar rotas curtas.
Em 1959, mesmo assim a VARIG usou imediatamente o Caravelle na rota para Nova
York, se tornando a primeira companhia aérea do mundo a operar um jato no Aeroporto JFK.
- Como o Caravelle não tinha autonomia para
fazer o vôo sem escalas, ele fazia paradas em Belém, Port of Spain e Nassau. Mesmo assim, com o Caravelle o tempo de vôo foi reduzido
de 25 para 14 horas. A VARIG passou a
operar a rota Rio - Nova York duas vezes por semana com os
jatos Caravelle e duas vezes por semana com o Super G Constellation.
Em 1960, finalmente chegaram os Boeing 707-441 - a principal arma da VARIG contra a poderosa Pan Am. A VARIG havia escolhido
e esperado a versão 400 justamente
porque ela era a única capaz de voar entre o Rio de Janeiro e Nova York
sem escalas, graças aos novos motores Rolls
Royce.
- A Pan Am operava o Boeing 707-320 com motores Pratt
& Witney, que não tinham autonomia suficiente e precisavam fazer uma
escala. Isso dava uma grande vantagem à VARIG,
já que ela era a única a oferecer vôos entre o Rio e Nova York sem
escalas.
- No entanto nem
tudo era glamour, para conseguir
operar sem escalas a VARIG operava nos
limites máximos, exigindo toda a potência dos motores e o uso de quase toda a
extensão da pista do Aeroporto
Internacional do Galeão, no Rio,
a maior pista do Brasil. A companhia inclusive tinha que deixar de levar carga
no porão da aeronave para que ela pudesse realizar o vôo sem escalas. Mesmo
assim a VARIG podia comemorar, já que nesse
momento a linha Rio de Janeiro - Nova York era a rota regular sem
escalas mais longa do Mundo.
- Com a introdução
do Boeing 707-441 e o fim das
escalas, o tempo de vôo foi reduzido para apenas 9 horas, quase um terço do tempo original feito com os Super G Constellation. E no quesito
conforto a VARIG também não deixou a
desejar.
- Os Boeing 707-441 poderia transportar
cerca de 150 passageiros, mas a VARIG recolheu uma configuração bem mais
confortável com menos assentos, seis banheiros e um lavatório.
Em 1960, a VARIG
oferecia 03 voos por semana sem
escalas com o Boeing 707-441, dois
vôos por semana com o Caravelle com
escalas em Belém, Port of Spain e Nassau e dois vôos por semana com o Super G Constellation com escala em Port of Spain ou escalas em Belém
e Trujilo.
Em 1961, o Caravelle deixou de operar na rota para Nova York. Sendo assim a VARIG
passou a oferecer dois vôos semanais sem escalas com o Boeing 707-441, um vôo com escala em Brasília e Port of Spain
com o Boeing 707-441 e os dois vôos
semanais com o Super G Constellation.
Em 1966, chegaram os 03 primeiros Boeing 707-341C,
versão conversível e com novos motores Pratt
e Witney JT3D capaz de voar mais longe que o Boeing 707-441. Sendo assim o Boeing
707-320C substituiu tanto os Super G
Constellation remanescentes quanto o Boeing
707-441 na rota Rio de Janeiro -
Nova York, que agora era sempre
feita sem escalas.
- Tudo ia bem
quando, em 1970, a Boeing e a Pan Am apresentam ao Mundo o novo Boeing 747-100 "wide-body".
A partir daquele momento os DC-8 e Boeing 707 haviam se tornado coisa do
passado e os novos "wide-body" que
ditariam o futuro da aviação, com dois corredores e mais que o dobro da
capacidade dos jatos anteriores, a nova geração de jatos intercontinentais
mudou para sempre o mundo da aviação.
- A VARIG sabia que era questão de tempo para a Pan Am colocar um "wide-body" na rota para o Brasil e
precisava ter uma aeronave para fazer frente a concorrência. Foi então que a
companhia encomendou o novo "wide-body" Douglas DC-10-30.
No dia 1º
de julho de 1974, decolava
o primeiro voo da VARIG rumo a Nova York operado por um "widy-body". Incialmente os DC-10 estavam configurados com 30 assentos na primeira classe e 211 na
classe econômica, num total de 241 assentos.
- Anos mais tarde a VARIG criaria a sua classe executiva e introduziria nos DC-10.
- Mesmo sendo um "wide-body" também o DC-10 não fazia tanto sucesso quanto o Boeing 747. - O motivo não era muito
difícil de descobrir, o fato é que o Boeing
747 era o maior avião comercial da história, era maior e tinha dois
andares, chamando muito mais atenção.
- Porém a demanda
brasileira não era suficientemente grande para sustentar uma aeronave para mais
de 300 passageiros.
Foi
somente em fevereiro de 1981, que
a VARIG conseguiu adquiriu o seu primeiro Boeing 747. A vantagem era que o Boeing 747 era da versão "Combi", ou seja, metade de sua cabine
levava passageiros e a outra metade só levava carga. Isso facilitava bastante
as coisas já que ao invés de mais de 300
passageiros, a VARIG precisava apenas de
pouco mais de 250 para lotar todos
os lugares no avião.
No dia 12
de fevereiro, o Boeing 747-200B fez o primeiro voo na
rota Rio de Janeiro - Nova York. Agora, além de ter a mesma
aeronave da Pan Am na rota, a VARIG ainda tinha uma versão mais moderna (a
versão 200) contra a versão Boeing
747-100 usada pela Pan Am.
Foi em
1988, que a VARIG recebeu o primeiro Boeing 747-300 totalmente para passageiros, capaz de transportar
cerca de 400 pessoas.
Em 1987, a VARIG
recebeu o primeiro jato da nova geração Boeing
767-200ER, equipados com a mais moderna tecnologia da época. Desde então os
Boeing 767 passaram a dividir a rota
para Nova York com os Boeing 747 e Douglas DC-10.
Em 1989, outro marco importante na aviação
brasileira, a VARIG inaugurou o Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP.
___Adivinha qual foi
a rota?
- Nova York - São Paulo com o Boeing 747.
A partir daí o principal vôo da VARIG para Nova York passou a ser de São Paulo e não do Rio de Janeiro.
No final
da década de 1980, a
rota para Nova York ganhou uma
aeronave ainda maior e mais moderna, o Boeing
747-300. Porém, inicialmente, ainda na versão "Combi".
No início
da década de 1990, o
Boeing 747 e Douglas DC-10 foram substituídos pela nova estrela da frota da VARIG, o MD-11.
O MD-11 era uma das aeronaves mais
avançadas da época com cabine totalmente computadorizada e sistemas digitais.
- Todavia o mercado Brasil - EUA mudou radicalmente nos anos 1990. Antes somente a Pan Am e a VARIG
dividiam o mercado.
Em 1992, a Pan Am faliu e foi substituída pela American Airlines e as duas, em poucos tempo, tiveram que competir
também com Transbrasil, VASP, United, Continental e Delta.
- Como resultado o
preço das passagens caiu e a ocupação das aeronaves também caiu, acabando com
os lucros divididos somente entre VARIG e a
finada Pan Am.
Em 1998, a TAM começou a voar para Miami
com os seus moderníssimos Airbus A330
equipados com entretenimento individual em todas as classes e poltronas que
reclinam 180º na classe executiva.
- A VARIG sabia que o MD-11 não era páreo e precisava de um novo avião intercontinental.
Em
novembro de 2001, a VARIG recebeu o primeiro Boeing 777-200, a aeronave mais moderna da época. Finalmente a
companhia tinha um avião capaz de competir de igual para igual com os A330 da TAM. No entanto os primeiros Boeing
777 começaram a operar em vôos para Europa
e bem depois substituíram o MD-11 na
rota São Paulo - Nova York.
Em
novembro de 2005, a TAM fez o seu primeiro vôo São Paulo - Nova York com o A330.
- Naquela altura a VARIG já estava vivendo os seus últimos meses.
Em 20 de
julho de 2006, após
ter entrado no processo de recuperação judicial, teve sua parte estrutural e
financeiramente boa isolada e vendida para a Varig Logística S.A. através da constituição da razão social VRG Linhas Aéreas S.A.
Em 09 de
abril de 2007, foi
cedida para a Gol Linhas Aéreas.
- Devido ao fato de
não poder operar vôos com a própria marca, que foi cedida juntamente à unidade
produtiva que hoje está sob o domínio da VRG
Linhas Aéreas S.A..
___A Fundação Ruben Berta criou a marca Flex Linhas Aéreas, que chegou a operar
vôos regulares comissionados pela Gol
Linhas Aéreas, mas que teve sua falência decretada no mesmo dia do decreto
da falência da VARIG.
VARIG
Electra
II
___O Electra II foi um dos modelos de
aeronave mais famosos do Brasil e um dos que voou por mais tempo. Foram 30 anos de serviço sem nenhum acidente
se quer. Mas o que muitos brasileiros não sabiam é que essa mesma aeronave
tinha uma tremenda má fama nos Estados
Unidos, depois de vários acidentes fatais.
- O Electra II foi um fracasso no Mundo
inteiro, menos no Brasil.
- A fabricante
modificou todas as aeronaves já produzidas e as restrições impostas a aeronave
foram retiradas. Mas já era tarde demais, ninguém confiava no Electra II. A Lockheed não recebeu mais nenhuma encomenda do modelo e a produção
foi encerrada em 1961 com apenas 170
unidades vendidas.
- Assim como a American Airlines, as outras companhias
americanas começaram a se desfazer dos Electra
II, mesmo com menos de três anos de uso. A única opção do Electra II agora era buscar mercados em
países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
Em 28 de
janeiro de 1959, a
primeira companhia aérea brasileira a se interessar pelo Electra II foi a Lóide Aéreo,
que solicitou autorização para comprar alguns Electra II, o Departamento
de Aviação Civil negou o pedido.
- A segunda
companhia brasileira foi a Real-Aerovias,
que se interessou por um lote de Electra
II colocado à venda pela American
Airlines.
- A Real-Aerovias acabou fechando um acordo
para comprar cinco Electra II da American Airlines.
Em 1961, porém a companhia foi comprara
pela VARIG, antes de receber os Electra II.
- A VARIG sabia da má fama da aeronave e não queria
receber elas de jeito nenhum. Sendo assim, enviou um representante para os EUA, em setembro de 1961, para cancelar
a compra.
- Mas a American Airlines não aceitou e a
VARIG foi obrigada a receber as aeronaves.
No dia 09
de setembro de 1962, chegou
no Brasil o primeiro Electa II, o PP-VJM. Uma curiosidade é que a
aeronave sofreu uma falha no sistema estático quando estava vindo para o
Brasil, o que obrigou a tripulação a retornar para Miami para resolver o problema.
Em 25 de
setembro de 1962, aconteceu
o vôo inaugural do Electra II no
Brasil na principal rota da VARIG até então:
Rio de Janeiro – Nova York. Também começaram a voar na
rota São Paulo - Rio de Janeiro - Recife - Fortaleza três
vezes por semana e na rota São Paulo
- Rio de Janeiro - Manaus duas vezes por semana.
- E para a
felicidade da VARIG o Electra II se tornou bastante popular entre os passageiros e se
mostrou uma aeronave bem versátil, podendo operar no Aeroporto de Congonhas (São
Paulo), realizar rotas domésticas, para a América do Sul e de longo curso como para Estados Unidos e Europa.
- O Electra II se tornou o principal avião
da VARIG para os principais vôos domésticos
e vôos para América do Sul até a
chegada dos Boeing 727-100.
A partir
do dia 22 de novembro de 1965, os
Electra II também passaram a cobri o
"Voo da Amizade", ligando São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Ilha do Sal e Lisboa.
Entre 1968
e 1970, a VARIG comprou mais seis Electra II, incluindo dois (PP-VLA
e PP-VLB) conversíveis para
cargueiro.
- Porém eles voaram
por pouco tempo como cargueiros, principalmente para Manaus, e foram logo
convertidos para passageiros.
Em 1975, a VARIG
já tinha várias novas aeronaves mais modernas que o Electra II como o Boeing 727,
Boeing 737 e Avro 748.
- Esse poderia ser o
fim dos Electra II, mas não foi,
Pelo contrário, foi ai que os Electra II
entraram no seus anos de glória.
Também em
1975, o Departamento de Aviação Civil determinou
que apenas aeronaves quadrimotores poderiam operar na Ponte Aérea Rio de Janeiro - São
Paulo.
- Na prática apenas
os Vickers Viscount da VASP e os Electra II da VARIG que podiam
operar a rota.
- Mas em pouco tempo
a VASP desativou todos os seus Vickers Viscount e os Electra II se tornaram a única aeronave
operando na Ponte Aérea, a rota mais
movimentada do Brasil e a segunda mais movimentada do Mundo.
Desde
1975, a VARIG alocou todos os seus onze Electra II para operar exclusivamente
na Ponte Aérea.
Em 1978, a VARIG incorporou mais 02
Electra II (PP-VLX e PP-VLY) e em
1986 os últimos dois (PP-VNJ e PP-VNK), totalizando 15 Electra II operando exclusivamente
na rota Rio de Janeiro – São Paulo.
- A Ponte Aérea era um POOL formando pelas empresas VARIG,
VASP, Cruzeiro e Transbrasil.
O número de assentos era proporcionalmente dividido entre cada empresa.
Desde
1975, a VARIG era a única que operava na rota com os seus Electra II e as outras companhias
começaram a reclamar.
- Sendo assim a VARIG pintou quatro de seus Electra II (PP-VJN, PP-VJU, PP-VJE, PP-VLC) sem o
nome e o logotipo "VARIG", como se
os Electra II estivessem
servindo a todas as companhias do POOL
e não só a VARIG.
Porém em
1979, as aeronaves
receberam a pintura completa da VARIG,
devido a problemas de logística. Os Electra
II voavam em média 66 vezes por
dia, com intervalos de 15 minutos
durante os dias úteis e de uma hora nos finais de semana e feriados. O recorde
foram 88 vôos diários.
Na década
de 1980, com a
chegada do Boeing 737-300, a VASP e a Transbrasil voltaram a protestar. Dessa vez dizendo que o Electra II deveria ser substituído
pelos modernos jatos Boeing 737.
- Dentro da própria VARIG também havia pressão para substituir os Electra II, que já estavam com mais de
vinte anos de idade. Mas o presidente da companhia, Hélio Smidt, era contra a substituição.
Foi
somente em 1991, que
o Boeing 737-300 foi autorizado a
operar na Ponte Aérea e o fim do Electra II foi decretado.
No dia 11
de novembro de 1991, os
Boeing 737-300 PP-SOL (da VASP), PP-VOS e PP-VOT (da VARIG) começaram a operar na Ponte Aérea, substituindo o Electra
II PP-VJO.
No dia 26
de novembro de 1991, foi
a vez da Transbrasil operar pela
primeira vez com o seu Boeing 737-300
PT-TEH.
No dia 05
de janeiro de 1992, o
Electa II (PP-VJN) realizou o último vôo de passageiros pagantes do Electra II no Brasil.
A partir
do dia 06 de janeiro de 1992, no
dia seguinte, a VARIG fez um vôo especial de
despedida com o PP-VJO e PP-VJN com passageiros frequêntes,
políticos, jornalistas e personalidades.
A partir
do dia 06 de janeiro de 1992, os
Electra II da VARIG foram colocados à venda. O PP-VJM foi doado para o Museu Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro.
- Os demias foram
vendidos para companhias (principalmente africanas) Blue Airlines, New ACS, Filair, Lanseria, Airlink Congo
e Air Spray.
___No final das
contas o temido Electra II nos Estados Unidos, responsável por vários
acidentes e mortes, no Brasil voou por 30
anos, com 777140 horas de vôo,
por mais de 217 milhões de
quilômetros, transportando 33,6
milhões de passageiros e fez mais de 736806
pousos, sem “nenhum acidente”.
Bibliográfica
FRANCO, Sérgio da Costa. Guia Histórico
de Porto Alegre, 4.ª edição, Editora da Universidade (UFRGS), Porto Alegre,
2006.
GERTZ, René Ernani. O aviador e o
carroceiro: política, etnia e religião no Rio Grande do Sul dos anos 1920.
EDIPUCRS, 2002, 271 pp. ISBN 85-7430-292-9, ISBN 978-85-7430-292-8.
Referências
Acervo – James Muller
Lina
Miyazaki – Comissária
Câmara
dos Deputados
Fundação
Rubem Berta
Museu
da Varig
Senado
Federal
Supremo
Tribunal Federal
Wikipédia
Agência
Folha
(14/07/2005). Venezuela quer comprar ação da Varig na Pluna.
Agência
Estado
(13/11/2001). Varig Travel entra no mercado com peso.
Antônio
Carlos Seidl -
Folha de S.Paulo (10/07/1999). Empresas aéreas fazem associação.
Boletim
ANAC (01).
Brasília: Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Brasil. (24 de junho de 2006).
"ANAC aprova transferência da Varig Log para Volo".
Commons
- Commons possui
imagens e outras mídias sobre Varig (1927–2006), Site oficial
Folha
de São Paulo, 11
de novembro de 1985.
Folha
de S.Paulo, 03
de maio de 2006.
Folha
Online -
Cronologia da Crise,
- Entenda a Crise,
- Especial - A Crise
da Varig.
GE
Engine Services,
Inc. Announces Formation of New Varig Joint Venture (08/09/1998).
Lauro
Jardim - Exame
(30/01/1996).
Massa
Falida da Aviação
Aérea Rio-grandese, Site oficial.
O
Estado de São Paulo,
02 de agosto de 1985.
De Porto Alegre para o Mundo.
Essa aeronaves eram utilizadas para o transporte de malas postais e também faziam propaganda da aviação comercial em cidades do interior do Rio Grande do Sul.
Em
Esta muito bom o texto, mas o 777-200 não possui wing-lets...kkkk
ResponderExcluirUm dos mias completos relatos VARIG que li até hoje !
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